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LETÍCIA TAVARES CÁRIE Um dos principais problemas de saúde pública no Brasil Educação em saúde bucal: ferramenta de combate Classe baixa menos esclarecida que as classes média e alta Serviço Público Frequência de Cárie Aumento com a idade 11 anos (NE): 1,96 15 anos (NE): 2,28 NE maiores índices que o restante do Brasil CPO-D Relação profundidade – seriedade Acúmulo de biofilme na superfície dentária A resposta imunológica da cárie só inicia quando chega na dentina, já que o esmalte é um tecido acelular. Etiologia Hospedeiro – dente: componentes salivares, nível de higiene bucal, nichos de retenção, exposição a fluoretos Tempo Microbiota: microrganismo cariogênico Dieta: rica e frequente em carboidratos fermentáveis. Fatores de risco Fatores retentivos de biofilme Aparelho ortodôntico Calculo dentário Restauração com defeitos (gaps) Próteses e implantes mal adaptados Microbiota – descompensada Estreptococos mutans - colonização inicial: adesão à película adquirida - molécula de adesão célula- matriz e célula-célula - adesão a outros microrganismos Actinomices - colonização secundária: cáries radiculares - moléculas de adesão célula- matriz e célula-célula (versátil) - adesão a outros microrganismos (periodontal) Lactobacilos - colonização secundária: adesão a outras bactérias - moléculas de adesão célula- célula específica - produção de ácidos Dieta cariogênica Anamnese - diário alimentar - entrevista e questionários - método de mensuração do peso Dietas ricas em açúcares - tempo de exposição IMUNOLOGIA IMUNOLOGIA DA CÁRIE LETÍCIA TAVARES - crianças de risco (baixas quantidade e elevado tempo de exposição) Dieta e fatores modificadores Escolaridade Classe social Renda Comportamentos Atitudes Conhecimento FISIOPATOLOGIA DA CÁRIE As bactérias irão metabolizar e isso faz com que o pH do meio caia, quando cai para valores abaixo de 5,5, começa o processo de DESMINERALIZAÇÃO, mas depois de 30 min ocorrem processos metabólicos e o pH volta a subir e então ocorre a REMINERALIZAÇÃO. Nesse primeiro caso, a pessoa ingere uma grande quantidade de doce ou alimentando cariogênico de uma única vez, ocorre o processo de desmineralização e remineralização do dente. Já no segundo caso, a pessoa come alimentos cariogênicos todos os dias, em pequenas quantidades, com isso sofre gradativamente o processo DES- RE. A pessoa 2 perdeu muito mais cálcio e fosfato da superfície dentária do que a pessoa 1, por isso tem mais chances de desenvolver um processo carioso. Desafio cariogênico Fluorapatita (pH 4,5) aguenta uma desmineralização maior do que a hidroxiapatita (pH 5,5) Fluorapatita Desmineralização – pH < 4,5 Remineralização – Ph > 4,5 Hidroxiapatita Desmineralização – pH < 5,5 Remineralização – pH > 5,5 Repetição e ciclos Perda de material mineralizado Cavitação CAVITAÇÃO Velocidade e intensidade dos ciclos DES-RE Fatores protetores Esmalte e dentina Saliva Fluido gengival/crevicular Higiene oral SALIVA: Possui fatores não pertencentes às imunoglobulinas - lizosimas (lise de peptideogli- canos) - lactoferrinas (bacteriostática) - peroxidases (peroxidase salivar e MPO) - cromoglinina A (Gram + e fun- gos) - cistina (regular produção de ci- tocinas dos fibroblastos gen- givais) Fatores pertencentes às imuno- globulinas: - IgA (80%) LETÍCIA TAVARES - IgG (pequenas quantidades) - IgM (baixa eficácia e pequenas quantidades) Fluido gengival/crevicular Película adquirida Biofilme supra e subgengival Fatores de agressão Qualidade da microbiota Dieta cariogênica Idade Fatores modificadores Educação Nível sócio-econômico IMUNOLOGIA DA CÁRIE Pesquisa aponta presença de receptor Toll Like – 2 e 4 nos prolongamentos de odontoblastos, por isso que se tem uma resposta inflamatória na polpa, pelos receptores de PAMPs nos prolongamentos. Produção de citocinas pró-inflamatórias que ativam o processo imune na polpa. Causa dor, edema (dentro da polpa) Líquido tissular inflamação no ápice do dente