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Inibidores da Síntese da Parede Celular

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MayaraKelly
 Interferem seletivamente na síntese da
parede celular bacteriana
Lembrando: a parede celular é composta de
um polímero de peptideoglicano, que consiste
em unidades de glicano unidas umas às
outras por ligações peptídicas
 Membros mais importantes: β-lactâmicos
(penicilinas, cefalosporinas, carbepenemos,
monobactamos), vancomicina e
daptomicina
Penicilinas
 Estão entre os fármacos mais
amplamente eficazes e menos tóxicos
conhecidos
 O aumento da resistência bacteriana
a penicilina limitou o seu uso
 São suscetíveis à inativação pelas β-
lactamases
 Diferem entre si no substituinte R ligado
ao ácido 6-aminopenicilânico
Mecanismo de ação
 Interferem na última etapa da síntese
da parede bacteriana, as ligações
cruzadas ou transpeptidação
 Resultando em uma membrana
osmoticamente menos estável e
provocando a sua lise
 São bactericidas
 Tempo-dependentes
 Eficazes apenas contra microrganismos
em crescimento rápido e que sintetizem a
parede celular
 Inativada contra microrganismos
sem essa estrutura
Espectro bacteriano
 Gram-positivos: têm paredes celulares
facilmente atravessadas pelas
penicilinas
 Gram-negativos: sua membrana possui
proteínas inseridas que atuam como
canais cheios de água, que permitem a
passagem transmembrana das penicilinas
Penicilinas naturais
 Obtidas pela fermentação do fungo
Penicillium chrysogenum
 Benzilpenicilina (penicilina G)
 Agem contra gram-positivos e cocos
gram-negativos
 Tratamneot de infecções
estreptocócicas
 Amigdalites
 Erisipela
 Fármaco de escolha no tratamento
de: sífilis e gangrena gasosa
 Administrada por via IM e servem
como formas de deposito
MayaraKelly
 Fenoximetilpenicilina (penicilina V)
 Espectro similar ao da penicilina G
 Escassa absorção
 Tratamento de algumas infecções
 Via oral
Penicilinas antiestafilocócicas
 Meticilina, nafcilina, oxacilina e
dicloxaciina
 São resistentes à β-lactamases
 Uso restrito no tratamento de infecções
por estafilococos produtores de
penicilinase
 S. aureus sensível a meticilina (MRSA)
 Atividade mínima ou nula contra
infecções gram-negativas
Penicilinas de espectro estendido
 Ampicilina e amoxicilina
 Espectro similar ao da penicilina G
 Primeiras a agir contra Enterococos e
Bacilos gram negativos
 A amoxicilina apresenta-se via oral
 Mais eficazes contra gram-negativos
 Utilizadas no tratamento de infecções
respiratórias
 A resistência a esses antimicrobianos é um
problema clinico
 Inativação por penicilinase mediada
por plasmídeo
 Geralmente junto a esses fármacos há a
associação com um inibidor da β-
lactamase
 Ácido clavulânico ou sulbactam
 Protegem as penicilinas da hidrolise
enzimática
Penicilinas antipseudomonas
 Piperacilina e ticarcilina
 Atividade contra Pseudomonas
aeruginosa
 Via intravenosa ou intramuscular
 Eficazes contra vários bacilos gram-
negativos
 Associações com ácido clavulânico ou
tazobactam estendem o espectro
antimicrobiano
Resistencia
 Resistencia natural
 Microrganismos que não possuem a
parede celular
 Microrganismos que possuem parede
celular impermeável aos fármacos
dessa classe
 Resistencia adquirida
 Atividade β-lactamase
 As beta-lactamases são uma
família de enzimas que hidrolisam
a ligação amida cíclica do anel β-
lactâmico = perda da atividade
bactericida
 Adquirida por mutação ou pela
transferência de plasmídeos
 Gram-positivos: inativam os
fármacos extracelularmente
 Gram-negativos: inativam os
fármacos no espaço
periplasmático
 Diminuição da permeabilidade ao
fármaco
 Impede de alcançar as PLPs
alvo
 Presença de bombas de efluxo
 Diminuição da penetração do
antimicrobiano
 PLPs alteradas
 Menor afinidade pelos
antimicrobianos
Farmacocinética
 Administração
 Determinada pela estabilidade do
fármaco ao suco gástrico e pela
gravidade da infecção
 Absorção
 Incompletamente absorvida por via
oral
 O alimento diminui a absorção de
todas as penicilinas penicilinase-
resistentes
MayaraKelly
 Devem ser ingeridas em jejum
 Distribuição
 Se distribuem bem pelo organismo
 Excreção
 Pacientes com insuficiência renal
precisam de ajuste na dose
 Exceto a nafcilina e a oxacilina
 São excretadas pelo leite
Reações adversas
 Hipersensibilidade
 Diarreia
 Nefrite
 Neurotoxicidade
 Toxicidade hematológica
Cefalosporinas
 Relacionados estrutural e
funcionalmente com as penicilinas
 Bactericidas
 Mais resistente a ação das β-lactamases
 Produzida semissinteticamente
 Acréscimo de cadeias laterais ao
ácido 7-amino-cefalosporânico
Espectro bacteriano
 1ª geração
 Cefalexina
 Uso em gestantes
 Substitutas da Benzilpenicilina
 Resistentes à penicilinase do
estafilococo
 Atividade contra cocos gram-positivos
 Não são ativas contra a MRSA
 2ª geração
 Cefotetano e cefoxitina
 Maior atividade contra três
microrganismos gram-negativos
 H. influenzae
 Enterobacter aerogenes
 Algumas espécies de Neisseria
 Nenhum é fármaco de primeira
escolha
 Crescente prevalência de
resistência do B. fragilis
 3ª geração
 Cefriaxona, ceftazidima e cefotaxima
 Menos potentes que as cefalosporinas
de 1 geração contra MRSA
 Atividade aumentada contra bacilos
gram-negativos e algumas bactérias
gram-positivas
 4ª geração
 Cefepima
 Amplo espectro de ação
 Uso restrito hospitalar
 Geração avançada
 Ceftarolina
 Administrada por via IV como um
pró-fármaco
 Ativo contra MRSA
 Indicada no tratamento de infecções
complicadas
 Amplo espectro
Reações adversas
 Hipersensibilidade
 Sindrome de Stevens-Johnson
 Evitadas ou usadas com cautela em
pessoas com alergia a penicilina.
Carbapenemos
 Imipeném, meropeném, doripeném e
ertapeném
MayaraKelly
 Conseguem resistir as β-lactamases que
hidrolisam as cefalosporinas
 Uso restrito hospitalar
 Espectro estendido
Reações adversas
 Náuseas
 Diarreia
 Eosinofilia
 Neutropenia
Vancomicina
 Antibiotico natural
 Somente ativo contra gram-positivos
 Ultima opção
 Tratamento das infecções graves
causadas por microrganismos resistentes
aos β-lactâmico ou para pacientes com
infecções gram-positivas que tenham
grave alergia aos β-lactâmicos
 Uso restrido hospitalar
Resistencia
 Modificação no sitio de ligação
 D-ALA  D-Lactato
Inibidores da β-lactamase
 Ácido clavulânico, sulbactam e
tanzobactam
 Não possuem atividade antibacteriana
 Ligam-se as beta-lactamases e as
inativam
 Protegendo os antimicrobianos que
seriam substratos dessas enzimas,
evitando assim sua destruição
 Formulados em associação com os
antimicrobianos suscetíveis à β-lactamase
Referências:
Slides e anotações da aula
Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª
ed. Porto Alegre: Artmed, 2016

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