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Estudo dirigido: semiologia do sistema cardiovascular

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Estudo dirigido: semiologia do sistema cardiovascular
1.Para todos os sistemas têm-se o exame físico geral e o específico. Quais pontos abordados em cada um deles no aparelho circulatório?
Resposta: O exame cardiovascular inclui os aspectos do exame físico geral pertinentes ao aparelho cardiovascular (alterações da coloração da pele e mucosas, edema, perfusão periférica), exame dos pulsos arteriais e venoso jugular, tomada da pressão arterial, inspeção, palpação e ausculta.
· Avaliação dos sinais vitais;
· Avaliar níveis de consciência, fácies, pele, esforço respiratório;
· Palpação e ausculta dos pulsos;
· Observação das veias;
· Inspeção e palpação do tórax;
· Percussão, palpação e ausculta cardíacas e do ictus cordis;
· Exame pulmonar, incluindo percussão, palpação e ausculta;
· Exame do abdome e dos membros;
· Sintomas comuns relacionados: dor torácica, dispneia, cansaço, síncope, palpitações e edema.
2.Quais os locais para aferição de pulso no corpo humano?
Resposta: Têm-se 9 sítios de aferição de pulso:
· Temporal;
· Carotídeo;
· Braquial;
· Radial;
· Ulnar;
· Femoral;
· Poplíteo;
· Tibial posterior;
· Pedioso.
3.Explique a pertinência da avaliação do pulso arterial, frequência cardíaca, temperatura e respiração para este sistema.
Resposta: A avaliação do pulso arterial é pertinente pois mostra a expansão e a contração alternada de uma artéria após a ejeção de um volume de sangue na aorta com a contração do ventrículo esquerdo. 
A avaliação da frequência cardíaca é importante pois revela o número de vezes que o coração bate por minuto. Caso haja alguma arritmia, será perceptível por meio dessa medição. 
A temperatura é importante pois pode influenciar na perfusão periférica, pois caso o paciente tenha tido contato com água fria ou a temperatura ambiente esteja muito reduzida, a percepção tátil de extremidades frias e a observação da presença de cianose pode ser explicada por reflexo de vasoconstrição periférica e não decorrente de processo patológico.
A avaliação da respiração permitirá a captação do ritmo cardíaco e de possíveis anormalidades, como o sopro por exemplo, sabendo que a modificação do padrão respiratório influencia no controle cardiovascular.
4.Como deve ser feita a avaliação do ictus cordis?
Resposta: Na inspeção/palpação observa-se a localização, extensão, mobilidade, intensidade, ritmo e frequência do ictus cordis. A inspeção deve ser feita ao lado direito do paciente e junto aos pés, pode não ser visível em pessoas normais e a localização pode variar com o biotipo. Deve-se avaliar também sua extensão (normal com 2 polpas digitais), intensidade (palpação com a palma da mão), mobilidade (ictus varia com a posição do indivíduo), ritmo e frequência.
5.Quais os 4 focos de ausculta cardíaca e suas respectivas localizações?
Resposta: 
· Foco mitral: localizado no 5º espaço intercostal esquerdo, na linha hemiclavicular;
· Foco tricúspide: localizado na base do apêndice xifoide, ligeiramente à esquerda, na linha paraesternal;
· Foco aórtico: localizado no 2º espaço intercostal direito, na linha paraesternal;
· Foco pulmonar: localizado no 2º espaço intercostal esquerdo, na linha paraesternal.
6.O que representa B1, B2, B3 e B4?
Resposta: São as bulhas cardíacas, vibrações geradas pela aceleração e desaceleração da coluna de sangue pelas estruturas cardiovasculares.
Primeira bulha (B1): Fechamento das valvas mitral e tricúspide, componente mitral antecede tricúspide, coincide com ictus cordis e pulso carotídeo, timbre mais grave, representação – TUM;
Segunda bulha (B2): Fechamento das valvas aórtica e pulmonar, timbre mais agudo, representação – TA;
Terceira bulha (B3): Vibrações da parede ventricular subitamente distendida pela corrente sanguínea que penetra na cavidade durante o enchimento ventricular rápido, ruído de baixa frequência, representação – TU, presente quando há sobrecarga em volume;
Quarta bulha (B4): Ruído débil, ocorre no final da diástole ― brusca desaceleração do fluxo sanguíneo mobilizado pela contração atrial de encontro à massa sanguínea existente no interior do ventrículo, queda da complacência ventricular.
7.Discorra sobre o passo a passo da técnica de aferição de PA.
Resposta: 
· Lavar as mãos antes de iniciar 
· Explicar o procedimento ao paciente 
· Certificar-se de que o paciente: 
 a. Não está com a bexiga cheia 
 b. Não praticou exercícios físicos 
 c. Não ingeriu bebidas alcoólicas, café, alimentos ou fumou até 30 minutos antes da medida.
 d. Está ou não sentindo alguma dor 
· Deixar o paciente descansar por 5-10 minutos em ambiente calmo com temperatura agradável. 
· Localizar a artéria braquial por palpação. 
· Colocar o manguito adequado firmemente, cerca de 2 a 3cm acima da fossa antecubital, centralizando a bolsa de borracha (manguito) sobre a artéria braquial. 
· Manter o braço do paciente na altura do coração 
· Posicionar os olhos no mesmo nível da coluna de mercúrio ou do mostrador do manômetro. 
· Palpar o pulso radial, inflar o manguito até o desaparecimento do pulso para estimação do nível da pressão sistólica, desinflar rapidamente e aguardar de 14 a 30 segundos antes de inflar novamente. 
· Colocar as olivas do estetoscópio nas orelhas, com a curvatura voltada para frente. 
· Identificar a artéria braquial na fossa cubital e posicionar a campânula do estetoscópio suavemente sobre ela evitando compressão excessiva. 
· Solicitar ao paciente que mantenha o braço relaxado, não levante a cabeça e não fale durante o processo da medida. 
· Inflar rapidamente, de 10 em 10mmHg, até ultrapassar 20 a 30mmHg, o nível estimado da pressão sistólica. 
· Proceder à deflação a velocidade constante inicial de 2 a 4mmHg/seg. 
· Após a determinação de PA sistólica (PS), aumentar para 5 a 6mmHg/s, evitando congestão venosa e desconforto para o paciente. 
· Determinar a PS no momento do aparecimento do primeiro som (Fase I de Korotkoff) que se intensifica com o aumento da velocidade de deflação. 
· Determinar a Pressão Diastólica (PD) no desaparecimento do som (Fase V de Korotkoff), exceto em condições especiais. Auscultar cerca de 20 a 30mmHg abaixo do último som para confirmar o seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa. 
· Registrar os valores das PS e PD, complementando com a posição do paciente, tamanho do manguito, e o braço em que foi feita a mensuração. Deverá ser registrado sempre o valor da pressão identificado na escala do manômetro, que varia de 2 em 2mmHg, evitando-se arredondamentos e valores terminados em 5. 
· Esperar 1 a 2 minutos antes de realizar novas medidas. Orientar para que o paciente faça movimentos de fechar e abrir as mãos para restabelecer adequadamente a circulação local. 
· Lave as mãos novamente ao término.
8.O que significa cada uma das 5 fases de Korotkoff?
Resposta: 
Fase I: surgimento dos primeiros sons (pequena intensidade e alta frequência). 
Fase II: sons suaves e prolongados. Podem ser inaudíveis (hiato auscultatório). 
Fase III: sons mais intensos e nítidos (hiato auscultatório). 
Fase IV: sons de baixa intensidade e abafados (níveis de pressão da bolsa discretamente > pressão diastólica). 
Fase V: desaparecimento dos sons.
9.Quais os possíveis achados durante a inspeção do SCV e o que cada um significa?
Resposta: - Abaulamentos intrínsecos (hipertrofia e/ou dilatação cardíaca) e extrínsecos (derrame pericárdico, enfisema, aneurisma de aorta);
- Deformidades;
- Batimentos e movimentos: pulsação epigástrica (transmissão da aorta abdominal ou hipertrofia de VD), pulsação na fúrcula (pode significar aneurisma de aorta);
- Ictus Cordis: hipertrofia e/ou dilatação do VE (deslocamento do ictus para baixo e para a esquerda), hipertrofia do VD (deslocamento horizontal para a esquerda), ictus difuso ou globoso (dilatação), ictus propulsivo (hipertrofia);
- Frêmito cardiovascular: sensação tátil determinada por vibrações produzidas no coração ou nos vasos, e corresponde aos sopros. Algumas situações podem determinar um fluxo turbilhonado caracterizado por umavelocidade muito alta, ao passar por um trecho de um vaso estenosado, dilatado ou de superfície não lisa. A tendência para que esse tipo de fluxo ocorra está associado indiretamente a viscosidade sanguínea. Dessa forma, a depender da magnitude do fluxo turbilhonar podem ocorrer frêmitos ou sopros à ausculta no foco da área geradora caracterizando um fluxo sanguíneo anormal;
- Bulhas fisiológicas e acessórias: vibrações geradas pela aceleração e desaceleração da coluna de sangue pelas estruturas cardiovasculares;
- Atrito pericárdico: ruído provocado pelo roçar dos folhetos que perderam suas características normais.
10- Caso clínico:
*Identificação: Ana Maria da Silva Aragão, sexo feminino, 5 meses, branca,
nascimento 14/04/2020
*Queixa principal: falta de ar e dificuldade para mamar.
*Paciente foi levada à emergência com falta de ar, dificuldade para mamar e coração
“acelerado”. Os sintomas começaram há cerca de 36 horas e se agravaram muito nas
últimas 3 horas. Segundo a mãe antes de começar o problema a criança estava
“gripada”, com coriza ‘’transparente’’, espirros e obstrução nasal há uma semana.
Desde ontem apresenta febre de 38,2°C.
*Aparelho cardiovascular: precórdio calmo, ictus no 5º EIE, 1 cm para fora da LMC,
B1 e B2 discretamente hipofonéticas. Ritmo de galope. 3ª bulha audível no FM. Sopro
Sistólico (protomeso, em decrescendo) no FM, grau III/VI.
Reescreva a anamnese em forma de texto.
Resposta: A.M.S.A, sexo feminino, 5 meses de idade, branca. Levada à emergência com queixa de falta de ar e dificuldade de mamar. Seu quadro teve início há cerca de 36 horas e se agravou nas últimas 3 horas, com presença de febre de 38,2ºC. Paciente levada à emergência com dispneia, dificuldade para mamar e taquicardia. Seu responsável relata quadro de gripe com coriza, espirros e obstrução nasal há 01 semana. Durante o exame físico do aparelho cardiovascular apresentou precórdio calmo, ictus no 5º EIE, 1 cm para fora da LMC, B1 e B2 discretamente hipofonéticas, ritmo de galope, 3ª bulha audível no FM, sopro sistólico (protomeso, em decrescendo) no FM, grau III/VI.
11.A palpação do VD é possível em indivíduos magros ou em condições em que ela se contra aumentada. Tem-se diversas técnicas semiológicas que possibilitam essa palpação. De acordo com isso, liste tais técnicas:
Resposta: O ventrículo direito pode ser avaliado com as polpas digitais nos espaços intercostais, junto à borda esternal. No epigástrio, avalia-se a parede inferior do ventrículo direito, com a polpa do indicador abaixo do apêndice xifoide, direcionando o dedo para a clavícula esquerda.
12- Paciente José Rodrigues, 72 anos, chega ao consultório referindo palpitações e falta de ar. Após a coleta da anamnese realizou-se o exame físico com ênfase no SCV. Desse modo, em se tratando da inspeção do Ictus cordis julgue as alternativas abaixo como verdadeiro ou falso e em seguida justifique:
1- Em pessoas saudáveis o ictus costuma medir 4 cm, à palpação;
2- O ictus é sempre palpável em pacientes saudáveis;
3- Caso o ictus não seja palpável em posição supina com 30º de elevação, deve-se tentar a palpação em decúbito lateral esquerdo;
4- As alterações ao exame físico costumam indicar patologias no VD.
Resposta:
1. Falso. Geralmente a extensão normal é de 2 polpas digitais (2 a 2,5cm), mas por sofrer influencia postural, pode aumentar para 3 polpas digitais (3 a 3,5cm) em decúbito lateral esquerdo.
2. Falso. O ictus pode não ser visível em pessoas normais, pode ser percebido em cerca de 25% dos pacientes.
3. Verdadeiro. O decúbito lateral esquerdo aproxima o coração da parede torácica, tornando as características do ictus cordis mais pronunciadas.
4. Falso. A causa de aumento do ictus é o aumento de volume da câmara ventricular esquerda (ou seja, hipertrofia excêntrica). Aumentando de tamanho, tende a se deslocar para a esquerda e para baixo. Sendo encontrado em todas as causas de sobrecarga de volume e nas doenças que acarretam dilatação ventricular.
13.Após assistir os vídeos https://youtu.be/2NtkWjUHR1E
https://youtu.be/Fz8UeB4pLwU, faça uma síntese sobre a semiologia do sistema cardiovascular:
Resposta: 
Primeiramente, o médico deve estar em um ambiente bem iluminado e o paciente confortável.
O primeiro passo do exame semiológico cardiovascular é fazer a inspeção geral e ver se há instabilidade hemodinâmica. Para avaliar a perfusão. Palpa-se o pulso radial, mede-se a temperatura e analisa-se o enchimento capilar.
Examina-se o pulso, observando o sincronismo, a amplitude, a intensidade e a frequência. Em caso de parada respiratório deve-se checar os pulsos carotídeo e femoral.
O paciente tem que estar deitado com angulação de 45º para ver se na região cervical há a presença de pressão venosa aumentada, através da turgência jugular ou através do refluo hepatojugular, onde pressiona-se a região epigástrica e observa-se se há presença de turgência sustentada acima de 3cm da posição basal.
Na região torácica observa-se se há presença ou não de deformidades, de danças das artérias (sinal de insuficiência aórtica grave) e direciona o olhar para o ictus cordis. A avaliação do ictus conta com localização, intensidade, deslocamento. O ictus normal tem extensão de 2 polpas digitais.
Outro passo é palpar os pontos de ausculta cardíaca: foco aórtico, pulmonar, mitral e tricúspide. A graduação de sopro cardíaco vai de 1 a 6 cruzes e o frêmito caracteriza-se pela palpação de sopro que tem intensificação acima de 3 cruzes.
A avaliação do ritmo de pulso é feita pela observação da regularidade através da palpação ou colocando o estetoscópio no ictus cordis e palpando o pulso radial ou carotídeo. A presença de pulso alternante indica a disfunção ventricular grave. O pulso venoso propulsivo pode ser percebido na aferição da pressão arterial quando há turgência do pulso venoso.
A ausculta tem a finalidade de ouvir os sons dos grandes focos: aórtico, pulmonar, mitral e tricúspide buscando os dois sons fisiológicos de sístole e diástole. A primeira bulha coincide com a sístole, com o fechamento das valvas atrioventriculares. A diástole coincide com o fechamento das valvas semilunares. 
O sopro sistólico no foco mitral pode representar insuficiência mitral. O sopro diastólico no foco mitral pode representar estenose mitral.
O sopro sistólico no foco tricúspide pode representar insuficiência tricúspide. O sopro diastólico no foco tricúspide pode representar estenose tricúspide.
O sopro diastólico no foco aórtico pode representar insuficiência aórtica. O sopro sistólico no foco aórtico pode representar estenose aórtica.
O sopro diastólico no foco pulmonar pode representar insuficiência pulmonar. O sopro sistólico no foco pulmonar pode representar estenose pulmonar.

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