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ATIVIDADE AV2 CONSTRUÇÃO DO PENSAMENTO

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
CURSO DE PSICOLOGIA
TRABALHO DA DISCIPLINA DE CONSTRUÇÃO DO PENSAMENTO
Aluno: Mario Miranda Guedes da Costa – 20161109005
Questão proposta.
Desde suas raízes, a filosofia abrange o conhecimento como um todo, vinculando-se às mais diversas áreas do saber para alcançar uma ampla compreensão da realidade. Posteriormente, com o avanço científico da modernidade, o conhecimento passa a destacar campos específicos, privilegiando, por meio de recortes investigativos, determinados objetos de estudo. Tal avanço interfere decisivamente em todos os segmentos da sociedade, afetando não só os paradigmas científicos, mas também a vida e os valores de cada ser humano.
Considerando o exposto acima e com base nas transformações sucessivas, gradativas ou radicais no campo dos valores, analise a concepção de ética planetária no contexto da sociedade globalizada contemporânea. 
R: 
Para iniciarmos nossa análise diante do contexto exposto, é necessário antecedermos a compreensão de onde partiu esse avanço, abrangendo as ideias e considerações presentes nas raízes da filosofia. Para que assim possamos compreender de uma melhor forma a evolução apresentada por ela e a relevância que tais transformações promoveram na sociedade humana até os dias contemporâneos.
	A Filosofia ocidental teve início na Grécia (século VI a.C.) antagonizando a ideia arcaica dos mitos e do poder dos nobres. É notório que filósofos pré-socráticos já desempenhavam um papel à sua época, direcionando seus estudos na elaboração de um modo racional para descrever nossa concepção planetária, permeados por fronteiras éticas na busca pela compreensão da realidade 
Algo que também marcou o curso da evolução filosófica em seu processo evolutivo, foi a separação do que era sacro, que permitiu o surgimento do pensamento laico – um processo que se constrói e se consolida até os dias atuais – proporcionando um espaço na ordem do questionamento, surgindo indagações acerca do homem e do próprio universo. 
Assim sendo, podemos contextualizar de forma mais atual a influência da filosofia na transição social contemporânea. A Filosofia, desde o período que foi citado no contexto acima, com os pré-socráticos, proporcionou integrar diversas formas de olhar o mundo, para justamente obter êxito na ampliação das ideias permeadas por esse olhar do mundo. 
Segundo (MORIN 2002. p. 62) ao abordarmos a epistemologia da complexidade no mundo contemporâneo, o desafio de tal complexidade se intensifica. Morin se refere ao entendimento que está ligado à articulação e integração dos saberes à vida, pressupondo que a realidade não pode ser apreendida considerando apenas uma perspectiva, ou negligenciando as ligações existentes entre elas. Iremos tratar dessa intensificação da sociedade contemporânea logo adiante.
 Em seu processo evolutivo de construção do pensamento, a filosofia traz consigo uma dicotomia que na contemporaneidade, podemos refletir através da globalização. De um prisma, temos em nossa rotina o gozo do prazer com as conquistas e descobertas que facilitam a nossa vida. No entanto, há um preço que é pago por tal evolução, tragédias e catástrofes que colocam em risco esta mesma qualidade de vida, interferindo por vezes com risco na existência humana. A demanda que permeia na órbita de uma ética planetária surge desse ato, ou seja, todo o conteúdo acumulado do processo evolutivo, traduzido em paradigmas éticos, não são suficientes ante ao processo técnico evolutivo da atualidade. No mais, tendo em vista o contexto abordado até aqui, nos sugere que o modo de vida planetário necessita de uma adequação, pois toda a perspectiva que se tem de futuro nos demonstra uma universo danoso à existência humana – ressaltando o contexto do vírus citado acima. caso perpetuem-se as ações vigentes. De fora alguma nós podemos esquecer todos esse período pandêmico ao qual estamos atravessando, e sem dúvidas a educação tem motivos substanciais para interferir de forma agressiva na condução de uma reflexão e disseminação de uma ética que proporcione dias melhores em proporções planetárias.
A concepção atual de ética no prisma geral, alcança inúmeros vertentes da realidade, daquilo que compõe a vida sociopolítica cultural dos homens, permite a formulação de políticas capazes de promover o respeito mútuo, a igualdade, a liberdade, e o combate à segregação. Além disso, também possibilita a crítica ao próprio processo de globalização – a ideia de que, pela formação de uma comunidade planetária, todos teriam acesso aos benefícios advindos das descobertas tecnológicas e científicas. O filme O preço do amanhã (2011), de Andrew Niccol, aborda como o envelhecimento passou a ser controlado para evitar a superpopulação, tornando o tempo a principal moeda de troca para sobreviver e também obter luxos. Assim, os ricos vivem mais que os pobres, que precisam negociar sua existência, normalmente limitada aos 25 anos de vida. O filme trata de alguns dos expoentes promovidos em consequência da mundialização tratada por Morin e as várias contradições por efeito da globalização. No filme o tempo é a moeda de troca, nada muito diferente dos dias contemporâneos.
 Conforme o Dicionário Básico de Filosofia, de Japiassú e Marcondes (1991), a ética está preocupada em “elaborar uma reflexão sobre as razões de se desejar a justiça e a harmonia e sobre os meios de alcançá-la”, em contraponto à moral, que “diz respeito aos costumes, valores e normas de conduta específicos de uma sociedade e cultura”. 
Segundo Barros Filho (2015) na sociedade contemporânea, a moral bastaria para uma convivência social saudável. Não seriam necessárias leis, fiscalização, prisões etc. Isso explica o conceito de ética: a inteligência compartilhada em prol do bem-estar de todos. Segundo Clóvis, quem coloca suas vontades acima dessa convivência, cometendo qualquer tipo de corrupção e desvios morais em troca de vantagens e lucros, deve ganhar a alcunha de “canalha”. O conteúdo abordado acima somente corrobora com a ideia de que o desenvolvimento da alta tecnologia, a evolução dos meios de comunicação, ou o domínio crescente da tecnologia de mídias – que assume um poderoso papel regulador da mente humana – nos impõe novos arquétipos a serem refletidos, o quanto podemos analisar acerca de uma ética abrangente a todos os seres humanos, e o seu valor e relevância na contemporaneidade. Pensar a ética de forma tão ampla, estende os poderes da mente humana à ordens que influenciarão diretamente no convívio social, promovendo maior equidade a todos.
 Segundo Mattar (2010), houve à partir do século XX, uma integração econômica e social entre os países do mundo. A nós, enquanto seres humanos partes dessa atual sociedade contemporânea, compete a responsabilidade de refletir qual mundo queremos usufruir nos anos que ainda nos restam e se vale a pena nos curvarmos ante ao cenário do saber tecnológico em detrimento ao sacrifício de nosso saber filosófico.
 
Referências bibliográficas 
https://abravidro.org.br/punoticias/palestra-de-clovis-de-barros-filho-e-aula-sobre-etica-e-moral/ - acesso em 22/05/2021.
JAPIASSÚ, H.; MARCONDES, D. Dicionário básico de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1991.
MATTAR, J. Introdução à filosofia. São Paulo: Pearson, 2010.
MORIN, E. Educação e complexidade, os sete saberes e outros ensaios. São Paulo: Cortez, 2002.
SCHEIDEL, W. Violência e a história da desigualdade, da Idade da Pedra ao Século XXI. Rio de Janeiro: Zahar, 2020.

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