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AULA ANTROPOLOGIA TRANSIÇÃO NUTRICIONAL E CULINÁRIAS REGIONAIS E INTERNACIONAIS

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ESTÁCIO DE SÁ
ANTROPOLOGIA E EDUCAÇÃO ALIMENTAR E 
NUTRICIONAL
Profª Elaine da Silva Santos, MSc.
Transição Nutricional e
Hábitos Alimentares Regionais do Brasil
Cenário Alimentar/Nutricional
BATISTA FILHO, M.; RISSIN, A. A transição nutricional no Brasil: tendências regionais e temporais. Caderno de Saúde Pública: Rio de 
Janeiro, n.19 (Sup.1), p.181-91, 2003..
• Primeiro cenário da problemática alimentar/nutricional do país
• Josué de Castro: livro Geografia da Fome (1946)
• Trabalho pioneiro em consolidar e sistematizar informações sobre
a situação alimentar e nutricional do Brasil
• Referencial relativamente seguro sobre necessidades nutricionais,
valor nutritivo dos alimentos e estimativas de adequação da dieta
consumida
• Não haviam indicadores antropométricos, clínicos e bioquímicos
devidamente padronizados para a avaliação do estado nutricional
em escala epidemiológica
Josué de Castro considerou o Brasil regionalizado em 4 grandes 
espaços:
• 2 de fome endêmica (Amazônia e zona da mata do Nordeste)
• 1 de fome epidêmica (Nordeste semi-árido) e
• 1 de subnutrição ou de fome oculta (Centro-sul)
• Considerava como áreas de fome:
• “Onde mais da metade da população apresentava permanentemente
(caráter endêmico) ou periodicamente (caráter epidêmico, comum
nos ciclos de seca do Nordeste), evidências de alimentação
insuficiente ou manifestações orgânicas de deficiências nutricionais”
(CASTRO, 1992 apud BATISTA FILHO; RISSIN, 2003)
BATISTA FILHO, M.; RISSIN, A. A transição nutricional no Brasil: tendências regionais e temporais. Caderno de Saúde Pública: Rio de 
Janeiro, n.19 (Sup.1), p.181-91, 2003..
Cenário Alimentar/Nutricional
• Estudos:
• Estudo Nacional sobre Despesas Familiares (ENDEF) (1974-75)
• Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição(PNSN) (1989)
• Pesquisa sobre Padrões de Vida (PPV) (1997)
• Estes estudos permitiram:
• Avaliar a magnitude dos agravos nutricionais
• Mapear alguns dos seus principais determinantes
• Estudar a tendência dos problemas nutricionais
KAC, G.; VELÁSQUEZ-MELÉNDEZ, G. Editorial. Caderno de Saúde Pública: Rio de Janeiro, n.19 (Sup.1), p.4-5, 2003.
Cenário Alimentar/Nutricional
BATISTA FILHO, M.; RISSIN, A. A transição nutricional no Brasil: tendências regionais e temporais. Caderno de Saúde Pública: Rio de 
Janeiro, n.19 (Sup.1), p.181-91, 2003..
Cenário Alimentar/Nutricional - ↑Obesidade
BATISTA FILHO, M.; RISSIN, A. A transição nutricional no Brasil: tendências regionais e temporais. Caderno de Saúde Pública: Rio de 
Janeiro, n.19 (Sup.1), p.181-91, 2003..
↓Bócio
• Sal iodado
Cenário Alimentar/Nutricional
↑Sobrepeso e
Obesidade
↑Anemia
↓ Déficit Est. Urbano
↓ Déficit Est. Rural
Transição Nutricional
BATISTA FILHO, M.; RISSIN, A. A transição nutricional no Brasil: tendências regionais e temporais. Caderno de Saúde Pública: Rio de
Janeiro, n.19 (Sup.1), p.181-91, 2003
KAC, G.; VELÁSQUEZ-MELÉNDEZ, G. Editorial. Caderno de Saúde Pública: Rio de Janeiro, n.19 (Sup.1), p.4-5, 2003.
• Verificada a transição nutricional:
• Rápido declínio da prevalência de desnutrição em crianças
• Elevação acelerada da prevalência de sobrepeso/obesidade 
em adultos (BATISTA FILHO; RISSIN, 2003)
• A obesidade associada 
cardiovasculares, câncer
a alta incidência de doenças 
e diabetes: novo perfil de
morbimortalidade das populações (KAC; VELÁSQUEZ-MELÉNDEZ, 2003)
• Três estudos transversais realizados nas décadas de 70, 80 e 90
• Foi confirmada a crescente magnitude da obesidade em crianças,
adolescentes, adultos e mulheres em idade reprodutiva
• Determinantes:
• Estilo de vida sedentário
• Consumo de dietas inadequadas
• Ausência de intervenções de apoio governamental com a
implementação de ações de prevenção e combate à obesidade
KAC, G.; VELÁSQUEZ-MELÉNDEZ, G. Editorial. Caderno de Saúde Pública: Rio de Janeiro, n.19 (Sup.1), p.4-5, 2003.
Transição Nutricional
KAC, G.; VELÁSQUEZ-MELÉNDEZ, G. Editorial. Caderno de Saúde Pública: Rio de Janeiro, n.19 (Sup.1), p.4-5, 2003.
“Fenômeno no qual ocorre uma inversão nos padrões de
distribuição dos problemas nutricionais de uma dada população no
tempo, ou seja, uma mudança na magnitude e no risco atribuível
de agravos associados ao padrão de determinação de doenças
atribuídas ao atraso e à modernidade, sendo em geral, uma
passagem da desnutrição para a obesidade” (KAC; VELÁSQUEZ-MELÉNDEZ, 2003).
Transição Nutricional
• Norte
• Nordeste
• Centro-Oeste
• Sudeste
• Sul
• Influências 
internacionais
Hábitos Alimentares Regionais do Brasil
Norte
Influências: portuguesa, francesa, indígena e africana
• Peixes de rio: tucunaré, pirarucu, tambaqui, filhote, pescadas 
branca e amarela, pratiqueira...
• Camarão regional
• Carne de sol
• Macaxeira (maniva, tucupi, farinha, polvilho, tapioca)
• Feijão, arroz branco
• Temperos: coentro, louro, chicória, jambu, pimenta-do-reino, 
salsinha, cebolinha, urucum, sal, alho, azeite-de-dendê, 
manteiga, toucinho
• Frutas: açaí, cupuaçú, guaraná, taperebá, bacuri, manga, jaca
Hábitos Alimentares Regionais do Brasil
Norte
• Pato no tucupi
• Maniçoba
• Tacacá
• Feijão tropeiro
• Moqueca de pirarucu
• Feijoada
• Vatapá
• Carne de sol com macaxeira
• Bobó de camarão
• Caldeirada
• Doces: bolo podre, taça festiva, tortas, cremes, sorvetes e 
geléias de fruta (cupuaçú, bacuri, açaí...)
• Bebida: gengibirra (cachaça com gengibre)
Nordeste
Influências: portuguesa, francesa, indígena e africana
• Camarão
• Carne de sol
• Macaxeira (tapioca, beiju, farinha)
• Batata doce
• Feijão, arroz branco
• Temperos: pimentas variadas, salsinha, cebolinha, louro,
urucum, sal, alho, azeite-de-dendê, leite de coco
• Frutas: cacau, carambola, caju, coco, pitanga, manga, 
acerola, banana da terra
• Cana-de-açúcar, rapadura
Hábitos Alimentares Regionais do Brasil
Nordeste
• Buchada de bode
• Carneiro assado
• Acarajé, caruru, vatapá
• Xinxim de frango, galinha caipira
• Sarapatel
• Bobó de camarão, moqueca de peixe e mariscos
• Feijoada
• Quibebe, baião-de-dois, farofa de dendê
• Doces: cuscuz, mungunzá, pamonha, tapioca, canjica, bolo
de milho, cocada
• Bebidas: licor e suco de cacau, quentão (cachaça com 
gengibre)
Centro-Oeste
Influências: portuguesa e africana
• Carne de porco (lombo, costelinha, pernil)
• Caça: paca, veado, capivara, jacaré
• Carne seca
• Peixes, piranha
• Macaxeira
• Pequi, milho verde, quiabo, couve
• Temperos: pimenta-de-cheiro, colorau, guaraná
• Doce-de-leite, pé-de-moleque
Hábitos Alimentares Regionais do Brasil
Centro-Oeste
• Arroz com pequi e galinhada
• Moqueca de jacaré
• Peixe na telha, mojica de pintado
• Caldo de piranha
• Leitoa a pururuca
• Empadão
• Maria Isabel (carreteiro)
• Paçoca (carne seca com farinha de mandioca)
• Carne com banana verde, abóbora com carne-seca
• Tutu de feijão, mandioca frita
• Doces: pamonha, bolo de arroz, ambrosia, bolo de
macaxeira, cocada
• Bebida: leite de onça
Sudeste
• Influências:
– portuguesa, africana, indígena, francesa
– italiana, japonesa, chinesa, espanhola, alemã, árabe
– baiana
• Bacalhau, peixes
• Carne bovina
• Porco
• Galinha
• Massas
• Milho, aipim, feijão, banana-da-terra
• Doce: rapadura
• Bebida: pinga
Hábitos Alimentares Regionais do Brasil
Sudeste
• Moqueca capixaba
• Feijoada carioca, feijão tropeiro, mocotó, dobradinha com feijão 
branco
• Cozido, galinhada
• Leitão a pururuca, torresmo
• Churrasco, bife à cavalo, filé com fritas, vaca atolada
• Pizzas salgadas e doces, massas
• Sushi e sashimi, frango xadrez, pastel
• Quibes e esfihas
• Caldo verde, quibebe, canjiquinha mineira, pão de queijo, tutu 
de feijão, angu
• Doces: geléias, compotas, brevidades, queijadinha, pé-de-
moleque, doce de leite
• Bebida: batidas, caipirinha
Sul
• Influências:
– portuguesa, africana, indígena
– italiana, espanhola, alemã, polonesa
• Charque, boi, porco, presunto
• Peixes (bacalhau, tainha), camarão, marisco, ostra
• Feijão, arroz, milho, aipim, batata, trigo, couve, repolho, 
cebola, leite e derivados, coalhada, soja, pinhão
• Frutas: laranja, pêssego,ameixa, maçã, pêra, marmelo,
limão, uva, banana, frutas secas
• Doces: geléias, mel, cana-de-açúcar
• Bebidas: chimarrão, cerveja, vinho
Hábitos Alimentares Regionais do Brasil
Sul
• Barreado
• Porco no rolete
• Carneiro no buraco
• Churrasco, carreteiro
• Pintado na telha, tainha assada, pirão de peixe
• Sequência de camarão
• Marreco com repolho roxo, galinhada
• Dobradinha
• Chucrute, salames, polenta
• Doces: ambrosia, broa de milho, foundie, pudim de leite
Influências Internacionais
• Bacalhau português
• Espaguete italiano
• Quiche francesa
• Strudel alemão
• Paella espanhola
• Sushi japonês
• Frango com amendoim chinês
Hábitos Alimentares Regionais do Brasil
• As refeições são celebrações da vida
• Espaguete, lasanha, nhoque, pizza, parmesão, panetone, 
carpaccio, capuccino, cassata, almôndegas, capelete, 
polenta, torta de maçã...
• Refeição de domingo:
Macarronada (molho por horas no fogo, desde o dia
anterior), pasta “ao dente”, crostini (pão torrrado com 
azeite), berinjela, salada verde, carne assada, vinho, pão 
e gorgonzola
Cozinha Italiana
História dos colonizadores italianos
• Partiram de suas terras fugidos da fome,
do desemprego, de uma economia em crise.
• Foram 20 anos de êxodo italiano, iniciou em 1872.
Foram valentes, vieram para o Brasil com a cara, a
coragem e alguns pertences na mala
• Alguns foram para o Sul: fundaram Nova Trento, Nova 
Veneza, Nova Itália... Cultivaram trigo (pão, massas), 
milho (polenta) e uvas (vinho)
• Em São Paulo, com a crise do café e o fim da escravatura, os
italianos trabalharam na lavoura plantando feijão e milho. Os
bairros Brás, Bixiga e Bom Retiro foram colônias
• Em 1908, já tinham escolas que ensinavam italiano, 
associações, times de futebol, jornais
• Nas festas populares, os imigrantes 
festejavam seus santos, em torno da mesa: 
pimentões e berinjelas em conservas, pizzas, 
frios apimentados, queijos, lingüíças, massas 
ao sugo, pão crocante com azeite e sal, 
vinho e muita música!!
Cozinha Portuguesa
• Tudo é pretexto para reunir a família e amigos e 
comemorar com comes e bebes
• Canja, caldo verde, bolinho de bacalhau, cozido, 
ambrosia, baba-de-moça, pão-de-ló, rabanadas, pudim 
de claras, figos em calda, papos-de-anjo...
• Feijoada, bacalhoada ou churrasco
• Festas juninas: São Antônio, São Pedro, São João
História dos colonizadores portugueses
• Cabral foi mandado em viagem ao Novo Mundo muito menos 
por seus dotes na arte de navegar e muito mais por sua 
habilidade em negociar
• Quando chegou aqui, encontrou os índios. Ofereceu a eles: 
pão, peixe cozido, figo seco, mel, confeitos e farte (bolo 
recheado de creme)
• A idéia dele era conquistá-los pela barriga, mas eles mal 
tocaram na comida
• No dia seguinte, tentou novamente e ofertou pernil de porco 
cozido, arroz e o néctar dos deuses,
um bom vinho português. 
Foi um sucesso!!
• Cabral logo percebeu a oportunidade de negócio lucrativo, ao 
encontrar o pau-brasil e a possibilidade de plantar cana-de-açúcar 
nesta Terra de Santa Cruz
• Para sua alimentação, não faltavam peixes, mas o que não havia aqui 
eles foram trazendo: bois, ovelhas, porcos, galinhas, patos, figo, 
romã, laranja, limão e lima
• Plantaram nas praias, coqueiros. Semearam arroz, melancia e melão; 
na horta, abóbora, gengibre, mostarda, hortelã, manjericão, cebola, 
alho, berinjela, cenoura e acelga
• O azeite, a azeitona, o queijo, a farinha vinham do reino
• Os portugueses trouxeram 
também o paladar adoçado pela 
nobre arte da doçaria, 
desenvolvida com requinte nas 
casas nobres e nos conventos.
• As freiras ...
• Herança africana, as negras (ao cozinharem para suas Sinhás) 
substituíram às receitas da doçaria as frutas da terra: amendoim, 
abacaxi, mangaba, goiaba, maracujá, que substituíam as maçãs, 
pêras, pêssegos, figos e marmelos portugueses. E no salgado: 
azeite de dendê, camarão seco, pimenta-malagueta, inhame, leite 
de coco
• A contribuição indígena: milho (pamonha, canjica), beiju, mingau 
de tapioca, farinha de mandioca, mingau de carimã. Uso dos 
temperos: hortelã, erva-doce, cravo-da-índia, canela e alecrim
• Costume português: sopa no jantar
• A mistura das 3 raças: sopa, pescada com molho de tomates, 
arroz branco, repolho, frango assado com batatas, lombo de 
porco com farofa, doce de leite, compota de laranja e figos 
cristalizados, pão e vinho
Cozinha Francesa
• Alta cozinha, refinamento no preparo e no serviço 
dos pratos.
• A refeição é um ritual de excelência do paladar, da
convivência e da elegância.
• Ingredientes franceses: ostras, crepes, queijos 
(Cammbert, Brie, Roquefort...), trufas (fungos), 
fois gras (fígado gordo) de ganso e de pato, 
conservas feitas de aves (confits). Herbes de 
Provence (ervas aromáticas), peixes do 
Mediterrâneo, cassoulet (cozido de feijão branco 
com carnes de porcos e aves), quenelles (bolinhos 
de peixe), chucrutes, embutidos, vinhos, 
champanhe
• Histórico: a mesa francesa era simples até o casamento da 
italiana Catarina de Médici com o rei da França Henrique II, 
meados de 1550
• A italiana levou as louças, porcelanas, talheres, regras de 
etiqueta e cozinheiros
• A contribuição continuou pelas saladas, alcachofras, 
sorvetes
• Em 1808, com a vinda da Família Real Portuguesa para o 
Brasil, trouxeram os costumes da época, que elegante era 
falar e comer francês. Em 15/10/1889, nas bodas de prata 
do conde d’Eu e da princesa Isabel foi servido buffet. Os 
pratos variados
descritos em francês: peru recheado
com farofa, bolo de mandioca
• Ao final do século XIX, houve uma disseminação de 
restaurantes franceses,o que contribuiu para divulgar uma 
cultura gastronômica.
• A República, proclamada em 1889, que inaugurou no Brasil 
o regime de banquetes oficiais. O banquete é herança 
francesa, também seus cardápios, em francês. Muitos 
termos franceses ligados à gastronomia foram
incorporados à língua 
portuguesa falada no Brasil: 
restaurante, maître, menu,
chef de cozinha, além de
pratos: suflê, musse, crepe, 
omelete, maionese...
Colonização iniciou em 1818 
Cidades: Joinville e Blumenau
Festa: Oktoberfest – canto, dança, 
cerveja e comidas típicas
• A miscigenação de sua gastronomia não foi tão forte
• Salsichas, lingüiças, hamburguer, cerveja, pão preto de 
centeio, mostarda, picles, frios variados, cozido de porco 
(joelho, costeletas), chucrute, sopas densas (aveia, legumes, 
nhoque), batata
• Peixes: arenque, truta, salmão; crustáceos.
• Hábito de colocar ingredientes doces nos pratos salgados 
(pelo menos o açúcar)
• Geléias de frutas, purê de maçã ou ameixa, em pratos de 
porco, pato, faisão, ganso
Cozinha Alemã
• Em 1818, 2 colônias alemãs fixaram-se 
no sul da Bahia e 1 no Rio de Janeiro
• Para garantir a Independência, em 1822 Dom Pedro I 
trouxe às escondidas militares alemães, aqui 
registrados como colonos
• No RS foi criado São Leopoldo e até 1859 mais 24 
colônias, criando Pelotas, Rio Pardo e Montenegro
• Em SC, em 1850, foram fundadas a cidade de Blumenau
e a colônia Dona Francisca (1867: município Joinville)
• PR, ES, MG, SP: trabalharam nas fazendas de café, 
substituindo os negros
• Entre 1818 e 1976: 310 mil imigrantes
• Doces: pâtisserie – tortas de 
massas finas e delicadas com 
creme. Strudel, torta de ricota, 
cucas, torta de nozes, tortas de 
frutas frescas, sonhos, bolo de 
mel, pães (stollen), bolos de 
chocolate (Floresta Negra)
• Panquecas de batata, lombo de 
porco com ameixas, costeletas 
defumadas, pato assado com 
repolho roxo, purê de batatas, 
vitela com bacon
Cozinha Espanhola
• Dança flamenca, toureiros,
artistas Picasso e Gaudí
• Paellas, chouriços, azeitonas, presunto curado
• A miscigenação de sua gastronomia não foi tão forte.
• Em 1884, iniciou a imigração, para SP, BA. 
Trabalharam nas fazendas de café, substituindo os 
negros
• Em 1920, 219 mil, sendo 80% em SP. Nos anos 30, 
já eram donos da maioria das lojas de alimentos 
(confeitarias, padarias, armazéns e bares)
• A comida típica espanhola é resultadoda influência de 
muitos países e culturas diferentes (gregos, fenícios, 
cartagineses, romanos, árabes, judeus...) que se 
sucederam pela península Ibérica
• Usa e abusa de sabores quentes: pimentão e açafrão
• Azeite de oliva e alho são os ingredientes mais 
característicos. Uso do azeite de oliva como tempero, 
como agente das frituras e dos cozidos. O alho nas 
frituras, como tempero nos embutidos e conservas de 
frutos do mar
• Grelhados de pescados, lulas, 
camarões e outros frutos do mar, 
aromatizados com azeite e alho
• Vinhos, sangria
• Povo guloso e instintivo à mesa, só poderia produzir 
uma cozinha farta e simples. Simples mas 
diversificada
• Arroz, carnes de porco e aves, carne bovina, batatas, 
carneiro, ervilhas, peixes e frutos do mar
• Bacalhau, fabada (favas, lingüíça e carne de porco), 
sidra
• Vinhos. Pão com tomate. Pratos com frutos do mar. 
Paella. Frituras de pescados, presunto crú, gazpacho 
(sopa fria de azeite, tomate e pimentões), carneiros, 
cordeiros, leitões
• Por todo litoral brasileiro, os 
restaurantes de frutos do mar, 
mesmo não sendo espanhóis, 
costumam servir paella
Cozinha Japonesa
• A imigração iniciou em 18 de junho de 1908, 
quando aportou em Santos o primeiro barco vindo 
do Japão
• Vieram para trabalhar nas fazendas de café em SP
• A comida gordurosa e temperada não foi bem aceita 
pelos japoneses
• Dedicaram-se a culturas de café, algodão e arroz, 
legumes, verduras, frutas e avicultura. Trouxeram 
mais de 30 novas culturas: caqui, pimenta-do-reino, 
chá preto...
• Até os anos 60, estas plantações estavam em SP, 
PR, RJ e na Amazônia
• Hoje estão espalhadas em todo país
• Hoje o Brasil sede a maior comunidade japonesa 
fora do Japão
• SP: bairro Liberdade
• Os produtos alimentícios:
desde lascas de peixe seco (necessário para o caldo
básico das sopas) até apetrechos para fazer o sushi,
hashi (pauzinhos)
• A cozinha japonesa é especialmente cativante por 
seu preparo, seus sabores e sua apresentação
• O peixe cru é raro na mesa cotidiana, usam-se 
muito peixes secos, nos temperos e caldos
• Os legumes são talhados em pequenos formatos e 
preparados em cozidos ou conservas
• Arroz (cereal básico da alimentação), molho de soja 
(shoyu) e pasta de soja (missô), raiz forte, pastel, 
doce de feijão, sushi, sashimi, frango agridoce, porco 
empanado, carne bovina e frutos do mar com 
legumes.
• Refeição japonesa: 5 pratos – sopa, cozido, grelhado, 
guarnições de legumes e arroz
• Bebida principal: chá
• Bebida alcoólica: saquê (fermentado de arroz)
• No almoço: arroz, ovo cru, algas, 
conserva e sopa de missô
• Cerimônia do chá (chanoyu): ritual, vestes, louças, 
cumprimentos, refeição leve antes do chá. Simboliza 
paz e despojamento
• Os pratos e ingredientes 
japoneses são plenos de 
significados simbólicos, não 
somente nutritivos
• Um fio de macarrão: 
continuidade da vida, 
prosperidade da família
• Os ingredientes são manipulados respeitando sua 
individualidade, resguardada por temperos sutis
• Bela apresentação
• Prova de que a comida pode não somente sustentar o 
corpo e emocionar o paladar, mas também alimentar o 
espírito
Cozinha Chinesa
• Em 1810 chegou a primeira leva de imigrantes, no 
RJ, trabalharam na lavoura do chá
• Em 1949, a partir da revolução comunista, teve 
uma outra importante imigração: agora chineses 
com algum dinheiro que formaram negócios aqui
• Nos anos 60, outra, desta vez profissionais 
(professores, engenheiros, cientistas, 
intelectuais...)
• A maioria foi para SP. Onde hoje abriga 80% dos
100 mil radicados no país.
• A culinária chinesa é considerada uma das três mais 
importantes do mundo, juntamente com a culinária da 
França e da Itália, países onde os prazeres da mesa são 
quase sagrados
• O momento cotidiano de descontração é a hora das 
refeições. Cabe às mulheres a sagrada tarefa de preparar os 
alimentos
• Os homens, são servidos primeiro, cabendo então às
mulheres o direito de após terminarem seus afazeres
poderem provar suas iguarias
• Rolinhos à primavera 
(massa fina crocante com 
carne e legumes),
• Frango xadrez (com 
amendoim, pimentão e 
cebolinha),
• Porco agridoce
• Shop suey (macarrão com 
legumes e carnes)
• Porcos, galinhas, carneiros, búfalos, patos. Pato de 
Pequim, servido com panquecas
• Arroz, ervilhas, soja
• Bebida alcoólica: Chemsu (fermentado de arroz)
• Panela: wok e panelas de bambu e
madeira para alimentos cozidos no
vapor. Uso dos hashis e porcelanas
• Contrastes: macio e crocante, frio e
quente, doce e azedo.
• Iguarias: barbatanas de tubarão, ninhos de 
andorinha, sopa de tartaruga, ovos de mil anos 
(enterrados por 100 dias), porco, tofu (queijo de 
soja), macarrão (feito de trigo ou arroz), brotos
• Macarrão, sorvete, medicina oriental, acupuntura, 
artes marciais, pastelaria: heranças deste povo
	
Transição Nutricional e
	Cenário Alimentar/Nutricional
	Cenário Alimentar/Nutricional
	Cenário Alimentar/Nutricional
	Cenário Alimentar/Nutricional - ↑Obesidade
	Cenário Alimentar/Nutricional
	Transição Nutricional
	Transição Nutricional
	Transição Nutricional
	Hábitos Alimentares Regionais do Brasil
	Norte
	Norte
	Nordeste
	Nordeste
	Centro-Oeste
	Centro-Oeste
	Sudeste
	Sudeste
	Sul
	Sul
	Influências Internacionais
	Cozinha Italiana
	História dos colonizadores italianos
	Slide Number 24
	Cozinha Portuguesa
	História dos colonizadores portugueses
	Slide Number 27
	Slide Number 28
	Cozinha Francesa
	Slide Number 30
	Slide Number 31
	Cozinha Alemã
	Slide Number 33
	Slide Number 34
	Cozinha Espanhola
	Slide Number 36
	Slide Number 37
	Cozinha Japonesa
	Slide Number 39
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