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SÍFILIS É uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável e exclusiva do ser humano causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios SÍFILIS EPIDEMIOLOGIA 11 milhões de novas infecções por ano 1,4 milhões de casos em gestantes 500 mil desfechos gestacionais adversos anualmente ↑ taxa entre homens, 20-29 anos Mais prevalente: África Subsaariana, América do Sul, China e Sudeste Asiático SÍFILIS EPIDEMIOLOGIA 72.8 casos/100.000 habitantes no Brasil Transmissão: por contato íntimo com as lesões via parenteral hemotransfusão e fômites (raro) SÍFILIS FISIOPATOLOGIA T. pallidum penetra por abrasões da pele e mucosas Invasão de sangue e sistema linfático Lesão primária no local da inoculação: após média de 21 dias persiste de 4 a 6 semanas Infiltração perivascular SÍFILIS FISIOPATOLOGIA Infiltração perivascular, presença de plasmócitos, linfócitos, marófagos e proliferação endotelial Resolução do cancro por fagocitose SÍFILIS FISIOPATOLOGIA Manifestações generalizadas parenquimatosas e mucocutâneas surgem após 6-8 semanas da resolução do cancro hiperceratodermia da epiderme, infiltração de linfócitos, macrófragos e plasmócitos SÍFILIS FISIOPATOLOGIA Pode haver evolução para sífilis terciária após 1-40 anos Gomas sifilíticas, sífilis cardiovascular e neurosífilis sintomática tardia SÍFILIS DIAGNÓSTICO Histórico de infecções passadas e exposição recente Avaliar manifestações clínicas: Sífilis primária: úlcera rica em treponemas, geralmente única e indolor, com borda bem definida e regular, base endurecida e fundo limpo Linfadenopatia regional SÍFILIS DIAGNÓSTICO Sífilis secundária: lesões cutâneo-mucosas, micropoliadenopáticas Linfadenopatia generalizada Sinais constitucionais Quadros neurológicos, oculares, hepáticos SÍFILIS DIAGNÓSTICO Sífilis terciária: manifestações cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas Obs.: Neurosífilis Pode ocorrer em qualquer estágio da doença Sífilis meningovascular, meningite, Tabes dorsalis, demência paralítica SÍFILIS DIAGNÓSTICO Exame em campo escuro Pesquisa direta em material corado Exames diretos SÍFILIS DIAGNÓSTICO - TESTES IMUNOLÓGICOS FTA-ABS, ELISA/EQL/CMIA TQHA/TPPA/MHA-TP Teste rápido Primeiros a se tornarem reagentes Podem permaner reagentes após tratamento Treponêmicos VDRL, TRUST, RPR, USR Quantificáveis Úteis no monitoramento Não treponêmicos SÍFILIS DIAGNÓSTICO SÍFILIS DIAGNÓSTICO - TESTES IMUNOLÓGICOS SÍFILIS DIAGNÓSTICO - TESTES IMUNOLÓGICOS SÍFILIS TRATAMENTO Sífilis recente (até 1 ano): Benzilpenicilina benzatina, 2,4 milhões UI, IM, dose única, (1,2 milhão UI em cada glúteo) Alternativa (exceto para gestantes): Doxiciclina 100mg, 12/12h, VO, por 15 dias Seguimento: Teste não treponêmico trimestral (em gestantes, o controle deve ser mensal) SÍFILIS TRATAMENTO Sífilis tardia: sífilis latente tardia (com mais de um ano de evolução) ou latente com duração ignorada e sífilis terciária: Benzilpenicilina benzatina 2,4 milhões UI, IM, 1x/semana (1,2 milhão UI em cada glúteo) por 3 semanas Dose total: 7,2 milhões UI, IM Alternativa (exceto para gestantes): Doxiciclina 100mg, 12/12h, VO, por 30 dias Seguimento: Teste não treponêmico trimestral (em gestantes, o controle deve ser mensal) SÍFILIS TRATAMENTO Neurosífilis Benzilpenicilina potássica/cristalina 18-24 milhões UI, 1x/ dia, EV, administrada em doses de 3-4 milhões UI, a cada 4 horas ou por infusão contínua, por 14 dias Alternativa: Ceftriaxona 2g IV, 1x/dia, por 10-14 dias Seguimento: Exame de LCR de 6/6 meses até normalização SÍFILIS REAÇÃO DE JARISH-HERXHEIMER 24 horas após a primeira dose de penicilina, em especial nas fases primária ou secundária Exacerbação das lesões cutâneas – com eritema, dor ou prurido, mal-estar geral, febre, cefaleia e artralgia, que regridem espontaneamente após 12 a 24 horas Pode ser controlada com o uso de analgésicos simples, conforme a necessidade, sem ser preciso descontinuar o tratamento. SÍFILIS RESPOSTA AO TRATAMENTO Resposta imunológica adequada, utiliza-se o teste não treponêmico não reagente ou uma queda na titulação em duas diluições em até seis meses para sífilis recente e queda na titulação em duas diluições em até 12 meses para sífilis tardia