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Alterações de desenvolvimento e variações da normalidade

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ALTERAÇÕES DE DESENVOLVIMENTO E VARIAÇÕES DA NORMALIDADE
ORIGEM:
1. Congênita: da 3ª a 8ª semanas de vida intrauterina.
2. Hereditária: padrões de herança variados.
3. Adquirida: no decorrer da vida; fatores ambientais.
	LÁBIO
FOSSETAS/FÍSTULAS DA COMISSURA LABIAL:
· Pequenas invaginações da mucosa no limite do vermelhão dos lábios nos ângulos da boca.
· Falha na fusão dos processos maxilar e mandibular.
· Não associada a fendas.
· Congênitas; mas se originam tardiamente na vida.
Características clínicas:
· Fístulas cegas de 1 a 4 mm de profundidade.
· Assintomáticas e inócuas (mas podem drenar saliva – ductos de glândulas salivares menores).
· Uni ou bilaterais.
· Mais comum em homens adultos.
Não há necessidade de tratamento.
FOSSETAS/FÍSTULAS PARAMEDIANAS LABIAIS:
· Invaginações congênitas raras do lábio inferior.
Características clínicas:
· Fístulas laterais e simétricas em relação a linha média do vermelhão do lábio inferior, de fundo cego (mas podem drenar saliva).
· Assintomático.
· Associação com fendas: geralmente são herdadas como um traço autossômico dominante em combinação com a fenda labial e/ou palatina.
	Síndrome de Van Der Woude (autossômica dominante):
Forma mais comum de fendas sindrômicas.
Fossetas paramedianas labiais + fenda palatina + fenda labial. Pode apresentar hipodontia e anquiloglossia associadas.
LÁBIO DUPLO:
· Crescimento excessivo de tecido na mucosa labial; mais comum no lábio superior.
· Condição rara. Congênita ou adquirida.
· Visto quando o paciente sorri ou tensiona os lábios.
Excisão cirúrgica do tecido quando há finalidade estética. Quando apresenta-se leve/moderado, não há tratamento.
	Síndrome de Ascher:
Aumento atóxico da tireóide + blefarocalasia + lábio duplo.
GRÂNULOS DE FORDYCE:
· Glândulas sebáceas ectópicas na mucosa oral.
· Variação anatômica normal (acomete mais de 80% da população).
Características clínicas:
· Múltiplas pápulas amareladas ou branco-amareladas na mucosa jugal e porção lateral do vermelhão do lábio superior.
· Assintomática.
· Mais comum em adultos (fatores hormonais).
Tratamento e biópsia não são indicados.
LEUCOEDEMA:
· Condição comum (alteração edematosa) e benigna de causa desconhecida.
· Variação anatômica normal.
· Mais comum em mucosas pigmentadas (negros) e de fumantes.
Características clínicas:
· Aparência difusa, opalescente e esbranquiçada.
· Superfície pregueada: estrias esbranquiçadas (rugosidades).
· Lesões não destacáveis.
Diagnóstico: everte e distende a mucosa aspecto esbranquiçado diminui ou desaparece.
└ Isso é o que diferencia o leucoedema de lesões brancas comuns como a leucoplasia, o líquen plano e a candidíase.
 Semelhanças entre grânulos de Fordyce e leucoedema: localização - mucosa jugal, assintomático, não precisam de tratamento, coloração esbranquiçada, causa idiopática.
	LÍNGUA:
MICROGLOSSIA:
· Alteração incomum do desenvolvimento, de etiologia desconhecida, caracterizada por uma língua anormalmente pequena.
· Associação com outras condições: síndromes de hipogênese oro-mandibular-membros.
· Associada à hipoplasia de mandíbula e estreitamento da arcada inferior.
O tratamento varia de acordo com a natureza e gravidade da condição.
└ Cirurgia e ortodontia: melhora na função oral.
MACROGLOSSIA:
 
· Condição incomum caracterizada pelo aumento da língua.
Causas mais comuns: malformações vasculares e hipertrofia muscular.
└ Causas hereditárias e congênitas (malformações vasculares, linfangioma, hemangioma, neurofibromatose tipo 1, Síndrome de Down) ou adquiridas.
· Crianças (de leve a grave).
Características clínicas:
· Aumento difuso e liso ou nodular.
· Superfície fissurada e papilar em pacientes com Síndrome de Down (imagens).
Consequências: gagueira; obstrução das vias aéreas; língua crenada (edentações na margem lateral da língua); mordida aberta; prognatismo mandibular; a língua projetada para fora pode ressecar, ulcerar e infeccionar secundariamente ou até mesmo necrosar.
O tratamento depende da causa e gravidade (pode ser de leve a grave).
└ Fonoaudiólogo. Glossectomia em casos graves.
ANQUILOGLOSSIA (LÍNGUA PRESA):
· Alteração congênita. Freio lingual curto, freio lingual com inserção do ápice lingual (limitando os movimentos da língua) ou língua fusionada ao assoalho.
Dificuldades: amamentação, fonação, problemas psicológicos, higienização da boca.
Pode contribuir para o desenvolvimento da mordida aberta anterior.
Tratamento: fonoaudiólogo; frenectomia.
TIREOIDE LINGUAL:
Tecido tireoidiano ectópico entre a epiglote e o forame cego.
Características clínicas:
· Acomete mais mulheres.
· Normalmente assintomática, mas pode ser evidente.
· Varia de lesão nodular pequena a grandes massas que podem bloquear as vias aéreas.
· Sintomas: disfagia, disfonia e dispneia.
Diagnóstico: cintilografia da tireóide.
Evitar biópsia; risco de hemorragia ou a massa ser o único tecido funcional do paciente.
Tratamento: quando assintomático, nenhum; quando sintomático, terapia para reduzir o tamanho ou remoção cirúrgica.
LÍNGUA FISSURADA:
· Presença de fissuras ou sulcos no dorso da língua. Associação com a língua geográfica.
	Síndrome de Mellkerson Rosenthal:
Língua fissurada + paralisia facial + granulomatose orofacial (granulomas inespecíficos).
Características clínicas:
· Múltiplos sulcos ou fissuras na superfície da língua, variando entre 2 a 6 mm de profundidade.
· Assintomática, mas alguns pacientes podem relator ardência e dor.
· Aspecto clínico (anamnese + exame físico) já é suficiente para diagnóstico.
Tratamento: orientações de higiene.
LÍNGUA PILOSA (LÍNGUA PILOSA NEGRA):
· Diferente de leucoplasia pilosa e língua saburrosa.
· Acúmulo de queratina nas papilas filiformes no dorso da língua, resultando em uma aparência semelhante a pelos.
· Maior produção de queratina ou menor descamação de queratina normal.
Causa incerta: fumo (tabagistas crônicos), medicamentos, higiene oral deficiente, estado geral debilitado.
Características clínicas:
· Papilas alongadas são amareladas, acastanhadas ou enegrecidas (acúmulo de alimentos, colonização bacteriana, pigmentos do tabaco – halitose).
· Assintomática; náuseas e gosto desagradável na boca.
Diagnóstico: aspecto clínico.
Língua saburrosa: sem aumento de papilas ou queratina (sem projeções filiformes semelhante a pelos). Restos alimentares acumulados, bactérias e cristas epiteliais descamadas.
Leucoplasia pilosa: Placas brancas nas margens laterais da língua. Associada ao vírus Epstein-Barr e condições imunossupressoras (AIDS).
Tratamento: higiene oral adequada, escovação e raspagem da língua, eliminação de fatores associados.
VARICOSIDADES:
Diferente de hemangioma.
· Vasos anormalmente dilatados e tortuosos que aparecem no assoalho da boca e língua devido a diminuição no tônus do TC ao redor dos vasos (idade).
Variz sublingual: vesículas papulares ou elevadas, múltiplas, azul-púrpura, na margem lateral e ventre da língua. Sem tratamento.
Variz solitária: lábios e mucosa jugal; volume azul purpúreo, firme e indolor.
Diagnóstico - manobra semiotécnica: vitropressão ou diascopia; comprime a área com uma lâmina de vidro. Usada para diferenciar lesões pigmentares de vasculares.
Tratamento: remoção cirúrgica.
______________________
EXOSTOSES:
· Semelhante ao tórus com localização diferente.
· Protuberâncias ósseas localizadas que surgem da cortical óssea. Benignas.
Exostoses vestibulares: aumentos ósseos bilaterais ao longo da face vestibular dos rebordos alveolares.
Exostoses palatinas: lado lingual.
Exostoses solitárias: resposta à irritação local.
Exostose subpôntica reacional: por baixo de um pôntico ou uma prótese fixa na região posterior.
Diagnóstico: raio X para excluir outras lesões. Biópsia quando há dúvidas.
Tratamento: remoção para acomodar prótese, ou quando há ulceração recorrente e interferência da função oral.
TÓRUS PALATINO:
· Exostose comum que ocorre na linha média do palato duro.
· Multifatorial: origem genética + fatores ambientais.
· Plano, nodular, alongado ou lobular.
RX:
· Radiopacidade em radiografias periapicais quando o filme é colocada pordetrás do tórus numa tomada radiográfica.
Tratamento: remoção para acomodar prótese, ou quando há ulceração recorrente e interferência da função oral.
TÓRUS MANDIBULAR:
· Exostose comum que se desenvolve ao longo da superfície lingual da mandíbula.
· Multifatorial: origem genética + fatores ambientais.
RX:
· Radiopacidade superposta às raízes dentárias em radiografias periapicais.
· Protuberância óssea acima da linha milo-hioidea, na região de pré-molares.
Tratamento: remoção para acomodar prótese.
FENDAS OROFACIAIS:
· Distúrbios no crescimento ou na fusão dos processos teciduais que formam a face.
Fenda labial: fusão defeituosa do processo nasal mediano e processo maxilar. Completa (nariz) ou incompleta.
Fenda palatina (menor expressão: úvula bífida): falha na fusão das cristas palatinas.
FL + FP: acometem mais homens.
FP: acomete mais mulheres.
· Associadas com cerca de 300 síndromes.
· Fatores genéticos ou ambientais (etilismo e tabagismo materno, deficiência de ácido fólico, uso de corticoesteroides, terapia com anticonvulsivante).
· Uni ou bilateral.
Outras:
Fenda facial lateral: não fusão dos processos maxilar e mandibular; uni ou bilateral; desde a comissura labial até a orelha, resultando em macrostomia.
Fenda facial oblíqua: se estende do lábio superior ao olho.
Fenda mediana do lábio superior: falha na fusão dos processos nasais medianos.
	Sequência de Pierre-Robin: FP (forma de U e mais larga que a FP isolada) + micrognatia mandibular + glossoptose (deslocamento posterior e inferior da língua obstrução das vias aéreas). Isolada ou associada a outras anomalias/síndromes.
Dificuldades: estética, fala, alimentação, má oclusão.
Tratamento: abordagem multidisciplinar.
Cirurgia reparadora envolve múltiplos procedimentos primários e secundários durante a infância. Fechamento primário do lábio, correção do palato. Uso de aparelhos protéticos e ortopédicos (para expandir a maxila antes do fechamento do defeito no palato). Enxertos ósseos autógenos na região defeituosa do osso alveolar. Procedimentos ortognáticos e enxerto de tecido mole (para melhorar função estética). Aconselhamento genético para paciente e sua família.
As fendas orofaciais podem estar associadas a múltiplas síndromes, o que não compromete apenas a função do sistema estomatognático (área de atuação do dentista), comprometendo também o desenvolvimento da fala (fonoaudiólogo), alterações estéticas (médico) e consequências psicológicas (psicólogo).
OBS – Fenda palatina total: narina, lábio superior, palato mole, palato duro, úvula, assoalho da cavidade nasal.
Ana Caroline Peçanha – 2018/2 – UFES

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