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DEMO - APOSTILA DE FARMACOLOGIA VETERINÁRIA @HASENVET

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Prévia do material em texto

por @hasenvet 1 
 
Versão demonstrativa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
por @hasenvet 2 
 
Versão demonstrativa 
 
Olá, 
 
 
Essa é uma versão demonstrativa da Apostila de Farmacologia 
Veterinária, se você se interessar pelo material completo, acesse o 
perfil @hasenvet clicando na logo abaixo e entre em contato comigo. 
 
 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO: essa NÃO é uma apostila de terapêutica. 
 
https://instagram.com/hasenvet
por @hasenvet 3 
 
Versão demonstrativa 
 SUMÁRIO 
 
Introdução..................................................................................................................................................... 4 
Prescrição e Legislação Brasileira dos Medicamentos............................................................................ 6 
Mecanismo de ação e relação dose-resposta......................................................................................... 9 
Farmacocinética........................................................................................................................................ 13 
Autacóides: Histamina, Serotonina e Antagonistas................................................................................ 20 
Autacóides peptídeos: Angiotensinas e Cininas..................................................................................... 25 
Antinflamatórios esteroidais (corticosteroides)........................................................................................ 27 
Antinflamatórios não esteroidais (AINES)................................................................................................. 31 
Antiparasitários............................................................................................................................................ 42 
Antimicrobianos.......................................................................................................................................... 48 
Antivirais....................................................................................................................................................... 62 
Antifúngicos................................................................................................................................................. 65 
Agonistas e antagonistas colinérgicos..................................................................................................... 70 
Antineoplásicos........................................................................................................................................... 76 
 
 
 
VERSÃO DEMONSTRATIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
por @hasenvet 4 
 
Versão demonstrativa 
 INTRODUÇÃO 
 
Conceitos iniciais – 
a) Droga: qualquer substância química que, em 
quantidade suficiente (que não atue como alimento), 
possa agir em um organismo vivo, produzindo 
alterações boas ou ruins; 
b) Medicamento: qualquer substância química 
empregada em um organismo vivo, visando obter 
efeitos benéficos; 
c) Fármaco: substância química conhecida e de estrutura química definida, sendo dotada 
de propriedades farmacológicas; 
d) Remédio: tudo aquilo que cura, alivia ou evita uma enfermidade, podendo ser agentes 
químicos e físicos; 
e) Placebo: qualquer substância sem propriedades farmacológicas, sendo capaz de 
“agradar”, mas sem beneficiar; 
f) Nutracêutico: produto nutricional que dizem possuir valores terapêuticos, além de seu 
valor nutricional cientificamente comprovado. 
 
Segmentos farmacológicos – 
 
 
 
 
1) Farmacodinâmica: estuda os mecanismos de ação dos medicamentos, assim, estuda os 
efeitos bioquímicos e físicos; 
2) Farmacocinética: caminho percorrido pelo medicamento no organismo, consistindo nas 
etapas de absorção, distribuição, metabolismo e excreção ou eliminação do fármaco; 
3) Farmacotécnica: consiste no preparo, purificação e conservação dos medicamentos, 
visando o melhor aproveitamento no organismo; 
4) Farmacognosia: obtenção, identificação e isolamento dos princípios ativos; 
5) Farmacologia clínica: relação entre o efeito do medicamento em animais sadios 
(laboratório) e em animais enfermos; 
6) Farmacoterapêutica: uso de medicamentos no tratamento de enfermidades; 
7) Imunofarmacologia. 
FARMACOLOGIA 
Imunofarmacologia 
ATENÇÃO: Todo medicamento é uma 
droga, mas nem toda droga é um 
medicamento. 
Farmacodinâmica 
Farmacocinética 
Farmacotécnica 
Farmacognosia 
Farmacologia clínica 
Farmacoterapêutica 
por @hasenvet 5 
 
Versão demonstrativa 
Farmacologia aplicada – 
O conhecimento, tanto qualitativo como quantitativo da ação do medicamento, como do 
efeito no organismo animal fundamenta a indicação da posologia. 
Posologia: estudo das dosagens com fins terapêuticos. 
 - Dose: quantidade do medicamento necessária para promover uma resposta. 
 - Dosagem: inclui, além da dose, a frequência de administração e duração do tratamento. 
 
Abreviaturas para posologia: 
S.I.D Uma vez ao dia 
B.I.D Duas vezes ao dia 
T.I.D Três vezes ao dia 
Q.I.D Quatro vezes ao dia 
Q.D Todos os dias 
P.R.N Se necessário 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dose mínima: é a menor quantidade de um medicamento capaz de produzir o efeito 
terapêutico; 
Dose máxima: é a maior quantidade; 
Dose tóxica: quando a quantidade ultrapassa a dose máxima, causando problemas no 
organismo; 
Dose letal: quantidade que causa a morte. 
ATENÇÃO: essas abreviações são 
usadas apenas entre veterinários, não 
sendo usada com os tutores. 
por @hasenvet 6 
 
Versão demonstrativa 
 PRESCRIÇÃO E LEGISLAÇÃO BRASILEIRA DOS MEDICAMENTOS 
Atualmente, em função do uso cada vez mais difundido da informática, se aceita, além do 
texto da receita manuscrito, também o digitado no computador. 
Sendo a prescrição um documento reconhecidamente legal, o seu autor (profissional) é 
responsável pela sua exatidão, devendo conter as instruções de forma clara, concisa e objetiva. 
Neste sentido, a prescrição constitui um documento que envolve responsabilidades sob vários 
aspectos: cínico, profissional e legal. 
Medicamentos sujeitos a notificação de Receita A – 
São medicamentos que recebem tarja preta, onde encontra-se impresso “Venda 
sob prescrição médica. Atenção: pode causar dependência física ou psíquica.” 
O papel é amarelo, sendo fornecido pela autoridade sanitária estadual ou 
municipal. 
Esta notificação pode conter no máximo 6 ampolas e poderá conter a quantidade 
correspondente no máximo a 30 dias de tratamento. 
- Lista A1: entorpecentes; 
Ex.: Morfina e análogos. 
- Lista A2: entorpecentes de uso permitido somente em concentrações especiais; 
Ex.: Codeína e Tramadol. 
- Lista A3: substâncias psicotrópicas; 
 Ex.: Anfetamina e análogos. 
Medicamentos sujeitos a notificação de Receita B – 
As receitas B e B2 são azuis e devem ser empresaspor profissional ou instituição, 
contendo sequência numérica fornecido mediante solicitação junto a autoridade 
sanitária estadual ou municipal 
- Lista B1: substância psicotrópicas; 
Ex.: Benzodiazepínicos e Barbitúricos. 
Esta notificação pode conter no máximo 5 ampolas e poderá conter a quantidade 
correspondente no máximo a 60 dias de tratamento. 
 
- Lista B2: substâncias psicotrópicas anorexígenas. 
Ex.: Anfepramona, Femproporex, Mazindol e Sibutramina. 
Esta notificação pode ser utilizada para tratamento 
igual ou inferior a 30 dias. 
RECEITA COMUM 
RECEITA COMUM 
RECEITA COMUM + TERMO 
DE RESPONSABILIDADE 
por @hasenvet 7 
 
Versão demonstrativa 
Medicamento sujeito à regulação específica – 
São os antimicrobianos e deve ser feita duas vias de receituário 
comum, sendo a 1° via de posse do proprietário e a 2° via retida na 
farmácia. 
A receita tem 10 dias de validade, podendo ser prolongada até um período de 90 dias ao 
conter a indicação de uso contínuo. 
Medicamento sujeito a receita de controle especial – 
- Lista C1: sujeitas a controle especial; 
Ex.: Neurolépticos, Anticonvulsionantes, Antidepressivos, 
Antinflamatórios e outros. 
Apresenta cor branca e são 2 vias (1° via com a farmácia e 2° com o proprietário). 
- Lista C5: são os anabolizantes. 
Medicamento sujeito a notificação de receita especial – 
- Lista C2: substâncias retinóicas para uso sistêmico; 
Ex.: Acitretina, Adapaleno, Tretinoína e outros. 
- Lista C3: substâncias imunossupressoras; 
Ex.: Talidomida. 
- Lista C4: substâncias antirretrovirais. 
Ex.: Abacavir, Darunavir, Estavudina e outros. 
Substâncias sujeitas a receita médica sem retenção – 
- Lista D1: entorpecentes e/ou psicotrópicos. 
Substâncias sujeitas a controle do M. da Justiça – 
- Lista D2: insumos químicos utilizados como precursores para fabricação e síntese de 
entorpecentes e/ou psicotrópicos. 
Outros – 
- Lista E: plantas que podem originar substâncias entorpecentes e/ou psicotrópicos. 
- Lista F: substâncias de uso proscrito no Brasil. 
Ex.: Cocaína, Etorfina, MDMA e outras. 
 
 
 
 
 
RECEITA COMUM 
EM 2 VIAS 
RECEITA DE 
CONTROLE ESPECIAL 
RECEITA ESPECIAL 
por @hasenvet 8 
 
Versão demonstrativa 
 
 
Aprendendo a fazer uma RECEITA COMUM: 
 
 
 
 
2
0
 c
m
 
14 cm 
VAMOS PRATICAR? 
Faça uma receita comum 
hipotética de Cefalexina (500 
mg) para um cão X de 3 anos. 
Sendo a dosagem: ½ 
comprimido, BID, por 10 dias. 
por @hasenvet 9 
 
Versão demonstrativa 
 MECANISMO DE AÇÃO E RELAÇÃO DOSE-RESPOSTA 
 É nada mais nada menos que o estudo da farmacodinâmica, ou seja, estuda os 
mecanismos que atuam sobre as funções bioquímicas e fisiológicas, sendo um estudo quantitativo, 
já que analisa a relação dose-resposta dos efeitos biológicos e terapêuticos. 
 Quando a farmacodinâmica é associada a farmacocinética, podemos conhecer o 
caminho percorrido por um medicamento. Além disso, ela é importante para entender os efeitos 
adversos e farmacológicos. 
Ex.: antídoto para intoxicação que não pode ser intravenoso/intramuscular. 
 
 
 
 
 
 
Mecanismo de ação – 
Considerando o mecanismo de ação, os medicamentos podem ser divididos em dois 
grandes grupos distintos: 
a) Estruturalmente específicos – 
São os medicamentos que possuem a ação biológica decorrente da estrutura química. Eles 
fazem uma ligação medicamento/receptor, ou seja, terão ação direta aos receptores, formando 
um complexo, o que acaba alterando a função celular. 
Ex.: antibióticos que se ligam a proteínas. 
b) Estruturalmente inespecíficos – 
Ao contrário dos específicos, esses medicamentos não possuem ligação direta com o 
receptor. Nesse caso, esses medicamentos provocam uma alteração físico-químico (como: grau 
de ionização), acarretando na mudança da função celular, assim, desorganizando os processos 
metabólicos. 
Ex.: anestésicos inalatórios e desinfetantes. 
Receptores – 
No geral, os receptores são macromoléculas proteicas existentes no organismo, sendo que 
eles possuem 3 características importantes, sendo elas: 
1) Alta potência – podem apresentar efeito farmacológico alto em baixas concentrações; 
2) Especificidade química – permite a interação entre o medicamento e o receptor; 
3) Especificidade biológica – permite a interação entre o medicamento e o tecido alvo. 
 
Observações importantes: 
Em casos de super dosagem medicamentosa, não se 
trata a causa de base, mas sim o sinal clínico (ou nem 
isso). 
- Sinal clínico: o que se enxerga (ex.: diarreia, poliúria); 
- Sintoma: o que é dito pelo tutor (ex.: dor, tosse). 
 
por @hasenvet 10 
 
Versão demonstrativa 
Aplicabilidade com exemplos – 
 ASPIRINA: 
A Aspirina é o nome comercial para o Ácido Acetilsalicílico (ASS), sendo um antinflamatório 
não esteroidal (AINEs). 
Mecanismo de ação – inibe irreversivelmente a enzima 
cicloxigenase (COX – 1 e 2), que está envolvida na síntese de 
prostaglandinas, já que propicia a transformação do ácido 
araquidônico em prostaglandina H2, que é percursor imediato 
das prostaglandinas. 
Efeitos colaterais – presentes quando é usada para outros 
meios/fins (ex.: tromboses); 
CARBAMATO: 
Mecanismo de ação – possuem ação anticolinesterásica, ou seja, são capazes de inibir de forma 
reversível a ação da enzima acetilcolinesterase, responsável pela degradação da acetilcolina, 
tornando-a, muito mais ativa nas fendas sinápticas, o que gera hiperexcitação celular. 
O “Chumbinho” é o nome dado ao carbamato aldicarb, sendo muito utilizado como 
raticida, já que é barato. Entretanto, são inúmeros os casos de animais que o ingere 
acidentalmente, gerando quadros de intoxicação grave, já que é altamente tóxico. 
Nesse caso, a Atropina é muito utilizada como uma forma de amenizar o quadro, uma vez 
que bloqueia a ligação nos receptores muscarínicos e nicotínicos. 
 
 
 
 
 
 
 
Relação dose-resposta – 
Para a grande maioria das substâncias com efeito farmacológico, a intensidade de efeito 
produzido pelo medicamento em geral depende da quantidade administrada, permitindo 
expressar esta relação em uma curva dose-resposta. Dessa forma, a resposta farmacológica é 
diretamente proporcional ao número de receptores disponíveis (secundários). 
O efeito máximo da resposta pode ser definido quando todos os receptores estão 
ocupados pelo medicamento. 
 
 
VAMOS PRATICAR? 
Ao saber seu mecanismo de 
ação, em qual grupo a 
Aspirina se encontra? 
 
 
É BOM SABER! 
Como o carbamato inibe a colinesterase, não há a hidrolise 
da acetilcolina, o que deixa 100% do carbamato disponível, 
gerando um efeito parassimpático ao extremo, acarretando 
em tremores musculares, relaxamento de esfíncter, estímulo de 
glândulas, contração muscular intestinal e outras ações que 
caracterizam um quadro de “intoxicação por chumbinho”. 
por @hasenvet 11 
 
Versão demonstrativa 
Conceitos – 
a) Agonista: determinada substância que ao ligar-se com o receptor, produz a ativação deste, 
levando assim ao efeito farmacológico; 
b) Antagonista:refere-se a substância que, ao ligar-se com o receptor, não produz a ativação 
deste ou pode promover a inativação se já for ativo. 
Curva dose x resposta – 
 
Através dessas informações, podemos fazer algumas 
relações: 
1) Potência: é representada ao longo do eixo da 
concentração ou dose, isto é, quanto menor a 
concentração ou dose do medicamento necessária para 
desencadear determinado efeito, mais potente ele é; 
2) Eficácia máxima: a eficácia é limitada pelo efeito 
colateral; 
Ex.: antinflamatório x hipnoanalgésico 
3) Inclinação: reflete o mecanismo de ação do medicamento. 
Quantificação dose-resposta – 
Serve para estabelecer uma margem de segurança (DE/DT) na utilização de 
medicamentos, por meio da curva dose-resposta. 
- Dose tóxica (DT): é quando o efeito quantal é tóxico particularmente em 50% dos animais; 
- Dose letal (DL): é quando o efeito quantal tóxico ocasiona a morte do animal; 
- Dose efetiva (DE): é a dose necessária para que 50% dos indivíduos apresentem determinado 
efeito quantal. 
Efeitos anormais dos medicamentos – 
Representam uma resposta as dosagens normais do medicamento, sendo ela reações 
exacerbadas, reduzidas ou mesmo diferentes a alguns medicamentos. São eles: 
a) Hiper/Hiporreativo: reações a dose; 
b) Tolerância: desenvolvida ao longo do uso; 
c) Taquifilaxia ou dessensibilização: geralmente ocorre após o 1° uso; 
d) Idiossincrasias ou efeito incomum: não se aplica as outras características; 
e) Supersensibilidade: semelhante aos hiper-reativos, assim, referindo-se ao aumento do efeito de 
um medicamento; 
K1: associação 
K2: dissociação 
S
P
IN
O
S
A
, 6
°e
d
. 
por @hasenvet 12 
 
Versão demonstrativa 
f) Hipersensibilidade: reações imunológicas que podem estar relacionadas com reações de fundo 
alérgico, como edemas e urticárias. 
Interações medicamentosas – 
Em alguns casos, o uso de 2 medicamentos ou mais pode ser bom, sendo que essas 
interações podem causar o aumento ou diminuição do efeito dos mesmos. 
1) Sinergismo: efeitos de dois medicamentos na “mesma direção”. 
a) Sinergismo por adição – o efeito combinado é a soma dos efeitos isolados, sem alterar a 
intensidade; 
Ex.: Sulfametozanol + Trimetropim 
 b) Sinergismo por potenciação – o efeito combinado é maior que o efeito isolado. 
 
2) Antagonismo: interação de dois medicamentos que levam a diminuição ou anulação completa 
dos efeitos de um deles. 
I. Farmacológico – 
Quando há competição pelo mesmo receptor, o que dificulta a formação do complexo 
agonista-receptor. 
a) Competitivo: compete pelo mesmo sítio receptor, formando um complexo inativo; 
Ex.: Naloxona x Morfina 
b) Parcial reversível: os dois medicamentos são agonistas, no entanto, possuem diferentes 
capacidades de causar o efeito; 
c) Irreversível: quando o antagonista se dissocia muito lentamente ou não se dissocia dos 
receptores. 
Ex.: Organofosforados x Acetilcolinesterase 
II. Fisiológico ou funcional – 
Quando os dois agonistas interagem em sistemas de receptores independentes, porém se 
anulando. 
Ex.: Noradrenalina (vasoconstritor) x Histamina 
III. Químico ou antidotismo – 
Quando as duas substâncias não reagem com receptores do organismo, mas sim entre si. 
Ex.: Quelantes de metais x Intoxicações por chumbo 
IV. Farmacocinético ou disposicional – 
Quando uma substância química (medicamento) reduz efetivamente a concentração 
plasmática de outra administrada a um animal. 
 
por @hasenvet 13 
 
Versão demonstrativa 
 FARMACOCINÉTICA 
A farmacocinética é o estudo dos movimentos de um medicamento em um organismo vivo, 
ou seja, representa o estudo dos processos de absorção, distribuição, biotransformação e 
excreção. Para que esses processos ocorram e então o medicamento tenha seu objetivo feito 
(biofase), o mesmo precisa conseguir atravessar barreiras celulares. 
Todos os medicamentos precisam passas pela fase de absorção, exceto quando são 
aplicados por via intravenosa. O medicamento livre no plasma, imediatamente, liga-se ao tecido 
de maior afinidade, interagindo com o receptor (biofase e dissociação). Há a volta do 
medicamento livre para o fígado (biotransformação). Por fim, há a liberação de um metabólito no 
plasma, que é excretado. 
Resumindo em esquema – 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É BOM SABER! 
- Quanto maior for a associação às proteínas plasmáticas, mais 
seguro é o medicamento; 
- O medicamento não age inteiramente de forma imediata, há 
uma liberação gradual. 
 
por @hasenvet 14 
 
Versão demonstrativa 
Absorção de medicamentos – 
Representa uma série de processos pelos quais uma substância externa penetra num 
organismo vivo, sem lesão traumática, chegando até o sangue. Assim, para que um medicamento 
qualquer seja absorvido, ele precisa atravessar as membranas biológicas (que também seve para 
controle), como o epitélio intestinal, endotélio vascular e outros. 
 Barreiras tissulares corporais – 
1) Mucosa do trato gastrointestinal: possui células 
epiteliais muito unidas, realizando um bloqueio 
completo dos espaços intercelulares. Por ela ocorre 
difusão; 
2) Epiteliais (pele, córnea e bexiga): idem; 
3) Hematoencefálica: possui paredes contínuas de 
capilares associadas a células endoteliais, sendo 
que serve para impedir a entrada de substâncias 
com alto peso molecular; 
4) Placentária: epitéliocorial, endotéliocorial, 
sindesmocorial e hemocorial; 
5) Capilares: máculas, fenestrados ou com bloqueio 
completo. 
 Vias de administração – 
A escolha de uma via se dá por três fatores 
principais: 
- Efeito sistêmico ou localizado; 
- Latência para o efeito (curto ou longo); 
- Características físico-químicas. 
 
1) Vias digestivas – 
a) Via oral: 
Para que haja a absorção, precisa haver a liberação da forma farmacêutica (suspensões, 
comprimidos, cápsulas, tabletes e outros), ou seja, o medicamento precisa ser dissolvido, além de 
passar pela barreira do trato gastrointestinal. 
O intestino delgado é o principal local de absorção de medicamentos via oral, já que 
apresentam uma extensa área vascularizada. 
 
VAMOS PRATICAR? 
É o que dizem: “a anatomia é a base de 
tudo”, sendo assim, precisamos sempre 
relembrar algumas coisas. Marque a 
alternativa correta no que diz respeito 
aos tipos de placenta e as espécies. 
a) Suínos e ruminantes possuem placenta 
epitéliocorial, equinos sindesmocorial, 
carnívoros endotéliocorial, já primatas e 
roedores hemocorial. 
b) Suínos e equinos possuem placenta 
epitéliocorial, ruminantes sindesmocorial, 
carnívoros hemocorial, já primatas e 
roedores endotéliocorial. 
c) Suínos e equinos possuem placenta 
epitéliocorial, ruminantes sindesmocorial, 
carnívoros endotéliocorial, já primatas e 
roedores hemocorial. 
d) Suínos e carnívoros possuem placenta 
epitéliocorial, equinos sindesmocorial, 
ruminantes endotéliocorial e primatas e 
roedores hemocorial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É BOM SABER! 
Alguns medicamentos importantes são bases fortes, como os 
aminoglicosídeos, que se forem administrados por via oral, não são absorvidos. 
por @hasenvet 15 
 
Versão demonstrativa 
Em animais poligástricos (ruminantes), o rúmen impede o uso da via oral, pois seuvolume 
funciona como um compartimento diluidor, alterando a velocidade de absorção de 
determinados medicamentos. Além disso, o pH ruminal (5,5 - 6,5) pode reter medicamentos de 
caráter básico. Ainda, a microbiota ruminal pode inativar medicamentos. 
Em carnívoros e onívoros, a velocidade de esvaziamento gástrico representa o fator 
fisiológico mais importante no controle da velocidade de absorção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) Via retal: 
Por essa via, muitos medicamentos não costumam gerar efeito de primeira passagem. 
As desvantagens dessa via são a absorção irregular e incompleta, além da irritação da 
mucosa retal, sendo de utilização restrita em Medicina Veterinária. 
 
2) Vias parenterais – 
a) Via intravenosa (ou endo): 
Essa via permite com que o efeito do medicamento seja obtido rapidamente, além de 
permitir a administração de grandes volumes, mas em infusão lenta. 
Dentre as desvantagens dessa via temos: riscos de embolias, infecções por contaminação 
e a limitação para administração de substâncias oleosas ou insolúveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INFORMAÇÕES IMPORTANTES! 
Uma dose única de vermífugo tende a provocar um efeito maior para um 
paciente debilitado, devido a sua quantidade de proteínas plasmáticas. O 
animal pode apresentar uma hipoproteinemia devido a uma possível má 
alimentação, assim, a quantidade de proteínas plasmáticas diminui, 
permitindo uma quantidade maior de medicamento livre, que se ligará a 
muitos receptores, gerando um feito maior que o esperado. Assim, muitos 
vermes morrem de uma só vez, que dependendo da quantidade, pode gerar 
uma obstrução do fluxo intestinal e o animal pode entrar em choque. 
É BOM SABER! 
Principais pontos para administração intravenosa - 
- Equinos e bovinos: veia jugular; 
- Suínos: veia marginal da orelha e a cava-cranial; 
- Cães e gatos: veia radial, femoral e a tarsal-recorrente. 
 
por @hasenvet 16 
 
Versão demonstrativa 
b) Via intramuscular: 
Essa via possui a vantagem de permitir que os efeitos sejam obtidos relativamente rápido, 
com isso, a absorção tende a ser rápida, o que é bom para a administração de volumes 
moderados e de veículos aquosos. Quando que aplica veículos oleosos, suspensões ou 
preparações de depósito, a absorção pode ser retardada. 
Dentre as desvantagens dessa via temos: dor, aparecimento de lesões musculares, com 
surgimento de processos inflamatórios e aumento das chances de resíduos em animais de 
produção. 
 
 
 
 
 
 
c) Via subcutânea: 
É uma via adequada para medicamentos que precisam de uma absorção lenta e 
contínua, sendo por difusão, em que atravessa os poros e fenestrações. 
Dentre as desvantagens, temo: facilita a produção de sensibilização, dor e necrose. 
d) Outras vias parenterais: 
Intradermal, intraperitoneal, intracardíaca, intratecal, epidural e intra-articular. 
 
 
 
 
3) Via transmucosa ou tópica – 
Normalmente é uma via utilizada para obter efeitos não sistêmicos, ou seja, efeitos 
localizados. A via tópica é considerada segura, apesar de poder ocorrer intoxicações. 
O fato de ser uma via tópica, permite a aplicação de medicamentos oleosos, assim, eles 
podem atravessar a pele íntegra (ex.: organofosforados). 
Dentro da veterinária, os medicamentos tópicos são muito utilizados para o controle de 
ectoparasitas. Com relação a estes medicamentos, há duas formas de aplicação, sendo uma no 
dorso (pour-on) e outra na cernelha (spot-on). 
Por serem lipossolúveis, esses medicamentos se difundem pela camada 
gordurosa sobre a epiderme, agindo em toda a superfície corpórea. 
Além, temos a via inalatória (anestésicos) e a intramamária (mastites). 
É BOM SABER! 
A via com maior absorção é a 
intraperitoneal. 
É BOM SABER! 
Principais pontos para administração intramuscular - 
- Bovinos e caprinos: m.trapézio (possui maior absorção 
que no semitendinoso e quadríceps femoral); 
- Suínos: m.lateral do pescoço (evita danos na carcaça 
e resíduo do medicamento). 
 
por @hasenvet 17 
 
Versão demonstrativa 
As principais vias de administração em BOVINOS – 
 
Biodisponibilidade e distribuição – 
A biodisponibilidade mede a quantidade de um medicamento que ao ser administrado, 
chega à circulação na forma inalterada. Ela é muito importante para pacientes com insuficiência 
hepática ou renal, pois permite o ajuste de doses. 
A distribuição está relacionada ao fenômeno em que o medicamento, após ter chegado 
ao sangue, sai desse local e vai para o local de ação (biofase). 
Após sua absorção, um medicamento pode ficar sob a forma livre no sangue, ligar-se a 
proteínas plasmáticas ou, então, ser sequestrado para depósitos no organismo. A fração ligada à 
proteínas plasmáticas é liberada para a circulação. 
 
 
 
 
 Acúmulo e estoque – 
Alguns medicamentos possuem maior afinidade por determinadas estruturas orgânicas, o 
que pode ser algo bom para a terapêutica. Entretanto, em alguns casos, os medicamentos de 
acumulam de maneira inadequada (ex.: depósito de tetraciclina nos ossos e dentes, gerando 
problemas, principalmente em animais jovens). 
Os conhecimentos sobre acúmulo e estoque de medicamentos no organismo são 
importantes para o cálculo da dose necessária para se obter a concentração de medicamento 
livre, suficiente para causar o efeito terapêutico desejado, e não os efeitos adversos. 
Meia-vida de eliminação – 
Representa o tempo necessário para que a concentração plasmática do agente 
terapêutico se reduza a metade. É importante para estimar a duração da ação após uma única 
dose e do tempo necessário para atingir o equilíbrio. 
Resumindo, o tempo de meia-vida é importante para estimular o tempo necessário para 
calcular o tempo de eliminação e da frequência entre doses. 
É BOM SABER! 
Dentre as proteínas de ligação, a albumina é importante 
para medicamentos ácidos, já a β-globulina e glicoproteína 
ácida é importante para medicamentos básicos. 
por @hasenvet 18 
 
Versão demonstrativa 
Biotransformação de medicamentos – 
A biotransformação representa a transformação química de substâncias visando sua 
eliminação, ocorrendo sempre em duas etapas, resultando na inativação farmacológica, 
podendo gerar um fármaco menos ou mais ativo. 
ETAPA 1 – 
 Ocorre no sistema microssomal do retículo endoplasmático liso dos hepatócitos. Nessa 
etapa há a conversão do medicamento original em metabólitos mais polares, por meio de 
oxidação, hidrólise e redução. Esses metabólitos gerados podem ser pouco ativos, muito ou 
inativos. 
ETAPA 2 – 
São reações sintéticas ou de conjugação, por meio de substratos endógenos, 
transformando o medicamento em moléculas hidrossolúveis. 
Resumindo – 
 
 
 
Excreção de medicamentos – 
Esse processo ocorre após a biotransformação ou mesmo em sua forma inalterada e os 
principais órgãos que fazem esse processo são: rins (medicamentos hidrossolúveis), fígado (bile) e 
pulmão (medicamentos voláteis). 
Excreção renal – 
É a principal forma de excreção, sendo que há a liberação de substâncias polares ou 
pouco lipossolúveis em pH fisiológico. É importante lembrar que alguns fatores podem interferir, 
sendo eles: 
- Alta ligação a proteínas plasmáticas 
(>80%); 
- Baixa taxa de excreção renal por 
aumento da reabsorção tubular; 
- Características do pH urinário das 
espécies. 
O transporte do medicamento e metabólitos ocorre no túbulo renal e possui certa 
inespecificidade.Quando utilizamos dois medicamentos que são eliminados da mesma forma, um 
tende a ser prejudicado, a exemplo da Probenicida + Penicilina G. 
A eliminação é expressa pela depuração renal (clearance): 
Filtração glomerular + Secreção ativa + Reabsorção tubular 
 
 
 
 
É BOM SABER! 
Carnívoros: pH urinário ácido (5 - 7); 
Bovinos, equinos e ovinos: pH urinário alcalino (7- 8). 
por @hasenvet 19 
 
Versão demonstrativa 
Excreção biliar – 
Esse tipo de excreção é influenciada pelo tamanho das moléculas e pela polaridade das 
mesmas. 
Algumas substâncias, após serem eliminadas, podem ser reabsorvidas no intestino, sendo o 
caso das substâncias lipossolúveis. Esse processo é conhecido como ciclo êntero-hepático, sendo 
responsável muitas vezes pelo retardo na excreção total de determinados medicamentos, que 
muitas vezes serão encontrados na urina vários dias após a administração da última dose. 
 
 
 
 
 
 
Excreção pelo leite – 
O epitélio secretor da glândula mamária permite que o sangue se separe do leite, devido 
as características de membrana lipídica que ele possui. O leite tem pH levemente inferior ao do 
sangue (7,4), variando entre 6,4 e 6,8 em animais sadios. Este fato resulta em facilitação da 
excreção de medicamentos de caráter básico pelo leite. 
Ao medicar uma fêmea parida, a maioria desses medicamentos irão para o filhote por meio 
do leite. Os recém nascidos não possuem um sistema de biotransformação hepática completo e 
por isso, os medicamentos podem apresentar efeitos adversos nesses animais. 
 
Excreção pelo ovo – 
De maneira geral, os resíduos de medicamentos vão ser encontrados em maior 
concentração e por maior período de tempo na gema do ovo. A deposição de substâncias na 
gema ocorre na forma de camadas concêntricas, e a quantidade do medicamento depositado 
vai depender da fase de formação do ovo e da concentração plasmática e das propriedades 
físico-químicas do medicamento. A difusão reversa da gema para a membrana plasmática e daí 
para o sistema vascular não ocorre; portanto, uma vez que a substância se depositou na gema, 
permanece nesse local. 
 
 
 
 
 
 
 
É BOM SABER! 
Gatos e ovinos possuem moderada capacidade 
de excreção biliar, já primatas e coelhos possuem 
má capacidade. 
por @hasenvet 20 
 
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