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Sonegação de Impostos

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RESUMO
O presente trabalho visa demonstrar a história dos impostos, que teve seus primeiros registros na mesopotâmia e assim seguiu no antigo Egito e Império Romano, e como os impostos eram cobrados. Apresentar informações de como a cobrança de impostos surgiu no Brasil, de que forma a cobrança é realizada e qual a finalidade dos impostos. Analisar os aspectos da sonegação de impostos e identificar fatores que podem levar a organização a cometer sonegação de impostos mesmo que de forma inconsciente, cometendo crime, mesmo que a intenção seja apenas diminuir seus gastos. Apresentar como ocorre a sonegação de impostos, quais as formas utilizadas na para a sonegação de impostos. Indicar instrumentos utilizados pelo governo para identificar e combater a sonegação de impostos. Demonstrar quais são as consequências para o crime de sonegação, identificando as mudanças nas punições em cada caso. Exemplificar com um caso real, como ocorreu a sonegação, no caso da não emissão de notas fiscais e quais foram as punições.
Palavras-Chave: Impostos, Sonegação, Crime.
 Sumário
Pág.
 Introdução............................................................................................05
1.0 História dos Impostos........................................................................06
2.0 Importância dos Impostos.................................................................08
3.0 Como surge a sonegação de impostos............................................09
4.0 Como acontece a sonegação de impostos no Brasil......................09
4.1 Instrumentos do Fisco no combate à sonegação de impostos.....11 
4.1.1 SPED – Sistema Público de Escrituração Digital....................................12
4.1.2 e-Social.......................................................................................................12
5.0 Crime de sonegação de impostos....................................................12
5.1 Exemplo de caso de sonegação de impostos.................................13
6.0 Vantagens e desvantagens da sonegação de impostos................14
Conclusão.................................................................................................16
Introdução
Os documentos mais antigos foram encontrados na mesopotâmia e esses fazem referência aos impostos. Além de entregar parte dos alimentos que produziam ao governo, os Sumérios eram obrigados a passar até cinco meses por ano trabalhando para o rei. E as evidencias de cobrança de impostos estão presentes também no antigo Egito e Império Romano. O imposto de renda nasceu para uma nova função social. Em sua primeira versão permanente, instituída na Inglaterra em 1874, já era progressivo. Ou seja: quem tem mais renda cede uma parcela maior de sua riqueza ao Estado. Até o final do século 19, vários países europeus, assim como a Austrália e o Japão, adotaram o imposto de renda.
Cada governo tem competência e responsabilidade para promover determinadas políticas públicas e para isso é necessário arrecadar recursos, a principal fonte desses recursos são os impostos (tributos), os tributos pagos pela população são utilizados para que o governo realize as políticas públicas, isto é, mantém os serviços públicos (saúde, educação, segurança) e faz investimentos (urbanização de vilas, calçamento, saneamento básico, habitação popular).
A sonegação já foi usada como atos revolucionários nos tempos antigos, muitos empresários ainda acreditam que pagar impostos não é vantajoso, que não trará benefício nenhum e isso acaba refletindo em toda a sociedade quando o mesmo começa a buscar formas ilícitas de evitá-los. A sonegação de impostos surge de várias maneiras, algumas sendo realizada de forma incorreta por falta de conhecimento do profissional e outras simplesmente para obter algumas vantagens mesmo sabendo que é algo ilícito. Qualquer ato praticado que tendo ou não a intenção de evitar a obrigação tributária com a finalidade de pagar menos impostos é considerado ilegal e caracterizado como sonegação, a partir desses acontecimentos teremos o surgimento da sonegação de impostos.
1.0 História dos Impostos
Peças de barro de 4.000 a.C. encontrados na Mesopotâmia são os documentos escritos mais antigos que conhecemos. E o mais antigo desses documentos faz referência aos impostos. Se você acha que paga demais, agradeça por não viver naqueles dias. Além de entregar parte dos alimentos que produziam ao governo, os Sumérios, um dos povos a viver por ali, eram obrigados a passar até cinco meses por ano trabalhando para o rei.
Era assim também no antigo Egito. As evidências indicam que, em 3.000 a.C., os faraós coletavam impostos em dinheiro ou em serviços pelo menos uma vez por ano. Ninguém era tão temido quanto os escribas, responsáveis por determinar a dívida de cada um. Os impostos eram mais altos para estrangeiros, e especula-se que foi para pagar dívidas tributárias que os hebreus, por exemplo, acabaram como escravos.
O Império Romano aperfeiçoou a técnica de impor tributos a estrangeiros. Em economias pré-industriais, a terra e o trabalho são os principais ingredientes da riqueza. Por isso, a conquista de outras terras e povos dava aos romanos acesso a mais riqueza, o que, por sua vez, permitia que conquistassem e controlassem um território ainda maior.
O censo, usado até hoje em muitos países, foi criado pelos romanos para decidir quanto deveriam cobrar de cada província. O cálculo era feito com base no número de pessoas. Até hoje, a capacidade de cobrar impostos é diretamente proporcional à quantidade e qualidade de informações disponíveis sobre os contribuintes.
Em 167 a.C., Roma se tornou tão rica à custa dos povos conquistados que suspendeu a cobrança de impostos sobre os cidadãos romanos. Mais que isso, distribuía pão e outros produtos gratuitamente na cidade como forma de partilhar a riqueza. Como o império era muito grande, terceirizaram a coleta de impostos. Os publicani, ou fiscais, adiantavam dinheiro ao governo pelo direito de recolher impostos e, depois, tratavam de recuperar o investimento acrescido de juros, custos de coleta e, naturalmente, algum lucro, inclusive o primeiro sistema de previdência da história, garantia aos legionários 13 anos de salário depois que cumprissem 25 anos de serviço, outra parte dos impostos era, destinados a construção de estradas, portos e mercados e à manutenção do sistema legal, isso mostra uma das características mais consistentes dos impostos ao longo da história.
Entre 1.300 a 1.700, os reinos se consolidam e se tornam nações. A partir do século 15, o auge da Renascença, os impostos se multiplicam à medida que as atividades da sociedade se diversificam. A burocracia da cobrança aumenta e a crescente complexidade econômica das sociedades leva à criação de teorias econômicas e às novas formas de arrecadação. Com a evolução do comércio entre as nações foi instituída a tarifa de importação e exportação.
A Revolução Industrial do século 18 aumenta ainda mais a complexidade da economia e as teorias em torno de sua organização. É nessa época que surgem as bases ideológicas que hoje representam a esquerda e a direita. De um lado surgem os fisiocratas, um grupo de filósofos franceses liderados por François Quesnay que defendem a liberdade econômica dos indivíduos – inclusive no que se refere à cobrança de impostos. Do outro lado, a realidade dos baixíssimos salários e péssimas condições de trabalho dos primeiros operários industriais alimentaram uma corrente de pensamento contrária ao liberalismo clássico: o socialismo. Um dos primeiros expoentes desses ideais foi François Babeuf, um revolucionário francês que, não satisfeito com a igualdade política conquistada pela Revolução Francesa, conspirou para derrubar o governo e fundar um sistema que promovesse, também, a igualdade econômica.
O imposto de renda nasceu para uma nova função social. Em sua primeira versão permanente, instituída na Inglaterra em 1874, já era progressivo. Ou seja: quem tem mais renda cede uma parcela maior de sua riqueza ao Estado. Até o finaldo século 19, vários países europeus, assim como a Austrália e o Japão, adotaram o imposto de renda.
De acordo com Charles Adams, especialista em direito tributário internacional e autor do livro “For Good and Evil: The Impact of Taxes on the Course of Civilization”, referente aos impostos “Eles têm o potencial de destruir impérios que deveriam sustentar. Mas, com os devidos controles, construíram grandes nações e trouxeram bem-estar para as pessoas”.
2.0 Importância dos Impostos
Para entendermos quem tem competência para exigir tributos da população é preciso primeiro saber que o Brasil é uma República Federativa. República é uma forma de governo justa, porque nela os governantes são eleitos democraticamente para servirem ao povo, para cuidarem de tudo o que é público com atenção e responsabilidade social.
Federação: União política entre estados que possuem relativa autonomia, mas que resolvem se associar sob a forma de um governo central para unirem forças em relação a objetivos comuns. A Constituição diz que o Brasil é formado pela união indissolúvel dos Estados, Municípios e Distrito Federal (art. 1°).
Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio dos governantes eleitos em votação secreta, universal e periódica (democracia representativa) ou diretamente (democracia participativa). Esse princípio fundamental está no art. 1°, parágrafo único da Constituição. 
Os governantes que agirem contra as leis e a Constituição, sendo desleais com a população que os elegeu podem ter seus mandatos cassados.
Estado brasileiro é formado por três entidades políticas; O governo central é chamado de União; os governos regionais são chamados de Estados membros e os governos locais de Municípios.
Cada governo tem competência e responsabilidade para promover determinadas políticas públicas e para isso é necessário arrecadar recursos, a principal fonte desses recursos são os impostos (tributos), eles estão contidos no nosso salário e em tudo o que consumimos, até quando estamos dormindo pagamos tributo
A importância desses tributos, pagos pela população a que o governo realize as políticas públicas, isto é, mantém os serviços públicos (saúde, educação, segurança) e faz investimentos (urbanização de vilas, calçamento, saneamento básico, habitação popular).
A Constituição, no entanto, fala que o pagamento dos tributos deve ser proporcional à capacidade de cada brasileiro, para que os tributos sejam justos, os que ganham mais têm que pagar mais, os que ganham menos devem pagar menos ou até ficar imunes ou isentos, isto é, deixar de pagar, Se todos pagamos tributos, temos o direito de construir uma vida melhor para nossa comunidade, e o esforço é coletivo, o direito de construir uma sociedade melhor também é coletivo, Por isso, precisamos assegurar a participação de todos.
3.0 Como surge a sonegação de impostos
A sonegação já foi usada como atos revolucionários nos tempos antigos, muitos empresários ainda acreditam que pagar impostos não é vantajoso, que não trará benefício nenhum e isso acaba refletindo em toda a sociedade quando o mesmo começa a buscar formas ilícitas de evitá-los. A sonegação de impostos surge de várias maneiras, algumas sendo realizada de forma incorreta por falta de conhecimento do profissional e outras simplesmente para obter algumas vantagens mesmo sabendo que é algo ilícito. Qualquer ato praticado que tendo ou não a intenção de evitar a obrigação tributária com a finalidade de pagar menos impostos é considerado ilegal e caracterizado como sonegação, a partir desses acontecimentos teremos o surgimento da sonegação de impostos, atos que podem ser descobertos em questão de minutos por fiscais ou auditores podendo ser praticados por pessoas físicas ou jurídicas. Alguns atos podem ser a omissão de informações nas declarações enviadas aos órgãos fiscalizadores como a Receita Federal, Secretaria da fazendo do Município e do Estado, INSS, emitir uma nota fiscal fria sem valor legal, não fornecer nota fiscal no ato da venda tratando-se de uma transação feita por alguém obrigado a emitir nota fiscal entre outros. Sempre que for constatada a sonegação, deverá ser julgada pela data dos atos, independente da data que foi descoberto pelos órgãos fiscalizadores. A sonegação de impostos está presente desde o início dos tributos e em todos os países, sendo em alguns de baixa frequência.
4.0 Como acontece a sonegação no Brasil
Em março de 2009, o IBPT - Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, publicou uma pesquisa sobre a Sonegação fiscal nas empresas Brasileiras. Conforme o estudo salientou, existem indícios de sonegação em 65% das empresas de pequeno porte, 49% das empresas de médio porte e 27% das grandes empresas. A sonegação é maior no setor industrial - isso ocorre, pois, o setor industrial representa o maior faturamento da economia do Brasil. Dentre os principais tipos de sonegação e as possíveis maneiras de serem identificados pelo Fisco, o estudo do IBPT apontou:
 a) Venda sem nota, com "meia" nota, venda com nota "calçada", duplicidade de numeração de nota fiscal: Depósitos em conta corrente da empresa, do sócio ou pessoa ligada a empresa (laranjas) são facilmente detectáveis pela fiscalização com a simples quebra do sigilo bancário - o que é bem comum de ocorrer. Outras formas muito simples de evidenciar um desses meios de sonegação são a simples contagem do estoque, o conhecimento de frete que acompanha a mercadorias e permite a fiscalização constatar se existe uma divergência de valores, etc.
 b) Compra de notas fiscais: Para identificar essa fraude, basta fazer a comparação dos documentos fiscais lançados em uma empresa com os documentos lançados pela outra empresa. 
c) Saldo negativo do caixa ou passivo fictício: É presumida a omissão de receita, e cabe ao contribuinte o ônus da prova. É costume "fabricar" contratos de mútuos para registrar entrada de dinheiro fictício através de empréstimos simulados, substituindo, assim, a receita com venda. Entretanto, em muitas vezes, especialmente quando se trata de pessoa física, o Fisco analisa se os envolvidos possuem recursos para contratar os empréstimos, o que pode ser, facilmente, identificado através do exame da declaração de imposto de renda ou da quebra do sigilo bancário.
d) Crescimento patrimonial incompatível dos sócios: Isso também caracteriza sonegação, quando o patrimônio dos sócios tem um acréscimo incompatível, sem que este tenha os recursos disponíveis.
 e) Apropriação indébita: Não recolhimento de tributos descontados de terceiros: Imposto de Renda Retido na Fonte, parte do INSS retido na folha de pagamento do funcionário, Contribuição sindical, ISSQN retido na Fonte, ICMS cobrado por Substituição Tributária, etc.. Além de sonegação, é considerado crime previsto no artigo 168 do Código Penal, com pena prevista de reclusão, de dois a cinco anos, e multa. 
f) Saldo de caixa elevado: Não é uma prática normal as empresas possuírem altos valores em caixa, desnecessários em relação a sua movimentação financeira ou sem motivo justificável. Recomenda-se a contabilização em contas separadas de cheques pré-datados, cheques em processo de cobrança e vales. Como exceções podem ser apontados as vendas em períodos de final de ano, feriados, etc. 
g) Distribuição de lucros disfarçada: São diversas as situações que podem caracterizar a distribuição de lucros disfarçada, mas os mais significativos são: 
· Vender um bem ao sócio ou pessoa ligada a ele por valor inferior ao valor de mercado;
· Comprar um bem do sócio ou pessoa ligada a ele por valor superior ao mercado;
· Alugar ou contratar serviços de sócio ou pessoa ligada a ele, por valores superiores aos valores de mercado; 
· Emprestar dinheiro a sócio ou pessoa ligada a ele, em condições que prejudiquem a empresa ou com vantagens que não sejam praticadas pelo mercado em geral; 
· Multas ou perdas de sinal em negócios (previsto no contrato) não cumprido com sócio ou pessoa ligada a ele; 
· Pagamentos de despesas particulares dos sócios; 
· Doações irregulares: Doações feitas para entidadesnão habilitadas ou com valor do comprovante superior ao que foi efetivamente doado.
4.1 Instrumentos do Fisco no combate à sonegação de impostos
 A fim de detectar maior quantidade casos, recuperar o crédito tributário e penalizar os responsáveis, tornando, dessa forma, cada vez menor o nível de sonegação no país, o Estado vem realizando práticas incisivas no combate à evasão fiscal. Neste capítulo serão apresentados os instrumentos utilizados pela fiscalização tributária do país, com o propósito de combater a sonegação fiscal.
“HAL”
Cadastro de clientes do sistema financeiro CCS, também apelidado como Hal, é um computador de alta capacidade, com inteligência artificial, instalado em Brasília, é utilizado para realizar o cruzamento de informações, combatendo fraudes, sonegações, lavagem de dinheiro, entre outros modelos de crimes com dinheiro. 
Portanto, com o a quebra do sigilo bancário, realizado pela Justiça, COAF, Ministério Público, Policia Federal e qualquer juiz consegue ter acesso a qualquer conta bancaria brasileira.
4.1.1 SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
O SPED pode ser definido com uma solução tecnológica, - uma modernização da sistemática do cumprimento das obrigações acessórias, transmitidas pelos contribuintes às administrações tributárias e aos órgãos fiscalizadores -, e que oficializa os arquivos digitais das escriturações fiscal e contábil dos sistemas empresariais dentro de um formato digital específico e padronizado. Representa a desburocratização e eficiências na entrega das informações de prestação de contas pelos contribuintes.
4.1.2 e-Social
Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas é um projeto do Governo Federal, que vai unificar o envio de informações pelo empregador em relação aos seus empregados. O eSocial reunirá e dará quitação a diversas obrigações que atualmente são enviadas em momentos e formas distintas. O aumento da arrecadação ocorrerá tendo em vista que, com o cruzamento de dados, em decorrência da implantação do eSocial, mudará a maneira de fiscalizar do Governo, uma vez que as empresas passarão a informar os seus débitos.
5.0 Crime de sonegação de impostos
São infrações de natureza tributária aprovada pelo Direito Penal. O crime de sonegação consiste no ato de deixar de declarar ou mentir para as autoridades fiscais, no intuito de não pagar ou pagar menos impostos.
A lei para sonegação de impostos ficou conhecida também como “Lei de sonegação fiscal” é a lei Lei nº 4.729 de 14 de Julho de 1965.
A lei descreve como se constitui o crime de sonegação de impostos através do decreto da Lei ° 1.060 de 1969 em seu primeiro artigo, nos demais artigos são descritas de forma clara que são considerados crimes de sonegação de impostos os seguintes atos:
· Prestar declarações falsas ou omitir informações necessárias ao fisco (total ou parcial)
· Alterar ou fraudar livros exigidos pelas leis fiscais
· Alterar faturas ou documentos relativos a operações mercantis com o propósito de fraudar a Fazenda Pública (são operações praticadas em mercados, como as que ocorrem nas bolsas de valores. Compra e venda de títulos e ações são exemplos de operações mercantis)
· Aumentar despesas para obter redução de impostos
Com base na Lei as penas para os crimes de sonegação variam de acordo com cada caso, como por exemplo:
1) Detenção de 6 meses a 2 anos e multa de duas a cinco vezes o valor do tributo.
2) Quando se tratar de um criminoso primário – A pena é reduzida a multa de dez vezes o valor do tributo.
3) Quando se tratar de funcionário público com atribuições de verificação, lançamento ou fiscalização de tributos, que concorrer para a prática do crime de sonegação fiscal, será punida com a pena deste artigo aumentado da terça parte, com a abertura obrigatória do competente processo administrativo.
5.1 Exemplo de caso de sonegação de impostos
A empresa Comércio de Artigos de Vestuário Ltda (Daslu) foi acusada de no ano de 2000 á 2004 terem efetuado vendas de praticamente 50% de seu movimento sem emitirem de fato as notas fiscais, cometendo assim o crime de omissão de informações ao fisco e com isso “eliminando” os devidos tributos.
O crime foi comprovado que a empresa sonegou o valor5 de R$ 21.703.604,46 de ICMS.
Com a comprovação destes crimes a empresa Daslu sofreu diversas punições tais como:
· A empresária recebeu a pena de 94 anos e seis meses (Eliana Tranchesi), a condenação incluiu outros crimes cometidos pela empresária como formação de quadrilha e falsidade ideológica.
· Além da empresária foram condenados a 53 anos de prisão o diretor financeiro (Antonio Carlos) e o dono de uma da maior importadora envolvida com fraudes chamada Multimport (Celso de lima).
· A empresa teve seu nome manchado por conta do escandalo
· Ocorreram demissões de funcionários 
O caso da empresa Daslu, enquadra-se de fato no ditado popular “O crime não compensa” através destes quatro pontos apontados acima podemos concluir que o prejuízo da empresa foi extremamente maior que qualquer supostamente “ganho” na época em que sonegavam os impostos, esta empresa é um claro exemplo de sonegação de impostos que assim como os outros são mal sucedidos e causam não só danos a empresa em si, trazem prejuízos a funcionários e até mesmo ao próprio “Nome” que perde muita credibilidade diante destas situações e neste caso acaba até com a prisão da dona.
6.0 Vantagens e desvantagens da sonegação de impostos
A desvantagem para a pratica da sonegação acontece por conta das suas consequências, a sonegação de impostos não prejudica somente os cofres públicos, mas também a empresa que deixa de pagar os tributos devidos. Os responsáveis pela sonegação podem responder por crime contra a ordem tributária (Lei n° 8.137/90). Dependendo do tipo de infração, além dos sócios, outros funcionários também podem ser responsabilizados pelo delito. 
Algumas das consequências para quem sonega são, para os crimes de sonegação fiscal no caso de réu primário, a pena é o pagamento de multa, com valor equivalente a dez vezes o valor do tributo. Porém, dependendo do caso, a multa pode chegar a 200% do total sonegado, acrescido de juros e correção monetária. 
Quando as obrigações tributárias não são cumpridas devido a erros de contabilidade, mas depois, voluntariamente, a empresa quita o débito com a Receita Federal, é cobrada multa de 20% sobre o valor da pendência, mais juros e correção monetária. 
Além de todas as consequências judiciais a reputação da empresa é colocada em questão, pois uma empresa que é investigada e condenada por sonegar impostos terá sua imagem no mercado prejudicada e perderá credibilidade perante clientes e fornecedores. 
Referente as vantagens, elas são enganosas pois a empresa acha que ela terá mais lucro, e realmente ela vai aumentar seu capital, porém, ao ser descoberto o crime, a empresa perderá tudo que ganhou e mais um pouco.
Conclusão
O primeiro registro de cobrança de impostos foi encontrado na mesopotâmia, ao decorrer dos anos a forma de realizar a cobrança de impostos foi sendo alterada de forma que fosse feita uma cobrança mais justa, de acordo com a renda do indivíduo, organização. Mesmo com as leis que buscam recolher tributos de forma justa, muitas organizações cometem a sonegação na intenção de diminuir o valor dos pagamentos, como uma forma de economia, ou até mesmo sonegam impostos inconscientemente. A sonegação de impostos é crime e a empresa ou indivíduo que for identificado realizando tal fraude terá que arcar com as consequências previstas em lei. Existem instrumentos que tem como objetivo identificar e minimizar a sonegação de impostos, porém ainda não é o suficiente para combater todas as fraudes.
Referencial Teórico
GDOOR Sistemas. Os perigos por trás da sonegação de impostos no Brasil. Disponível em: https://gdoor.com.br/sonegacao-de-impostos-no-brasil/ Acesso em: 14/05/2020.
IBPT. Brasil deixou de arrecadar R$ 345 bi por sonegação de impostos. Disponível em: https://ibpt.com.br/noticia/2734/Brasil-deixou-de-arrecadar-R-345-bi-por-sonegacao-de-impostosAcesso em: 18/05/2020.
JUSBRASIL. O que é a sonegação fiscal e qual é a pena para quem comete esse crime? Disponível em: https://studiofiscal.jusbrasil.com.br/artigos/147698540/o-que-e-sonegacao-fiscal-e-qual-a-pena-de-quem-comete-esse-crime Acesso em: 18/05/2020
OXFAM BRASIL. Você sabe como a sonegação de impostos afeta a sociedade? Disponível em: https://oxfam.org.br/blog/voce-sabe-como-a-sonegacao-de-impostos-afeta-a-sociedade/ Acesso em: 14/05/2020.
R7. Caso Daslu: Justiça condena empresário por sonegação de impostos. Disponível em: https://noticias.r7.com/sao-paulo/caso-daslu-justica-condena-empresario-por-sonegacao-de-impostos-14082013 Acesso em: 19/05/2020
RECEITA FEDERAL. Educação Fiscal para a cidadania. Disponível em: http://www.receita.fazenda.gov.br/publico/EducacaoFiscal/PrimeiroSeminario/11SupermercadodosTributosparaAlunosdoDF.pdf Acesso em: 15/05/2020.
SEBRAE. O que é sonegação de impostos? Disponível em: https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/ap/artigos/o-que-e-sonegacao-de-impostos,98428178de8c5610VgnVCM1000004c00210aRCRD Acesso em: 18/05/2020.
TOM, Carin. Descubra o que é a sonegação de impostos e como manter o controle fiscal. Disponível em: https://blog.contaazul.com/sonegacao-de-impostos Acesso em: 18/05/2020.
VELLOSO, Rodrigo. Uma breve história dos impostos. Disponível em: https://super.abril.com.br/historia/por-que-pagamos-impostos/ Acesso em: 15/05/2020. 
 
· PANDOLFI, Dulce (Organizadora). Repensando o Estado Novo. Rio de Janeiro: Ed. Fundação Getulio Vargas, 1999, Cap. 8. Disponível em: http://www.cpdoc.fgv.br Acesso em: 25/09/2010.
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