Buscar

PROCESSOS DE FABRICAÇÃO EM CONFECÇÃO INDUSTRIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PROCESSOS DE FABRICAÇÃO EM CONFECÇÃO INDUSTRIA
Introdução
Caro (a) aluno (a), 
Nessa unidade de estudo serão abordados assuntos relacionados aos processos de fabricação em confecção industrial, apresentando inicialmente suas características, através da análise de sua história, a formação das pequenas empresas e estrutura organizacional. 
Vai ser possível entender melhor sobre as dificuldades encontradas pela confecção industrial até conseguir se estabelecer e dominar o seu espaço no mercado. 
Em seguida, iremos apresentar a importância do planejamento para definição de qual produto será fabricado e como pode ser desenvolvido, verificando as necessidades dos clientes e a forma como é desenvolvido uma peça no setor vestuário. 
Antes de qualquer coisa, é essencial que a indústria possa ter conhecimento de qual é seu volume e tipo de produção, para depois poder decidir o que vai ser melhor para o seu processo, trazendo resultados positivos. 
A qualidade também não pode deixar de fazer parte do nosso estudo, uma vez que, está agregada a todo processo, e em função disso aqui será apresentado métodos de controle, em especial, relacionado aos colaboradores internos da empresa, para se obter melhor resultado. 
O departamento do controle de qualidade dentro de uma indústria de confecção é essencial para o controle e monitoramento desde a ideia do tipo de peça que será fabricado até o seu acabamento. Essa inspeção que é realizada dentro de todo o processo mostrará a importância de ter pessoas capacitadas e treinadas para desenvolverem seu trabalho, de acordo com as expectativas da empresa. 
Além disso, você poderá ver que a integração da qualidade com os departamentos da organização faz toda a diferença no resultado final, pois a comunicação e controle acabam sendo mais preciso. 
Estaremos também apresentando a importância da tecnologia dentro de qualquer tipo de organização. Na indústria de confecção, em especial, vai ser possível analisar como o seu uso auxilia nas atividades diárias, melhorando sua produtividade e diminuindo o tempo das tarefas. 
Então, vamos lá! 
Entendendo sobre a história da Confecção Industrial e seu processo
A indústria de confecção vem se destacando no mercado através dos produtos, de sua 
eficiência e produtividade, dos padrões de produção alcançados, das oportunidades de trabalho no mercado, das inovações tecnológicas utilizadas para o desenvolvimento de novos produtos e, principalmente, da qualidade ofertada. 
Segundo Barreto (2000), com o surgimento da primeira fábrica de tecidos em 1869, na cidade de Itu, interior de São Paulo, onde utilizava máquina a vapor, deu-se início ao crescimento das indústrias têxteis e, posteriormente, o aumento da qualidade e produtividade na produção. Foi através do setor têxtil que a indústria de confecção começou a surgir no mercado.
De acordo com Ribeiro (1984), no período de 1900 a 1925, a indústria de confecção teve uma grande evolução, passando da confecção feita manualmente à confecção industrializada. Nesse sistema, o trabalho seria dividido entre várias pessoas, executando operações diferentes e em máquinas especializadas com o intuito de descentralizar a produção da peça, que antes era realizada por uma única pessoa. A partir disso, foram sendo introduzidas técnicas de produção mais eficazes para melhorar o serviço dos operadores e a qualidade dos produtos. 
O aperfeiçoamento do sistema de trabalho, o controle de processamento e o fornecimento de serviços, a confecção industrial na década de 30 aumentou a sua eficiência e produtividade. 
O autor ainda destaca que entre 1940 a 1950, as fábricas começaram a utilizar em seu processo, métodos especializados como o estudo de tempo, incentivos para o colaborador, desenvolvimento de postos de serviços, planejamento e produção, cronogramas e controles. Mas, apesar de grande evolução, as fábricas de confecção sempre oscilavam entre o crescimento e o declínio em função das trocas de governo. 
O governo militar em 1965 forneceu crédito subsidiado para o setor têxtil e vestuário modernizar seus equipamentos, mas no final da década de 60 centenas de pequenas e médias empresas desapareceram em consequência da política econômica do governo Castelo Branco (BARRETO, 2000). 
Já a década de 70 é marcada pela desaceleração, e o crescimento do setor têxtil e vestuário dependiam diretamente do ritmo de emprego e elevação do salário, que só apresenta dinamismo acentuado no auge da acumulação de capital. 
As décadas de 80 e 90 foram caracterizadas por queda de produção, aumento do desemprego e total insatisfação dos empresários que tinham algumas dificuldades neste setor, necessitando reduzir e racionalizar custos. 
As exportações também não estavam mais fazendo grande diferença, pois apesar de estar aumentando em relação aos anos anteriores, o faturamento continuava caindo. Foi apenas no final da década de 90 que o setor começou a ter um crescimento no Brasil, mostrando estabilidade, tendo resultados positivos em termos de modernização e aumento da competitividade. 
No ano de 2000, as empresas se reestruturaram a as maiores inovações se deram no design do produto e na organização da produção e marketing, prevalecendo a dedicação em relação à moda e consequentemente na melhoria da qualidade dos produtos. 
Após esses dados históricos, você deve estar curioso em saber: Como era a formação dessas empresas? 
A formação das pequenas indústrias de confecção normalmente tinha sua origem numa estrutura familiar, onde as mulheres desempenhavam suas funções de costura na própria residência, com o intuito de melhorar a renda, e como forma de sobrevivência. 
A partir do momento que iam conquistando clientes e o trabalho estava sendo reconhecido, começavam a visualizar que era preciso investir para obter sucesso no mercado. Porém, muitas vezes se deparavam com problemas como falta de planejamento e controle dos processos que podiam dificultar sua eficiência e prejudicar a produtividade. 
Para conseguirem vencer a questão financeira principalmente, utilizavam ou utilizam até hoje empréstimos, ou ainda realizam serviços terceirizados para empresas de grande porte. Muitas até utilizam apoios de entidades para auxílio para que os pequenos empresários alcancem o objetivo de formar uma confecção, trazendo benefícios para o empreendedor como também para a sociedade como a geração de empregos e renda. 
Nesses casos, podemos citar como exemplo o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e pequenas Empresas), que é uma entidade que ajuda as indústrias de confecção conseguir obter maiores incentivos, pois essa entidade sempre acompanha o crescimento desse setor e possibilita que as empresas possam ficar cada vez mais estruturadas, com suas orientações fornecidas aos empresários e funcionários como capacitação técnica e empresarial ajudando também na adequação do produto às necessidades do consumidor, sem alterar as técnicas originais do trabalho desenvolvido. 
Dessa forma, as indústrias de confecção vão se desenvolvendo e ocupando seu lugar no mercado, porém como qualquer outro tipo de indústria precisa ir se renovando e se reinventando. 
Segundo ABIT (Associação Brasileira da indústria Têxtil), o setor têxtil brasileiro, de confecção e moda, vive um período de crescimento, contando atualmente com 32 mil empresas, das quais mais de 80% são confecções de pequeno e médio porte, em todo o território nacional. Além disso, o setor emprega aproximadamente 1,7 milhões de brasileiros dos quais 75% são funcionários do ramo da confecção industrial e onde as mulheres predominam. Em 2010 foi investido no setor têxtil e de confecção US$ 2 bilhões, para aquisição de máquinas e desembolsos do BNDES. Em 2011, esse valor subiu para US$ 2,4 e, em 2012, ficou em US$ 2,2 bilhões.
Para maiores informações à respeito da indústria têxtil e de confecção, acesse o link: <http://www.abit.org.br/conteudo/links/publicacoes/cartilha_rtcc.pdf>. Acesso em: 06 ago. 2015. 
Na figura 1 temos uma imagem que representa um setor da indústria da confecção, o de costura.Figura 1: Confecção Industrial
FATOS E DADOS
O Estado de Rondônia está fazendo uma estimativa em relação ao rebanho de bovinos de um aumento de 3,5% no ano de 2015. Deve-se totalizar 13,2 milhões de cabeças no final do ano de 2015 segundo a Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri). Além disso, está prevendo que os frigoríficos possam abater 2,1 milhões de bois, conseguindo abastecer o mercado interno e externo através de 561 mil toneladas de carne. Segundo também o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) a venda de carne bovina em Rondônia representa 47% das vendas totais do Estado. 
Para maiores informações, acesse link: <http://revistagloborural.globo.com/Noticias/Criacao/Boi/noticia/2015/08/rondonia-preve-aumento-de-35-no-rebanho-de-bovinos-em-2015.html>. Acesso em: 06 ago. 2015. 
Os dados atuais representam o crescimento desse setor onde segundo a ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil) afirma que o mercado têxtil e o da confecção no mundo são dos mais dinâmicos. Além disso, o Brasil ocupa a quarta posição entre os países que produzem artigos de vestuário. Conta atualmente com 32 mil empresas, onde mais de 80% são confecções de pequeno e médio porte. 
Isso se deve ao seu desenvolvimento e a introdução e aperfeiçoamento nos processos e das estratégias, gerando um novo impulso para as indústrias de confecção que começaram a dar mais valor ao desenvolvimento de produtos e marcas próprias, produzindo uma grande variedade destes, que são oferecidos para empresas nacionais ou internacionais, garantindo a lucratividade. 
Agora iremos mostrar como uma indústria de confecção está estruturada dentro do seu processo para conseguirmos entender o seu funcionamento. 
Segundo Araújo (1996), o bom funcionamento de uma empresa depende de sua estrutura organizacional, acompanhada de uma ótima comunicação em todos os níveis setoriais da organização. Assim, é importante a definição dos departamentos para que o funcionamento dos procedimentos que serão executados pelos responsáveis seja cumprido conforme suas necessidades. 
O produto a ser produzido é o foco da empresa e deve ser analisado e acompanhado todos os processos e o percurso realizado desde a sua entrada até a saída, ou seja, iniciando na aquisição de matéria-prima, passando pelo processo produtivo e finalizando na expedição do produto. Todas essas etapas devem ser monitoradas e acompanhadas pelos seus respectivos responsáveis para que se chegue ao resultado esperado pela empresa. Assim, na figura 2 será possível visualizar com maior ênfase a estrutura de uma organização no ramo de confecção industrial. 
Figura 2: Organograma geral dos departamentos da indústria do vestuário 
Fonte: Araújo (1996). 
Desse modo, de acordo com Ribeiro (1984), a indústria do vestuário pode ser dividida em BASICAMENTE em seis departamentos, como mostra a figura 2: 
• Comercial: nesse departamento o diretor comercial deverá ser responsável pelas pesquisas de tendências de moda e preferências dos clientes, identificando as características dos produtos, preparando as coleções, estabelecendo contratos, prazos de entrega e preços, além de organizar e distribuir as encomendas. Dentro desse setor temos ainda: 
• Marketing: é o setor responsável pelos estudos das tendências de moda, tecidos e cores. É feita a pesquisa de mercado e a determinação do artigo a ser fabricado para adequar o produto definido à realidade do momento e da empresa. 
• Estilo/Figurino: esse setor é responsável pela criação do figurino que deverá ser fabricado dentro do processo produtivo de acordo com as tendências que foram pesquisadas no mercado e conforme as características escolhidas pela empresa. 
• Modelagem: nesse setor será realizada a modelagem da roupa, ou seja, o seu desenho técnico, de acordo com as medidas reproduzidas de um manequim. 
• Compras: através das informações coletadas dos setores de programação, vendas e marketing, esse setor verifica o total de peças previstas pelas vendas com os tipos de modelos, tecidos, cores e aviamentos e estabelece as quantidades que deverão ser compradas de cada item, verificando seus fornecedores de acordo com prazo de entrega, qualidade e preço. 
• Vendas: responsável pela divulgação dos produtos da empresa que são mostrados aos clientes pelos vendedores, através de catálogos com modelos, cores, tecidos e tamanhos. Através desse setor, define-se a quantidade de peças a ser produzida pela indústria. 
• Expedição: responsável por enviar os produtos solicitados aos clientes de acordo com a programação e sequência definida pela empresa. 
• Industrial: é responsável pela identificação de problemas e de como produzir, estabelecendo uma metodologia de produção de produtos com suas especificações, controle de qualidade, elaboração de estudos técnicos e fichas técnicas de fabricação, determinação dos tempos de execução das tarefas, organização das matérias-primas, possibilitando organização do trabalho e aumento da produtividade. 
• Administrativo: o gerente administrativo vai cuidar dos recursos humanos, das quantidades de horas trabalhadas, dos salários, da contratação do pessoal e da segurança no trabalho. 
• Financeiro: as atividades desempenhadas nesse setor são os serviços de tesouraria, pagamentos de salários e impostos, pedidos de empréstimos, contabilidade geral, estudo da viabilidade econômica e financiamento de projetos de investimentos. 
Para que a estrutura organizacional da empresa funcione satisfatoriamente, é fundamental que cada departamento organize-se de modo a obter de maneira eficiente as metas que são impostas.
Para isso, o gerente deverá comandar e supervisionar a execução das tarefas, estabelecendo relação entre os departamentos, analisando a situação da empresa para aceitação de encomendas através da verificação de preços e prazos de entrega. Os produtos confeccionados deverão ser produzidos com a qualidade exigida pelo cliente, onde o gerente poderá propor investimentos em equipamentos que auxiliem no aumento da produtividade e na eliminação de problemas. 
Recapitulando 
• A indústria de confecção vem se formando, organizando, e tentando ocupar seu espaço no mercado desde o ano de 1869. 
• A indústria de confecção teve uma grande evolução no período de 1900 a 1925, passando da confecção feita manualmente para à confecção industrializada. 
• A estrutura organizacional da empresa facilita na definição de normas e regulamentos, porém deve ser acompanhada de uma ótima comunicação entre todos os níveis setoriais da organização. 
• Atualmente, a indústria de confecção apresenta uma ótima ocupação no mercado brasileiro, oferecendo várias oportunidades de trabalho. 
Planejamento e Desenvolvimento do produto na Confecção Industrial
Em qualquer tipo de processo de fabricação é necessário um planejamento para o lançamento de um produto no mercado. Na indústria de confecção isso não é diferente. Segundo Barreto (1997, p. 16) “toda empresa tem a sua própria filosofia do que seja o mercado, e a quem o seu produto deve atingir”. 
O planejamento de uma empresa é definido inicialmente para estabelecer quais são as diretrizes de controle que serão utilizadas dentro do processo, garantindo a satisfação das necessidades das pessoas internamente. 
Para Andreasen e Hein (1987) planejar o produto que vai ser produzido, normalmente a empresa se baseia nos seus objetivos, onde as ideias são desenvolvidas, identificando sempre a necessidade do cliente para corresponder as suas expectativas. 
O planejamento ainda deve conter, de acordo com Montemezzo (2003) a percepção do mercado, descobrir novas oportunidades, saber realmente o que a empresa está buscando com o seu produto, definindo estratégia de desenvolvimento, de produção e de vendas. A execução do planejamento, segundo Ullmann (1997), é composto dos seguintes passos: 
• Identificação das atividades e ou tarefas que serão realizadas; 
• Fixar os objetivos para cada uma dessas tarefas; 
• Verificar a questão de recursos disponíveis; 
• Desenvolver um cronograma parafacilitar a sequência das atividades; 
• Estimar os custos para se desenvolver um novo produto. 
Para isso é necessário primeiramente definir o tipo de produto que irá produzir, porém na indústria de confecção isso é possível, segundo Sabrá (2008), identificando o público-alvo e fazendo uma pesquisa de comportamento e de mercado. 
• Público-alvo: o mercado pode ser dividido em pequenos grupos, porém com características semelhantes em relação a expectativas de determinados produtos. 
• Pesquisa de comportamento: é determinado o que realmente o público-alvo está necessitando em relação aos seus hábitos, comportamento e interesses. 
• Pesquisa de mercado: nessa pesquisa é possível identificar os concorrentes da empresa, para que a mesma possa se diferenciar e conquistar o mercado. 
Além disso, é importante definir o tipo de segmento a empresa irá direcionar o seu produto que para Barreto (1997), os segmentos na indústria de roupas não refere a classe social que consome e nem na faixa etária, mas sim na dificuldade em executar a produção nos casos da Modinha, Social, Clássico e Esportivo. 
No segmento da Modinha é produzido em função da velocidade de consumo, o ciclo de vida é curto e o investimento de equipamentos e matéria-prima é baixo. Isso ocorre porque são peças de roupas com preços acessíveis e com uma coleção muito dinâmica atraindo os clientes. 
Já no segmento Social, Clássico e Esportivo seu consumo não é explosivo, sendo o ciclo de vida do produto maior e maior necessário maior conhecimento técnico. 
FATOS E DADOS
De acordo com nova pesquisa do IBGE, a taxa de desemprego no Brasil do mês de março até maio chegou a 8,1%. No mesmo trimestre do ano de 2014 o índice ficou em 7%. E ainda segundo a pesquisa, em um ano, cresceu o número de trabalhadores por conta própria, quase um milhão, ou seja, 4,4%, e o de empregadores aumentaram quase 300 mil, ou seja, 8,4% presentes no mercado de trabalho brasileiro. O coordenador de trabalho e rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, ressaltou ainda que o número de trabalhadores com carteira de trabalho reduziu 708 mil em um ano, ou 1,9%. 
Para maiores informações à respeito do desemprego, acesse o link: <http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/07/desemprego-fica-em--81-no-trimestre-ate-maio-diz-ibge.html>. Acesso em: 08 ago.2015. 
Após a definição do público-alvo que a empresa deseja atender, é necessário que sua atenção volte para o produto, devendo o setor produtivo planejar e programar o seu processo para que a qualidade e produtividade do mesmo possam ser atingidas. 
Assim, é importante fazer o acompanhamento do processo de desenvolvimento do produto (PDP), que de acordo com Rozenfeld et al. (2006) é um conjunto de atividades aplicadas nas especificações do produto segundo as expectativas do mercado. 
O processo de desenvolvimento do produto pode ser bem complexo, necessitando por isso, de um bom planejamento. Segundo Silva (2002), o PDP pode envolver várias áreas como: a qualidade que ajuda na prevenção e controle dos erros; engenharia e administração que dão ênfase no produto e nos processos de fabricação. 
MINICASO
Empresa Lua de confecção de roupas 
A empresa Lua está situada no Norte do Paraná e trabalha a 10 anos no mercado com roupas voltadas para a necessidade de uma mulher. A produção é de 10 mil peças mensal e conta com a ajuda de 80 funcionários distribuídos em vários setores da empresa como comercial, modelagem, produção, PCP, financeiro e administrativo. São produtos altamente diversificados, contendo modelos diversos, sendo lançadas suas coleções tanto no verão quanto no inverno. Apenas um problema estava sendo identificado pelo diretor da empresa que não estava agradando e na verdade estava prejudicando o seu andamento. O responsável pelo departamento e desenvolvimento do produto (designer de moda) não estava realizando pesquisas de mercado e apenas estava utilizando referências próprias e internas da empresa. No momento da apresentação das ideias, todos os responsáveis envolvidos verificaram que a peça em questão não traria bons resultados para a empresa. Assim, decidiram, após várias tentativas com conversas, dispensar o atual designer de moda e fazer a contratação de um novo profissional. 
Dessa forma, a empresa começou novamente a manter seus produtos conforme o padrão e de acordo com as exigências de seus clientes. 
Fonte: França, Fábia C. Alves, 2015. O caso e os dados apresentados são fictícios. 
De acordo com Rozenfeld et al. (2006), as atividades que envolvem o PDP podem ser classificadas em três etapas: 
• Pré-desenvolvimento: é a fase do planejamento do produto, como já citamos anteriormente. Nesta etapa será definido o tipo de produto a ser fabricado, considerando um projeto que será analisado economicamente, além da capacidade de riscos e introdução de indicadores que irão ajudar em seu monitoramento. 
• Desenvolvimento: Nesta etapa teremos várias atividades relacionadas. Primeiramente serão feito uma pesquisa junto ao cliente em relação suas necessidades. Em seguida, é definido o conceito do produto e a estrutura de suas funções de acordo com o cliente. Posteriormente, têm-se a seleção de todos os materiais para dimensionar o produto, desde sua forma até fabricação e montagem. E finalmente, o produto estará na fase final do seu projeto, ou seja, estruturado, para que o seu lançamento ocorra oficialmente. 
• Pós-desenvolvimento: Aqui ocorre um planejamento de como o produto irá ser acompanhado no mercado, verificando alguns recursos necessários, ou possíveis alterações que poderão ser realizadas. Define-se também o momento que o produto será retirado do mercado, uma vez que todo produto possui um ciclo de vida de início, meio e fim. 
A partir daí entramos em outra fase chamada de estratégia de inovação de produtos, que é necessário a organização ter em mente, pois a empresa que não conseguir desenvolver novos produtos irá perder o seu lugar no mercado e os produtos mais vulneráveis perdem espaço (KOTLER, 1999). 
Dessa forma, Wheelwright e Clark (1992) afirmam que os propósitos de uma estratégia de desenvolvimento são: 
• Criar, determinar, selecionar vários projetos de desenvolvimentos que desenvolverão produtos e processos melhores que os já existentes e os que já foram executados e lançados no mercado; 
• Integrar através da coordenação todas as tarefas, tecnologias e setores da organização que estiverem envolvidos nas atividades que compõem o desenvolvimento do produto ao longo do tempo; 
• Ter um gerenciamento do desenvolvimento a fim de atingir de maneira satisfatória e efetiva os objetivos do produto e de suas características; 
• Desenvolver técnicas necessárias para que o desenvolvimento se torne uma vantagem competitiva ao longo dos anos. 
Todas as empresas, independente do tipo de ramo que seguem, devem ficar atentas as estratégias de desenvolvimento de produtos. 
No ramo da confecção, em especial, essa área deve ser explorada em todas as trocas de coleções, pois o diferencial da peça deve ser apresentado ao cliente como uma inovação da empresa em relação ao que suas concorrentes estão mostrando. 
Dessa forma, para uma melhor visualização das etapas do desenvolvimento do produto no ramo da confecção, na figura 3 temos uma representação de um organograma com a sequência correta de como ocorre dentro da empresa (BARRETO, 1997). 
Figura 3: Fluxograma para desenvolvimento de um produto 
Fonte: Barreto (1997). 
• Ideia / Cópia / Desenho: o estilista da empresa desenha um modelo, criado a partir de várias ideias, com especificações de cortes, materiais, medidas, ou seja, informações sobre o tecido. Em seguida é feito um projeto e passado para o setor de produção confeccionar a realização de um protótipo para o desenho tomar forma mais concreta. 
• Confecção do Protótipo: após sua confecção é feita uma análise do estilista juntamente com a participação dos responsáveis pela área de vendas e marketing. Deve-se ter em mentes algumas perguntas como: O modelo veste bem? Apresenta defeitos? A adequação das linhas de costurasé correta? É compatível com o processo de produção e seu custo com o mercado? 
• Análise do protótipo: caso seja aprovado, é incluído na programação para a confecção do lote piloto, que vai ser a referência para o restante da produção. 
• Programação e Confecção do Lote: o lote piloto dever ser programado tanto operacionalmente quanto a qualidade do produto e os equipamentos que serão utilizados para sua confecção. Devem ser analisados os detalhes da peça como medidas, acessórios e principalmente se há mão de obra suficiente e treinada. 
• Análise do Lote Piloto: deve ser realizada por vários setores da empresa como produção, qualidade e modelagem para que cada um possa opinar e fazer com que o produto tenha sucesso de vendas e de produção. Para isso é preciso, por exemplo, que a produção caso seja necessário, deve treinar seus operadores para alguma operação que tenha sido incluída no processo. 
• Especificação: após a aprovação do lote e o conhecimento por parte da equipe do novo produto, o departamento da qualidade ficará responsável pela Ficha Técnica, que nada mais é do que as características do produto contendo informações claras de como deve ser desenvolvido a peça. 
A indústria de confecção possui muitos detalhes dentro do seu processo que deve sempre ser acompanhado pelos responsáveis de cada setor, sendo de fundamental importância o planejamento para o desenvolvimento da peça, a fim de garantir que a sua produção alcance as expectativas e resulte em um produto com padrões de qualidade. 
Assim, foi possível verificar a importância de um planejamento dentro da organização para que as etapas do desenvolvimento do produto possam ser atendidas e seguir um padrão que alcance os objetivos da empresa que sem dúvida é atender da melhor forma possível o cliente. 
Recapitulando 
• O planejamento representa a forma como a empresa desenvolverá seu produto, através de quais recursos, identificando a forma de produção, o processo e para quem irá destinar seu produto. 
• Na indústria de confecção, antes da definição do tipo de produto que será produzido é necessário identificar primeiramente o seu público-alvo e realizar uma pesquisa de comportamento e de mercado. 
• O acompanhamento do processo de desenvolvimento do produto deve ser realizado, pois envolve várias atividades que caracterizam as expectativas do consumidor em relação ao produto fabricado. 
• O desenvolvimento do produto na indústria de confecção inicia-se com a ideia e desenho da peça, confeccionando um protótipo e finalizando com a especificação da mesma. 
Qualidade na confecção Industrial 
Para que uma empresa possa tornar-se competitiva no mercado, garantindo a sua sobrevivência, é necessário que todo o seu processo produtivo tenha qualidade. Ter qualidade significa atender as exigências e necessidades de seus clientes de forma confiável, acessível, segura e no tempo certo. 
Na indústria de confecção a qualidade muitas vezes é vista apenas como um defeito que foi localizado na peça que foi produzida. Porém, sabemos que isso não é verdade. A qualidade faz parte de todo o processo produtivo considerando desde o fornecedor até a expedição. 
Mas antes de entrarmos em detalhes na área de confecção, vamos abordar algumas características gerais de qualidade que precisam ser analisados. 
Segundo Campos (2000), a primeira prioridade da empresa é os consumidores, pois são eles que devem se sentir satisfeito por um longo tempo após a compra do seu produto. Um segundo tipo de pessoa afetada é seu empregado, devendo a mesma valorizá-lo e inseri-lo em todo o contexto da empresa. Além disso, deve transmitir segurança, confiança, receptividade e empatia na prestação de seus serviços. 
A organização deve ficar atenta também, pois seu produto pode estar defasado em relação ao concorrente referente às exigências impostas pelo mercado. 
A forma de trabalho é outro fator que pode não estar ajudando os funcionários a desenvolverem com qualidade os produtos oferecidos para os consumidores e o preço estabelecido pode estar dificultando o acesso do cliente ao produto. 
Dessa forma, é importante que a organização tenha uma administração que consiga visualizar a verdadeira contribuição que tem para com a sociedade. Isso só será possível se todas as pessoas da empresa estiverem centradas em um objetivo comum, que nada mais é do que a satisfação das necessidades de todas as pessoas envolvidas, tanto externa como internamente. 
Para Paladini (2000), o gerente é a pessoa ou grupo de pessoas que irão definir as metas de qualidade, envolvendo todos os funcionários da empresa para trabalharem em função de atingi-las. Deve possuir características de liderança, controle de informações, saber planejar as ideias formadas para se tornarem concretas, terem um bom relacionamento com os operadores e ter capacidade de integração e compreensão do mercado. 
Todas essas funções facilitam a execução das atividades de qualidade propostas pelo gerente que quando introduzidas corretamente acabam tornando-se essenciais para o sucesso da empresa. 
Na gestão da qualidade, o recurso humano é o agente transformador, pois é através de seu serviço que os objetivos poderão ou não ser atingidos. Necessitam de envolvimento no trabalho através do reconhecimento e a motivação. Devem ser tratados de acordo com características próprias, com suas especificidades, introduzindo apenas, se necessário, treinamentos para facilitar e melhorar seu desempenho. 
A cultura organizacional é considerada também pela gestão da qualidade como base para implantação de sistemas de qualidade que possam ser satisfatórios para a empresa. De acordo com Fleury (1983), essa cultura é um conjunto de valores que através de práticas organizacionais podem agir através de elementos de comunicação ou até mesmo de relação de dominação. 
Assim, é importante transformar a qualidade em um valor para todos fazendo com que as pessoas se tornem intimamente convencidas de que a qualidade vale à pena. 
A ênfase na valorização das pessoas na gestão da qualidade aqui apresentada foi para que possa ser entendido o quão é importante a sua participação no processo de fabricação, sendo, porém, mostrado com mais clareza mais adiante quando retratarmos sobre a confecção industrial. 
Já em relação ao processo de fabricação, Campos (2000) afirma que deve ser gerenciado através de seus itens de controle que medem a qualidade, custo, entrega, moral e segurança dos seus defeitos. Esses itens são índices numéricos estabelecidos sobre os efeitos de cada processo para medir sua qualidade total. 
Os processos necessitam de controle para que os problemas identificados durante a realização das atividades possam ser solucionados, agindo em suas causas. Dessa forma, a figura 4 mostra a base do controle para ajudar na análise dos processos.
 
Figura 4: Bases do Controle da Qualidade 
Fonte: Campos (2000). 
Assim, verificamos que o controle da qualidade permite a análise o processo, identificando as causas dos problemas; a padronização facilita no atendimento das especificações de um produto e os itens de controle monitoram as causas. Tudo para que o controle possa ser realmente mantido. 
Segundo Slack (1993), a qualidade dentro da operação pode transformar até mesmo o desempenho das atividades, além de acelerar o fluxo de materiais pela fábrica. 
De acordo com o Portal Brasil, o setor do vestuário está movimentando o turismo no país. As peças do vestuário estão consumindo cerca de 12,7% do valor reservado ao passeio, sendo para consumo próprio dos turistas ou até mesmo para revender em seus países ou cidades de origem. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, o Brasil tem a quinta maior indústria do mundo e a quarta maior de confecções. Segundo dados do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau – Sintex, o estado de Santa Catarina concentra 15,4% dos produtores da cadeia têxtil brasileira, com 4.937 unidades de produção. 
Mais informações a respeito do setor do vestuário podem ser encontradasno link: <http://www.brasil.gov.br/turismo/2015/07/setor-de-vestuario-movimenta-turismo-no-pais>. Acesso em: 08 set. 2015. 
Na maioria dos processos produtivos têm-se um departamento responsável pela qualidade do produto. Na indústria de confecção esse setor antigamente era visto apenas como um órgão fiscalizador, causando muitas vezes problemas entre os colaboradores desse setor e o da produção. 
Com o passar do tempo o setor de qualidade foi ganhando espaço e confiança, tendo hoje uma missão que de acordo com Barreto (1997, p.113) “é o de fazer com que os diversos setores da organização falem uma mesma linguagem, para que os conflitos e interferências na produção sejam os mínimos possíveis”. 
A figura 5 mostra exatamente a relação do controle de qualidade com os outros departamentos. 
Figura 5: Controle de Qualidade e seu relacionamento Fabril 
Fonte: Barreto (1997). 
• PCP: o controle de qualidade se informa com esse setor sobre a programação de Lotes Piloto, a fim de acompanhar na linha de produção a introdução de novos modelos. 
• Almoxarifado: verifica de acordo com a matéria-prima recebida os insumos existentes e aconselha o aprimoramento de outros, auxiliando muitas vezes, na busca de novos fornecedores. 
• Modelagem: o controle de qualidade pode solicitar alterações na peça Piloto caso encontre problemas operacionais, desde que não altere suas características originais. 
• Corte: inspeciona as atividades e auxilia em relação as informações sobre o produto. 
• Linha de Produção: acompanha o processo produtivo em todas as operações, inspecionando e auxiliando nas informações. 
• Acabamento: verificam todos os detalhes do produto, controlando medidas, consertos e informando sobre a qualidade da peça. 
• Manutenção: pode sempre que preciso solicitar ajustes nos equipamentos antecipadamente para evitar paradas no processo. 
• Engenharia: esse setor fica responsável pelas especificações técnicas do produto utilizando ficha técnica que é um documento onde deve conter todas as informações necessárias e pertinentes ao processo de produção para que os demais setores como modelagem, corte e produção possam cumprir com exatidão todas as etapas. Além disso, é definida também a tabela de medidas para que o setor de modelagem possa ter um bom resultado. 
O controle de qualidade faz todo o acompanhamento verificando se as informações estão corretas e de acordo com o produto. Na figura 6 e 7 temos um exemplo de uma tabela de medidas e de ficha técnica respectivamente utilizadas no vestuário: 
Figura 6: Exemplo de Tabela de Medidas 
Fonte: Barreto (1997). 
Figura 7: Exemplo de Ficha técnica 
Fonte: França (2015). 
É através da inspeção de qualidade na indústria de confecção que os dados serão gerados para o controle do processo, desenvolvendo diagnósticos para que as medidas preventivas e corretivas possam acontecer (BARRETO, 1997). 
O autor, porém diz que a inspeção não terá autoridade para modificar a produção, apenas transmitirá os dados necessários para que isso corra. E é importante que a pessoa da inspeção tenha características para avaliação como: 
• Imparcialidade para avaliar o trabalho do operador e não a sua pessoa; 
• Conhecer padrões e tolerâncias, ou seja, ter capacidade técnica para avaliação do trabalho; 
• Avaliação de desempenho das operadoras para identificação de quem deve estar em treinamento e quem já tem um excelente trabalho de qualidade; 
• Saber interpretar as especificações da peça; 
• Registrar e transmitir os dados corretamente; 
• Verificar condições de equipamentos, caso esteja acontecendo erros repetitivos, acionar a manutenção. 
A escola, o conhecimento formal busque a integração das tecnologias de escola, o conhecimento formal busque a integração das tecnologias. 
A inspeção de qualidade dentro do processo de confecção é feita normalmente por amostragem, para evitar paradas durante a fabricação de uma peça e em função do custo que levaria a empresa se fosse realizada uma inspeção individual. Porém, em algumas empresas isso pode acontecer, pois acham mais fácil inspecionar 100% das peças ao invés de aprimorarem o seu processo. 
Segundo Maximiano (1995, p. 160), “o objetivo agora é separar os produtos bons dos ruins, através da amostragem estatística”. Dizia ainda que a qualidade seja um problema de todos da organização e influencia todas as operações. 
Com isso, a inspeção pode ser realizada através do tamanho do lote, determinando assim o tamanho da amostra e o nível de qualidade aceitável, por exemplo: um lote com 30 peças, a inspetora retira uma amostra de 5 peças aleatoriamente e verifica a qualidade. Caso encontre algum defeito, o lote todo deverá ser reprovado e a operadora deverá revisar todo o resto do lote. 
Dessa forma, a inspeção de qualidade irá trabalhar em todo o setor da empresa, ou seja, no corte, na linha de produção, no produto final verificando também o acabamento. 
Foi possível verificar neste tópico que a qualidade deve ser interpretada de forma ampla e sendo controlada em todo o processo da empresa, educando e treinando seus colaboradores para o desenvolvimento satisfatório de suas atividades perante a organização e o consumidor. 
Além disso, é necessário um melhoramento contínuo da qualidade, com implantações de novas tecnologias, processos, produtos e serviços. 
Recapitulando 
• A qualidade depende que todas as pessoas estejam envolvidas no processo da empresa em atender as necessidades do consumidor. 
• Os processos de fabricação devem ser analisados em relação aos seus itens de controle e de acordo com os objetivos traçados pela gerência e alta administração. 
• O departamento de controle de qualidade na indústria de confecção está envolvido diretamente com os outros setores da empresa como: PCP, Corte, Almoxarifado, Linha de Produção, Modelagem e Manutenção. 
• A inspeção realizada pelas pessoas de dentro do departamento de qualidade deve ser respeitada pela produção e serve como apoio as atividades.
Tecnologia e Organização do Trabalho no setor do vestuário
A tecnologia é sem dúvida uma forma de melhoramento do processo produtivo e consequentemente do resultado final do produto. Porém, para que uma empresa invista em tecnologia é necessário que haja uma demanda que possa suprir as funções das novas técnicas implantadas na organização. 
É importante também verificar se a inovação tecnológica é economicamente viável para a empresa, possibilitando o aumento da vantagem competitiva. Muitas vezes, pode-se tornar inviável por não atender as características específicas da indústria ou por não possuir estrutura para suportar as novas mudanças. 
Segundo Toledo (1987), a inovação tecnológica caracteriza-se fundamentalmente por constituir-se em uma novidade introduzida na produção, a partir das possibilidades de aplicação do conhecimento científico aos problemas do processo produtivo, auxiliando em novas formas de trabalho e melhorando a qualidade dos produtos oferecidos aos clientes. 
Dessa maneira, percebe-se que a tecnologia é um auxílio para a organização poder se estruturar, através do melhoramento das operações, executando as tarefas com maior desempenho e flexibilidade. Permite ainda que novos equipamentos automatizados sejam introduzidos para ajudar na execução das tarefas com mais eficiência e menos desperdício. 
Nesse sistema é possível ter habilidade de regular e padronizar o fluxo e de fazer a operação mais previsível, além de economizar custos de mão de obra e reduzir a variabilidade do sistema de manufatura. 
De acordo com Slack (1993), a escolha da tecnologia do processo deveria ser determinada pela variedade e pelo volume de produção através do perfil de seus produtos. Porém, muitas empresas não conseguem definir suas características, suas necessidades e acabam investindo em equipamentos e máquinas que produzem uma quantidade superior à sua capacidade instalada, prejudicando todo o seu funcionamento. 
Assim, percebe-se que o grau de diversificação do produto na indústria do vestuário é alto, oferecendo aos consumidores váriasempresas com segmentos de roupas diferentes. Por isso, é importante que cada uma defina o seu tipo de produção e o público que pretende atingir. Agora, vamos entender a forma que pode ser organizado o trabalho na confecção. 
Araújo (1996) classifica a produção do vestuário em quatro grupos: 
• Produção de produtos homogêneos de grande série 
É caracterizada pela produção contínua de apenas um tipo de peça do vestuário do mesmo modelo, onde poderá apresentar pequenas alterações como mudanças na cor ou no tipo e qualidade do tecido. Normalmente essa produção ocorre na fabricação de calças masculinas, onde o operador apenas tem habilidade em uma ou duas operações, dificultando o processo e o sistema de organização, em função de seus funcionários não possuírem polivalência (consegue trabalhar em várias operações). A produção nesse caso do artigo é de baixo preço, porém em grandes quantidades. 
• Produção de produtos semi-homogêneos ou produção de série média 
Um tipo de vestuário onde se tem vários modelos e que sua produção se repete com frequência, tendo pequenas variações de construção. Está direcionada para a fabricação de roupa masculina. Sua dificuldade está na sala de costura em função de ser alimentada continuamente, dificultando o equilíbrio nas operações, no fluxo de trabalho e no tempo de produção com uma mistura de vários modelos. O controle de qualidade e o operador precisam de maior atenção para que as peças possam ser realizadas de acordo com sua especificação. 
• Produção de produtos diversificados ou produção de moda 
Normalmente é realizado um tipo de peça do vestuário cujos modelos são bem variados e colocados na produção um de cada vez. Está voltada para a fabricação de roupas femininas tanto de mulheres, quanto de crianças. Sua diversificação necessita que os operadores tenham habilidades em várias operações. Os problemas nesse tipo de produção são a necessidade de um local adequado que comporte a produção, a formação e treinamento de operadores que sejam flexíveis e motivação para execução de cada novo modelo, permitindo suprir as dificuldades de execução. 
• Produção de produtos altamente diversificados ou produção de grande moda 
É caracterizada pela produção de mais de um tipo de vestuário, geralmente em ciclos de produção muito curtos e em sequência de diferentes tipos de vestuário. Podem ser produzidas peças na mesma linha de produção como uma blusa, em seguida um vestido, e logo depois uma saia, sendo artigos de elevado preço. Os operadores devem ser mais qualificados e devem passar por uma reciclagem para aumentar a flexibilidade. 
De acordo com o Banco Central o estoque de operações de crédito do sistema financeiro de 2015 subiu 0,6% em junho ante maio e chegou a R$ 3,102 trilhões. No primeiro semestre do ano, houve alta de 2,8% e, em12 meses até junho, de 9,8%. Houve aumento de 0,6% para pessoas jurídicas e alta de 0,7% para o consumidor no mês. De janeiro a junho, a alta está em 2,0% para as empresas e em 3,7% para a pessoa física. No período de 12 meses encerrados no mês passado, as taxas são de crescimento de, respectivamente, 8,9% e 9,8%. O BC informou ainda que o total de operações de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) passou de 54,4% em maio para 54,5% no mês passado. 
Para ter mais informações sobre crédito e financiamento, acesse o link: <http://www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1438349804.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2015. 
Por isso, é muito importante que a empresa consiga definir o tipo de trabalho para que posteriormente possa promover mudanças necessárias que auxiliem na sua qualidade e produtividade. 
As indústrias do vestuário de grande porte normalmente possuem recursos melhores para modernizarem suas atividades. Logo as micro e pequenas empresas às vezes têm mais dificuldades em adequar-se as novas tecnologias por causas de recursos financeiros. Em função disso, a figura 8 destaca os cuidados necessários para a 
organização avaliar as condições de implantações de novos sistemas. 
Na indústria do vestuário, é possível torná-la rentável e com consumidores satisfeitos apenas com a utilização de tecnologias e métodos de gestão avançados? Fonte: Araújo (1996). 
Figura 8: Avaliação da tecnologia através da aceitabilidade do investimento 
Fonte: Slack (1993). 
Com isso, é preciso antes de serem implantadas novas formas de tecnologia dentro do processo de produção, é essencial o conhecimento completo de toda a organização, pois o investimento trará o retorno esperado desde que tenha sido realizado um planejamento adequado de acordo com a realidade da empresa. 
Para a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (2008, p. 96) “o mundo da confecção dispõe de um conjunto de recursos que poderão auxiliar os empreendedores a aumentar o nível tecnológico do segmento: fornecedores de equipamentos; empresas de logística; provedores de transporte”. 
E ainda para Silveira (2002), de acordo com a competitividade no mercado que a indústria do vestuário atualmente enfrenta é importante se empenhar cada vez mais com tecnologias inovadoras em sua produção com o intuito de buscar melhorias contínuas. 
São várias as tecnologias encontradas para a indústria de confecção, podendo ser utilizadas desde a micro até as grandes empresas, desde que tenham condições de investir. Estamos nos referindo a alguns tipos de softwares existentes que ajudam na solução de problemas dentro do processo de desenvolvimento de produto e da produção. A seguir, irão ser apresentadas algumas tecnologias. 
Sistema CAD/CAM: Esse sistema é computadorizado e utilizado no desenvolvimento, modelagem, ampliação/redução, encaixe de moldes e controle da produção na indústria de confecção. De acordo com Feghali (2008), os sistemas CAD/CAM foram desenvolvidos por várias empresas: americanas, espanhola, francesa e também brasileira chamada “Audaces”. Através desse sistema é possível criar peças básicas do vestuário sem desperdiçar tempo e tecidos, por exemplo, no momento do corte. Os modelos ainda podem ser digitalizados e arquivados dentro do sistema do computador. Na figura 9, temos um exemplo do sistema CAD: 
	
Figura 9: Sistema CAD 
Fonte: Disponível em: <www.audaces.com.br>. 
Nesse sistema as peças realizadas no computador serão encaixadas exatamente de forma que se tenha um aproveitamento completo do tecido, além de evitar erros de posicionamento da peça. 
Plotter: é uma ferramenta utilizada pra imprimir em tamanho real dos moldes que foram desenhados no sistema CAD/CAM. Para realizar a plotagem deve-se apenas introduzir as medidas do enfesto (camadas de tecidos estendidas em uma mesa para serem cortadas) como comprimento e largura. Na figura 10 temos um modelo de plotter. 
Figura 10: Plotter.
Software ERP(Enterprise Resource Planning): é um software que facilita o fluxo de informações entre todas as atividades da empresa como fabricação, logística, finanças e recursos humanos. Um banco de dados único que irá operacionalizar uma plataforma que é comum e que interage com um conjunto integrado de aplicações, consolidando todas as operações do negócio em um simples ambiente computacional. Os principais objetivos encontrados em sua implantação são: 
• Automatização de tarefas manuais; 
• Otimização de processos; 
• Controle sobre as operações da empresa; 
• Disponibilidade imediata de informações seguras; 
• Redução de custos; 
• Redução dos riscos da atividade empresarial; 
• Obtenção de informações e resultados que auxiliem na tomada de decisões e permitam total visibilidade do desempenho das áreas da empresa. 
A informação gerada por esse software possibilita notificar a produção, por exemplo, as quantidades que deverão ser fabricadas para complementar o pedido de acordo com o que o setor de vendas deixou gravado no sistema. 
Código de Barras: Segundo Costa (2005), o código de barras são representações gráficas que através da representação numérica vai facilitar a captura dos dados por meio da leitura óptica. Ainda para Coronado (2007), este sistema de identificação propicia a transmissãode informações para qualquer empresa, em qualquer mercado, em qualquer parte do mundo, permitindo uma grande visibilidade por parte das empresas dos bens e serviços nos processos, abrangendo matéria-prima, processo de fabricação, atacado, varejo e cliente final. Na figura 11, temos um exemplo de código de barras. 
Figura 11: Código de barras
O mesmo autor mostra alguns benefícios de seu uso como: 
• Eficiência operacional e logística; 
• Controle de processos, estoques e inventários; 
• Redução de custos operacionais e administrativos; 
• Recebimento/movimentação interna e externa de materiais; 
• Informações corretas e em tempo real; 
• Fortalecimento de parcerias entre os elos da cadeia de suprimento; 
• Diferencial competitivo; 
• Padronização nas exportações. 
Assim, foi possível verificar que independente do tipo de produto fabricado a tecnologia dentro do processo produtivo ajuda na competitividade e produtividade da empresa, desde que a sua forma de trabalho esteja organizada e que tenha condições de investir. Algumas tecnologias apresentada para a indústria de confecção podem facilitar o seu processo, mas também pode desestruturá-la, caso seja implantada de forma que não condiz com as condições e características da empresa. Por isso, é essencial um planejamento do que realmente é possível fazer. 
Recapitulando 
• A introdução de novas tecnologias dentro do processo de fabricação melhora a produtividade e contribui para a competitividade no mercado. 
• A produção do vestuário pode ser classificada em quatro grupos: Produção de produtos homogêneos de grande série; Produção de produtos semi-homogêneos ou produção de série média; Produção de produtos diversificados ou produção de moda; Produção de produtos altamente diversificados ou produção de grande moda. 
• Para se implantar novas tecnologias é importante que cada empresa tenha a real noção e condição de investimentos que a mesma terá que fazer. 
• Na indústria de confecção podem ser implantados softwares que auxiliam no processo e garante maior qualidade, menor desperdício e menos tempo de produção. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta Unidade, conseguimos mostrar uma pouco da história da confecção industrial, assim como seu surgimento e dificuldades encontradas para sua permanência no mercado. 
Foi possível perceber que o processo de fabricação no setor do vestuário apresenta várias características e envolve setores e pessoas que precisam estar totalmente envolvidos para garantir um resultado satisfatório para a organização. Na verdade, cada departamento tem sua responsabilidade e precisa realizar suas atividades de acordo com o objetivo da empresa e com integração com todos os envolvidos. 
Evidentemente que a parte de planejamento do que realmente a empresa quer oferecer ao seu cliente precisa estar muito bem desenvolvido, através da determinação das características do produto. Foi verificado que para isso é necessário realizar uma pesquisa de mercado e de comportamento para verificar qual vai ser o seu público alvo. 
A partir daí inicia-se o processo de desenvolvimento do produto. Na indústria de confecção esse processo é desenvolvido através da confecção de um protótipo, construído de acordo com as ideias e opiniões das pessoas envolvidas como estilista marketing e área de vendas. Caso seja aprovado, inicia-se a confecção da peça piloto que terá todas as especificações exigidas e servirá como um “padrão” para o restante das peças que serão fabricadas. 
Através de todo esse processo, verificamos também a importância do controle de qualidade dentro de todas as etapas do processo. É com o seu monitoramento que se consegue atingir a qualidade exigida pelos clientes. Percebemos que os colaboradores envolvidos com a inspeção da qualidade, participam ativamente da produção e é um auxílio para que o resultado final da peça seja adequado e satisfatório de acordo com o que foi planejado. 
Outro fator importante abordado foi a estratégia de desenvolver novos produtos pra que a empresa possa se manter competitiva no mercado e com a utilização de tecnologias que facilitam o trabalho e aumenta a produtividade. 
RESUMO
A indústria de confecção teve algumas dificuldades ao longo dos anos para conseguir destaque no mercado. Foi através da indústria têxtil que o seu crescimento pôde ser verificado. Porém, conseguiu se reestruturar e é atualmente um dos serviços que mais atendem as expectativas dos clientes. 
Na confecção industrial é possível perceber linhas de produção bastante diversificadas, fabricando um grande número de produtos heterogêneos destinados a uso diferenciados. Assim, a produção deve ser direcionada para que as atividades que não agregam valor sejam eliminadas com o objetivo de aumentar a produtividade. 
Além disso, a organização do trabalho e o comprometimento de todas as pessoas e departamentos da empresa são muito importantes para que os objetivos possam ser alcançados. 
O planejamento sem dúvida é a fase que irá dar diretrizes para as pessoas saberem exatamente como a fabricação de determinado produto vai acontecer, não esquecendo que foi feito primeiramente um pesquisa tanto de mercado como de comportamento, justamente para que a organização conseguisse definir o tipo de produto iria agradar o seu consumidor.
A qualidade inserida no produto é de suma importância e considerado como um fator de competitividade, da necessidade de mão de obra qualificada e do planejamento estratégico realizado pela organização. Além disso, foi possível identificar os vários setores que fazem parte da confecção, deixando claro que um bom funcionamento depende da comunicação entre os níveis setoriais da empresa. 
A forma de organização do trabalho para indústria do vestuário deve ser analisada além de suas características tecnológicas, com o intuito de ajudar uma empresa a verificar se o investimento em novas tecnologias será benéfico ou não para o seu trabalho. 
Para o setor do vestuário a implantação de softwares irá facilitar todo o trabalho da empresa, trazendo vários benefícios e garantindo sua competitividade no mercado, além da qualidade do produto e das características e objetivos. 
APROFUNDANDO
EFEITOS DA FALTA DE UM PROCESSO HIERÁRQUICO COMPLETO 
A empresa Maravilha trabalha com doces, balas, confeitos e salgadinhos e funciona da seguinte forma: faz previsões de vendas com antecedência de um mês, levando em conta o consumo por produto (são 140 diferentes produtos e apresentações), para cada filial em 36 pontos estratégicos do Brasil. Elas servem de contato comercial com pequenos varejistas e pequenos distribuidores locais. Também cabe a cada uma das filiais realizar sua previsão de demanda para o próximo mês, para sua região e influência. Faz isso contatando seus representantes de vendas, seu histórico e outras informações disponíveis. 
Com base, então, na previsão, o planejamento central da matriz que fica em São Paulo emite os chamados planos de produção para as quatro fábricas, duas delas localizadas na região sudeste, uma na região sul e uma na região nordeste. 
As fábricas, a partir dessa solicitação, tentam manter-se aderentes ao programa de produção. Com base nesse plano de produção, o planejamento logístico de São Paulo, ao longo do mês, acompanha o quanto as fábricas vão disponibilizando em seus estoques e programa os despachos, alguns diretamente para as filiais e outros para dois centros de distribuição localizados um em São Paulo e outro em Recife, para que, respeitando condições mínimas de economias de escala para transporte, consolidem as cargas para envio a filiais de menor volume. Recentemente, dada a constatação de que por três meses consecutivos não se atendeu à necessidade dada pelas previsões de demanda do conjunto das filiais para todo um cliente importantíssimo (barras de chocolate com recheio), a empresa procurou as causas. 
Constatou que a capacidade produtiva das barras de chocolate com recheio estava completamente esgotada – e que apenas agora se haviam iniciado as providências para uma ampliação, que demandava importaçãode uma linha de produção, que não estaria disponível antes de oito meses, dada a necessidade de fabricação de alguns acessórios sob encomenda.
Quando se procurou ir às causas básicas do problema, simplesmente se constatou que não havia um âmbito de planejamento em que se analisa sistematicamente um horizonte futuro de nove meses, embora a inércia dessa decisão sinalizasse claramente para essa necessidade. Anualmente, a empresa fazia seu exercício seu orçamento, com horizonte de 12 meses, mas este era feito num nível de agregação que não permitia ver as necessidades futuras da família de barras de chocolate recheado em particular. 
A partir daí, o horizonte considerado caía bruscamente para um mês à frente, conforme descrito anteriormente. Assim, para evitar perder a fidelidade dos clientes, considerados em uma fatia importante do mercado, o gerente coorporativo decidiu nomear um pessoa que seria responsável direto pelo planejamento, dessa família em especial, justamente para prever os volumes agregados de demanda com antecedência longa; planejar os tipos de produção e estoques necessários de barras de chocolate; calcular os recursos para atender o que foi planejado e ter ações ou mesmo alternativas para alguma necessidade inesperada a fim de conseguir suprir o atendimento da demanda.
O único problema disso tudo é que essa solução ainda demoraria a se ter um retorno que a empresa estava precisando, porém perceberam que a falta de um bom planejamento pode “afundar” uma organização.

Continue navegando