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Semiologia 1 Gabriela Teixeira – ATM 2024/2 Exame Físico Abdominal Inspeção: 1. Regiões abdominais: → 9: Hipocôndrios direito e esquerdo, flancos direito e esquerdo, fossas ilíacas direita e esquerda, epigástrio, mesogástrio e hipogástrio. → 4: Quadrantes superiores direito e esquerdo e quadrantes inferiores direito e esquerdo. 2. Formas de Abdome: → Normal (plano), globoso, batráquio, pendular, em avental, escavado, gravídico, etc. 3. Abaulamentos, Circulação Colateral, Cicatrizes, Tumorações. 4. Movimentos: → Respiratórios: Abdominal, tóraco-abdominal, costal superior, etc. → Pulsações: Aorta abdominal visível? → Movimentos peristálticos. 5. Sinal de Cullen e de Grey Turner: → Sinal de Cullen: Equimose periumbilical. → Sinal de Grey Turner: Equimose dos flancos. 6. Hérnias e Diástase dos músculos retos abdominais: → Pedir para que o paciente contraia a musculatura abdominal, levantando a cabeça do travesseiro sem mover o tórax (como se fosse fazer um abdominal) ou elevando as duas pernas. Ausculta: o No exame do abdome deve ser antes da palpação e percussão para evitar alterações internas! 7. Ruídos Hidroaéreos (RHA): → Auscultar todas as regiões abdominais. → Silêncio abdominal se ausência em 3 minutos. 8. Artérias: → Buscar por sopros ou alterações nos mesmos focos de ausculta de vasos. → Aorta abdominal, artérias renais e artérias ilíacas. Normalmente não são escutáveis. Semiologia 2 Gabriela Teixeira – ATM 2024/2 Percussão: 9. Limite superior do fígado: → Percute-se hemitórax direito, na linha hemiclavicular, desde a clavícula (som claro pulmonar) até achar som maciço (borda superior do fígado). → “Limite superior do fígado no 5º EIC”. 10. Hepatimetria: → Com uma fita métrica, medir distância do limite superior (início do som maciço) até a borda inferior (palpável, em caso de dúvida percutir). 11. Baço: → Percutir o Espaço de Traube. Normalmente é som timpânico, mas em esplenomegalia pode ser maciço. 12. Sonoridade do Abdome: → Som maciço no fígado, restante do abdome deve ser timpânico. Palpação: 13. Palpação Superficial: → Palpação com a ponta dos dedos da mão dominante, em movimentos circulares. → Palpar todas as regiões do abdome. → Sensibilidade, pontos dolorosos. → Resistência do abdome: Diferenciar contração voluntária de involuntária. → Diástase ou Hérnias. → Massas palpáveis. 14. Palpação Profunda: → Palpação com as duas mãos sobrepostas, sendo a dominante localizada superiormente (mão dominante que realiza a força de compressão). → Palpar todas as regiões do abdome. → Órgãos, massas, megalias. → Fígado, vesícula biliar, baço, rins, ceco, cólon transverso e sigmóide. Obs.: Rins e baço palpáveis provavelmente se encontram aumentados. Palpação do Fígado: • O método mais utilizado na prática é o de Lemos Torres, em que o examinador com a mão esquerda na região lombar direita do paciente tenta evidenciar o fígado para frente e com a mão direita espalmada sobre a parede anterior, tenta palpar a borda hepática anterior durante a inspiração profunda. • Para palpação, utilizar a mão direita espalmada, fazendo mais pressão nos últimos dedos. Semiologia 3 Gabriela Teixeira – ATM 2024/2 Palpação do Baço: Palpação dos Rins: Manobras: 1. Percussão por Piparote: Paciente coloca borda cubital da mão sobre a linha mediana do abdome, com ligeira pressão. Examinados do lado direito do paciente, repousa a mão esquerda no flanco esquerdo. Golpeia-se com o indicador (peteleco) a face lateral do hemiabdome direito. Caso haja prosseguimento da onda para o lado oposto do abdômen o sinal é considerado positivo e indicativo de ascite de grande volume. 2. Manobra do Rechaço: Com a mão espalmada, comprime-se a parede abdominal. Os dedos fazem impulso rápido na parede, retornando os dedos à posição inicial sem afrouxar a compressão da parede. Há rechaço quando se percebe um choque na mão que provocou o impulso. Indicativo de ascite de grande volume. 3. Macicez Móvel: Percutir todo o abdome e observar a presença de localização de sons timpânicos e maciços. Em caso de ascite, com o paciente em decúbito dorsal, haverá macicez nos flancos e som timpânico na parede média do abdome. Se houver ascite, caso o paciente deite em decúbito lateral, a localização dos sons irá alterar, no lado em que o paciente deitou haverá macicez e no outro lado, som timpânico. 4. Semicírculo de Skoda: Com o paciente em decúbito dorsal, o líquido ascítico ocupa as áreas de declive do abdome, em hipogástrio e flancos, ao se percutir o abdome a partir do andar superior, delimita-se uma linha circular na transição entre o timpanismo e macicez das áreas de maior declive. Ascite. • Normalmente não é palpável, exceto quando atinge duas ou três vezes seu tamanho normal. • Com a mão esquerda na região lombar esquerda do paciente, o examinador utiliza a mão direita para realizar a palpação, do umbigo até o rebordo costal esquerdo. Coordenar com a respiração. • Manobra de Schuster: Manobra facilitadora para palpação do baço. Paciente em decúbito lateral direito, com a perna direita estendida e a coxa esquerda fletida sobre o abdome. Braço esquerdo sobre a cabeça. Examinador à esquerda do paciente, realiza palpação em garra. • Método Bimanual: Uma das mãos na região lombar, enquanto a outra palpa o rim, no flanco, durante a inspiração. • Mão direita palpa rim direito, mão esquerda palpa rim esquerdo. • Normalmente não são palpáveis. Semiologia 4 Gabriela Teixeira – ATM 2024/2 5. Ponto de McBurney: Ponto entre o umbigo e a espinha ilíaca anterossuperior. Há sensibilidade em situação de apendicite. 6. Sinal de Murphy: Comprima o ponto cístico na expiração, peça que o paciente inspire profundamente. É indicativo de colecistite, quando o paciente suspende a inspiração por dor à compressão do rebordo costal direito (local onde se encontra a vesícula biliar). Fígado desce e a vesícula atinge o dedo. 7. Sinal de Rovsing: Dor na fossa ilíaca direita pela compressão retrógrada dos gases a partir da fossa ilíaca esquerda. Há distensão do ceco e do apêndice. Se houver dor, sinal de apendicite. 8. Sinal de Blumberg: Dor à descompressão brusca da parede abdominal. Comprime-se vagarosamente e, à descompressão brusca, há exacerbação da dor. Qualquer região do abdome, indica peritonite ou apendicite quando na fossa ilíaca direita. 9. Manobra do Psoas: Dor no quadrante inferior direito que ocorre ao fazer flexão ativa ou hiperextensão passiva do MID. Fazer primeiro na perna esquerda. Colocar a mão acima do joelho do paciente e pedir para que ele eleve a coxa contra sua mão. Se houver dor, indicativo de apendicite. 10. Manobra do Obturador: Dor no quadrante inferior direito ao fazer flexão passiva da perna sobre a coxa e da coxa sobre a perna com rotação interna da coxa. Se dor, indicativo de apendicite. 11. Sinal de Jobert: Desaparecimento da macicez hepática e troca por timpanismo, pode haver uma camada de ar entre o fígado e o diafragma. Sugere pneumoperitônio, pode ser por perfuração de víscera oca. 12. Sinal de Giordano: Dor na PPL (Punho Percussão Lombar). Sugere pielonefrite.
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