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Semiologia Gabriela Teixeira - ATM 2024/2 
Exame Físico Cardiovascular: 
 
➔ Posicionar-se do lado direito do paciente. 
➔ Após avaliação de cabeça e pescoço. 
➔ Deitar o paciente (paciente pode estar sentado ou deitado, mas a melhor forma é deitado). 
➔ Baixar a bata até a cicatriz umbilical para examinar o tórax. 
➔ Exame para pacientes em condições “normais” (obesos, por exemplo, é diferente). 
➔ Em mulheres, pode deslocar a mama para uma melhor ausculta. 
 
 
 
Inspeção e Palpação: 
 
1º) Formato do Tórax e Abaulamentos: 
➔ Observar o formato do tórax (Ex.: atípico, tonel, cifótico, escavado, carinado, etc). 
➔ Pesquisa de abaulamentos. 
➔ Deve-se investigar com o paciente despido, de modo que o examinador faça a inspeção 
em região precordial em 2 incidências (tangencial e frontal). 
➔ “Tórax atípico, sem abaulamentos”. 
 
2º) Jugulares e Carótidas: 
➔ Pedir para o paciente virar a cabeça para o lado esquerdo e observar veia jugular e artéria 
carótida. 
➔ Veia jugular:​ Observar se há presença de fluxo turbilhonar. Realizar manobra da ordenha. 
 ​Ordenha Jugular: 
- Com a polpa dos dedos indicadores, o examinador bloqueia o fluxo na parte 
superior do vaso e esvazia a V. Jugular, fixando outro dedo na parte inferior. Após, 
soltar o dedo inferior para observar a velocidade de enchimento do vaso. Depois, 
soltar o outro dedo. Avaliar o enchimento do vaso e fluxo de sangue. 
- Não fazer ambos os lados ao mesmo tempo. Risco de AVC isquêmico. 
➔ Artéria carótida: ​Realizar palpação para sentir o pulso e ausculta. 
- Para a ausculta da carótida, solicita-se que o paciente tranque a respiração. 
- A ausculta pode ser realizada posteriormente, junto com a dos focos de ausculta e 
demais vasos. 
➔ Após, solicitar que o paciente vire a cabeça para o lado direito e realizar as mesmas 
etapas. 
 
3º) Batimentos/Movimentos Visíveis ou Palpáveis: 
➔ Avaliar áreas que possam apresentar batimentos visíveis ou palpáveis (retração sistólica, 
levantamento de massa em precórdio, pulsação epigástrica ou supresternal). 
➔ Algumas vezes é possível perceber o ictus. 
 
 
 
Semiologia Gabriela Teixeira - ATM 2024/2 
4º) Ictus Cordis: 
➔ O ictus cordis é a pulsação do ápice do coração. 
➔ Realizar inspeção e palpação (com a palma da mão espalmada, nos focos de ausculta, em 
busca de frêmitos). 
➔ Deve-se investigar localização, extensão (polpa digital), mobilidade, intensidade (com a 
palma da mão) e tipo de impulsão, ritmo e frequência. 
➔ Localização:​ ​Encontrar o Ângulo de Louis, imediatamente ao lado se encontra o 2º 
espaço intercostal. Ictus cordis se localiza, normalmente, por volta do 4º ou 5º e.i.c, 
em cruzamento com a linha hemiclavicular. 
➔ A sua localização pode variar de acordo com o biotipo do paciente. 
➔ “Ictus Cordis no 5º espaço intercostal, na linha hemiclavicular, uma polpa digital”. 
 
5º) Frêmito Cardiovascular: 
➔ É caracterizado como a sensação tátil determinada por vibrações produzidas no coração 
ou nos vasos. 
➔ Palpação com a palma da mão espalmada, sobre os focos de ausculta. 
➔ Em caso de presença de frêmito, deve-se, com a palma da mão, avaliar localização, 
situação do ciclo cardíaco e intensidade (avaliado em cruzes ++++/IV). 
➔ Estão associados aos sopros. 
➔ “Sem frêmito palpável”. 
 
 
 
Ausculta: 
 
6º) Focos de Ausculta: 
➔ Foco Mitral:​ Situa-se no 5º espaço intercostal (EIC) esquerdo na linha hemiclavicular e 
corresponde ao ictus cordis. 
➔ Foco Pulmonar:​ Situa-se no 2º EIC esquerdo, junto ao esterno. Nesse espaço podemos 
avaliar desdobramentos da 2ª bulha cardíaca. 
➔ Foco Aórtico:​ 2º EIC direito, justaesternal. Porém, algumas vezes, o melhor local para 
auscultar alterações de origem aórtica é a área entre o 3º e 4º EIC esquerdo, onde fica 
localizado o foco aórtico acessório. 
➔ Foco Aórtico Acessório:​ Localiza-se no 3º e 4º espaço intercostal esquerdo, junto ao 
esterno. 
➔ Foco Tricúspide:​ Situa-se na base do apêndice xifóide ligeiramente para a esquerda. Os 
fenômenos acústicos originados na valva tricúspide (sopro sistólico) costumam ser mais 
percebidos na área mitral. 
Semiologia Gabriela Teixeira - ATM 2024/2 
7º) Bulhas Cardíacas: 
➔ Primeira Bulha (B1):​ Fechamento das valvas mitral e tricúspide, componente mitral 
antecede tricúspide, ​coincide com ictus cordis e pulso carotídeo​, é mais grave e tem 
duração um pouco maior que a 2ª bulha - TUM. 
➔ Segunda Bulha (B2):​ Fechamento das valvas aórtica e pulmonar, timbre mais agudo, 
representação - TA. 
 
8º) Ritmo Cardíaco: 
➔ Havendo apenas 2 bulhas, trata-se de ritmo binário ou em dois tempos. Quando se torna 
audível um terceiro ruído, passa a ser ritmo tríplice ou em três tempos. 
- Duas bulhas​ = dois tempos = binário. 
- Terceiro ruído ​= três tempos = ritmo tríplice. 
➔ Obs.: Ritmo cardíaco pode apresentar arritmias, sendo a principal encontrada na ausculta 
o ritmo de galope (PA-TA-TA), em que o ritmo cardíaco imita o som semelhante ao galopar 
de um cavalo devido a B3 patológica. 
 
9º) Frequência Cardíaca: 
➔ Conta-se os batimentos em um minuto. 
➔ Em adultos, < 60: bradicardia, > 100: taquicardia. 
➔ “Ritmos regular, dois tempos, bulhas normofonéticas, sem sopros”. 
 
 
 
Ausculta e Palpação de Vasos: 
 
10º) Ausculta dos Grandes Vasos: 
➔ Carótidas:​ Lateral do pescoço, anterior ao esternocleidomastóideo; 
➔ Aorta abdominal:​ Medial, acima da cicatriz umbilical; 
➔ Renais:​ Laterais, acima da cicatriz umbilical; 
➔ Ilíacas: ​Laterais, abaixo da cicatriz umbilical; 
➔ Femorais:​ Próximas ao ligamento inguinal, a meio caminho entre a espinha ilíaca anterior 
superior e a sínfise púbica. 
 
Semiologia Gabriela Teixeira - ATM 2024/2 
11º) Pulsos Periféricos:  
➔ Radial, Carotídeo, Braquial, Femoral, Poplíteo, Pedioso, Tibial posterior, etc. 
➔ “Pulsos palpáveis, simétricos, ritmo regular, ondas normais”. 
➔ Obs.: Palpar aorta abdominal. 
 
 
 
Sopros: 
➔ Produzidos por vibrações decorrentes de alterações do fluxo sanguíneo, que, em 
condições patológicas, adota um caráter turbilhonar, deixando de ser laminar, surgindo 
ruídos denominados sopros. 
 
➔ Os sopros podem surgir dos seguintes mecanismos: 
- Aumento da velocidade da corrente sanguínea​ (exercício físico, hipertireoidismo, 
febre); 
- Diminuição da viscosidade sanguínea​ (anemia); 
- Passagem do sangue por uma passagem estreita​ (estenoses); 
- Passagem do sangue por zona dilatada​ (aneurismas). 
 
➔ Os seguintes aspectos do sopro devem ser avaliados: 
- ​Situação do sopro no ciclo cardíaco:​ sistólico, diastólico, sistodiastólicos ou contínuos; 
- Localização: ​qual foco de ausculta o sopro é mais audível; 
- Irradiação: ​deslocar o estetoscópio em várias direções para identificar irradiação; 
- Intensidade: ​avaliação subjetiva, feita em graduação (+ a ++++); 
- Timbre e tonalidade: ​“qualidade do sopro”; pode ser suave, rude, musical, em jato, 
piante, ruflar. 
 
➔ Uma das mais importantes aplicações da avaliação dos sopros cardíacos é na ​suspeita 
diagnóstica de acometimento valvar ​(estenose mitral ou aórtica, insuficiência mitral ou 
aórtica). 
 
 
 
Manobra de Rivero-Carvalho: 
➔ Essa manobra ajuda a diferenciar o sopro da insuficiência tricúspide do da insuficiência 
mitral. 
➔ Esta manobra, também serve para diferenciar o desdobramento fisiológico do patológico 
da 2ª bulha no foco pulmonar. 
➔ Com o paciente em decúbito dorsal, coloca-se o receptor do estetoscópio no foco 
tricúspide. Em seguida, atenta-se para a intensidade do sopro. Logo após, solicita-se ao 
paciente que faça uma inspiração profunda. Simultaneamente o examinador procura 
detectarqualquer modificação na intensidade do sopro. 
Semiologia Gabriela Teixeira - ATM 2024/2 
➔ Manobra de Rivero – Carvalho Negativa: ​Caso não haja alteração ou se o sopro diminuir 
de intensidade. Assim, o sopro audível naquele foco não passa de propagação de um 
sopro originado na valva mitral. 
➔ Manobra de Rivero – Carvalho Positiva: ​Se ocorrer um aumento da intensidade do 
sopro. Diante disso é correto concluir-se que o sopro origina na valva tricúspide. Na 
insuficiência tricúspide a Manobra de Rivero – Carvalho é positiva. 
 
 
 
Manobra Hepatojugular: 
➔ O paciente deve estar com a cabeça elevada à 45° e deve respirar normalmente. 
➔ Para facilitar a observação, o paciente deve estar com a cabeça voltada para o lado 
esquerdo. 
➔ Pressiona-se firmemente o fígado na direção da coluna vertebral, mantendo pressionado 
entre 10 e 60 segundos. A compressão é realizada com a palma da mão, firme e contínua. 
➔ Observa-se se ocorre turgência jugular. 
➔ Se houver refluxo, a manobra é positiva. Indica insuficiência ventricular direita.

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