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Teresa Raquel – Med XV Emergências relacionadas a drogas e álcool TERCEIRO CICLO – PRIMEIROS SOCORROS Várias pessoas abusam de drogas e álcool ou usam substâncias de forma indevida; O alcoolismo, que não tem cura, mas deve ser tratado para não se tornar fatal, atinge pessoas de todas as classes sociais e de todas as faixas etária. O álcool é a droga mais consumida nos Estados Unidos. Está diretamente ligado a acidentes automobilísticos. Causa maior propensão a certas lesões, enfermidades e doenças infecciosas. Muitas emergências envolvem overdose, a intoxicação por uma droga. A maioria envolve usuários habituais de drogas, mas a overdose pode ser acidental ou intencional. Obs: Não esquecer de casos de tentativa de auto extermínio. Podem causar efeitos imediatos (vômito, cefaleia, rebaixamento de nível de consciência) ou a longo prazo (cirrose, lesões no SNC, danos familiares). Geralmente não é possível identificar qual droga a vítima tornou (por que ela chega ao serviço médico em coma). BRASIL: No brasil, 6% da população tem problemas graves envolvendo o álcool. O álcool está envolvido em 70% dos homicídios, 40% dos suicídios, 50% dos acidentes fatais, 60% dos afogamentos e queimaduras fatais. • RECONHECENDO A EMERGÊNCIA: Para ajudar a determinar se a emergência está relacionada ao uso de drogas ou álcool, siga as etapas: Examine se a área ao redor da vítima apresenta evidências de uso de drogas ou álcool. Procure sinais de pílulas ou comprimidos parcialmente digeridos na boca da vítima. Sinta o hálito (cetônico). Pergunte para familiares ou testemunhas presentes. (O que ele bebeu, quanto, se tinha pensamento suicida). • IDENTIFICANDO EMERGÊNCIAS FATAIS: Inconsciente, dificuldade respiratória, febre (por vasodilatação), pulso anormal ou irregular, vômitos em estado de consciência parcial, convulsão, TEC. Pode haver evolução para uma parada respiratória. Os parâmetros avaliados são os mesmos da Escala de Coma de Glasgow, porém, esse nome não deve ser usado, uma vez que essa escala é destinada a pacientes, pós trauma, que não fizeram o uso de álcool ou drogas. O paciente deve ser avaliado a cada 30 minutos. O álcool é depressor do SNC, que em doses elevadas pode ser fatal. É totalmente absorvido pelo estômago e trato digestivo em até 2 horas após sua ingestão, é absorvido e distribuído rapidamente pela corrente sanguínea se acumulando no cérebro. O alcoolismo é uma doença crônica. CUIDADO: não determine de imediato que um indivíduo com hálito de álcool esteja alcoolizado. Em acidentes de trânsito, ao escrever que o paciente estava com hálito etílico, corre-se um grande risco, pois qualquer dano trará penalidades judiciais a ele. Por isso, é recomendável escrever as características com que o paciente chegou ao hospital (pouco cooperativo, fala arrastada, etc). Quando o próprio paciente dizer que bebeu, anota-se: “paciente relata que bebeu...”) • SINAIS DE INTOXICAÇÃO: Odor de álcool, desequilíbrio corporal, fala arrastada, sonolência, comportamento violento, marcha cerebelar. • EFEITOS: O álcool é um depressor. Ele afeta a capacidade de julgamento, visão, tempo de reação e coordenação. Quando ingerido com outro depressores o efeito pode ser amplificado. Em quantidades muito elevadas pode paralisar o centro respiratório, levando a morte. • TRATAMENTO: Ofereça o mesmo nível de atenção que oferecia a qualquer outro doente. Monitore constantemente os sinais vitais (glicemia, ECG) Teresa Raquel – Med XV Posicione a vítima de modo a evitar a aspiração. Proteja a vítima contra autoflagelação. OBS: Não sedar o paciente, a menos que ele seja um risco para a equipe de saúde. • CONSUMO EXCESSIVO DE ÁLCOOL: Outro problema com o álcool é o consumo excessivo, ou libação alcoólica, prática bastante comum em jovens que buscam diversão por meio da ingestão excessiva de bebidas alcoólicas que causam inconsciência e vômitos frequentes. A síndrome de abstinência ocorre após uma redução na quantidade de álcool que a pessoa bebe. Também pode acontecer quando os níveis de álcool reduz no sangue após uma intoxicação grave. Há 4 estágios: Estágio 1: náuseas, insônia, suor e vômito (8 horas). Estágio 2: agravamento dos sintomas (8 a 72 horas) Estágio 3: crises convulsivas (48 horas). Estágio 4: Delirium Tremens. • DELIRIUM TREMENS: Condição grave e potencialmente fatal, com taxa de mortalidade de 15%. Pode ocorrer de 1 a 14 dias após a última dose ingerida de álcool, sendo mais comum entre 2 a 5 dias. Sinais e sintomas: Confusão profunda, tremores, febre alta, pupilas dilatadas, transpiração abundante, insônia, náuseas, diarreia, alucinações, perda da memória, inquietação. • AVALIAÇÃO E TRATAMENTO: 1) Garanta sua segurança. 2) Forneça uma base da realidade. 2.1) Identifique. 2.2) Utilize o nome da vítima. 2.3) Antecipe as preocupações. 2.4) Seja calmo e claro. 3) Forneça apoio não verbal apropriado. 3.1) Contato visual. 3.2) Seja calmo e gentil. 3.3) Se possível, não toque a vítima. 4) Encoraje a comunicação. 4.1) Faça contato direto. 4.2) Faça perguntas simples e claras. 5) Encoraje a confiança. 5.1) Não julgue. 5.2) Não acuse. 5.3) Ouça com atenção. • ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA: O objetivo imediato do atendimento de emergência é a avaliação cardiopulmonar e estabilizar as funções de suporte básico de vida. O objetivo principal é manter as vias aéreas desobstruídas. • DROGAS ILÍCITAS: Existem várias drogas ilícitas e lícitas que se usadas de forma inapropriadas podem se tornar um vício. ALUCINÓGENOS: Ácido lisérgico dietilamida (LSD), Fenciclidina (PCD), Quetamina. ESTIMULANTES: Cocaína, Ritalina, Metanfetamina. DEPRESSORES/NARCÓTICOS: Heroína, Diazepam. • TRATAMENTO: 1) Assegure sua segurança pessoal. 2) Acione o SRM. 3) Monitore as vias aéreas, respiração e circulação da vítima. 4) Forneça suporte à vítima. 5) Monitore os sinais vitais até chegada do SRM. SINAIS E SINTOMAS: dependem do tipo de droga e dose, podendo ser alucinações, agitação, agressividade, pupilas dilatas, desmaios.