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Sólidos: Cristais e Amorfos Físico-Química Prof. Luiz Estados de Agregação Molecular • Agregação molecular ocorre devido interações entre as moléculas e sua relação com a quantidade de energia presente no sistema onde as moléculas se encontram. – Interações Dipolo-Dipolo – Interações de van der Waals – Ligação de Hidrogênio Estado Sólido Aproximadamente 70% das formulações. • Maior estabilidade • Menor risco de contaminação (teor de umidade) • Menor custo com embalagem. Estado Sólido • Dois grandes grupos: – Material Amorfo – Material Cristalino (Cristal) Tipo Exemplo Estrutura Cristal Iônico NaCl Íons Cristal Molecular H2 ou O2 Moléculas Cristal Metálico Fe0 Átomos Metálicos Cristal Reticular Grafite Átomos presos em uma rede regular Amorfo Vidro, PET Redes ligadas covalentemente, porém, sem regularidade. Cristais e Amorfos • Cristal: composto por átomos, moléculas ou íons arranjados de forma periódica (padrão tridimensional). A orientação se repete a grandes distâncias atômicas. • Amorfo: composto por átomos, moléculas ou íons arranjados de forma não periódica (não manterá um padrão tridimensional a longas distâncias atômicas). Além das diferenças nas propriedades físico-químicas poderão ocorrer diferenças na biodisponibilidade por conta da alteração na velocidade de dissolução do fármaco cristalino ou amorfo. Moléculas (ligação covalente) apresentam maior tendência a formar sólidos amorfos. Cela Unitária • Menor unidade de repetição dos átomos ou moléculas em um cristal. • Definem as características de simetria e a forma como estão arranjados as unidades. • As celas são mantidas pelas diferentes forças de ligação (iônica, metálica, covalente, ligação de hidrogênio, etc). Parâmetros de Rede Retículo Cristalino • Conjunto de celas unitárias. • Podem corresponder a átomos ou moléculas que se repetem no espaço tridimensional com uma dada periodicidade. • Existem 7 tipos diferentes de retículos cristalinos cada qual resultante de uma diferente organização de átomos ou moléculas na cela unitária. • O tipo de retículo será definido por meio de cristalografia de Raio X. Combinações de Rede Rede de Bravais Exemplo: Cúbico de Corpo Centrado Exemplo: Cúbico de Face Centrada Exemplo: Hexagonal Compacto Hábitos Cristalinos • Três tipos principais – Tubular ou placa – Prismático – Acicular (Agulha) • O processo de cristalização do fármaco dará origem a um dos três grupos de hábitos e isto poderá alterar as propriedades físico-químicas do medicamento. • Seria a forma visível para o sólido por microscopia óptica ou mesmo a olho nu. Hábitos Cristalinos Cristalização • A formação dos cristais é alterada por fatores como: – Formação de núcleos cristalinos (sementes). – Velocidade de crescimento em torno do núcleo (temperatura de resfriamento). E a biodisponilidade? • Biodisponibilidade é a principal propriedade fármaco-cinética de um fármaco. Representa a extensão de um princípio ativo que atinge a circulação sistêmica e estará disponível no local de ação. • Hábito cristalino não afeta a biodisponibilidade do medicamento. Entretanto, pode afetar as propriedades físico-químicas implicando na qualidade final da formulação. Propriedades Alteradas • Solubilidade • Compressibilidade • Fluidez Polimorfismo • Moléculas podem se rearranjar de duas ou três formas diferentes no cristal gerando empacotamento e orientação molecular diferentes. • Polimorfismo gera alterações nas propriedades físico-químicas dos cristais: – PF e PE – Solubilidade – Dureza (resistência ao esmagamento) e Friabilidade (resistência ao cisalhamento/atrito) • Pseudopolimorfismo: alteração do hábito será causada pelo solvente e não pelo processo tecnológico empregado. Exemplos de Polimorfos • Barbitúricos (70%) • Antiinflamatórios Esteroidais • Sulfonamidas (65%) Implicações Farmacológicas • Sedimentação em cremes (aspecto grosseiro) por mudança no diâmetro dos cristais. • Perda de lote por alteração do PF do veículo. Ex: Supositórios. • O tamanho da partícula poderá alterar também a velocidade de dissolução do fármaco. • Polimorfismo do excipiente pode alterar a viscosidade e, com isso, a capacidade de liberação do fármaco. Forma mais Estável Forma menos Solúvel Menor Velocidade de Dissolução Cristais Metaestáveis • Apresentam fácil conversão para a forma amorfa. • Altera solubilidade, PF, PE e biodisponibilidade (cristal e amorfo). • Exemplo: cloridrato de clorotetraciclina – Forma amorfa será mais solúvel. • Exemplo: Insulina – Forma amorfa: absorção mais lenta. – Forma cristalina: absorção mais rápida.
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