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1 Beatriz Almeida – Medicina UFCG Turma 78 Exames Laboratoriais em Hepatologia Teste Laboratorial Significado Clínico Alanina Aminotransferase ALT Lesão hepatocelular Aspartato Aminotransferase AST Lesão hepatocelular Bilirrubina Colestase, conjugação alterada Gama-Glutamiltransferase GGT Colestase, indução enzimática Fosfatase Alcalina Colestase, infiltração hepática Atividade de protrombina Função sintética Albumina Função sintética Marcadores de injúria hepatocelular: Aminotransferases (AST e ALT) – VR: 30-40 U/I • Participam da gliconeogênese facilitando a síntese da glicose a partir de outras fontes que não carboidratos • AST (TGO): é uma enzima que catalisa a reação: aspartato + α-queroglutarato → oxaloacetato + glutamato • É encontrada em altas concentrações no citoplasma e nas mitocôndrias do fígado, músculos esqueléticos e cardíaco, rins, cérebro, pâncreas, pulmão, leucócitos e eritrócitos. • ALT (TGP): é uma enzima que catalisa a reação alanina + α-queroglutarato → piruvato + glutamato • É encontrada em altas concentrações apenas no citoplasma, tem distribuição similar à AST porém com maior concentração no fígado. Praticamente todas as doenças hepáticas elevam os níveis de AST/ALT, o nível de elevação das aminotransferases correlaciona-se pouco com o grau de necrose celular. Os pacientes em recuperação apresentam queda progressiva dos níveis de AST/ALT. A persistência de valores elevados por mais de 6 meses sugere cronificação do processo. AST/ALT > 2 sugere grande probabilidade de doença causada pelo álcool. A localização da AST e a deficiência de B6 explicam essa relação. < 300 UI/L < 500 UI/L >1000 UI/L Hepatite alcoólica Esteatose Cirrose Hepatite crônica Icterícias obstrutivas Hepatites virais agudas Hepatotoxicidade por drogas Hepatite aguda, isquêmica ou tóxica Marcadores de Colestase: Fosfatase alcalina (VR: 35 a 104 U/L – mulheres e 40 a 129 – homens) • Grupo de enzima que catalisam a hidrólise de ortofosfatos em pH alcalino porém com função incerta. • Identificada no fígado, ossos, intestino, placenta, rim e leucócitos. • Seu nível aumenta após ingestão de alimentos gordurosos e em pacientes com IRC. • Meia-vida de 7 dias. O aumento da fosfatase alcalina hepática é mais evidente na obstrução biliar, onde o acúmulo de sair biliares a solubilizam e a obstrução promove a sua regurgitação entre as células hepáticas até o sangue. As maiores elevações são registradas em pacientes com enfermidades caracterizadas por dificuldade de excreção biliar. Elevações menores (até 3x) são inespecíficas sendo encontradas em praticamente todas as doenças hepáticas. Gama-Glutamil transferase (VR: 8 a 41 U/L – mulheres e 12 a 73 U/L – homens) • Catalisa a transferência de grupos γ–Glutamil entre peptídeos ou para aminoácidos – função incerta. • Maior concentração nas frações microssomais e na membrana celular do hepatócito. • Outros tecidos: vias biliares, pâncreas e rins. Como a enzima é microssomal, seu nível aumenta em resposta à indução por medicamentos e álcool. Na doença hepatobiliar, seus níveis correlacionam-se com os da fosfatase alcalina. Indicação mais comum: determinar, indiretamente a origem da FA elevada. 5’-nucleotidade (VR: 03 e 3 UI) • Catalisa a hidrólise de nucleotídeos ao liberar fosfato inorgânico da posição 5’ do anel da pentose. Função desconhecida. • Encontrada no fígado, intestino, cérebro, coração, vasos sanguíneos e pâncreas endócrino. Indicação mais comum: determinar, indiretamente a origem da FAL elevada. Não é uma solicitação de rotina. 2 Beatriz Almeida – Medicina UFCG Turma 78 Bilirrubinas (VR: total – 0,2–1mg/dL, direta – 0–0,2mg/dL, indireta – 0,2-0,8mg/dL): • Ânion orgânico derivado da degradação do heme da hemoglobina e de outras porfirinas que contêm ferro. • Os valores sanguíneos representam o balanço entre produção e excreção. • Avaliação de icterícia, bilirrubina conjugada (direta e não conjugada (indireta), bulirrubinúria (b. direta). Bilirrubina Direta Bilirrubina Indireta Quadros obstrutivos Doenças do parênquima hepático Obstrução maligna do ducto comum Hemólise Eritropoiese ineficaz Defeitos da captação e conjugação Teste para avaliar síntese hepática: Albumina (VR: 3,5 a 4,5 g/dL): • Sintetizada exclusivamente pelo fígado • Sua concentração sérica reflete não só sua síntese como também sua degradação e distribuição. • Vários fatores podem alterar seus níveis: ingestão e absorção, integridade vascular, perdas e estado de catabolismo. Nos cirróticos, menor nível de albumina em geral significa menor síntese hepática. Em pacientes com ascite pode significar também hemodiluição. Tempo de protrombina (VR: 11,1 e 13,2s e Razão Internacional Normatizada – INR: 0,9 e 1,1): • Os principais fatores de coagulação/fibrinogênio são sintetizados nos hepatócitos. • Mede a velocidade (em segundos) da conversão de protrombina em trombina, na presença de tromboplastina, fatores de coagulação e íons cálcio. • Pouco sensível e específico. Alterado em patologias com má absorção de gorduras e deficiência de vitamina K. Fator prognóstico.
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