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Estudo Dirigido de Bioquímica II − Mecanismo de oxidação dos aminoácidos -> a enzima transaminase vai transportar o grupamento amina dos aminoácidos para o alfa-cetoglutarato, dando origem ao glutamato. − Glutamato, esse irá transportar o grupamento amino para o fígado, na mitocôndria, onde a enzima L-glutamato desidrogenase ir[á retirar o grupamento NH3 do glutamato para a formação da uréia. O excesso de amônia gerado em outros tecidos é associado ao glutamato, que é convertido no grupamento amida da glutamina. No músculo, o excesso de NH3 produzido é transferido para o piruvato formando a alanina, uma forma econômica de transportar NH3 do músculo para o fígado. − A diferença entre CAT I e CAT II: A CAT I é responsável por retirar a CoA do palmitoil CoA e adicionar Carnitina. A CAT II é responsável por retirar a carnitina do palmitato-carnitina e adicionar novamente uma CoA, transformando-o em palmitoil CoA novamente. − Beta-oxidação: 1a reação -> oxidação mediada pelo FAD: uma enzima chamada acil-CoA desidrogenase retira dois higrogênios da molécula de palmitoil CoA e entrega para o FAD, que é reduzido a FADH2. O produto formado é o trans-delta2-enoil-CoA. 2a reação -> hidratação: a enoil-CoA hidratase hidrata o enoil-CoA, formando o L-3- hidroxiacil-CoA. 3a reação -> oxidação mediada pelo NAD: a enzima L-3-hidroxiacil-CoA desidrogenase oxida mais uma vez a molécula, com a consequente redução do NAD em NADH, formando o composto 3-cetoacil-CoA. 4a reação -> tiólise: é a quebra propriamente dita da molécula de 16 carbonos, que passa a ter 14 carbonos. Essa reação é catalisada pela tiolase e forma o produto miristoil-CoA (14 carbonos) e acetil-CoA (02 carbonos). O miristoil -CoA passa novamente pela beta oxidação, formando mais uma molécula de acetil-CoA e um composto de 12 carbonos, que passará novamente pela beta oxidação. Esse processo ocorre até que o palmitoil-CoA vire uma sopa de acetil-CoA. − Balanço da beta oxidação: a oxidação do palmitoil-CoA gera 08 oito molécula de acetil-CoA, 07 mléculas de FADH2 e 07 moléculas de NADH + 7H+. − Destino da cetil-CoA formada: vai para o Ciclo de Krebs. Depois de pronta, ela doa seu grupo acetil para o oxaloacetato (4 C), formando o citrato (6 C). Portanto, para a cetil- CoA entrar no Ciclo de Krebs e formar citrato, é preciso que haja muito oxaloacetato disponível. Acetil CoA produzida no fígado não vai para o ciclo de Krebs, porque ele usa oxaloacetato para produzir glicose quando o organismo está em jejum. Então, o acetil-CoA é transformado em corpos cetônicos. − Destino do NADH2 e do FADH: vão para a cadeia transportadora de elétrons para formar ATP. − Formação de Corpos Cetônicos: ocorre na mitocôndria. Dois acetil-CoA se ligam formando o acetoacil-CoA, ligação feita pela beta-ccetatiolase. A enzima HMG-CoA sintase junta o acetoacil-CoA com outro acetil-CoA formando o HMG-CoA. A enzima HMG-CoA liase ai clivar o HMG-CoA, formando acetil-CoA e acetoacetato. A enzima beta-hitroxibutirato hidrogenase reduz o acetoacetato formando betahidroxibutirato e parte do acetoacetato sofre carboxilação espontânea, gerando acetona. O betahidroxibutirato e a acetona são Isabel Titoneli – Pólo Itaperuna altamente solúveis, assim são jogados na corrente sanguínea e levados para os tecidos famintos (músculo cardíaco, esquelético, pulmões e tecido nervoso) que os captam, transformando-os novamente em acetil-CoA, que é lançado para o Ciclo de Krebs. − Degradação dos ácidos graxos insaturados: (ácido oléico) antes de passar pela beta oxidação, a dupla ligação deve ser removida pela enoil-CoA isomerase. − Degradação dos ácidos graxos com número ímpar de carbono: também são oxidados na beta oxidação, porém a única diferença é o produto que eles formam. Por exemplo: um ácido graxo de 15 carbonos formam o siccinil-CoA intermediário do Ciclo de Krebs. − Ciclo da Uréia: o I) Síntese dos carbamoil-fosfato: ocorre a condensação das duas moléculas de amônia com uma molécula de CO2, formando a carbamoil-fosfato. Essa reação é catalisada pela carbamoil-fosfato-sintase I, e gasta dois ATPs. o II) Carbamoil-fosfato + ornitina formam citrolina: a L-ornitina transcarbamoilase transfere o grupo carbamoil fosfato para a ornitina, formando a citrulina. A síntese da citrulina ocorre na mitocôndrina, depois de pronta vai para o cotosol. o III) Citrulina + aspartato formam arginino-succinato: no citosol dos hepatócitos, a arginino-succinato sintase liga o aspartato à citrulina, fornecendo assim o segundo nitrogênio. Essa reação envolve o gasto de um ATP, formando citruil-AMP. o IV) Clivagem do arginino-succinato forma arginina e fumarato: ainda no citosol, a enzima arginino-succinase cliva o arginino-succinato. o V) Clivagem da arginina libera uréia e ornitina: a asginase hepática faz uma clivagem hidrolítica da arginina, liberando a ornitina, que torna a entrar na mitocôndria hepática para participar novamente do Ciclo da Uréia. − Composto formado no Ciclo da Uréia que pode ser usado no Ciclo de Krebs: fumarato e alfa-cetoglutarato − Composto formado no Ciclo de Krebs que pode ser usado no Ciclo da Uréia: aspartato − Fenilcetonúria: distúrbio hereditário no qual a enzima que processa o AA fenilalanina está ausente. Isso acarreta um aumento perigoso da quantidade de fenilalanina no sangue. Normalmente, esse AA é convertido em tirosina e eliminado do organismo, sem a fenilalanina hidroxilase a fenilalanina acumula-se no sangue e é tóxica para o cérebro. Sintomas: náuseas, vômitos, convulsões, comportamento auto-agressivo, odor de rato. Tratamento: consiste em limitar a ingestão de fenilalanina. − Síntese do Palmitato: ocorre no citoplasma. A acetil CoA-carboxilase pendura um CO2 na acetil-CoA, formando a malonil-CoA. Há o consumo de 01 ATP. A AGS possui um grupamento de fosfopantoteína e um de sisteína. O malonil-CoA e o acetil-CoA perdem a CoA, transformando-se em malonato e acetato. O malonato se liga à fosfopantoteína e o acetato (2 C) à sisteína. Em seguida, o acetato se desliga da sisteína, ligando-se ao malonato (3 C). Essa condensação forma um produto de 05 carbonos, ao mesmo tempo ocorre uma Isabel Titoneli – Pólo Itaperuna descearboxilação, formando um produto de 04 carbonos chamado acetoacetil-PCA. Em seguida, uma redutase reduz o acetoacetil-PCA, fornando NADPH e hidroxibutiril-PCA. Ocorre então uma desidratação, formando butenoil-PCA. Logo após ocorre uma nova redução, formando NADPH e butiril-PCA. Esse produto que está ligado à fosfopantoteína se desliga dela e liga-se à sisteína, deixando a fosfopantoteína livre para a entrada de outro malonato. Outro malonato se liga à fosfopantoteína, o butiril-PCA se desliga da sisteína e se liga ao malonato, formando um composto de 07 carbonos, mas, ao mesmo tempo, ocorre uma descarboxilação, formando um produto de 06 carbonos. Ocorre então uma redução, uma desidratação e outra redução. Esse processo ocorre 07 vezes, até formar o palmitato (16 C). − Fonte de NADPH: quando a concentração de citrato na mitocôndria é muito alta, ele acaba vazando e caindo no citoplasma, onde é convertido em acetil-CoA e oxaloacetato pela citrato-liase. O acetil-CoA é convertido em malonil-CoA ou utilizado na primeira reação do complexo AGS. O oxaloacetato é convertido em malato pela malato desidrogenase, que produz NADPH. Apenas esse NADPH não é suficicente, sendo o restante produzido na via das pentoses. − Função da Via das Pentoses: ocorre a oxidação completa da glicose-6-fosfato, formando CO2 e ribulose-5-fosfato, com redução simultânea de NADP em NADPH. Ocorre no tecido adiposo, tireóide, testículos, fígado e glândulas mamárias. 1) fonte de pentose para síntese de ácidos nucleicos; 2) fonte de NADPH extra-miticondrial para síntese de ácidos graxos; 3) Converte exoses em pentoses. − Ramo oxidativo: a glicose-6-fosfato é desviada da via glicolítica e convertida emribulose-5-fosfato através de uma descarboxilação oxidativa. O ramo oxidativo gera 02 moléculas de NADPH para cada molécula de glicose-6P. − Ramo Não-oxidativo: as reações do ramo oxidativo são irreversíveis, ao contrário dessas. Esse ramo começa com a conversão da ribulose-5P em ribose-5P, que é um componente dos nucleotídeos. − Glicogenólise: degradação e glicogênio em glicose ou glicose-1P. Ocorre com maior intensidade no fígado e nos músculos, sendo no fígado o principal estoque de glicogênio. A degradação do glicogênio é feita pela enzima glicogênio-fosforilase, que quebra uma ligação da molécula de glicogênio e remove o resíduo de glicose, formando a glicose-1P. A fosfoglicomutase converte a glicose-1P em glicose-6P. Logo após, nas células do fígado, rim e intestino a enzima glicose-6-fosfatase converte a glicose-6P em glicose. No músculo esquelético não em glicose-6-fosfatase. Teoricamente, a glicogenólise ocorre no músculo esquelético e pode gerar alguma glicose, mas que será imediatamente fosforilada, entrando na via glicolítica para produzir ATP, quando a demanda energética é baixa. − Estoques de glicogênio no fígado e os músculos: nos músculos o glicogênio serve como combustível para a síntese de ATP. E o nível de glicose muscular só diminui com exercício físico, que consome muito ATP. O glicogênio, no fígado, funciona como reserva de glicose para manter a taxa de glicemia. Os níveis de glicogênio hepático variam com a ingestão de alimentos, acumulando altos níveis após a alimentação, e, no jejum de 12 a 18 horas, o fígado torna-se desprovido de glicogênio. − Glicogênese: é uma via que necessita de energia, que é suprida pela UTP. Inicialmente, a exoquinase (no músculo) ou a glicoquinase (no fígado) fosforilam a glicose, transformando-a em glicose-6P. A fosfoglicomutase converte glicose-6P em glicose-1P. A glicose 1P reage com o UTP, formando o UDP-glicose (um doador de glicose), essa é a forma Isabel Titoneli – Pólo Itaperuna ativa da glicose. Na glicogênese, antes de sintetizar um glicogênio, é preciso de um primer (glicogenina) de glicogênio. A UDP-glicose é transferida para hidroxila do carbono 4 do primer de glicogênio. Essa reação é catalisada pela glicogênio sintase. Um enzima chamada ramificadora é responsável por formar as ramificações da nova molécula de glicogênio. − Hormônios: substâncias sintetizadas pelas vias endócrinas e secretadas na circulação em direção a um ou mais tecidos, gerando uma resposta das células. A função dos hormônios, é, juntamente com o sistema nervoso, promover a coordenação das atividades metabólicas. Existem três tipos de hormônios: os peptídeos, que apresentam resíduos de aminoácidos (glucagon); os lipídios (esteróides); e os derivados de aminoácidos (adrenalina). − Mecanismo de ação dos hormônios: para atuar, s hormônios devem interagir com os sítios específicos da célula alvo, os receptores, que devem ter a capacidade de ligar os hormônios com alta especificidade, distinguindo essa molécula entre as outras para assim desencadear a resposta celular. A resposta ao hormônio não depende apenas de um receptor específico, mas também da presença dos sistemas de tradução de sinais hormonais na célula alvo. Tradução de sinal => para que uma célula responda a um determinado hormônio é necessário que a ligação do hormônio ao receptor desencadeie uma série de reações que levem à alteração do metabolismo da célula. Exemplo: os eritrócitos possuem receptores para insulina, mas não apresentam resposta a este hormônio. − Ação de um hormônio pode ser intensificada ou redirecionada: por exemplo, um hormônio pode ser liberado dentro de um sistema de circulação restrito, como o fígado, que recebe mais insulina que os demais tecidos. − Alguns hormônios afetam a expressão gênica: hormônios de natureza apolar, como os esteróides, os da tireóide e a vitamina D, atravessam a membrana da célula por difusão e ligam-se a receptores intracelulares. Essa ligação promove mudanças no receptor, resultando na formação de um complexo ativado com alta afinidade por determinados sítios do DNA, induzindo ou reprimindo a transcrição de genes específicos. − Controles de liberação do glucagon: hipoglicemia, hiperaminoacidemia, baixo nível de ácido graxo. − Pâncreas: glândula de fundamental importância para regulação do metabolismo de macromoléculas. Ele contém um grupo de células especializadas, as ilhotas de Langerhans. Nessas ilhotas existem três tipos de células distintas: as alfa (secretam glucagon); as beta (insulina); e as gama (somatostatina). − Mecanismo de ação do glucagon: ele ativa a proteína cinase, que tem a capacidade de fosforilar outras proteínas. Essa fosforilação pode ativar ou inibir a ação de várias enzimas, entre elas a glicogênio sintase e a acetil-CoA carboxilase, que são inativadas e a síntese de glicogênio e ácido graxo é drasticamente reduzida, e a degradação aumentada. − Glucagon / triacilgliceróis: os triacilglicerois ficam estocados no tecido adiposo. Quando a proteína cinase fosforila a lipase, ativando-a, essa enzima quebra os triacilgliceróis gerando glicerol e ácido graxo, que seguirão pela corrente sanguínea até o fígado ou outro tecido capaz de fazer a beta-oxidação. Isabel Titoneli – Pólo Itaperuna − Adrenalina: é secretada na glândula adrenal. É liberada em resposta a situações de stress psicológico, cansaço físico, jejum prolongado ou hipoglicemia, etc. Essas condições ativam o sistema nervoso simpático. Esse hormônioatua em órgãos periféricos e promovem “reações de fuga”, caracterizadas por dilatação das pupilas, taquicardia, sudorese, tremores e aumento da glicemia. − Efeitos da adrenalina sobre o metabolismo hepático: os efeitos da adrenalina sobre a síntese e a degradação do glicogênio no fígado são muito semelhantes aos já descritos para a ação do glucagon, sendo os dois capazes de aumentar a atividade glicogenolítica hepática. − Efeitos da adrenalina sobre o músculo esquelético: promove a ativação da glicogênio fosforilase muscular através da sua fosforilação. No músculo, a enzima bifuncional PFK-2/F2,6Bpase responde de maneira totalmente inversa à fosforilação promovida pela PKA, ou seja, a PFK-2 está ativa quando a enzima estiver foforilada. − Efeitos da adrenalina sobre o músculo cardíaco: aumento da freqüência cardíaca, aumento da força de contração e, por conseguinte, maior efetividade no bombeamento do sangue, com oxigênio e nutrientes para todo o organismo. Promove um aumento da glicose cardíaca a fim de maximizar a produção de energia para a contração muscular. − Efeitos da adrenalina sobre o tecido adiposo: apresenta importante papel no processo de degradação de triácilgliceróis armazenados. A enzima lipase, sensível a hormônios, pode ser substrato da fosforilação catalisada pela PKA, que promove a ativação da enzima. o resultado final é a liberação do glicerol e de ácidos graxos dos adipócitos para o plasma. − OBS: a adrenalina estimula a lipólise no tecido adiposo, a glicogenólise e a glicólise muscular, além de aumentar as concentrações plasmáticas de glicose, ao estimular a glicogenólise e a gliconeogênese no fígado. − Insulina: hormônio liberado pelas células beta nas ilhotas de Langerhans do pâncreas. É sintetizada como uma forma inativa. A forma ativa do hormônio é transportada pelas vesículas secretórias através do Complexo de Golgi, até a membrana plasmática, onde será exocitada. As células beta secretam quantidades precisas de insulina em resposta a pequenos aumentos da concentração plasmática. O principal estímulo fisiológico para secreção de insulina é a glicose. − Efeitos da Insulina sobre a captação de glicose: um dos principais promovidos pela PI3K é o aumento da captação de glicose por determinadas células, principalmente células musculares e do tecido adiposo. Isso evita a hiperglicemia. − Outros feitos da insulina no metabolismo:− No fígado: ativação da glicólise e inibição da gliconeogênese; ativação da síntese de glicogênio e inibiçao da sua degradação; ativação da síntese de ácidos graxos; ativação da via das pentoses. − No músculo: aumento da captação de glicose; ativação da síntese de glicogênio e inibição de sua degradação. − No tecido adiposo: aumento da captação de glicose; ativação da síntese de ácidos graxos; ativação da via das pentoses. Todos resultam em uma maior utilização de glicose. Isabel Titoneli – Pólo Itaperuna − Glicocoricóides: são secretados pelo córtex da glândula adrenal, em resposta ao aumento dos níveis sanguíneos de ACTH. São sintetizados a partir do colesterol (cortisol e corticosterona). Podem interferir na expressão de importantes enzimas relacionadas ao metabolismo dos aminoácidos, como as transaminases. O resultado de sua ação é, principalmente, o aumento da produção de glicose pelo fígado, especialmente a partir de aminoácidos provenientes da degradação de proteínas musculares. Isabel Titoneli – Pólo Itaperuna
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