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41
UNIVERSIDADE DE UBERABA
CRISTINA SILVA ARAÚJO
KIEFF GREDIAGA ALEXANDRE FILHO
O MULTICULTURALISMO NA EDUCAÇÃO BÁSICA E SUAS IMPLICAÇÕES
UBERABA/MG
2018
                                                
CRISTINA SILVA ARAÚJO
KIEFF GREDIAGA ALEXANDRE FILHO
O MULTICULTURALISMO NA EDUCAÇÃO BÁSICA E SUAS IMPLICAÇÕES
.
Trabalho de Conclusão de curso apresentado ao curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade de Uberaba, como parte das exigências da disciplina.
Orientadora: Prof.ª: Angelita de Fátima Souza 
UBERABA/MG
2018
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	4
CAPITULO 1- MULTICULTURALISMO E SUAS IMPLICAÇÕES	8
1.1-A história do multiculturalismo	8
1.2 A escola e a pluralidade cultural.	11
1.3 O Multiculturalismo na educação escolar: conceito e importância.	14
CAPITULO 2- CURRICULO	16
2.1- Politicas multiculturais no contexto da escola.	18
2.1.2 As Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental e os Parâmetros Curriculares Nacionais: o que dizem acerca da diversidade?	25
CAPITULO 3: SABERES E PRATICAS PEDAGOGICAS.	30
3.1 – A construção do currículo escolar multicultural: instâncias e responsabilidades	30
3.2 – O papel do Pedagogo e do coletivo dos professores na construção e efetivação do currículo multicultural na escola básica.	32
3.3 - Dia escolar do espaço/tempo da formação continuada	35
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS	37
REFERÊNCIAS	39
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como tema de estudo o multiculturalismo na educação básica e suas implicações no trabalho do pedagogo e professores, com o objetivo de refletir sobre a importância de o pedagogo tê-lo como elemento essencial para o desenvolvimento do seu trabalho, junto ao coletivo de professores, no processo formação das crianças e jovens, de modo que estes sejam reconhecidos pelas suas diferenças e pelo direito que possuem a igualdade social e de oportunidades no desenvolvimento da sua escolarização.
O Brasil é uma nação multicultural, isso pode ser percebido de forma clara no nosso cotidiano, no convívio com as pessoas, seja pelos seus traços e aparência física, cor da pele, dos olhos, formato de rosto, pela linguagem e seus regionalismos, expressos na música, na literatura, no teatro, nos hábitos alimentares e nas comidas típicas, nas vestimentas usadas, na diversidade étnica racial, de gênero, religião,  enfim, nas regras, normas, valores e costumes adotados por um grupo social, por sua cultura. Isso torna-se, ainda, mais evidente quando voltamos o nosso olhar para as diferenças culturais entre as regiões brasileiras.
Podemos afirmar, sem sombra de dúvidas, que essa diversidade é fruto do nosso processo colonizador. Um país que foi sendo forjado e configurado por três matrizes culturais: a indígena, a africana e a europeia. 
Após 500 anos de “descobrimento”, de história, fruto de lutas e conquistas, avanços e retrocessos pode se dizer que o Brasil é um país que, mesmo sendo diverso em termos de formação cultural ainda é excludente na medida em que seu povo não reconhece essa diversidade sociocultural como aspecto agregador e constituinte da cultura brasileira. Isso é nítido, uma vez que há uma hegemonia cultural, considerada como a ideal, aquela a ser valorizada, em detrimento de outras culturas minoritárias que sofrem a desconsideração e até mesmo preconceitos e que vão sendo “abafadas”, no dia-a-dia, no processo de formação das novas gerações, mesmo que estas crianças sejam provenientes desse meio social e cultural, no contexto escolar, quando a sua cultura e meio social são desvalorizados ou desconsiderados entendemos que isso traz enormes prejuízos para sua formação indenitárias.
Essas afirmações podem ser ratificadas quando, na atualidade, especialmente após as décadas de 70 e 80, do século XX, muitas foram as leis nacionais e políticas públicas federais instituídas com o objetivo de garantir os direitos fundamentais das minorias, sendo estes: das crianças e dos adolescentes, dos idosos, dos deficientes, dos índios, com os seus estatutos específicos; das mulheres, com a Lei Maria da Penha; das cotas dos negros no ensino superior; entre tantas outras políticas públicas e leis que nos confirmam que, no século XXI, ainda há uma desconsideração dos direitos humanos fundamentais, bem como das culturas minoritárias na sociedade brasileira, mesmo que o povo brasileiro sendo fruto de, pelos menos três matrizes culturais, distintas entre si. Será porque isso ainda acontece?   
Dentre os diversos fatores intervenientes, sejam sociais, políticos, econômicos, culturais entenderam que a educação, especialmente a escolar, e o conhecimento que se veicula na escola, por suas práticas pedagógicas, relações estabelecidas, materiais didáticos pedagógicos usados, bem como pelas metodologias adotadas, pelos professores, no processo de formação das crianças e jovens, podem ser aspectos que têm contribuído para a manutenção dessa realidade de exclusão, bem como de desconsideração da diversidade cultural, ainda existente.
Mesmo depois da lei 10.639/2003 alterar a lei 9394/96 trazendo obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Educação Básica, pouco se vê nas instituições a aplicação das mesmas, nas salas de aulas, de forma efetiva e contextualizada. A partir da nossa experiência, enquanto estagiários, vivenciamos uma realidade em que os conteúdos são trabalhados de forma superficial, descontextualizada e até mesmo preconceituosa sobre a importância e o papel dos povos destas matrizes culturais na constituição da cultura brasileira.
Assim, com base nesta perspectiva, é importante salientar que há políticas que têm como meta assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, o direito dos negros se reconhecerem como elementos importantes que contribuíram para a formação da cultura brasileira, mas devem estar atentos na realidade de cada aluno, tratando questões cotidianas, atuando de forma positiva e dinâmica, para construir relações culturais, em uma sociedade diversa, sem discriminar os valores que cada aluno traz, assim reconhecendo e valorizando sua história, cultura, para a formação da sua identidade e de pertencimento no seu grupo social.
A esse respeito quando voltamos nosso olhar para a escola, no seu cotidiano, por suas práticas, são inúmeros os exemplos que demonstram a desvalorização da diversidade. Podemos dizer que a instituição escolar se encontra resistente e até ignorante perante os conteúdos significativos e contextualizados, bem como as metodologias de ensino mais excludentes e que colocam os alunos como protagonistas da ação, continuando a trabalhar com estereótipos. Um exemplo é o folclore, uma temática riquíssima que é trabalhada nas escolas de forma fragmentada, apenas no mês de agosto quando se comemora a temática em questão.
Não só o folclore, mas as questões que envolvem índios e negros apenas são abordadas em datas especificas e de forma preconceituosa e estereotipada, trazendo um entendimento frágil e fraco em relação a essas matrizes culturais, deixando uma lacuna de possibilidades que poderiam ser trabalhadas no cotidiano com os alunos de modo significativo, que aborda a condição real destes povos, mas que é deixada de lado ou de desconhecimento do material já normatizado pela LDB.
A lei hoje garante essa obrigatoriedade de ensino, no sentido de reconhecer que a cultura afro-brasileira e africana não se restringe à população negra, ao contrário, diz respeito a todos os brasileiros, mas mesmo assim as instituições de ensino têm a dificuldade de colocar em prática a efetivação do ensino da história africana e indígena.
A escola tem a missão de acolher e formar um aluno que é multicultural e pluriétnico, no sentido de ser capaz de construir uma nação democrática, no nosso entendimento não tem conseguido cumprir com essa tarefa. Para tanto, precisa rever seus currículos e práticas.A Constituição Federal 1988, destinada a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais que tem a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça, como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, de certa forma, atribui às instituições uma responsabilidade e uma autonomia relativa na construção de seu próprio currículo se adequando ao que está estabelecido na LDB (Lei De Diretrizes e Bases da educação Nacional). Mas, o que se nota são escolas que não conseguem inovar, com materiais desatualizados, estereotipados, não condizentes com nossa realidade social, que reflete a diversificação cultural. 
Desta forma, vemos que as instituições de ensino precisam trazer em seus currículos a diversificação cultural trabalhando valores e contribuições das diferentes culturas e para o processo colonizador, assumindo responsabilidades e o compromisso de trazer uma abrangência de conteúdos a fim de combater tais preconceitos que foram tecidos no decorrer desses 517 anos de colonização. 
Trabalhar as diferenças culturais na escola, criar novas experiências culturais e práticas pedagógicas significativas, que valorizam outras culturas e fontes de estudo é aspecto relevante para que se cumpra o estabelecido na 10.639/2003. É por tudo isso que entendemos que o estudo da temática é relevante enquanto trabalho de conclusão de curso e, por isso, propomos esta pesquisa.
 O objetivo geral, busca caracterizar elementos que nos possibilite na compreensão de se trabalhar questões sobre as diversidades do nosso país, caracterizando o trabalho do pedagogo para a construção e efetivação de um currículo multicultural na escola básica. E, os objetivos específicos são:
·  Historiar o multiculturalismo no mundo e no Brasil entendo-o enquanto movimento social;
· Conceituar currículo nas perspectivas crítica e pós-crítica;
· Refletir e evidenciar as contribuições das teorias críticas e pós-críticas para a construção dos currículos e práticas multiculturais
· Discutir sobre o papel e como o pedagogo, junto ao grupo de professores, podem construir e efetivar um currículo multicultural na educação básica;
· Compreender e refletir sobre as diferentes dimensões do currículo no que diz respeito do ensino de História e cultura afro-brasileira e indígena nas escolas da educação básica.
CAPITULO 1- MULTICULTURALISMO E SUAS IMPLICAÇÕES
1.1-A história do multiculturalismo
Na tradição antropológica, o relativismo cultural ou culturalismo ganhou força nas palavras do teuto-americano Frans Boas, essa linha de pensamento se opunha contra as ideias evolucionistas que diziam que a cultura europeia era superior a qualquer outra cultura existente.
 Multiculturalismo, ou seja, as existências de muitas culturas em um determinado lugar, cidade, país, bairros, entre outros, Michaelis (2018).
A perspectiva propositiva entende o multiculturalismo não simplesmente como um dado de realidade, mas como uma maneira de atuar, de intervir, de transformar a dinâmica social. Trata-se de um projeto político-cultural, de um modo de ser trabalhar as relações culturais numa determinada sociedade, de conceber políticas públicas na perspectiva da radicalização da democracia, assim como de construir estratégias pedagógicas nesta perspectiva (CANDAU, 2008, p.20).
Multiculturalismo conservador: é aquele que reconhece a diferença, porém a cultura predominante é a dele, ele procura deixar o grupo homogêneo.
Multiculturalismo Liberal – é aquele que tem uma ideia de igualdade entre as várias culturas. Nesse aspecto mesmo que exista a igualdade, sempre será favorável à cultura dominante.
Multiculturalismo Pluralista – é aquele que contém diferenças com todas necessitando de espaço e esses são criados para que esses valores sejam expressos.
Multiculturalismo essencialista de esquerda – é aquele que trabalha a pedagogia do oprimido, dizendo que ninguém é oprimido o tempo todo.
Multiculturalismo crítico – é aquele que valoriza as diferenças, promove encontros com outros grupos e propicia pedagogias indenitárias. 
O Brasil está entre os países que são considerados multiculturais, pois recebeu e recebe imigrantes de diversos pontos do mundo. Multiculturalismo também é conhecido como multiculturalidade e pluralismo cultural, e está diretamente ligado ao processo migratório desde 1500 com a chegada dos portugueses.
O tema Pluralidade Cultural oferece aos alunos oportunidades de conhecimento de suas origens como brasileiros e como participantes de grupos culturais específicos. Ao valorizar as diversas culturas presentes no Brasil, propicia ao aluno a compreensão de seu próprio valor, promovendo sua autoestima como ser humano pleno de dignidade, cooperando na formação de autodefesas a expectativas indevidas que lhe poderiam ser prejudiciais. Por meio do convívio escolar, possibilita conhecimentos e vivências que cooperam para que se apure sua percepção de injustiças e manifestações de preconceito e discriminação que recaiam sobre si mesmo, ou que venha a testemunhar — e para que desenvolva atitudes de repúdio a essas práticas (PLURALIDADE Cultural, 1997, p. 137)
Depois da segunda guerra mundial, mais ou menos duas ou três décadas atrás, ganha ênfase, devido a grande massa imigrante que sai de suas colônias e penetram nas metrópoles trazendo consigo uma bagagem cultural própria.
Segundo Joe Kincheloe e Shirley Steinberg (1997), o multiculturalismo pode significar tudo e, ao mesmo tempo, nada, por isso que nas que nos últimos tempos se deu tanta importância a essa temática, vários países europeus tiveram a delicadeza de colocar em prioridade essa multiculturalidade em ação, através de políticas públicas que asseguram um bem-estar a esses povos, mas não esquecendo que também existe países que perseguem as minorias.
Depois que as guerras terminam, começa o pós-guerra, os povos que sobrevivem resgatam a cultura local tradicional dos locais afetados e embarcam aos países colonizadores, assim se forma uma sociedade multicultural.
O multiculturalismo aparece quando as classes minoritárias que tanto foram oprimidos, reivindicam seus direitos perante cidadãos pertencentes a aquele território, como os negos e índios, como exemplo, e nos faz pensar em como lidar com essa problemática.
Gonçalves & Gonçalves e Silva (2006), afirmam que o multiculturalismo tem se transformado em “uma espécie de ideologia escolar” ou teoria crítica do currículo, desta forma falar sobre multiculturalismo, diferenças presentes nas lutas sociais, se opor a qualquer arbitrariedade, partindo-se da pluralidade, e no campo social valorizar a cultura dessas minorias.
No campo científico o multiculturalismo é, para Gonçalves & Gonçalves e Silva (2006), uma espécie de corpo teórico que poderia auxiliar ou orientar a produção de conhecimento, nada mais do que abrir os horizontes para uma nova perspectiva.
A partir dessa nova visão, grupos minoritários se sentem à vontade de expor ideais que são opostos ao que a sociedade dita, movimentos contra repressão surgem, como o das mulheres contra supremacia do homem, os homossexuais reivindicando seus direitos e combatendo a discriminação, negros, índios.
A partir desses movimentos, a visibilidade do problema abre espaço para enfrentar outros pontos dessa dominação cultural como o preconceito que se tem entre classes sociais, e podemos também citar que esse preconceito se amplia ao dizer que a classe rica fala melhor o idioma do que a classe pobre, Marcos Bagno (Loyola,1999) nos diz: "para construir uma sociedade tolerante com as diferenças é preciso exigir que as diversidades nos comportamentos linguísticos sejam respeitadas e valorizadas”.
Assim, lembrando que os negros são os mais antigos em combate a opressão, meados anos 1920, alguns negros com escolarização um pouco mais avançadas começam a pôr em pauta alguns questionamentos que tomam forma em meados 1940 com a aproximação de ativistas de outras nacionalidades. Segundo Silva e Brandim (2008, p.56) 
Os precursores do multiculturalismo foram professores,doutores afro-americanos, docentes universitários na área dos estudos sociais que trouxeram por meio de suas obras, questões sociais, políticas e culturais de interesse para os afrodescendentes.
Passa-se os anos, muitas lutas acontecem, até chegar 1988, racismo torna-se um crime inafiançável, cem anos após a abolição da escravatura vem a recompensa tanto sonhada que é o reconhecimento de como cidadão, a partir daí programas educacionais aparecem com ações afirmações como 2002 – Programa Diversidade na Universidade.
No Brasil, o projeto de lei n°193/2016 - escola sem partido, traz questões de difícil aceitação popular como a ideologia de gênero e sexualidade, não se vê o objetivo real que é o controle do próprio corpo e não uma cabeça fechada a um padrão estabelecido por uma sociedade arbitraria.
Pode-se destacar as leis nº 10.639/03 e nº 11.645/08 (BRASIL, 2008), que alteram a LDB nº 9394/96 e estabelece a obrigatoriedade do ensino das histórias Africanas, Afro-brasileira e a Cultura Indígena, essas leis vem dar força a aquelas reinvindicações que a muito tempo foram batalhadas e sofridas para serem reconhecidas. 
1.2 A escola e a pluralidade cultural. 
O que parece consensual é a necessidade de se reinventar a educação escolar (CANDAU, 2005), estamos inseridos em um contexto cultural próprio, é a partir de então que devemos ampliar nosso conhecimento desvinculando as questões sociais já impostas.
A escola hoje, tenta deixar tudo homogêneo, ao invés de procurar novas estratégias para o combate contra tal problemática, romper barreiras e fazer com que o novo traga uma nova perspectiva, assim combater as diferenças. A escola se encontra resistente diante esse multiculturalismo cada vez mais presente em nosso cotidiano, Para Moreira e Candau (2003: 161): “a escola sempre teve dificuldade em lidar com a pluralidade e a diferença”, para Perez Gómez (1994; 2001, p. 15):
A escola deve ser concebida como um espaço ecológico de cruzamento de culturas, cuja responsabilidade específica que a distingue de outras instancias de socialização e lhe confere identidade e relativa autonomia é a mediação reflexiva daquelas influências plurais que as diferentes culturas exercem de forma permanente sobre as novas gerações. 
Nesse sentido, a escola tem que resgatar a história negra não somente como memorias de um povo, mas sim de suma importância aos demais para um maior entendimento e compreensão do que se passou até chegar o exato momento, somente assim, pode-se entender os porquês dessas diferenças todas que ainda estão impregnadas em nosso cotidiano.
O Brasil foi uma país colonizado inicialmente por portugueses, mas conforme foi passando o tempo, novos povos adentraram nosso país constituindo assim nossa nação que conhecemos hoje, dito isso, podemos dizer que somos um território plural, por estar inserido em um ambiente rico culturalmente.
O papel da escola é levar em consideração a diversidade como parte de uma identidade nacional valorizando-a como parte integrante do patrimônio sociocultural brasileiro, assim, as regras estabelecidas respeitando a coexistência dos diferentes em igualdades.
As nossas maneiras de situamo-nos em relação aos outros tende “naturalmente”, isto é, estão construídas, a partir de uma perspectiva etnocêntrica. Incluímos na categoria “nós”, em geral. Aquelas pessoas e grupos sociais que tem referenciais culturais e sociais semelhantes aos nossos, que têm hábitos de vida, valores, estilos, visões de mundo que se aproximam dos nossos e os reforçam. Os “outros” são os que se confrontam com essas maneiras de nos situar no mundo, por sua classe social, etnia, religião, valores, tradições, etc. (CANDAU, 2008, p. 29).
Segundo a autora, como já dissemos, por exemplo, cultura branca se sobrepor à cultura negra, pois se não tiver a mesma ideologia, estes se tornam ignorantes/bárbaros e na escola podemos citar as variações culturais que acontecem, alunos serem classificados como bons e ruins, deixando de levar em conta sua cultura.
De acordo com o PCN (1998, p. 117) diz assim: “Para viver democraticamente em uma sociedade plural é preciso respeitar os diferentes grupos e culturas que a constituem”, sendo assim, um país colonizado por vários povos de diferentes culturas tem em sua essência uma sociedade diversa.
É preciso deixar claro para nossa sociedade que as culturas são construídas pelos seus integrantes ao longo do tempo, em cada uma há regras, padrão a seguir, cada uma se organiza de forma singular, e é nesse caso que acontece conflitos, a não compreensão de que é apenas um material novo a ser adquirido, leva a não aceitação do outro, isso sim é diversidade cultural.
A não aceitação do outro pode gerar preconceito e nesse caso, o PCN (1998, p.121) ainda nos faz distinguir diversidade cultural de discriminação social, assim:
A desigualdade social é uma diferença de outra natureza: é produzida na relação de dominação e exploração socioeconômica e política. Quando se propõe o conhecimento e a valorização da pluralidade cultural brasileira, não se pretende deixar de lado essa questão.
Quando se entra nesse tema desigualdade/discriminação, vemos que a compreensão de diversidade está muito confusa no pensamento da população, a diferença socioeconômica faz com que se perpetue a discriminação das classes minoritárias, no caso os negros, índios, homo afetivos e demais classes de pequena representação na sociedade.
O que a escola espera nessa pluralidade cultural, não é homogeneizar um povo como um só, mas sim fazer valer toda manifestação cultural singular, desta forma, podemos agregar, absorver, fazer parte do contexto como cidadão político, capaz de discernir e opinar sobre qualquer temática que venha a surgir.
Sabemos que o brasileiro não conhece a si mesmo, vários estereótipos estão impregnados em nosso território, assim Marcos Bagno (1999, p.97) nos enriquece dizendo: “e o tipo mais trágico de preconceito não é aquele que é exercido por uma pessoa em relação a outra, mas o preconceito que uma pessoa exerce contra si mesma”, o autor se preocupa em enfatizar o desconhecimento da história.
No ano de 1988, tudo começa a tomar forma com a constituição federal, nessa fase tudo tem caráter decisivo, no entanto não tem a resposta necessária, as políticas públicas não conseguem alcançar de maneira efetiva a aqueles que realmente esperam e necessitam de um amparo governamental, um exemplo seria o pais ser laico e não tem um apoio a aquelas religiões que não fazem parte do contexto católico, poder expressar o que sentiu diante da discriminação significa a chance de ser resgatado da humilhação, e de partilhar seus sentimentos com colegas. (BRASIL, 1998, p.139) 
Podemos classificar essa temática em uma palavra, análise. É o que a escola espera de seus alunos, capazes de conviver com culturas, religiões, sexualidades, demais diferenças de si próprio ao outro, desta forma, sair do conhecimento familiar ampliando seus horizontes, desmistificando lendas, capazes de estar em grupo heterogêneo desempenhando o papel de crítico.
Por fim, é crucial que o/a aluno/a observe como em sua identidade se misturam aspectos que podem ser alvos de discriminação e opressão, assim como aspectos associados a grupos que têm dominado e explorado outros. Por exemplo, um menino branco pode apresentar uma deficiência física, reunindo assim elementos de dominância (o fato de ser branco e ser homem) e de subordinação (o fato de ter impedimento para algumas atividades). O/a aluno/a poderá, então, captar a complexidade envolvida na multiplicidade de aspectos que conforma sua identidade (CANDAU 2008, p. 47).
Nosso país foi colonizado por vários povos e hoje ele é dividido em cinco regiões: sul, sudeste, centro-oeste, norte e nordeste. Essas regiões são totalmente diferentes umas das outras, cada região é marcada por uma cultura diferente, o linguajar se difere entre eles também, Marcos Bagno (1999) em um capitulo de seus capítulos traz um mito linguístico que fala que um estado da região nordeste fala o português melhor e mais certo do queos demais, apenas por enfatizar o pronome tu.
Isso tudo gera preconceito linguístico, ao querer que todo território fale, se expresse da mesma forma, como já dito, fomos colonizados por vários povos, assim cada região tem sua singularidade, a construção de sua identidade é gradativo e começa no seu entorno, dito isso não há como estabelecer um padrão único.
1.3 O Multiculturalismo na educação escolar: conceito e importância. 
Ao falar em educação, não podemos esquecer que ela anda junto com a cultura, juntinhas, aí vem Gimeno Sacristán (2001: p. 123-124) dizendo que: 
Uma das aspirações básicas do programa pró diversidade nasce da rebelião ou da resistência às tendências homogeneizadoras provocadas pelas instituições modernas regidas pela pulsão de estender um projeto com fins de universalidade que, ao mesmo tempo, tende a provocar a submissão do que é diverso e contínuo "normalizando-o" e distribuindo-o em categorias próprias de algum tipo de classificação. 
O autor fala na universalização, o descaso em aplicar esse multiculturalismo, classifica uma como certa e esquece de dar ênfase a outras questões que permeiam nosso cotidiano, não conseguem romper paradigmas para construção de um material novo e significativo capaz de atender essa massa cada vez mais presente em nosso entorno. 
A escola ainda tem dificuldade de sair do tradicionalismo, o ensino se remete em decoração de matérias, nesse contexto Moreira e Candau (2003: p. 161): 
A escola sempre teve dificuldade em lidar com a pluralidade e a diferença. Tende a silenciá-las e neutralizá-las. Sente-se mais confortável com a homogeneização e a padronização. No entanto, abrir espaços para a diversidade, a diferença e para o cruzamento de culturas constitui o grande desafio que está chamada a enfrentar.
Tudo relacionado as questões culturais não podem ser esquecidas e nem deixadas de lado pelos educadores, é nesse momento que se deve satisfazer os alunos em indagações, explorar um universo novo, esse explorar é trazer novos paradigmas e não se ater ao ensino tradicional, engessado em apenas passar conteúdo sem discuti-los.
Assim, Candau (2010, p. 13). Fala: “parto da afirmação de que não há educação que não esteja imersa nos processos culturais do contexto em que se situa, sendo assim, o que ensinar?
Uma proposta curricular voltada para a cidadania deve preocupar-se necessariamente com as diversidades existentes na sociedade, uma das bases concretas em que se praticam os preceitos éticos. É a ética que norteia e exige de todos — da escola e dos educadores em particular, propostas e iniciativas que visem à superação do preconceito e da discriminação (BRASIL 1997, p. 137).
Podemos notar que o multiculturalismo se torna um assunto bem complexo a ser trabalhado, mas chega a ser indispensável no ambiente escolar, porem o professor tem que tomar um posicionamento de mediador, desta forma, vem a contribuir na construção de conhecimento.
Mesmos em regiões onde não se apresente uma diversidade cultural tão acentuada, o conhecimento dessas características plural do Brasil é extremamente relevante. Ao permitir o conhecimento mútuo entre regiões, grupos e indivíduos, ele forma a criança, o adolescente e o jovem para a responsabilidade social de cidadão, consolidando o espírito democrático (Parâmetros Curriculares Nacionais, 2007, p. 123).
Observamos que ao trabalhar essa temática multiculturalismo na educação escolar ainda é uma tarefa difícil para o professor, mas o importante é que os alunos passam a conhecer outras culturas, a fim, de entender que essas também fazem parte da cultura brasileira, desta forma, a escola vai estar contribuindo para romper barreiras do preconceito. 
 CAPITULO 2- CURRICULO
      Neste capitulo, temos como tema de estudos, o currículo escolar, como forma de se modificar com o tempo e de se adequar nos conjuntos de ações, sendo algo presente e evidente. O currículo, traz os conteúdos a serem ensinados e aprendidos, as experiências escolares a serem vividas pelos alunos. Ele é um processo constituído por um encontro social, sendo vivenciado pelos conhecimentos e saberes na pratica das salas de aula, local de interação de alunos e professores. Lopes, 2006. Sendo eu o autor destaca:
[...] o currículo se tece em cada escola com a carga de seus participantes, que trazem para cada ação pedagógica de sua cultura e de sua memória de outras escolas e de outros cotidianos nos quais vive. É nessa grande rede cotidiana, formada de múltiplas redes de subjetividade, que cada um de nós traçamos nossas histórias de aluno/aluna e de professor/professora. [...] (LOPES, 2006. Contracapa).
[...] o 
    O autor destaca que o currículo, se cria na necessidade e momento cultural de cada escola, nas práticas de saberes, na sala de aula, local de interação de alunos e professores, sendo uma importante ferramenta educacional possibilitando a construção do conhecimento.
    Por esta razão a constituição de 1988, prevê a implementação do currículo escolar como medida a garantir aos estudantes acesso à educação com uma serie de conteúdos fixos em todas as instituições do pais. Logo após em 1996, acontece a Lei de Diretrizes e Base a LDB, que vem para guiar o currículo escolar do ensino fundamental e ensino médio, sendo que mais tarde em 2008, inclui-se o ensino infantil na Lei de Diretrizes e Base. BRASIL,1996. 
    Para que se tenha uma eficiência, se torna necessário, que as instituições de ensino sigam diretrizes comuns na elaboração de seus currículos, sendo que a competência para estabelecer diretrizes para as instituições de ensino, garantindo a efetivação da aprendizagem, possibilitando que o aluno se expresse como um cidadão critico perante aos anseios da sociedade.
     O currículo tem como objetivo garantir valores culturais diversos, respeitando valores artísticos, regionais, de modo que se enriqueça os conteúdos escolares para agregar valores diversificados para os alunos. Ele é uma ferramenta para se construir o conhecimento pois o educador tem ele como um norte para a pratica pedagógica, com ações que promova a aprendizagem dinâmica para os alunos. Segundo krug (2001, p.56), 
O currículo surge então, em uma dimensão ampla que o atende em sua função socializadora e cultural, bem como forma de apropriação de experiência social e acumulada e trabalhada a partir do conhecimento formal que a escola escolhe, organiza e propõe como centro as atividades escolares.
O autor destaca, também, a contribuição do currículo escolar para se adquirir o conhecimento na qual necessidade o aluno vive, contribuindo para a formação de diferentes sujeitos, obedecendo aos anseios da sociedade. 
 Considerando que o currículo escolar é o conjunto das práticas escolares, os conteúdo disciplinares, as formas avaliativas e de exposição dos conteúdos, a escola deve refletir em seu Projeto Político Pedagógico, tendo como um ponto de referência para se definir a pratica escolar, desenvolvendo de forma integrada e que estejam organizados com disciplinas que abordem temas nas diversos, mantendo a interação do aluno para a melhor compreensão, interpretação e problematização dos fenômenos e fatos da realidade em que vivem, envolvendo fundamentos filosóficos e sociopolíticos da educação, relacionando teoria e pratica, planejamento e ação. 
 A escola é o lugar onde a diversas maneiras e concepções de vida social são trabalhados, discutidos e analisados em suas disciplinas, sendo que a interdisciplinaridade deve reconhecer o domínio de cada área, proporcionando condições necessárias para a coexistência de diálogo. Desse modo o educador se vê diante de diferentes desafios á logica disciplinar e a sistematização dos conteúdos. O educando deve estabelecer uma construção coerente dos conhecimentos adquiridos nas diferentes áreas, para pensar, criticar, processar as ligações entre as disciplinas.
 É fundamental que percebamos que o currículo, deve ser elaborado de forma que garanta a formação de pessoas independentes e de capacidade crítica intelectual, sendo que o currículodeve se modificar para atender essa finalidade. O currículo escolar deve trabalhar a favor de formação de identidades, desafiadoras de preconceitos, abertas a pluralidade cultural, em uma perspectiva de educação para a cidadania nas relações interpessoais, e para a criticidade as desigualdades culturais e sociais.
2.1- Politicas multiculturais no contexto da escola.
Refletir a respeito da educação implica também em inclusão social e redução das desigualdades, sendo que as políticas públicas possam se ater ao estudante na escola, bem como conhecer as concepção e experiências relacionadas no sentido da igualdade e universalização ao acesso da educação. As políticas multiculturais, são desenvolvidas em torno das sociedades que no contexto sócio Histórico e cultural, está ligado a diversidade de se conhecer melhor como se é organizado culturalmente, economicamente e politicamente, permitindo que outros grupos sociais sejam reconhecidos. CANDAU, 2005.
A educação e escolarização, contribui na construção de identidades, assegurando e reforçando os laços étnicos-culturais com decorrência da política multicultural, a necessidade de se ter valores culturais e dignidade humana, fez com que as escolas levem em conta não apenas transmitir o conhecimento, mas sim, o reconhecimento de formar cidadãos críticos e pensantes, com a superação de preconceitos e sem discriminações. Mas, porém, somos marcados pelas diferenças relativas ao processo histórico vivido, que está presente em nossa sociedade.
O multiculturalismo é um movimento legitimo das causas sociais, perante um grupo social que dominante, não valoriza uma parte que vista como minoria subjugada por terem suas formas culturais reconhecidas no espaço público. Reconhecer diversos grupos, regiões, comunidades, trazendo elementos para uma compreensão de cada contexto especifico, deixando de ser uma análise da realidade construída, mas sim, a ser visto como modo de agir na sociedade. (CANDAU, 2005). 
Sendo que esse movimento se inicia no século XIX, nos estados Unidos, com ação do movimento negro para combater a discriminação racial, e lutar pelos seus direitos civis. Segundo Silva (2008, p.56) “Os precursores do multiculturalismo foram professores, doutores afro-americanos, docentes universitários na área dos estudos sociais que trouxeram por meio de suas obras, questões sociais, políticas e culturais de interesse para os afrodescendentes. ”
 Sendo de grande importância, que no século XX, o tema ganha força para a área da educação, e na década de 90, com as pressões populares se ganha força e espaço com a criação de políticas públicas e esferas do poder público, voltadas para a educação.
O pós-modernismo defende a valorização da pluralidade cultural que nos anos de 80 e 90 fortalece os estudos multiculturais, sendo que nos dias atuais esse tema é influenciado pela globalização dando ênfase para uma hegemonia cultural. Segundo McLaren (1997 apud PANSINI E MENEZES, 2008, p. 35) há pelo menos quatro tendências de multiculturalismo enquanto projeto político: O multiculturalismo conservador, multiculturalismo humanista liberal, multiculturalismo liberal de esquerda e multiculturalismo crítico e de resistência, destacamos algumas observações.
· Multiculturalismo conservador
Se baseia em construir uma cultura que se faz a partir do princípio em que se negue a diversidade existente e construída a séculos, defendo uma cultura padrão branca, desmotivando os grupos dominados em suas lutas, sendo baseado na crença de que as sociedades multiculturais almejem um pluralismo promovendo uma cultura comum, na qual se espera que os grupos culturais se desvinculem de suas identidades distintas, linguagem e valores para se fundirem à cultura hospedeira maior, para que não haja um reconhecimento de outras culturas, sendo que se baseia na ideia em que os imigrantes aceitem estas práticas funcionando de uma maneira harmoniosa, vendo o multiculturalismo como a promoção do crescimento econômico, sendo que a população de emigrantes deve deixar seus valores sendo desmotivados em suas lutas e a seu capital cultural. (MCLAREN, 1997)
No contexto da educação, o multiculturalismo conservador é padronizado no sistema de valores dominante, construindo uma visão consensual em busca de uma nação harmônica. Analisar o multiculturalismo como projeto político, trouxemos quatro vertentes principais, o autor Peter McLaren (1997), reconhece que nas práticas sociais essas vertentes tendem a se misturar interpenetrar. 
	
· Multiculturalismo humanista liberal 
Essa vertente ressalta a existência de igualdade natural intelectual entre as diversas etnias e grupos sociais, permitido a todos a competir em uma sociedade capitalista. Defende uma formulação de políticas orientadas para a igualdade e oportunidades, sendo que esta não ocorre na pratica, por não existirem oportunidades sociais e econômicas em algumas sociedades, no entanto, privilegia a aceitação de normas, saberes e valores de um grupo, considerando a cultura a ser enfatizada e não se questiona as relações de poder. (SILVA, 1999)
· Multiculturalismo liberal de esquerda.
Essa vertente enfatiza a diferença cultural a partir de que os grupos mais fortes se impõe sobre a minoria, para fortalecer os grupos subalternos, é necessário privilegiar espaços específicos permitindo a afirmação dessas culturas, sem levar em conta as construções históricas e culturais, mas sim, permeadas por relação de poder. (MCLAREN, 1997)
· Multiculturalismo crítico e de resistência
Essa vertente traz questões relativas a diferenças concebidas pelo processo histórico, pelas relações de ´poder dos processos políticos e sociais, mentalidades e ideologias. Se recusa a entender a cultura como não conflitiva, harmoniosa ou consensual, tendo a diversidade só adquiri valor sendo inserida em uma política critica comprometida com a justiça e transformação social, as representações de raça, classe ou gênero, assumem o papel principal na construção de identidade e do significado. 
A partir dessas definições sobre o multiculturalismo e suas vertentes, notamos que se trata de um assunto amplo, e vivemos em sociedades multiculturais, sendo que as configurações podem variar de cada contexto histórico, político vivido. Analisar as raízes históricas e seu desenvolvimento, os mecanismos de poder que sofreu com o decorrer do tempo, que foram marcadas pelo preconceito e descriminação de determinados grupos. (MCLAREN, 1997)
2.1.1 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
A pedagogia trás para os dias atuais, a possibilidade de empregar todas as relações entre as políticas e a educação, com a significação da educação e na luta de classes, demostrando que a educação pode ser um meio de minimizar a desigualdade social, quebrando barreiras, por uma educação democrática e cidadã.
A Lei de Diretriz e Base da Educação, sendo uma legislação que regulamenta o sistema de educação pública e privada no Brasil, que contribui para a consolidação do direito a educação, levando à formação de sujeitos críticos, através do espaço escolar aberto de uma disciplina curricular que aponta em direção a formação de pessoas capazes de refletir, aprender e a agir com autonomia.
Faz-se necessário lembrar que a educação no Brasil sempre esteve vinculada aos determinantes políticos e econômicos do país, com a promulgação da Constituição Brasileira de 1988, tendo uma nova reforma da educação, sendo que passou por vários debates e modificações. A história de uma longa tramitação revela facetas e tensões não só na educação, mas em todo Brasil, com o fim da segunda Guerra Mundial, e a queda da ditadura Vargas, o país tentava se reorganizar com a elaboração da Constituição. 
A Constituição previa uma elaboração de uma lei que norteasse a educação nacional, com uma comissão que para a elaboração do anteprojeto de diretrizes e base da educação. O direito a educação é citado no Capitulo do artigo 6°, como um direito social[footnoteRef:1], que inscreve dentro do Título ll- Dos Direitos e Garantias Fundamentais:[footnoteRef:2]Art. 6°São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e a infância, a assistência aos desamparados, na forma dessa constituição. (BRASIL, 1996). [1: “Os direitos sociais são direitos fundamentais do homem, que se caracterizam como verdadeiras liberdades positivas, de observância obrigatória em um Estado Social de Direito, tendo por finalidade a melhoria das condições de vida dos hipossuficientes, visando a concretização da igualdade social e são consagrados como fundamentos do Estado democrático, pelo art. 1°, IV, da Constituição Federal. ” MORAES, Alexandre. Constituição do Brasil Interpretada, p.468.] [2: Segundo Alexandre de Moraes, a doação desse preceito prescinde de política legislativa e administrativa que busque a concretização da igualdade social (CF. Moraes, Alexandre. Constituição do Brasil interpretada, p. 146). A educação é certamente uma destas ferramentas para a busca da igualdade material.] 
 Assim a lei traz direitos básicos, como saúde, moradia entre outros, como forma de garantir dignidade de forma igualitária para todos, no campo da educação com diretrizes para assegurar os direitos para todos.
A educação constitui a verdadeira condição da promoção dos direitos e deveres individuais e coletivo, presentes na consciência dos cidadãos, tornar a educação um direito efetivo carrega consigo a promoção de todos, pois é pela educação que o ser humano toma a consciência de sua própria humanidade e dignidade.
O objetivo deste trabalho, não é fazer uma análise minuciosa desta lei, mas voltar ao leitor aos seus princípios e objetivos relacionados à fixação do currículo da educação, e apresentamos a trajetória da Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional a LDB. Desde a primeira sanção em 1961, (Lei n°4.024/61) à ultima, em1996, (Lei n° 9.9394/96), assim o elucidado o caminho percorrido pela a legislação prevendo fundamentos, estrutura e normatização do sistema educacional brasileiro.
Sendo iniciado pelo processo de democratização liberal, assumindo ao final do Estado Novo, que por meio da Constituição de 1988 outorgou a União a competência para legislar sobre a diretrizes de base da educação. A educação em especial, é um direito cuja a efetividade, permeia a realização dos próprios objetivos fundamentais de nosso país.
Art.3° Constituem objetivos fundamentais da República Federativa Do Brasil:
I- Constituir uma sociedade livre, justa e solidaria;
II- Garantir o desenvolvimento nacional;
III- Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades regionais;
IV- Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. (BRASIL, 1988.)
No intuito de oferecer uma educação igualitária como o direito de todos, foi proposto pelo Ministro da Educação Clemente Mariani, que resultou na primeira Lei de Diretrizes e Base 4.024/61 sancionada em 20 de dezembro de 1961, está sendo modificada por emendas e artigos, sendo reformadas pelas leis 5.540/68 e 5.692/71 e posteriormente substituída pela LDB 9.394/96. Na tentativa de organizar o ensino a ideologia desenvolvimentista adotada pelo governo, ajustou a lei de 1961, sancionando a lei de 5.540/68, que reformou o ensino superior sendo chamada de lei da reforma universitária. Para atender as demandas do ensino primário e médio foi necessária uma nova reforma, instituída pela lei 5.692/71 alterando sua denominação para ensino de 1° e 2° graus. 
Com emendas e projetos anexados a proposta original, inicia-se negociações a defesa de um modelo, democrático para as escolas públicas, com regulamentação da educação infantil e avanços curriculares no ensino médio, tendo como a importância de garantir a toda população de ter acesso à educação gratuita e de qualidade. Tornando obrigatório e gratuita a Educação Básica, além de especificar quais etapas são contempladas: pré-escolas, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Com o tempo, expandiu o ensino básico para nove anos e passou a determinar a matricula de crianças a partir de quatro anos. Na LDB, encontramos leis, que regem a educação nacional em todas suas modalidades, do ensino básico ao superior, trata também da formação do professor, tendo a atender requisitos básicos exigidos para exercer a atividade docente.
Trata-se de uma lei de conteúdo vasto e abrangente, que amplia e especifica o acesso à educação garantido pela Constituição 1988, a lei de n°9,394, que estabelece as diretrizes e bases da educação, Nova LDB, ou LDB/96.
A LDB, começa com uma definição abrangente de educação, restringe o âmbito de aplicação da lei (1°) e observa a finalidade pratica do processo educativo (2°):
Art.1°. A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações sociais da sociedade civil e nas manifestações culturais.
 § 1° esta lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve, predominante, por meio do ensino, em instituições próprias.
 § 2° a educação escolar devera vincular-se ao mundo do trabalho e a pratica social. (BRASIL,1996.)
E no artigo seguinte que trata os princípios do ensino, notamos que a direção da LDB, avança relativamente à Constituição de 1988, repetindo os incisos presentes no artigo 206, destacando neste trabalho a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar ideias e concepções pedagógicas a garantia de educação de qualidade. 
Art. 26. Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos.
§ 1º Os currículos a que se refere o caput devem abranger, obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e da matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política, especialmente do Brasil.
§ 2º O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos.
§ 2o O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais, constituirá componente curricular obrigatório nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos. 
§ 2 º O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais, constituirá componente curricular obrigatório da educação infantil e do ensino fundamental, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos. (BRASIL, 1996.)
Além da fixação total de horas a LDB/96 fixa certos componentes curriculares obrigatórios, que compõe a base nacional comum. 
Fazendo com que o educando entenda a escola como um espaço de aprendizado que descreve a respeito da sua realidade imediata, o artigo 3°da LDB, adiciona os seguintes:
Art. 3° O ensino será ministrado com base aos seguintes princípios
IV- Respeito a liberdade e a tolerância;
X- Valorização da experiência extraescolar;
XI- vinculação entre a educação escolar, trabalho e as práticas sociais. (BRASIL,1996).
Sendo assim, a educação escolar é a formação de membros de uma comunidade ampla além da sala de aula, sendo desenvolvido ao longo da vida escolar reflexos cotidiano na vida do aluno. Para que se tenha uma eficiência, para se atingir este fim em comum, se torna necessário, que as instituições de ensino sigam diretrizes comuns na elaboração de seus currículos, sendo que a competência para estabelecer tais diretrizes gerais é da União:
Art. 9° da União 
IV- Estabelecer, em colaboração com os Estados, Distrito Federal e Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino Fundamental e o ensino médio que nortearão os currículos e seus conteúdosmínimos, de modo a segurar a formação básica comum. (BRASIL,1996)
Nota-se que o Estado e o Município, possuem um papel importante sobre o estabelecimento destas diretrizes, servindo para nortear, guiar, orientar a elaboração dos currículos, estabelecendo as diretrizes e competências nas instituições de ensino.
A democratização da educação, assume uma iniciativa de modo a permitir que a LDB, 9.394/96, aperfeiçoamentos de questões educacionais discutidas, proporcionando assim a descentralização o poder da União, sendo que o Município e o Estado, passam a ter autonomia na educação, definindo assim ações que devem ser realizadas e quais objetivos a serem seguidos conforme a realidade nas diferentes localidades.
Ao longo do tempo as necessidades da educação nacional foram se modificando e apresentando novas realidades, a busca pela melhoria da qualidade educacional, a qualificação dos docentes, não acompanhou a pratica da lei, apesar de propor inovações, não gerou acesso a uma educação de qualidade a uma expressiva parcela da população que fica excluída também de outros projetos sociais. Observa-se que a LDB, tem um caráter inovador, porém, insuficiente para atender as necessidades no sentido da melhoria da educação.
2.1.2 As Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental e os Parâmetros Curriculares Nacionais: o que dizem acerca da diversidade?
As Diretrizes Curriculares Nacionais e os Parâmetros Curriculares Nacionais servem de orientações para auxiliar na Educação Básica a pensar na organização, articulação e desenvolvimento das propostas pedagógicas. Afinal, nos últimos anos tem se discutindo a importância de mostrar as relações sociais mais igualitária, considerado e respeitado as diferenças sociais, não apenas com a tolerância ao outro, mas sim, com uma revisão dos padrões de relação com a sociedade e o respeito a diferença, isto é, considerar as diferenças físicas, étnicas, culturais, de gênero, dentre outras. 
Sendo assim, em cumprimento do artigo 210 da Constituição Federal de 1998, que determina que é dever do Estado para com a educação “fixar conteúdos mínimos para o Ensino Fundamental, de forma a assegurar a formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticas, nacionais e regionais” (BRASIL, 1998, p 20). Portanto, é papel da escola ensinar o aluno a compreender como a diferença e a identidade são construídas e que os mecanismo e instituições estão implicados nessa construção.   
A educação ganhou destaque a partir do século XX, sendo construído ao longo do tempo, não se preocupando apenas em passar conhecimento, mas sim promover o pleno desenvolvimento dos cidadãos. Assim é importante que questões da vida em sociedade façam parte da organização curricular, o papel da escola é socializar o conhecimento sendo como dever na formação moral do aluno, um lugar onde a criança deve conhecer os meios para se preparar para a vida. Sendo organizada com conceitos de justiça, respeito e solidariedade para serem assimilados, vivenciados e compreendidos, assumindo o compromisso de transmitir valores estabelecendo limites ao exercício da liberdade, contribuindo para uma convivência democrática. 
O direito à diferença se manifesta com respeito às mulheres, das crianças, dos jovens, dos homossexuais, dos negros, índios, dos deficientes entre outros, de fato necessitam serem reconhecidos socialmente. Sendo que neste contexto, se emerge a necessidade de uma educação de qualidade com base ao respeito de todos. Assegurar no espaço público não apenas o direito a diferença, mas sim, a tolerância ao outro, respeitando aquele que diferente de nós, em uma revisão que se faz parte assegurar a sua expressão no tecido social.
Nas novas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica, estão as diretrizes que estabelecem a base nacional comum, responsável em orientar a organização, articulação, o desenvolvimento e a avaliação das propostas pedagógicas de todas as redes de ensino brasileiras, proporcionam metas e objetivos às escolas seguirem, proporcionando o desenvolvimento humano respeitando e valorizando as diferenças. Sendo integrado as respectivas etapas Educação Infantil, Fundamental e Média, resolução para Educação Especial para jovens e adultos em situação de Privação de Liberdade em estabelecimentos prisionais, Educação no Campo, Educação Indígena, a Quilombola, Educação Ambiental, a Educação em Direitos Humanos e para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
Em discussão de elaboração de um documento a concepção de currículo e seus desdobramentos, elaborado pelo MEC, a partir de 1995, os Referencias Curriculares para a Educação Infantil/ RCNEI, os Parâmetros Curriculares Nacionais/ PCN, S para o Ensino Fundamental, e os Referenciais Curriculares para a Educação Básica.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais, foram elaborados considerando permitir o respeito a diversidades regionais, culturais, políticas existentes no nosso país, considerando a necessidade de construir referências nacionais comuns ao processo educativo sugerindo não apenas o respeito, mas sim, considerá-las no campo curricular elaborados para orientar os educadores por meio da normatização de alguns aspectos fundamentais a cada disciplina. Um conjunto de conhecimentos ao exercício da cidadania, sendo explicitado pelo Parâmetro Curricular Nacional, definindo estratégias para controlar ou superar dificuldades diagnósticas nas escolas, sendo um fator importante direcionar os professores a um caminho a seguir com planos de disciplina e de ensino, na construção e organização da prática do professor com a elaboração dos projetos políticos pedagógicos e planos nas escolas.
 Os Parâmetros Curriculares Nacionais, apontam para a necessidade de se educar para que se possa atuar no processo de construção de cidadania, tendo como meta a igualdade de direitos entre os cidadãos, com base nos princípios democráticos, garantindo aos jovens e adultos o direito de usufruir de conhecimentos reconhecidos como necessários para o exercício da cidadania. Sendo que os conteúdos devem estar ligados aos contextos histórico, constituídos como instrumento de saberes para se trabalhar em sala de aula. Nesse sentido a educação se baseia:
Como uma prática que tem a possibilidade de criar condições para que todos os alunos desenvolvam suas capacidades e aprendam os conteúdos necessários para construir instrumentos de compreensão da realidade e de participação em relações sociais, políticas e culturais diversificadas e cada vez mais amplas, condições estas fundamentais para o exercício da cidadania na construção de uma sociedade democrática e não excludente (BRASIL, 1997, p. 33).
Sendo assim, com as práticas desenvolvidas no campo escolar, de forma de valorizar cada cultura, com fundamentos na realidade de cada um, contribuindo para a formação de cidadãos capazes de agir e pensar de maneira respeitosa a frente da diversidade.
Os planejamentos das aulas precisam trazer temas transversais, no conteúdo programático das disciplinas curriculares, presente sobre as várias formas na vida cotidiana dos educandos, se faz importante e necessário incorporar nas disciplinas e no trabalho educativo, garantir o direito educativo temas como saúde, ética, meio ambiente, orientação sexual, além de ser amparado pela Constituição Federal se discutir os princípios constitucionais do Brasil, a cidadania e a igualdade de direitos. Sendo que a nossa sociedade é marcada por um nível de desigualdade, preconceitos e exclusão, é necessário que cada indivíduo possa ter uma participação da vida social. 
No contexto da história política, entendemos que todo ser humano merece ter seus direitos respeitados perante a lei, e a sociedade sendo composta por grupos étnicos-raciais diferentes possuem histórias próprias que colaboram na formação da identidade do povo brasileiro. O ideal o crescente a igualdade de direitos entre os cidadãos, com base nos princípios democráticos. Sendo que os conteúdos devem estar ligadosaos contextos histórico, constituídos como instrumento de saberes para se trabalhar em sala de aula. 
Para auxiliar no trabalho da sala de aula o  Conselho Nacional de Educação (CNE), aprovou um documento que irá nortear os currículos da educação básica estabelecendo conhecimentos, competências e habilidades para se desenvolver ao longo da educação infantil e da educação básica, sendo que ao Parâmetros Curriculares Nacionais, foram os primeiros a serem defendidos pelo Ministério da Educação, oferecendo informações que indicam a necessidade de se trabalhar a pluralidade de nossa cultura com objetivos a serem alcançados, valorizando as singularidades e oportunizando a conhecer as histórias, culturas  e povos que constituem o Brasil.
A importância de que no contexto escolar se trabalha temas a ligados a cidadania compreendendo vários grupos sociais, criando condições de se pensar em um todo, exercendo seus direitos e deveres, contendo elementos indispensáveis para a formação dos educandos em busca do conhecimento não apenas para uma cidadania formal, mas sim, em uma cidadania social, ampliando suas capacidades cognitivas, físicas, afetiva e ética. 
Por meio da escola, o educando tem possibilidade de se desenvolver com dignidade, sendo que os conteúdos escolares devem estar ligados com o contexto histórico, construindo uma sociedade democrática fundamentadas na compreensão política, social e cultural. 
 CAPITULO 3: SABERES E PRATICAS PEDAGOGICAS.
3.1 – A construção do currículo escolar multicultural: instâncias e responsabilidades
“Nós fazemos o currículo e o currículo nos faz. ” (SILVA, 1995: p.194).
Partimos do pressuposto que a escola é o lugar onde cruzam diferentes identidades culturais, assim se dá a devida importância ao reconhecer a diversidade como essencial no cotidiano das práticas escolares. 
As questões multiculturais como campo teórico, de forma mais ampla, se constituem numa tentativa de compreender o processo de construção das diferenças dentro da diversidade cultural que se apresenta em sociedades plurais, na tentativa de superar preconceitos e reducionismos culturais. Percebemos, assim, que “tornou-se lugar-comum destacar a diversidade das formas culturais do mundo contemporâneo” (SILVA, 2005, p. 85.). 
O papel da escola no contexto multicultural tem o poder de colaborar na formação cidadãos que consigam compreender a realidade de sua identidade. Para que isso aconteça, a escola tem uma tarefa difícil na elaboração de um currículo que atenda essa multiculturalidade, esse é um grande desafio, conhecer sobre sua própria identidade e toda diversidade que há em nosso país, desta forma, sabendo lidar, compreendendo toda essa diversidade cultural como um fator essencial para evitar exclusão escolar, social e até mesmo a discriminação.
Vemos que a Base Nacional Comum Curricular– BNCC é um documento norteador que embasa o currículo nacional, desta forma ele nos diz:
Os movimentos sociais tiveram papel significativo nas definições dos direitos de aprendizagens e de desenvolvimento dos mesmos na BNCC. Cita, ainda, o parecer CNE/CEB n° 11/2010 que legitima a importância desses movimentos sociais para o “respeito e a consideração às diferenças” entre os sujeitos que fazem parte da sociedade, assegurando o seu lugar de expressão (BRASIL, 2016).
O currículo multicultural e a escola representam um estudo de questões culturais que atravessa a escola e distingue da diversidade cultural, sua importância se destaca na emancipação e inclusão na escola, a fim de, construir o entendimento no percorrer da construção da cultura.
Quando falamos em emancipação, é importante frisar que multiculturalismo, currículo multicultural tem diferentes aspectos sobre a compreensão crítica e pós crítica do currículo como dito por Silva (2003) e Moreira (2001), uma nova perspectiva que distância do currículo tradicional.
· a) Teorias Tradicionais: ensino; aprendizagem; avaliação; metodologia; didática; organização; planejamento; eficiência; objetivos;
Na visão tradicional, o currículo é pensado como um conjunto de fatos de conhecimento e de informações, selecionados do estoque cultural mais amplo da sociedade, para serem transmitidos às crianças e aos jovens nas escolas. (Silva, 2003.p. 13).
· b) Teorias Críticas: ideologia; reprodução cultural e social; poder; classe social; capitalismo; relações sociais de produção; conscientização; emancipação e libertação; currículo oculto; resistência;
Para Tomaz Tadeu da Silva (1999), o multiculturalismo crítico caracteriza-se por não conceber as diferenças culturais separadamente de relações de poder. 
· c) Teorias Pós-Críticas: identidade, alteridade, diferença; subjetividade; significação e discurso; saber-poder; representação; cultura; gênero, raça, etnia, sexualidade; multiculturalismo.
As teorias pós-críticas ampliam e, ao mesmo tempo, modificam que as teorias críticas nos ensinaram. As teorias pós-críticas continuam a enfatizar que o currículo não pode ser compreendido, sem uma análise das relações de poder nas quais está envolvido. Nas teorias pós-críticas, entretanto, o poder torna-se descentrado. O poder está espalhado por toda a rede social. [...]. Com as teorias pós-criticas, o mapa do poder é ampliado para incluir os processos de dominação centrados na raça, na etnia, no gênero e na sexualidade. (SILVA, 2004: p. 148-149).
Em vários países a partir de 1960, essas teorias marcaram um movimento no sentido de reorientação, no Brasil ela tem bastante força em meados 1980 com a abertura democrática que instaura no país, todavia elas são questionadas pelas teorias pós-críticas (Silva, 2005) que se intitula uma visão pós-moderna na análise e compreensão das relações.
Vimos que a construção do currículo vai além de nossos pensamentos, desta forma, os sistemas de ensino e suas esferas tem autonomia de colocar essas propostas e explicitar a temática de forma integradora, assim destacam-se:
direitos da criança e do adolescente (Lei nº 8.069/199016), educação para o trânsito (Lei nº 9.503/199717), educação ambiental (Lei nº 9.795/1999, Parecer CNE/CP nº 14/2012 e Resolução CNE/CP nº 2/201218), educação alimentar e nutricional (Lei nº 11.947/200919), processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso (Lei nº 10.741/200320), educação em direitos humanos (Decreto nº 7.037/2009, Parecer CNE/CP nº 8/2012 e Resolução CNE/CP nº 1/201221), educação das relações étnico-raciais e ensino de história e cultura afro-brasileira, africana e indígena (Leis nº 10.639/2003 e 11.645/2008, Parecer CNE/CP nº 3/2004 e Resolução CNE/CP nº 1/200422), bem como saúde, vida familiar e social, educação para o consumo, educação financeira e fiscal, trabalho, ciência e tecnologia e diversidade cultural (Parecer CNE/CEB nº 11/2010 e Resolução CNE/CEB nº 7/201023). 
Sem esquecer que dentro dessa temática, temos também o chamado currículo oculto, que são todo o ensinamento que não estava no planejamento, ele aparece devido indagações que acontecem em nosso cotidiano, práticas e condutas. Ele necessita de fatos que acontecem no dia a dia e pode ir além do que foi planejado.
As escolas não podem ser analisadas como instituições removidas do contexto socioeconômico em que estão situadas; as escolas são espaços políticos envolvidos na construção e controle do discurso, dos significados e das subjetividades; os valores e crenças do senso comum que guiam e estruturam a prática escolar não são universais a priori, mas construções sociais baseadas em pressuposições normativas políticas (GIROUX, 1986, p. 70).
3.2 – O papel do Pedagogo e do coletivo dos professores na construção e efetivação do currículo multicultural na escola básica.
Está evidente em nosso cotidiano que muitas mudanças econômicas, políticas, cientifico/ tecnológico, sociais e culturais ocorreram na contemporaneidade, de certa forma tem atingido s organizações e esse se reflete no sistema educacional.
Quando falamos em formações de professores, temos que levar em conta uma redefinição do teórico/metodológico, a fim de, tornar algo urgentea ponto de superar uma formação monocultural, assim Giroux (1998, p. 88), defende:
Os educadores/as não poderão ignorar, no próximo século, as difíceis questões do multiculturalismo, da raça, da identidade, do poder, do conhecimento, da ética e do trabalho que, na verdade, as escolas já estão tendo que enfrentar. Essas questões exercem um papel importante na definição do significado e do propósito da escolarização, no que significa ensinar e na forma como os/as estudantes devem ser ensinados para viver em um mundo que será amplamente globalizado, hightech e racialmente diverso que em qualquer outra época na história. 
Profissionais da educação se veem cada vez mais envolvidos em indagações sobre seu trabalho, seu papel dentro da instituição, desta forma, levanta questionamento em como esse trabalho está sendo eficaz na formação do cidadão, assim Silva (2010, p. 8) afirma que:
Vivemos num tempo de afirmação da identidade hegemônica do sujeito otimizado [...]. É num tempo como esse que nós, educadores e educadoras (pós) críticos/as, nos vemos moralmente obrigados, mais do que nunca, a fazer perguntas cruciais, vitais, sobre nosso ofício e nosso papel, sobre nosso trabalho e nossa responsabilidade
Novas e novas propostas aparecem a cada dia, uma proposta na sociedade contemporânea põe em pauta a grande necessidade de conscientizar para um sistema coletivo, afim de sistematizaras modalidades identidade e diferença, segundo Hall (2011, p. 13), a “identidade é concebida como uma construção histórica, cultural e discursiva, ou seja, uma “celebração móvel” formada e transformada continuamente em relação às formas pelas quais somos representados ou interpelados nos sistemas culturais que nos rodeiam”.
Podemos entender que o currículo dentro de uma atmosfera central juntamente a identidade e multiculturalismo que se juntam para a atual formação cidadã confirmando a ideia de primado social, concordamos em que o currículo acerca a formação de docentes, assim Ghedin (2008, p. 81) entende que “os saberes da experiência e da cultura surgem como centro nerval do saber docente”. Ao refletir sobre o currículo, o tema formação de identidade e diferenças supõe discussões ao tema e pelas realidades multiculturais e locais.
Após debates, discussões, uma vasta gama preocupante aparece com o ideal de reformular a formação de professores, de modo a garantir que temas como diversidade cultural e multiculturalismo façam parte como eixos transversais, isso tudo acontece principalmente na reformulação do currículo, atentando para interdisciplinaridade, fazendo possível a interação das mesmas. 
Investigamos nas novas diretrizes, que citamos anteriormente que dão norte para uma construção curricular, o tema diversidade se tornou imprescindível devido ao regimento estabelecido pela BNCC, que é a valorização das diferentes culturas no cotidiano escolar, observamos que vem crescendo cada vez mais a procura relacionada a difusão de cursos preparatórios voltados as escolas no contexto sociocultural, assim (PADILHA, 2004, p. 16) nos fala: “à possibilidade de reconhecer as diferenças e de integrá-las em unidades que não as anulem, mas que ativem o potencial criativo e vital da conexão entre diferentes agentes e entre seus respectivos contextos”.
Como estamos falando de diversidade cultural, as políticas públicas que formam os docentes precisam estar em sintonia com a problemática em si, fazendo com que o professor se desenvolva seu conhecimento de forma crítica e reflexiva sobre saberes e valores que permeiam suas ações educativas.
Desta maneira, vimos que a construção de métodos multiculturais está correlacionada com a capacidade de envolver a comunidade em suas ações socioculturais da comunidade, visto que a compreensão numa visão crítica consiga superar preconceitos e estereótipos.
Na década de 80, ações em prol da escola pública e democrática, abarcado pela Constituição Federal de 88, que determinava em seus artigos, a saber:
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
 I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
 II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; 
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
 IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas;
 VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
 VII - garantia de padrão de qualidade. 
3.3 - Dia escolar do espaço/tempo da formação continuada
Temos a convicção que são inúmeros os ambientes que atravessa o campo formativo dos profissionais de educação, tanto em sua família como profissional, trocas afetivas, os valores, mostram uma importância plausível na superação e prevalência sobre o outro, para (ARROYO, 2002, p. 74) a expressão “grade curricular” exemplifica bem a questão, pois “quem está atrás das grades tem pouco a pesquisar e refletir a não ser como delas sair” (ARROYO, 2002, p. 74). 
Nessa circunstância de urgência, a formação continuada recorre aos atos legais oficiais/acadêmicos, espaços educacionais por ser um espaço que favorece melhorias, a fim de, propiciar mudanças dentro e fora das instituições escolares, daí vem a Lei de diretrizes e bases da educação nacional – LDB, que destaca:
Artigo 61, no Título VI, Dos Profissionais da Educação, quando diz respeito a formação de profissionais da educação: 
I - associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação em serviço;
II - aproveitamento da formação e experiências anteriores em instituições de ensino e outras atividades.
Na mesma lei, no Título IX, Disposições Transitórias, O Artigo 87 diz que:
III - realizar programas de capacitação para todos os professores em exercício, utilizando também [...] os recursos de educação a distância.
Porém, um espaço da formação de professores se chama escola, “ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A gente se faz educador, a gente se forma como educador, permanentemente, na prática e na reflexão da prática” (FREIRE, 1991, p. 589), para o autor é necessário atingir um grau maior na sua maturidade.
Durante seu caminhar o profissional vai acumulando cultura que vem passado de geração em geração, daí ele cria novos paradigmas se tornado uma apropriação, esta, se efetiva e se internaliza através de práticas que este desenvolve em seu entorno fazendo com que o processo emancipatório aconteça.
Desta forma, podemos exclamar que as atividades desempenhadas pelo profissional é um conjunto de ações conscientes e intencionais, visto que provoca a articulação do aluno à formação do profissional de educação, assim (LIMA, 2001:32) nos diz: “a serviço da reflexão e da produção de um conhecimento sistematizado, que possa oferecer a fundamentação teórica necessária para articulação com a prática criativa do professor em relação ao aluno, à escola e à sociedade”.
Falando legalmente temos que ter outro ponto de vista, e para Chaves (2014, p. 131), “a ausência de formação sistematizada ou uma formação frágil atribuem força as práticas que necessitam serem revistas, como a defesa de condutas e hábitos que vivenciamos na rotina da instituição, a exemplo do exercício da incoerência”, a autora discute a falta de referencial teórico.
Fazendo uma correlação com os caminhos que constroem novas formas de perpassar a educação continuada (Candau, 1997, p. 57) diz: “a escola como lócus da formação continuada; a valorização do saber docente e o ciclo de vida dos professores”. Sobre a questão de a escola ser “lócus de formação continuada”, Candau(1997, p. 57) afirma:
Neste sentido, considerar a escola como lócus de formação continuada passa a ser uma afirmação fundamental na busca de superar o modelo clássico de formação continuada e construir uma nova perspectiva na área de formação continuada de professores. Mas este objetivo não se alcança de uma maneira espontânea, não é o simples fato de estar na escola e de desenvolver uma prática escolar concreta que garante a presença das condições mobilizadoras de um processo formativo. Uma prática repetitiva, uma prática mecânica não favorece esse processo. Para que ele se dê, é importante que essa prática seja uma prática reflexiva, uma prática capaz de identificar os problemas, de resolvê-los, e cada vez as pesquisas são mais confluentes, que seja uma prática coletiva, uma prática construída conjuntamente por grupos de professores ou por todo o corpo docente de uma determinada instituição escolar.
Ainda para Chaves (2014, p. 121), 
Se, de um lado, há uma significativa oferta de cursos para a formação dos professores disponibilizados por editoras, instituições de ensino superior, associações ou empresas de consultoria pedagógica, [...] por outro, a necessidade de refletir sobre estas ofertas quantitativas e as suas consequências para a prática educativa [...]
Nessa perspectiva um grande desafio apresentado aos educadores e a escola, pois conforme diz Chaves (2014, p.123), 
Um dos desafios apresentados aos educadores neste momento é reavaliar as práticas educativas efetuadas nas unidades escolares, as quais em nada são facilitadas, dando o esforço contínuo do sistema capitalista para secundarizar o conhecimento, o que, de certa forma, pode se concretizar, se não atribuirmos a devida atenção e importância à formação de professores e, particularmente, se não oferecermos a estes o espaço de atuação em favor da educação emancipadora, que é a formação continuada. 
Para que consigamos estabelecer um espaço eficaz e que consiga efetivar a educação continuada, temos que ter a consciência da colaboração, desta forma as atividades perpetuam-se na escola. A importância de cada profissional é muito grande, pois é aí que acontece a junção de pensamentos e estratégias que compõem o ambiente escolar, aproximando mais e mais da autonomia, pois somente através de uma gestão democrática esses espaços podem ser conquistados.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Uma vez estabelecida a importância da temática em questão, fizemos estudos e reflexões que nos permitisse ampliar e aprofundar o nosso entendimento sobre o multiculturalismo e sua importância no contexto da educação escolar e para o trabalho do pedagogo, junto ao coletivo de professores.   
Assim, multiculturalismo sendo entendido como a convivência de várias culturas em um mesmo ambiente, e sua importância para a educação formal banalizado pelo papel construtivo para a cultura, as diferenças culturais e as relações de poder, a cultura pode ser entendida como um eixo orientador das experiências e práticas curriculares. Essa percepção ganha força uma vez que, contemplar a diversidade nos currículos escolares é elemento presente na lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional nº 9394/96, como orientação legal para a construção e práticas das diretrizes curriculares na educação das novas gerações.
Ainda sobre esse mesmo assunto, trazemos temos e importantes como a LEI Nº 11. 645, de 10 março de 2008, vale destacar o artigo 26, que afirma que “nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena (BRASIL, 2008) ”. Essa obrigatoriedade nos demonstra a importância da diversidade cultural e da presença do multiculturalismo nos currículos escolares em suas diferentes dimensões: prescrita ou formal, real ou “currículo em ação”, “ou no currículo” modelado pelos professores, nos materiais didáticos ou mesmo na dimensão oculta, entendidas como importantes na construção das identidades.
Tratar a diversidade no contexto curricular como um direito, dando o real valor às questões que envolvem a diferença, possibilitando um olhar sob diferentes perspectivas, que contemple as diferentes vozes, com mais pluralidade e igualdade, nos reeducando de uma forma ética nas questões da diversidade, na prática do respeito com as diferenças, tornam-se aspectos relevantes no contexto da escola quando entendemos que a educação é direito de todos e assim a multiculturalidade deve se fazer presente nos tempos, espaços e currículos escolares, em quaisquer dimensões que esse se faça presente.
REFERÊNCIAS
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