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ESTÁCIO DE SÁ ANTROPOLOGIA E EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL Profª Elaine da Silva Santos, MSc. Transição Nutricional e Hábitos Alimentares Regionais do Brasil Cenário Alimentar/Nutricional BATISTA FILHO, M.; RISSIN, A. A transição nutricional no Brasil: tendências regionais e temporais. Caderno de Saúde Pública: Rio de Janeiro, n.19 (Sup.1), p.181-91, 2003.. • Primeiro cenário da problemática alimentar/nutricional do país • Josué de Castro: livro Geografia da Fome (1946) • Trabalho pioneiro em consolidar e sistematizar informações sobre a situação alimentar e nutricional do Brasil • Referencial relativamente seguro sobre necessidades nutricionais, valor nutritivo dos alimentos e estimativas de adequação da dieta consumida • Não haviam indicadores antropométricos, clínicos e bioquímicos devidamente padronizados para a avaliação do estado nutricional em escala epidemiológica Josué de Castro considerou o Brasil regionalizado em 4 grandes espaços: • 2 de fome endêmica (Amazônia e zona da mata do Nordeste) • 1 de fome epidêmica (Nordeste semi-árido) e • 1 de subnutrição ou de fome oculta (Centro-sul) • Considerava como áreas de fome: • “Onde mais da metade da população apresentava permanentemente (caráter endêmico) ou periodicamente (caráter epidêmico, comum nos ciclos de seca do Nordeste), evidências de alimentação insuficiente ou manifestações orgânicas de deficiências nutricionais” (CASTRO, 1992 apud BATISTA FILHO; RISSIN, 2003) BATISTA FILHO, M.; RISSIN, A. A transição nutricional no Brasil: tendências regionais e temporais. Caderno de Saúde Pública: Rio de Janeiro, n.19 (Sup.1), p.181-91, 2003.. Cenário Alimentar/Nutricional • Estudos: • Estudo Nacional sobre Despesas Familiares (ENDEF) (1974-75) • Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição(PNSN) (1989) • Pesquisa sobre Padrões de Vida (PPV) (1997) • Estes estudos permitiram: • Avaliar a magnitude dos agravos nutricionais • Mapear alguns dos seus principais determinantes • Estudar a tendência dos problemas nutricionais KAC, G.; VELÁSQUEZ-MELÉNDEZ, G. Editorial. Caderno de Saúde Pública: Rio de Janeiro, n.19 (Sup.1), p.4-5, 2003. Cenário Alimentar/Nutricional BATISTA FILHO, M.; RISSIN, A. A transição nutricional no Brasil: tendências regionais e temporais. Caderno de Saúde Pública: Rio de Janeiro, n.19 (Sup.1), p.181-91, 2003.. Cenário Alimentar/Nutricional - ↑Obesidade BATISTA FILHO, M.; RISSIN, A. A transição nutricional no Brasil: tendências regionais e temporais. Caderno de Saúde Pública: Rio de Janeiro, n.19 (Sup.1), p.181-91, 2003.. ↓Bócio • Sal iodado Cenário Alimentar/Nutricional ↑Sobrepeso e Obesidade ↑Anemia ↓ Déficit Est. Urbano ↓ Déficit Est. Rural Transição Nutricional BATISTA FILHO, M.; RISSIN, A. A transição nutricional no Brasil: tendências regionais e temporais. Caderno de Saúde Pública: Rio de Janeiro, n.19 (Sup.1), p.181-91, 2003 KAC, G.; VELÁSQUEZ-MELÉNDEZ, G. Editorial. Caderno de Saúde Pública: Rio de Janeiro, n.19 (Sup.1), p.4-5, 2003. • Verificada a transição nutricional: • Rápido declínio da prevalência de desnutrição em crianças • Elevação acelerada da prevalência de sobrepeso/obesidade em adultos (BATISTA FILHO; RISSIN, 2003) • A obesidade associada cardiovasculares, câncer a alta incidência de doenças e diabetes: novo perfil de morbimortalidade das populações (KAC; VELÁSQUEZ-MELÉNDEZ, 2003) • Três estudos transversais realizados nas décadas de 70, 80 e 90 • Foi confirmada a crescente magnitude da obesidade em crianças, adolescentes, adultos e mulheres em idade reprodutiva • Determinantes: • Estilo de vida sedentário • Consumo de dietas inadequadas • Ausência de intervenções de apoio governamental com a implementação de ações de prevenção e combate à obesidade KAC, G.; VELÁSQUEZ-MELÉNDEZ, G. Editorial. Caderno de Saúde Pública: Rio de Janeiro, n.19 (Sup.1), p.4-5, 2003. Transição Nutricional KAC, G.; VELÁSQUEZ-MELÉNDEZ, G. Editorial. Caderno de Saúde Pública: Rio de Janeiro, n.19 (Sup.1), p.4-5, 2003. “Fenômeno no qual ocorre uma inversão nos padrões de distribuição dos problemas nutricionais de uma dada população no tempo, ou seja, uma mudança na magnitude e no risco atribuível de agravos associados ao padrão de determinação de doenças atribuídas ao atraso e à modernidade, sendo em geral, uma passagem da desnutrição para a obesidade” (KAC; VELÁSQUEZ-MELÉNDEZ, 2003). Transição Nutricional • Norte • Nordeste • Centro-Oeste • Sudeste • Sul • Influências internacionais Hábitos Alimentares Regionais do Brasil Norte Influências: portuguesa, francesa, indígena e africana • Peixes de rio: tucunaré, pirarucu, tambaqui, filhote, pescadas branca e amarela, pratiqueira... • Camarão regional • Carne de sol • Macaxeira (maniva, tucupi, farinha, polvilho, tapioca) • Feijão, arroz branco • Temperos: coentro, louro, chicória, jambu, pimenta-do-reino, salsinha, cebolinha, urucum, sal, alho, azeite-de-dendê, manteiga, toucinho • Frutas: açaí, cupuaçú, guaraná, taperebá, bacuri, manga, jaca Hábitos Alimentares Regionais do Brasil Norte • Pato no tucupi • Maniçoba • Tacacá • Feijão tropeiro • Moqueca de pirarucu • Feijoada • Vatapá • Carne de sol com macaxeira • Bobó de camarão • Caldeirada • Doces: bolo podre, taça festiva, tortas, cremes, sorvetes e geléias de fruta (cupuaçú, bacuri, açaí...) • Bebida: gengibirra (cachaça com gengibre) Nordeste Influências: portuguesa, francesa, indígena e africana • Camarão • Carne de sol • Macaxeira (tapioca, beiju, farinha) • Batata doce • Feijão, arroz branco • Temperos: pimentas variadas, salsinha, cebolinha, louro, urucum, sal, alho, azeite-de-dendê, leite de coco • Frutas: cacau, carambola, caju, coco, pitanga, manga, acerola, banana da terra • Cana-de-açúcar, rapadura Hábitos Alimentares Regionais do Brasil Nordeste • Buchada de bode • Carneiro assado • Acarajé, caruru, vatapá • Xinxim de frango, galinha caipira • Sarapatel • Bobó de camarão, moqueca de peixe e mariscos • Feijoada • Quibebe, baião-de-dois, farofa de dendê • Doces: cuscuz, mungunzá, pamonha, tapioca, canjica, bolo de milho, cocada • Bebidas: licor e suco de cacau, quentão (cachaça com gengibre) Centro-Oeste Influências: portuguesa e africana • Carne de porco (lombo, costelinha, pernil) • Caça: paca, veado, capivara, jacaré • Carne seca • Peixes, piranha • Macaxeira • Pequi, milho verde, quiabo, couve • Temperos: pimenta-de-cheiro, colorau, guaraná • Doce-de-leite, pé-de-moleque Hábitos Alimentares Regionais do Brasil Centro-Oeste • Arroz com pequi e galinhada • Moqueca de jacaré • Peixe na telha, mojica de pintado • Caldo de piranha • Leitoa a pururuca • Empadão • Maria Isabel (carreteiro) • Paçoca (carne seca com farinha de mandioca) • Carne com banana verde, abóbora com carne-seca • Tutu de feijão, mandioca frita • Doces: pamonha, bolo de arroz, ambrosia, bolo de macaxeira, cocada • Bebida: leite de onça Sudeste • Influências: – portuguesa, africana, indígena, francesa – italiana, japonesa, chinesa, espanhola, alemã, árabe – baiana • Bacalhau, peixes • Carne bovina • Porco • Galinha • Massas • Milho, aipim, feijão, banana-da-terra • Doce: rapadura • Bebida: pinga Hábitos Alimentares Regionais do Brasil Sudeste • Moqueca capixaba • Feijoada carioca, feijão tropeiro, mocotó, dobradinha com feijão branco • Cozido, galinhada • Leitão a pururuca, torresmo • Churrasco, bife à cavalo, filé com fritas, vaca atolada • Pizzas salgadas e doces, massas • Sushi e sashimi, frango xadrez, pastel • Quibes e esfihas • Caldo verde, quibebe, canjiquinha mineira, pão de queijo, tutu de feijão, angu • Doces: geléias, compotas, brevidades, queijadinha, pé-de- moleque, doce de leite • Bebida: batidas, caipirinha Sul • Influências: – portuguesa, africana, indígena – italiana, espanhola, alemã, polonesa • Charque, boi, porco, presunto • Peixes (bacalhau, tainha), camarão, marisco, ostra • Feijão, arroz, milho, aipim, batata, trigo, couve, repolho, cebola, leite e derivados, coalhada, soja, pinhão • Frutas: laranja, pêssego,ameixa, maçã, pêra, marmelo, limão, uva, banana, frutas secas • Doces: geléias, mel, cana-de-açúcar • Bebidas: chimarrão, cerveja, vinho Hábitos Alimentares Regionais do Brasil Sul • Barreado • Porco no rolete • Carneiro no buraco • Churrasco, carreteiro • Pintado na telha, tainha assada, pirão de peixe • Sequência de camarão • Marreco com repolho roxo, galinhada • Dobradinha • Chucrute, salames, polenta • Doces: ambrosia, broa de milho, foundie, pudim de leite Influências Internacionais • Bacalhau português • Espaguete italiano • Quiche francesa • Strudel alemão • Paella espanhola • Sushi japonês • Frango com amendoim chinês Hábitos Alimentares Regionais do Brasil • As refeições são celebrações da vida • Espaguete, lasanha, nhoque, pizza, parmesão, panetone, carpaccio, capuccino, cassata, almôndegas, capelete, polenta, torta de maçã... • Refeição de domingo: Macarronada (molho por horas no fogo, desde o dia anterior), pasta “ao dente”, crostini (pão torrrado com azeite), berinjela, salada verde, carne assada, vinho, pão e gorgonzola Cozinha Italiana História dos colonizadores italianos • Partiram de suas terras fugidos da fome, do desemprego, de uma economia em crise. • Foram 20 anos de êxodo italiano, iniciou em 1872. Foram valentes, vieram para o Brasil com a cara, a coragem e alguns pertences na mala • Alguns foram para o Sul: fundaram Nova Trento, Nova Veneza, Nova Itália... Cultivaram trigo (pão, massas), milho (polenta) e uvas (vinho) • Em São Paulo, com a crise do café e o fim da escravatura, os italianos trabalharam na lavoura plantando feijão e milho. Os bairros Brás, Bixiga e Bom Retiro foram colônias • Em 1908, já tinham escolas que ensinavam italiano, associações, times de futebol, jornais • Nas festas populares, os imigrantes festejavam seus santos, em torno da mesa: pimentões e berinjelas em conservas, pizzas, frios apimentados, queijos, lingüíças, massas ao sugo, pão crocante com azeite e sal, vinho e muita música!! Cozinha Portuguesa • Tudo é pretexto para reunir a família e amigos e comemorar com comes e bebes • Canja, caldo verde, bolinho de bacalhau, cozido, ambrosia, baba-de-moça, pão-de-ló, rabanadas, pudim de claras, figos em calda, papos-de-anjo... • Feijoada, bacalhoada ou churrasco • Festas juninas: São Antônio, São Pedro, São João História dos colonizadores portugueses • Cabral foi mandado em viagem ao Novo Mundo muito menos por seus dotes na arte de navegar e muito mais por sua habilidade em negociar • Quando chegou aqui, encontrou os índios. Ofereceu a eles: pão, peixe cozido, figo seco, mel, confeitos e farte (bolo recheado de creme) • A idéia dele era conquistá-los pela barriga, mas eles mal tocaram na comida • No dia seguinte, tentou novamente e ofertou pernil de porco cozido, arroz e o néctar dos deuses, um bom vinho português. Foi um sucesso!! • Cabral logo percebeu a oportunidade de negócio lucrativo, ao encontrar o pau-brasil e a possibilidade de plantar cana-de-açúcar nesta Terra de Santa Cruz • Para sua alimentação, não faltavam peixes, mas o que não havia aqui eles foram trazendo: bois, ovelhas, porcos, galinhas, patos, figo, romã, laranja, limão e lima • Plantaram nas praias, coqueiros. Semearam arroz, melancia e melão; na horta, abóbora, gengibre, mostarda, hortelã, manjericão, cebola, alho, berinjela, cenoura e acelga • O azeite, a azeitona, o queijo, a farinha vinham do reino • Os portugueses trouxeram também o paladar adoçado pela nobre arte da doçaria, desenvolvida com requinte nas casas nobres e nos conventos. • As freiras ... • Herança africana, as negras (ao cozinharem para suas Sinhás) substituíram às receitas da doçaria as frutas da terra: amendoim, abacaxi, mangaba, goiaba, maracujá, que substituíam as maçãs, pêras, pêssegos, figos e marmelos portugueses. E no salgado: azeite de dendê, camarão seco, pimenta-malagueta, inhame, leite de coco • A contribuição indígena: milho (pamonha, canjica), beiju, mingau de tapioca, farinha de mandioca, mingau de carimã. Uso dos temperos: hortelã, erva-doce, cravo-da-índia, canela e alecrim • Costume português: sopa no jantar • A mistura das 3 raças: sopa, pescada com molho de tomates, arroz branco, repolho, frango assado com batatas, lombo de porco com farofa, doce de leite, compota de laranja e figos cristalizados, pão e vinho Cozinha Francesa • Alta cozinha, refinamento no preparo e no serviço dos pratos. • A refeição é um ritual de excelência do paladar, da convivência e da elegância. • Ingredientes franceses: ostras, crepes, queijos (Cammbert, Brie, Roquefort...), trufas (fungos), fois gras (fígado gordo) de ganso e de pato, conservas feitas de aves (confits). Herbes de Provence (ervas aromáticas), peixes do Mediterrâneo, cassoulet (cozido de feijão branco com carnes de porcos e aves), quenelles (bolinhos de peixe), chucrutes, embutidos, vinhos, champanhe • Histórico: a mesa francesa era simples até o casamento da italiana Catarina de Médici com o rei da França Henrique II, meados de 1550 • A italiana levou as louças, porcelanas, talheres, regras de etiqueta e cozinheiros • A contribuição continuou pelas saladas, alcachofras, sorvetes • Em 1808, com a vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil, trouxeram os costumes da época, que elegante era falar e comer francês. Em 15/10/1889, nas bodas de prata do conde d’Eu e da princesa Isabel foi servido buffet. Os pratos variados descritos em francês: peru recheado com farofa, bolo de mandioca • Ao final do século XIX, houve uma disseminação de restaurantes franceses,o que contribuiu para divulgar uma cultura gastronômica. • A República, proclamada em 1889, que inaugurou no Brasil o regime de banquetes oficiais. O banquete é herança francesa, também seus cardápios, em francês. Muitos termos franceses ligados à gastronomia foram incorporados à língua portuguesa falada no Brasil: restaurante, maître, menu, chef de cozinha, além de pratos: suflê, musse, crepe, omelete, maionese... Colonização iniciou em 1818 Cidades: Joinville e Blumenau Festa: Oktoberfest – canto, dança, cerveja e comidas típicas • A miscigenação de sua gastronomia não foi tão forte • Salsichas, lingüiças, hamburguer, cerveja, pão preto de centeio, mostarda, picles, frios variados, cozido de porco (joelho, costeletas), chucrute, sopas densas (aveia, legumes, nhoque), batata • Peixes: arenque, truta, salmão; crustáceos. • Hábito de colocar ingredientes doces nos pratos salgados (pelo menos o açúcar) • Geléias de frutas, purê de maçã ou ameixa, em pratos de porco, pato, faisão, ganso Cozinha Alemã • Em 1818, 2 colônias alemãs fixaram-se no sul da Bahia e 1 no Rio de Janeiro • Para garantir a Independência, em 1822 Dom Pedro I trouxe às escondidas militares alemães, aqui registrados como colonos • No RS foi criado São Leopoldo e até 1859 mais 24 colônias, criando Pelotas, Rio Pardo e Montenegro • Em SC, em 1850, foram fundadas a cidade de Blumenau e a colônia Dona Francisca (1867: município Joinville) • PR, ES, MG, SP: trabalharam nas fazendas de café, substituindo os negros • Entre 1818 e 1976: 310 mil imigrantes • Doces: pâtisserie – tortas de massas finas e delicadas com creme. Strudel, torta de ricota, cucas, torta de nozes, tortas de frutas frescas, sonhos, bolo de mel, pães (stollen), bolos de chocolate (Floresta Negra) • Panquecas de batata, lombo de porco com ameixas, costeletas defumadas, pato assado com repolho roxo, purê de batatas, vitela com bacon Cozinha Espanhola • Dança flamenca, toureiros, artistas Picasso e Gaudí • Paellas, chouriços, azeitonas, presunto curado • A miscigenação de sua gastronomia não foi tão forte. • Em 1884, iniciou a imigração, para SP, BA. Trabalharam nas fazendas de café, substituindo os negros • Em 1920, 219 mil, sendo 80% em SP. Nos anos 30, já eram donos da maioria das lojas de alimentos (confeitarias, padarias, armazéns e bares) • A comida típica espanhola é resultadoda influência de muitos países e culturas diferentes (gregos, fenícios, cartagineses, romanos, árabes, judeus...) que se sucederam pela península Ibérica • Usa e abusa de sabores quentes: pimentão e açafrão • Azeite de oliva e alho são os ingredientes mais característicos. Uso do azeite de oliva como tempero, como agente das frituras e dos cozidos. O alho nas frituras, como tempero nos embutidos e conservas de frutos do mar • Grelhados de pescados, lulas, camarões e outros frutos do mar, aromatizados com azeite e alho • Vinhos, sangria • Povo guloso e instintivo à mesa, só poderia produzir uma cozinha farta e simples. Simples mas diversificada • Arroz, carnes de porco e aves, carne bovina, batatas, carneiro, ervilhas, peixes e frutos do mar • Bacalhau, fabada (favas, lingüíça e carne de porco), sidra • Vinhos. Pão com tomate. Pratos com frutos do mar. Paella. Frituras de pescados, presunto crú, gazpacho (sopa fria de azeite, tomate e pimentões), carneiros, cordeiros, leitões • Por todo litoral brasileiro, os restaurantes de frutos do mar, mesmo não sendo espanhóis, costumam servir paella Cozinha Japonesa • A imigração iniciou em 18 de junho de 1908, quando aportou em Santos o primeiro barco vindo do Japão • Vieram para trabalhar nas fazendas de café em SP • A comida gordurosa e temperada não foi bem aceita pelos japoneses • Dedicaram-se a culturas de café, algodão e arroz, legumes, verduras, frutas e avicultura. Trouxeram mais de 30 novas culturas: caqui, pimenta-do-reino, chá preto... • Até os anos 60, estas plantações estavam em SP, PR, RJ e na Amazônia • Hoje estão espalhadas em todo país • Hoje o Brasil sede a maior comunidade japonesa fora do Japão • SP: bairro Liberdade • Os produtos alimentícios: desde lascas de peixe seco (necessário para o caldo básico das sopas) até apetrechos para fazer o sushi, hashi (pauzinhos) • A cozinha japonesa é especialmente cativante por seu preparo, seus sabores e sua apresentação • O peixe cru é raro na mesa cotidiana, usam-se muito peixes secos, nos temperos e caldos • Os legumes são talhados em pequenos formatos e preparados em cozidos ou conservas • Arroz (cereal básico da alimentação), molho de soja (shoyu) e pasta de soja (missô), raiz forte, pastel, doce de feijão, sushi, sashimi, frango agridoce, porco empanado, carne bovina e frutos do mar com legumes. • Refeição japonesa: 5 pratos – sopa, cozido, grelhado, guarnições de legumes e arroz • Bebida principal: chá • Bebida alcoólica: saquê (fermentado de arroz) • No almoço: arroz, ovo cru, algas, conserva e sopa de missô • Cerimônia do chá (chanoyu): ritual, vestes, louças, cumprimentos, refeição leve antes do chá. Simboliza paz e despojamento • Os pratos e ingredientes japoneses são plenos de significados simbólicos, não somente nutritivos • Um fio de macarrão: continuidade da vida, prosperidade da família • Os ingredientes são manipulados respeitando sua individualidade, resguardada por temperos sutis • Bela apresentação • Prova de que a comida pode não somente sustentar o corpo e emocionar o paladar, mas também alimentar o espírito Cozinha Chinesa • Em 1810 chegou a primeira leva de imigrantes, no RJ, trabalharam na lavoura do chá • Em 1949, a partir da revolução comunista, teve uma outra importante imigração: agora chineses com algum dinheiro que formaram negócios aqui • Nos anos 60, outra, desta vez profissionais (professores, engenheiros, cientistas, intelectuais...) • A maioria foi para SP. Onde hoje abriga 80% dos 100 mil radicados no país. • A culinária chinesa é considerada uma das três mais importantes do mundo, juntamente com a culinária da França e da Itália, países onde os prazeres da mesa são quase sagrados • O momento cotidiano de descontração é a hora das refeições. Cabe às mulheres a sagrada tarefa de preparar os alimentos • Os homens, são servidos primeiro, cabendo então às mulheres o direito de após terminarem seus afazeres poderem provar suas iguarias • Rolinhos à primavera (massa fina crocante com carne e legumes), • Frango xadrez (com amendoim, pimentão e cebolinha), • Porco agridoce • Shop suey (macarrão com legumes e carnes) • Porcos, galinhas, carneiros, búfalos, patos. Pato de Pequim, servido com panquecas • Arroz, ervilhas, soja • Bebida alcoólica: Chemsu (fermentado de arroz) • Panela: wok e panelas de bambu e madeira para alimentos cozidos no vapor. Uso dos hashis e porcelanas • Contrastes: macio e crocante, frio e quente, doce e azedo. • Iguarias: barbatanas de tubarão, ninhos de andorinha, sopa de tartaruga, ovos de mil anos (enterrados por 100 dias), porco, tofu (queijo de soja), macarrão (feito de trigo ou arroz), brotos • Macarrão, sorvete, medicina oriental, acupuntura, artes marciais, pastelaria: heranças deste povo Transição Nutricional e Cenário Alimentar/Nutricional Cenário Alimentar/Nutricional Cenário Alimentar/Nutricional Cenário Alimentar/Nutricional - ↑Obesidade Cenário Alimentar/Nutricional Transição Nutricional Transição Nutricional Transição Nutricional Hábitos Alimentares Regionais do Brasil Norte Norte Nordeste Nordeste Centro-Oeste Centro-Oeste Sudeste Sudeste Sul Sul Influências Internacionais Cozinha Italiana História dos colonizadores italianos Slide Number 24 Cozinha Portuguesa História dos colonizadores portugueses Slide Number 27 Slide Number 28 Cozinha Francesa Slide Number 30 Slide Number 31 Cozinha Alemã Slide Number 33 Slide Number 34 Cozinha Espanhola Slide Number 36 Slide Number 37 Cozinha Japonesa Slide Number 39 Slide Number 40 Slide Number 41 Cozinha Chinesa Slide Number 43 Slide Number 44
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