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Dermatologia - Lesões elementares FISIOPATO

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Dermatologia - Lesões elementares 
Robins & Contran: Capítulo 25 
Bogliolo: Capítulo 32 
Histologia da Pele 
• Delimita o meio interno do externo, tem uma 
microbiota própria, tem uma função 
protetora extremamente importante 
• Corresponde a 15% de seu peso corporal 
• Sua resistência e flexibilidade determinam a 
sua plasticidade 
• Essencialmente dinâmica, a pele apresenta 
alterações constantes, sendo dotada de 
grande capacidade renovadora e de 
reparação, e de certo grau de 
impermeabilidade 
• Constituída por uma porção epitelial de 
origem ectodérmica, a epiderme, e uma 
porção conjuntiva de origem mesodérmica, a 
derme. 
• Dependendo da espessura da epiderme, 
distinguem-se a pele fina e a espessa. 
1. Epiderme: 
• Tecido epitelial (células justapostas) 
estratificado (várias camadas) pavimentoso 
(células achatadas) e queratinizado – nos 
baseamos na camada mais externa 
• As células se diferenciam a partir das células 
troncos do extrato basal, na camada da 
granulosa elas começam a morrer sofrendo 
apoptose e começa a sobrar somente 
queratina, conforme esse epitélio se renova 
essas células mortas são direcionadas 
(migram) em direção ao meio externo 
formando o estrato córneo. 
• A epiderme faz invaginações em direção a 
derme chamadas de papilas dérmicas que 
servem para uma melhor adesão entre essas 
camadas da pele. 
 
 
I. Estrato córneo: camada espessa de células 
mortas (escamosas) desprovidas de núcleos e 
organelas – camada de queratina 
II. Estrato lúcido: linha com uma cor mais clara 
sendo considerada uma área de transmissão 
entre a camada granulosa e a externa 
(córnea) 
III. Estrato granuloso: que contém numerosos 
grânulos precursores da queratina de 
coloração intensa. 
IV. Estrato espinhoso ou camada espinhosa: na 
microscopia vemos prolongamentos 
citoplasmáticos, que são as proteínas que 
juntam uma célula a outra e ficam 
aparecendo espiculas 
V. Estrato basal ou germinativo: camada mais 
interna de células pequenas que são 
germinativas ou chamadas as células-tronco 
da epiderme e está em íntimo contato com a 
derme (parte mais clara) 
Obs: diariamente descamamos e perdemos a camada 
córnea de células mortas, porém os melanócitos só 
são perdidos quando temos um processo de agressão 
imunológico contra eles, isso explica o porquê nossas 
manchas não somem. 
 
 
 
2. Derme 
• Localizada abaixo da epiderme 
• Formada de tecido conjuntivo que 
dependendo da região tem características 
mais especificas 
• Principais células encontradas na derme são 
os fibroblastos, além de outras do sistema 
imune. 
1. Derme papilar: nas regiões de invaginações 
da papila dérmica, camada mais superficial da 
derme formada de tecido conjuntivo frouxo 
com fibras de colágenos delicadas. 
2. Derme reticular: camada mais interna com 
poucas células, fibras mais grosseiras e 
formanda de tecido conjuntivo denso não 
modelado 
Obs: alguns livros colocam uma terceira camada abaixo 
da derme, chamada de hipoderme, a qual faz a junção 
da pele aos órgãos adjacentes formanda de tecido 
adiposo e pouco conjuntivo. 
Células da epiderme: 
• Queratinócitos são células epiteliais 
altamente especializadas, desenvolvidas para 
desempenhar uma função muito específica: a 
separação do organismo de seu meio externo. 
Representam 85% das células da epiderme – 
camada granulosa e espinhosa 
principalmente, são essas células mortas que 
dará origem a camada córnea 
• Melanócitos são as células produtoras de 
pigmento da epiderme (melanina) e elas se 
ligam aos queratinócitos depositando a 
 
Melanina, a qual vai formar uma capa em 
cima do núcleo para proteger contra a 
radiação. Representam aproximadamente 5% 
das células da epiderme – encontrados juntos 
as células basais, alguns podem até estar na 
camada espinhosa. 
• Células de Langerhans (macrófagos): são 
células apresentadoras de antígeno 
envolvidas na sinalização do sistema imune. 
Representam aproximadamente 2 a 5% das 
células da epiderme 
• Células de Merkel: são células 
mecanorreceptoras associadas às terminações 
nervosas sensitivas. Representam 
aproximadamente 6 a 10% das células da 
epiderme. 
Obs: quando mais raios solares chegam na nossa pele, 
mais estímulos os melanócitos recebem para 
produção de melanina, a fim de proteger os núcleos 
celulares, por isso a coloração da pele fica mais escura 
Adesão celular: 
 
• Adesão célula- célula: células epiteliais são 
justapostas e para essa união ocorrer 
precisamos de estruturas de ligação, a 
imagem representa as células basais, porém 
ocorre em todos os níveis. A junção célula-
célula em tecido epitelial chamamos de 
desmossomos, são formados por uma classe 
de caderinas (proteínas), entre elas as mais 
importantes são: desmogleinas e 
desmoplaquina 
• Exemplo, se tivermos um autoanticorpo 
contra uma desmogleína teremos doenças 
bolhosas, pois com a falta de aderência das 
células formaremos um espaço que pode ser 
preenchido com líquidos (edema), gerando 
uma serie de doenças bolhosas. 
• Adesão célula- tecido conjuntivo: essa adesão 
recebe o nome de hemidesmossomos, união 
mediada por proteínas especificas as 
integrinas, além de outras proteínas que 
permite essa forte adesão. As integrinas se 
aderem a matriz extracelular e a parte interna 
se encontra aderida ao citoesqueleto com 
outras proteínas como BP330 que contribuem 
para a adesão das integrinas. 
 Lâmina basal 
• Formada por quatro componentes bem 
definidos 
1. Membrana plasmática das células basais 
hemidesmossomas (estruturas de ligação 
entre as células basais e as demais estruturas 
da zona da membrana basal) 
2. Lâmina lúcida ou espaço intermembranoso. 
3. Lâmina densa 
4. Zona da sublâmina densa. 
• Componentes principais das lâminas basais 
são colágeno tipo IV, as glicoproteínas 
laminina e entactina e proteoglicanos (p. ex., 
perlecan, um proteoglicano de heparam 
sulfato). 
Lesões elementares: 
• As lesões elementares são padrões de 
alteração no tegumento cujo reconhecimento 
possibilita a construção de hipóteses 
diagnósticas. 
• A semiologia dermatológica tem sua máxima 
expressão na inspeção, isto é, ver e 
reconhecer as alterações que ocorrem ao 
nível da pele e mucosas externas. 
• Segue-se, em alguns casos, a palpação, 
método pelo qual se constata a consistência 
do elemento eruptivo, se amolecida, 
endurecida ou pétrea, bem como 
temperatura, mobilidade, extensão e 
profundidade de seus limites e se é doloroso 
ou não. 
 
 
Etiologia: 
• Causas desencadeantes podem: ser físicas, 
químicas, biológicas, imunológicas, psíquicas, 
e mesmo desconhecidas que induzem à 
formação de alterações na superfície do 
tegumento, constituindo a lesão elementar, o 
elemento eruptivo ou a eflorescência. 
• Os mecanismos indutores podem ser de 
natureza circulatória, inflamatória, 
metabólica, degenerativa ou hiperplásica. 
• Os principais são provenientes de processos 
inflamatórios que podem ser não infecciosos 
ou infecciosos 
Exemplos de distúrbios dermatológicos: 
• Doenças não infeciosas: urticarias, eritemas, 
dermatose papuloescamosa e eczema, 
doenças autoimune do tecido conjuntivo ou 
doenças bolhosas autoimune 
• Doenças infeciosas: viral, bacteriana, fúngico 
ou devido a protozoários 
• Neoplásicos: maligno ou benigno 
• Outros: agressões, traumas metabólico e 
toxico, genodermatose ou anomalias de 
desenvolvimento 
Padrões de alterações macro (nomenclatura) 
1. Alteração de cor 
2. Formações sólidas 
3. Formações liquidas 
4. Perdas tecidas 
5. Alterações da espessura da pele 
1. Alteração de cor 
• Riqueza ou ausência em melanina 
• Número de vasos 
• Afluxo de sangue 
• Conteúdo de hemoglobina 
• Espessura da pele 
• Riqueza de seu panícula adiposo 
Alteração da cor da pele sem relevo (planas), 
independentemente de sua natureza, causa ou 
mecanismo 
• Mácula:abaixo de 1cm 
• Macha: acima de 1cm 
 
 
2. Formações Sólidas 
• São alterações que causam relevo na pele, 
podendo ser em formato de cúpula ou em 
forma de platô 
Alterações circunscritas com relevo decorrentes de 
acúmulo de células em determinado local ou por 
espessamento cutâneo 
• Pápulas: abaixo ou até 1cm, consistência 
dura, provoca certa elevação e, ao involuir, 
não deixa cicatriz. 
• Nódulo: de 1 a 3 cm, geralmente decorrem de 
um aumento de célula na derme 
• Placa: lesão elevada e achatadas em forma de 
platô, que surge como consequência da 
confluência de numerosas pápulas 
• Tumor/nodosidade: lesão maior que 3 cm 
Vegetações: Eflorescência que cresce para o exterior 
em função da hipertrofia de algumas papilas dérmicas 
(papilomatose), está claro que os cones interpapilares 
também se apresentam hipertróficos. 
• Verrucosa: é seca, pois a epiderme que a 
recobre está íntegra, inclusive com grande 
aumento da camada córnea 
• Condilomatosa: é úmida, devido a um 
transudado que sai dos vasos e umedeces 
essa região, chamamos de exosserose, ocorre 
nas mucosas ou nas dobras. 
 
verrucosas 
 
3. Formações liquidas 
• As lesões de conteúdo líquido podem ser 
decorrentes de acúmulo circunscrito ou não 
circunscrito 
• Vesículas: Lesão elevada preenchida por 
líquido de até 1cm ou menos de diâmetro 
• Bolha: Lesão elevada preenchida com mais de 
1cm no maior eixo 
• Pústula: lesão discreta e elevada contendo 
pus de até um 1cm 
• Abscesso: acúmulo localizado de pus, com 
mais de >1cm 
• Hematoma: cúmulo de sangue na derme 
profunda ou no subcutâneo, com mais de 
>1cm 
Obs: quando essas bolhas rompem e o líquido começa 
a extravasar sobre a pele, deixando-a a pele com um 
aspecto mais seco recendo o nome de crosta 
Obs: Quando temos lesões pequenas por acúmulo de 
sangue chamamos de petéquias ou quando ela é 
extensa e plana recebe o nome de equimose, porém é 
uma nomenclatura da patologia 
4. Perdas teciduais 
• Erosão: Perda parcial da epiderme. Trata-se 
de uma solução de continuidade do 
tegumento por mecanismo patológico 
superficial que compromete apenas a 
epiderme 
 
 
• Úlcera: É um processo da mesma natureza 
que o anterior, porém com maior 
profundidade, pois pode atingir toda a derme, 
até mesmo a hipoderme, o músculo e o osso 
 5. Espessura da Pele 
• Queratose (Ceratose): aumento da camada 
córnea, esse superfície aumentada costuma 
ser áspera e esbranquiçada. 
• Liquefação: ocorre um aumento da camada 
espinhosa fazendo a textura da pele se alterar 
passando a evidenciar com maior nitidez 
todos os seus sulcos e saliências (Ex. Saliências 
do cotovelo ou joelho evidentes) 
• Atrofia epidérmica: Redução da espessura da 
pele em decorrência da diminuição do 
número ou do tamanho das células, ao nível 
de qualquer camada da pele 
• Edema: É determinado pelo acúmulo de 
líquido na derme e/ou hipoderme. 
• Esclerose: É o endurecimento (acúmulo de 
matriz extracelular na região dérmica) da pele 
consequente à proliferação de tecido 
colágeno que dificulta o pregueamento 
 
 
 
 
 
 
 
Obs: a psoríase temos uma alteração na espessura e 
na formação de placas 
Alterações microscópicas 
Espongiose: 
formação de edema 
entre as células 
epidérmicas 
(intercelular da 
epiderme), maior 
ocorrência na cama 
espinhosa 
 
Acantose: 
Hiperplasia difusa da 
epiderme, 
geralmente ocorre 
na camada 
espinhosa 
Observamos papilas 
bem alongadas. 
 
Acantólise: Perda de 
coesão (perda dos 
desmossomos – 
desmogleína) entre as 
células espinhosas, 
essa perca de adesão 
gera um espaço que 
pode ser preenchido 
por líquidos e 
consequentemente 
formarem vesículas e 
bolhas 
intraepidérmicas 
 
 
Hiperqueratose: 
aumento da 
camada córnea 
(muita queratina) 
 
 
 
 
Paraqueratose: 
quando tenho a 
presença de 
células com 
núcleos onde 
deveria ser a 
camada córnea 
 
 
Obs: a psoríase é marcada por placas onde temos uma 
acantose, com alongamento intenso das papilas 
dérmica que causam micro hemorragias 
Alterações microscópicas que formam bolhas 
Bolha subcórnea: deslocamento da camada 
abaixo da córnea, entre a camada da granulosa e 
espinhosa - Tambem esta ocorrendo alterações como 
acantólise e espongiose – (demogleína do tipo I) 
Bolha subepidérmica: bolhas que se formam na 
junção entre o tecido epitelial (epiderme) e 
tecido conjuntivo (derme) com infiltrado 
inflamatório rico em eosinófilo – geralmente são 
alteração na proteína BP230 
 
 
Dermatoses 
1. Dermatoses Inflamatóri]as Agudas 
• Urticária 
• Dermatite Eczematosa Aguda 
• Eritema Multiforme 
2. Dermatoses Inflamatórias Crônicas 
• Psoríase 
• Líquen Plano 
• Líquen Simples Crônico 
3. Dermatoses Infecciosas Infecções 
• Bacterianas 
• Infecções Fúngicas 
• Verrugas (viral) 
4. Doenças Bolhosas (Bolhas) 
• Pênfigo (Vulgar e Foliáceo) 
• Penfigoide Bolhoso 
• Dermatite Herpetiforme 
Resuminho: 
Dermatoses Inflamatórias águas: Existem 
milhares de dermatoses inflamatórias, desafiando 
a perspicácia de diagnóstico dos clínicos. Lesões 
agudas: duram dias a semanas e são 
caracterizadas por inflamação (com frequência 
marcada por células mononucleares, em vez de 
neutrófilos, sendo definida como aguda pelo 
curso limitado de sua história natural), edema e, 
em alguns casos, lesão epidérmica, vascular ou 
subcutânea. Se persistir: transição para uma fase 
crônica 
Dermatoses inflamatórios crônicos: As 
dermatoses inflamatórias crônicas são condições 
cutâneas persistentes que exibem os seus 
aspectos mais característicos por vários meses ou 
anos, embora possam começar por uma fase 
aguda. A superfície da pele em algumas 
dermatoses inflamatórias crônicas torna-se 
áspera em decorrência de formação excessiva ou 
anormal de escamas, com posterior descamação 
 
 
Dermatoses infecciosas: 
• Bactérias: Acúmulo de neutrófilos abaixo 
da camada córnea que, com frequência, 
produz uma pústula subcórnea. 
• Fungos: Microorganismo x resposta do 
hospedeiro placas eritematosas com 
escamas superficiais pruriginosas e ter 
lesões satélites. Infiltrado neutrofílico na 
epiderme, às vezes associado a dermatite 
eczematosa leve (filamentos fúngicos 
evidenciados: coloração de Grocott) 
• VÍRUS (HPV) Comum em crianças e na 
forma de pápulas cinza-esbranquiçadas

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