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Psicologia médica - A saúde mental do profissional de saúde

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A SAÚDE MENTAL DO PROFISSIONAL DE SAÚDE
- A escolha da profissão. Escolher o que fazer dentro das suas possibilidades e das suas preferências.
- Quais fatores levam as pessoas a decidirem por passar boa parte da vida cuidando de pessoas? 
- Todos têm consciência dos desafios e bonificações que encontrarão na profissão?
- O que as pessoas esperam no médico? Esperam que seja uma medicina honrada, moderada, prudente, sustentável e humana.
- RESPONSABILIDADES PROFISSIONAIS DOS MÉDICOS
· Compromisso de competência profissional.
· Compromisso de honestidade.
· Compromisso de confidencialidade.
· Compromisso de relacionamento adequado.
· Compromisso de melhoria da qualidade do cuidado.
· Compromisso de melhoria do acesso ao cuidado.
· Compromisso de ser leal nos conflitos de interesse.
- TRABALHO E SAÚDE:
· Alto nível de tensão, angústia e ansiedade entre os profissionais com faltas e abandonos da tarefa, mudanças frequentes de emprego e uma alta frequência de pequenos problemas de saúde que requerem alguns dias de ausência de trabalho.
· O problemas do trabalho vem somados a:
· Relações familiares.
· Vida Social.
· Cultura.
· Crenças difusas sobre si mesmo, o mundo e o futuro.
· Repercussões psicológicas significativas no profissional e em sua relação com os pacientes:
· Excesso de trabalho/multiemprego.
· Baixa remuneração.
· Más condições de trabalho.
· Responsabilidade profissional.
· Área de atuação/especialidade.
· Relação profissional-paciente.
· Conflito/cobrança da população.
· Perda da autonomia.
- CARACTERÍSTICAS PSICOLÓGICAS DA TAREFA
· O contato íntimo e frequente com a dor e o sofrimento;
· Lidar com a intimidade corporal e emocional;
· Lidar com o atendimento de pacientes terminais;
· Lidar com pacientes difíceis: queixosos, rebeldes e não aderentes ao tratamento, hostis, reivindicadores, auto-destrutivos, cronicamente deprimidos;
· Lidar com as incertezas e limitações do conhecimento do sistema assistencial que se contrapõem às demandas e expectativas dos pacientes e familiares que desejam certezas e garantias.
- RELAÇÕES INTERPESSOAIS
· A situação de trabalho suscita sentimentos muito fortes e contraditórios: piedade, compaixão e amor; culpa e ansiedade; ódio e ressentimento contra os pacientes que fazem emergir esses sentimentos fortes; inveja do cuidado oferecido ao paciente. 
· Os pacientes e seus parentes nutrem sentimentos complexos em relação ao hospital, que são expressos particularmente e mais diretamente aos enfermeiros e que, frequentemente, os deixam confusos e angustiados.
- COGNIÇÃO E COMPORTAMENTO
· Para cada acontecimento na vida há uma relação
- MODELO COGNITIVO COMPORTAMENTAL
· Relação afetiva com aprendizado
· Para cada acontecimento, surge uma emoção diferente.
· Emoções são relacionadas ao acontecido e guardadas na memória.
· Repetição da situação recupera a memória afetiva. 
- PENSAR  → SENTIR  → AGIR
· Ex: Paciente com morte por suicídio.
· Pensamento: 
· “Ele não merecia.”
· “Deus quis assim.”
· “Ele não tinha o direito de fazer isso.”
· Sentimento: tristeza, raiva, impotência.
· Comportamento: choro, agressão, inquietude, estresse.
- FONTES DE ESTRESSE
· A quantidade de pacientes.
· A comunicação com pacientes de baixo nível socioeconômico-cultural.
· Pacientes que vêm a falecer.
· Pacientes com alteração de comportamento.
· As comunicações dolorosas (comunicar ao paciente e/ou à família situações graves ou de morte).
· Os dilemas éticos.
· Fadigo, cansaço.
· Falta de orientação.
· Estar constantemente sob pressão.
· Plantão noturno.
· Excessivo controle por parte dos supervisores.
· Lidas com as exigências internas (“não falhar”).
· Falta de tempo para lazer, família, amigos, necessidades pessoais. 
- PROFISSIONAIS EMOCIONALMENTE DESAJUSTADOS
· Construção de uma couraça impermeável às emoções e sentimentos → aparente "frieza" no contato com os pacientes e com as pessoas de um modo geral. 
· Convívio familiar é interrompido ou postergado em função dos chamados e da agenda profissional.
· O isolamento social faz com que o profissional se afaste do mundo não hospitalar.
· Minimização dos problemas inerentes à profissão. Alimentação de expectativas irrealísticas que complementam os anseios dos pacientes e da sociedade, numa verdadeira conspiração contra os fatos da vida.
· Linguagem irônica, amarga e com uso de um jargão onde predominam rótulos depreciativos revela, em realidade, uma incapacidade de lidar com as frustrações, tristezas e vicissitudes da tarefa profissional. 
· Ausência de um repertório de recursos mais amadurecido para lidar com os sentimentos de vulnerabilidade e impotência diante das situações da vida.
· Atitude do profissional frente aos cuidados com a própria saúde. Tendência a se autodiagnosticar e se auto-medicar. 
· São ultra solícitos negando seu cansaço ou desconhecendo prioridades, maquiados por um ideal solidário e sempre disposto.
- VULNERABILIDADE PSICOLÓGICA
· Transtorno Mental Comum: desordens emocionais, alcoolismo, abuso de drogas e doença mental.  Estas características incluem compulsividade, rigidez, controle sobre as emoções, retardo de gratificações e formação de fantasias irrealistas sobre o futuro.
- EDUCAÇÃO PARA A MORTE
· A aceitação da morte constitui certamente um dos maiores sinais de maturidade humana, daí a necessidade duma educação sobre a morte, porque a morte, paradoxalmente, pode ensinar a viver. 
· O terror da morte seria a mãe de todas as angústias e ao mesmo tempo a mola mestra da atividade humana, influenciando tanto seu comportamento quanto a sua subjetividade (Becker, 1973).
· As crianças que enfrentam a perda de algum ente de uma maneira não compartilhada ou explicada, logo percebem algo fora do lugar e suas desconfianças e medos poderão se transformar num pesar irreparável, encarando a experiência de maneira traumática e misteriosa, rompendo o vínculo de confiança com os adultos que a cercam.
- A MORTE E A EQUIPE DE SAÚDE
· Os profissionais buscam apoio na explicação das causas objetivas que levaram o paciente ao fim da vida e, individualmente, buscam recursos na própria sensibilidade e maturidade emocional para o enfrentamento da perda.
· Transformam essa experiência em um grande desafio emocional, tornando evidente o despreparo intelectual e emocional de enfrentamento.
· Passam a viver as situações de enfrentamento pelo sofrimento, ansiedade e insatisfação, por conflito intrapsíquico.
· Contra o conflito, constroem-se sistemas defensivos, sintomas de caráter emocional que acabam ocasionando angústias, sensação de impotência e medos.
· Embora se reconheça a sensibilidade como maneira de participar do sofrimento e, assim agindo, se humanize a relação, o envolvimento sem preparo intelectual e emocional pode lhes trazer um desgaste importante, com conseqüências negativas para a sua atuação profissional.
· Dificuldade desses profissionais de lidarem de forma consciente e fundamentada com as situações criadas pela iminência da morte ou da morte programada de pacientes sob tratamento nas instituições hospitalares.
- COMUNICAÇÃO DA MORTE
· Para o familiar, a comunicação da morte é um momento de angústia, sua capacidade de entendimento está limitada.
· Para o familiar, a comunicação da morte é um momento de angústia, sua capacidade de entendimento está limitada.
- TRANSTORNO MENTAL COMUM 
· Transtornos mentais menos rigorosos, sendo, às vezes, difusos e inespecíficos.
· Sintomas: insônia, fadiga, esquecimento, irritabilidade, dificuldades de concentração, queixas somáticas e sentimento de inutilidade.
· TMC possui significativa prevalência nas sociedades modernas, afetando pessoas de diversas faixas etárias, com destaque para os adultos - resultado das cobranças sociais.
· Contexto mundial - em 2030 estas perturbações estarão entres as mais incapacitantes do ser humano.
· Baixa autoestima → aumentando a suscetibilidade de transtornos mentais comuns, tais como: 
· Eventos de vida estressantes e desempenho insatisfatório de papéis sociais; 
· Problemas interpessoais; internações hospitalares;· Problemas de saúde; acesso desigual aos cuidados de saúde; 
· Estar desempregado ou não ter nenhuma ocupação; 
· Condições inadequadas de habitação;
· Abuso do tabaco e do álcool; sedentarismo; 
· Ser do sexo feminino; vítimas de violência;
· Baixo nível de escolaridade; 
· Pesquisas evidenciam maiores prevalências em mulheres adultas jovens, solteiras.
· Desvantagens das mulheres com a dupla jornada de trabalho, baixos salários e aspectos relacionados à reprodução, pois a mulher que vivencia o trabalho e o encargo familiar, geralmente renuncia ao próprio cuidado para dedicar-se ao próximo, culminando em quadros de consternação, ansiedade, frustração, angústia, adoecimento e, sobretudo, ocorrência de transtornos mentais.
· Uso indiscriminado de medicamentos controlados.
· Apresentação de queixas somáticas inespecíficas gera dificuldade no manejo correto dessas manifestações de sofrimento, levando ao subdiagnóstico e prescrição abusiva de benzodiazepínicos, exames e encaminhamentos sem necessidade.
· Ausência de sinais e sintomas mais severos = “invisibilidade” destes transtornos.
· Qualificar os profissionais da Atenção Primária à Saúde, visando à detecção e acolhimento das pessoas com TMC.
· Maior atenção para detecção de sintomas de comprometimento da saúde mental dos adultos e de seus familiares deve ser tomada, estabelecendo assistência integrada, capaz de satisfazer às reais necessidades do doente e da família para o restabelecimento da saúde, minimizando o sofrimento e melhorando a qualidade de vida.
· Estratégias de cuidado:
· Romper com o modelo médico hegemônico, 
· Iniciar práticas de saúde mental, 
· Envolver a família em sua dimensão sociocultural como objeto de atenção,
· Planejar, construir e executar tecnologias para melhoria da qualidade de vida das pessoas nas dimensões bio-psico-socio-espirituais.
· CFM 2005:
· Os médicos apresentam maior vulnerabilidade, procuram menos ajuda, apresentam maior número de abandonos ao tratamento e ainda apresentam maior número de complicações.
· Influência das condições de trabalho, falta de infraestrutura, falta de recursos para o atendimento da demanda do serviço, alta jornada de trabalho, baixa remuneração, instabilidade e insegurança 
· Diagnósticos de:  transtorno afetivo bipolar, depressão, alcoolismo e dependência química.
· Estudos 2015
· Síndrome de burnout: exaustão emocional, despersonalização e sentimento de ineficácia profissional.
· Os distúrbios mentais podem evoluir para números alarmantes de suicídio.
· Elevada demanda de trabalho tanto física quanto emocional, conflitos familiares, dificuldades financeiras e descontentamento com o sistema de saúde.
· Ansiedade, exaustão, distúrbios do sono, raiva e abuso de substâncias
· Depressão e esgotamento profissional no início da carreira. 
· Com o decorrer dos anos de profissão, as taxas de despersonalização diminuem enquanto as de realização pessoal aumentam.
· Dos 5,8% médicos que usaram antidepressivo, 8,9% realizaram autoprescrição, e 7,4% receberam a prescrição de um colega sem análise clínica.
· Efeitos culturais e regionalização.
· Índices de bournout no Brasil são menores que Taiwan, Austrália, Suécia, Islândia, Itália e EUA.
- SAÚDE FÍSICA DOS MÉDICOS
· Dormência, dor e rigidez no pescoço, ombros, costas e pernas em cirurgiões.
· Maior taxa de infecção gástricas.
· Maiores taxas de batimentos ventriculares prematuros em médicos durante o plantão.
· Doenças crônicas musculoesqueléticas e oftalmológicas. 
- PREJUÍZO DA QUALIDADE DE VIDA DO MÉDICO
· “Médico, cura-te a ti mesmo.”
· “A doença às vezes é mais forte quando a mente está perturbada.”
· “Alguns pacientes recuperam a saúde ao ficarem satisfeitos com a bondade do cuidador.”
(HIPÓCRATES, 400 a.C.)
- DIGNIDADE
· Importância das práticas de autocuidado e da boa gestão da vida pessoal e familiar.
· Gostar da profissão = gostar de si mesmo.
- MEDIDAS PREVENTIVAS PARA SAÚDE
· Medida básica: a inclusão da dimensão psicológica na formação do estudante.
· Redução do estresse. Atividades prazerosas e saudáveis externas ao âmbito profissional.
· Promoção do crescimento profissional e pessoal.
· Identificação dos pares. Debate aberto e franco sobre as nossas vulnerabilidade, limitações e patologias.
- MEDIDAS PREVENTIVAS: NÃO FIQUE SOZINHO BUSQUE AJUDA – Biológica, psicológica, social e espiritual.