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Agravo Interno - Processo Civil 3

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EXMOS. SRS. DESEMBARGADORES DA __ CÂMARA CÍVEL DO EGRÉGIO 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS – UNIDADE RAJA 
GABÁGLIA 
 
AGRAVO INTERNO Nº 1.0024.14.322497-0/001 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONSTRUTORA TENDA S/A, já devidamente 
qualificada nos autos do processo em epígrafe, interposto contra a r. decisão 
na Ação Ordinária Declaratória C/C Obrigação de Fazer, ajuizada por 
CONDOMÍNIO RESIDENCIAL TORONTO, que negou provimento ao Agravo 
de Instrumento interposto, vem respeitosamente perante V. Exas., por seu 
procurador signatário, novamente com fulcro no artigo 1.021, do CPC/15, 
interpor AGRAVO INTERNO, pelas razões de fato e direito em anexo 
aduzidas. 
 
 Termos em que, pede espera deferimento. 
 
Belo Horizonte, 26 de fevereiro de 2021. 
 
 
 
 
Krícia Pires Coelho 
OAB/MG - XXXXXXXXX 
 
 
 
 
 
 RAZÕES DO AGRAVO INTERNO 
 
 
 
 
AGRAVANTE: CONSTRUTORA TENDA S/A 
AGRAVADO: CONDOMÍNIO RESIDENCIAL TORONTO 
AGRAVO DE INSTRUMENTO ORIGINÁRIO: 1.0024.14.322497-0/001 
 
 
ÍNCLITOS DESEMBARGADORES, 
 
Trata-se de Agravo Interno, interposto em face da 
r. decisão proferida pelo I. Desembargador-Relator, nos autos do agravo de 
instrumento, interposto contra o r. despacho de primeiro grau que, 
entendendo pela tempestividade da ação, rejeitou prejudicial de mérito e não 
acolheu as alegações de prescrição e/ou decadência, ajuizada pelos 
agravados. 
 
Interposto agravo de instrumento, os autos foram 
distribuídos ao I. Desembargador Relator que, em decisão monocrática, 
negou provimento ao recurso de agravo de instrumento. 
 
Interposto Agravo de Instrumento, para surpresa 
da Agravante, o I. Desembargador Relator, utilizando-se de mera 
interpretação jurisprudencial errônea, sem qualquer embasamento em 
dispositivo legal, proferiu decisão monocrática, não conhecendo do Agravo de 
Instrumento interposto. 
 
Com efeito, a r. decisão proferida no Agravo de 
Instrumento, pelo I. Desembargador Relator é totalmente equivocada, visto 
que o Agravo de Instrumento foi devidamente amparado pelo Art. 1.105, II e 
487, II, ambos do CPC/15. É o que se passa a demonstrar. 
 
Com efeito, ao proferir a decisão de fls., negando 
provimento, em julgamento monocrático, ao Agravo de Instrumento 
interposto, o I. Desembargador Relator, já utilizou da faculdade que lhe é 
conferida pelo inciso III, do artigo 932, do CPC, pelo que, com redobradas 
vênias, não há previsão legal para decidir, monocraticamente, o Agravo 
Interno interposto pela Agravante, razões pelas quais o mesmo ser levado a 
julgamento pela Eg. Câmara. 
 
 
 
Na verdade, Egrégia Câmara, com a decisão 
monocrática proferida, o I. Desembargador Relator está impedindo o 
julgamento do Agravo pela c. Turma, o que fere de morte o amplo direito de 
defesa da Agravante, lhe assegurado pelo inciso LV, do artigo 5º, da 
Constituição da República, além de decidir sem nenhum amparo legal, visto 
que já utilizou da prerrogativa prevista no inciso III, do artigo 932, do CPC, 
quando do julgamento monocrático do Agravo de Instrumento, não havendo 
qualquer previsão legal para inadmitir ou mesmo não conhecer de Agravo 
Interno, monocraticamente. 
 
Desse modo, o Agravo Interno deve ser apreciado 
e julgado pela Eg. Turma, conforme razões que ora se formula e também 
reproduz: 
 
Contrariamente ao fundamento constante do da r. 
decisão monocrática, ora agravada, a Agravante não pretendeu, em 
nenhum momento, sanar omissão ou contradição alguma, mas sim 
obter um novo pronunciamento jurisdicional, por entender equivocada a 
r. decisão proferida, razão pela qual não era o caso de interposição de 
Embargos de Declaração, pelo que também não seria o caso de aplicação do 
princípio da fungibilidade de recursos. 
 
Ademais, contrário àquilo narrado no Voto do I. 
Desembargador, é passível de Agravo de Instrumento recurso que verse 
sobre a decisão que não acolheu prejudiciais de prescrição e/ou decadência. 
 
Não bastasse o quanto já exposto, nos 
fundamentos da r. decisão monocrática, que inadmitiu o Agravo de 
Instrumento interposto, entendeu o I. Des. Relator que, sendo a agravante 
uma instituição financeira, por equiparação, aplica-se o Código de Defesa do 
Consumidor, transcrevendo, inclusive, a Súmula nº 297, do STJ, entendendo 
pela vulnerabilidade AUTOMÁTICA dos consumidores agravados, bem como 
de que “a relação fique ao abrigo do Código de Defesa do Consumidor.” 
 
Ocorre, Exas., que não há na r. decisão de 
primeiro grau, nem nas r. decisões monocráticas proferidas a presença dos 
requisitos legais para tal deferimento, quais sejam: a verossimilhança das 
 
 
alegações e a prova da hipossuficiência, o que consta, inclusive, da 
contestação apresentada pela Agravante, bem como nas razões do agravo de 
instrumento e do Agravo Interno interposto. 
 
Ao contrário do que restou fundamentado, o 
inconformismo da agravante não é porque o juiz de primeiro grau, nem o I. 
Desembargador-Relator entenderam que o presente caso é de relação de 
consumo e, portanto, aplica-se o código de defesa do consumidor. 
 
Na verdade, tais entendimentos, é de somenos 
importância. 
 
O que a agravante deixou claro nas razões do 
recurso de agravo de instrumento, é que, ainda que se se trate de relação de 
consumo, não resta comprovado nos autos os requisitos legais exigidos para 
o não-acolhimento das alegações de prescrição e decadência pautadas no 
CDC, quais sejam: a verossimilhança das alegações e a prova da 
hipossuficiência dos agravados. 
 
Mas a r. decisão agravada entendeu que, em se 
tratando de relação de consumo, a aplicação dos prazos prescricionais e de 
decadência do CDC se torna automática, o que, data venia, não procede, 
visto que para tal inversão é necessário a presença dos citados requisitos 
legais, o que não se verifica no presente caso, razão da necessária reforma 
da d. decisão agravada. 
Concessa venia, inobstante o incomensurável 
saber jurídico do I. Desembargador-Relator, prolator da r. decisão agravada, 
tem-se que a mesma, não está em consonância com a Lei e a jurisprudência 
desse Eg. Tribunal. 
 
Note-se que tal decisão cerceia o direito de defesa 
da agravante, o que é vedado pelo inciso LV, do artigo 5º, da Constituição da 
República. 
 
DA ADMISSIBILIDADE DE AGRAVO DE 
INSTRUMENTO CONTRA DECISÕES 
INTERLOCUTÓRIAS QUE REJEITAM A 
ALEGAÇÃO DE PRESCRIÇÃO/DECADÊNCIA 
 
 
 
Outrossim, verifica-se sem muito esforço que 
merece reforma a r. decisão ora agravada, que negou provimento ao recurso 
de agravo de instrumento, mantendo o não acolhimento das alegações 
preliminares da Agravante, decretada em primeira instância. 
 
Ora, ao contrário do quanto decidido, por versar 
sobre o mérito do processo (cf. inciso II do artigo 487 do CPC/15), é 
cabível o agravo de instrumento contra a decisão que rejeita a alegação 
de prescrição e/ou decadência (inciso II do supra transcrito artigo 
1.015). 
 
A r. decisão monocrática, inclusive, fez alusão ao 
entendimento pacífico de que é admitido agravo de instrumento para recorrer 
de decisão que acolheu as prejudiciais de mérito de prescrição e decadência. 
Assim, não resta tutelada o entendimento do I. Desembargador de que sobre 
a mesma matéria possa haver entendimentos distintos a depender da decisão 
pronunciada. Ora, se é passível a admissibilidade de agravo de instrument 
contra decisão que acolheu as alegações sobre uma matéria, também será 
passível de agravo de instrumento decisão que a rejeitou. 
 
Ademais, o rol taxativo do Art. 1.105 do CPC/15 
abarca referida matéria. Por versar sobre o mérito do processo (cf. inciso II do 
artigo 487 do Código de Processo Civil), é cabível o agravo de instrumento 
contra a decisão que rejeita a alegação de prescrição e/ou decadência (inciso 
II do supra transcrito artigo 1.015). 
 
Com efeito, nessa mesma linha de entendimento, esta egrégia Corte já 
decidiu esta a. Câmara: 
 
PROCESSUAL CIVIL. HIPÓTESES DE 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. ROL 
TAXATIVO. INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA.POSSIBILIDADE. DECISÃO QUE AFASTA A 
PRESCRIÇÃO E A DECADÊNCIA. 
POSSIBILIDADE DE INTERPOSIÇÃO DO 
RECURSO. 1. É certo que as hipóteses de 
Agravo de Instrumento trazidas pelo CPC de 
 
 
2015 são taxativas, mas também é certo que o 
exegeta pode valer-se de uma interpretação 
extensiva. 2. A decisão sobre prescrição e 
decadência é, consoante o art. 487, II, de 
mérito, não havendo razão para somente 
permitir a interposição de Agravo de 
Instrumento da decisão que reconhece os dois 
institutos. 3. É inadequada a preclusão 
prematura da decisão que afasta as prejudiciais 
de mérito elencadas na contestação, razão pela 
qual, por meio de interpretação extensiva, 
deve-se reconhecer a possibilidade de 
interposição de Agravo de Instrumento nesses 
casos, ou mesmo por interpretação literal, 
diante do teor do art. 1.015, II, do CPC. 4. 
Recurso Especial conhecido e provido. (REsp 
1695936/MG, Rel. Ministro HERMAN 
BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 
21/11/2017, DJe 19/12/2017). 
 
 
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - 
AÇÃO DE COBRANÇA - PRELIMINAR - NÃO 
CONHECIMENTO DO RECURSO - ROL DO 
ARTIGO 1.015, II, DO CPC - REJEITADA - 
SEGURO DE VIDA EM GRUPO - INVALIDEZ - 
PRESCRIÇÃO - ARTIGO 206, PARÁGRAFO 
1º, II, DO CÓDIGO CIVIL - TERMO INICIAL - 
CIÊNCIA DO FATO GERADOR - 
REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO - 
PRESCRIÇÃO - OCORRÊNCIA. Haverá 
decisão de mérito quando o Juiz decidir, de 
ofício ou a requerimento da parte, sobre a 
ocorrência de decadência ou de prescrição 
(artigo 487, II, do CPC) e, por consequência, 
está expressamente previsto no artigo 1.015, II, 
do CPC, que dessa decisão cabe agravo de 
instrumento. De acordo com o art. 206, § 1º, II, 
 
 
do Código Civil, o prazo prescricional para o 
segurado acionar a seguradora é de 01 (um) 
ano a contar da ciência do fato gerador. 
Constatado que entre a data da ciência 
inequívoca do fato gerador da pretensão e a 
data do requerimento do pagamento da 
indenização decorreu prazo superior a 01 (um) 
ano, deve ser acolhida a prescrição. (TJMG - 
Agravo de Instrumento-Cv 1.0024.14.014730-
7/001, Relator(a): Des.(a) José Augusto 
Lourenço dos Santos , 12ª CÂMARA CÍVEL, 
julgamento em 25/10/2017, publicação da 
súmula em 26/10/2017). 
 
 
Desse modo, resta comprovado o equívoco da v. 
decisão agravada – que, inclusive, é contrária as próprias decisões dessa 
Eg. Câmara - visto que presentes os requisitos legais para a interposição 
de agravo de intrumento, conforme exige o próprio artigo 1.105 do 
CPC/15 , razão do conhecimento e provimento do presente recurso. 
 
DOS REQUERIMENTOS 
 
5.1. Posto isso, a Agravante requer a V. Exas: 
 
a). conhecer e dar provimento ao presente 
AGRAVO INTERNO, para decretar a nulidade da r. decisão monocrática, 
proferida no Agravo Interno interposto, com julgamento do mesmo pela Eg. 
Turma e, de qualquer forma, afastar/cassar a r. decisão agravada – proferida 
pelo I. Des. Relator - determinando o prosseguimento normal do agravo de 
instrumento interposto, com posterior exame e provimento do mesmo, 
inclusive com o deferimento da tutela de urgência/efeito suspensivo ali 
pleiteado e, posteriormente, confirmá-la in totum; 
 
b). ou, em qualquer hipótese, conhecer e dar 
provimento ao referido agravo de instrumento para, cassando ou tornando 
sem efeito o r. despacho agravado de fl. daqueles autos, que negou 
prerrogativa de prescrição ou decadência, a determinar a extinção do feito, 
 
 
com a condenação dos mesmos no pagamento das custas e despesas 
processuais. 
 
 Belo Horizonte, 26 de fevereiro de 2021 
 
 
 
XXXXXXXXX 
OAB/MG - XXXXXXXXX

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