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ATIVIDADE COMPLEMENTAR 4 - 1 ANO EJA

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ESCOLA ESTADUAL IMACULADA CONCEIÇÃO P035A2 
Rua Prefeito Antônio Moreira Júnior, 20 – Fone: (38) 3727-1144 
Monjolos – Minas Gerais – CEP: 39.215-000 
escola.24571@educacao.mg.gov.br 
 
ATIVIDADE COMPLEMENTAR HISTÓRIA N° 4 
TEMA: GOVERNOS MILITARES NO BRASIL ( 1964/1985) 
TURMA: 1° ANO E. M EJA 
NOME ___________________________________________________________________________ 
 
DA DITADURA MILITAR (1964 A 1985) À NOVA REPÚBLICA 
No plano interno o golpe militar de 1964 foi efetivado com o objetivo de evitar a ameaça comunista. O regime militar 
foi marcado pelas restrições aos direitos e garantias individuais e pelo uso da violência aos opositores do regime. 
No plano externo o Brasil se incluiu na Guerra Fria, através da aplicação da Doutrina Truman ou a política do Big 
Stick (grande porrete) que ajudava na logística de implantação de Ditaduras na América Latina, para que o exemplo 
de Cuba não prosperasse. O modelo político do regime foi caracterizado por: * Fortalecimento do Executivo que 
marginalizou o Legislativo (através da cassação de mandatos) e interferiu nas decisões do Judiciário (como por 
exemplo, a publicação dos atos institucionais); * Centralização do poder, tornando o princípio federativa letra morta 
constitucional; * Controle da estrutura partidária, dos sindicatos e demais representações; * Censura aos meios de 
comunicação e intensa repressão política – os casos de tortura eram sistemáticos. O modelo econômico do regime 
militar foi marcado pela concentração de rendas e abertura ao capital externo.. 
Os últimos acontecimentos do Governo de Jango e a preparação do Golpe Militar. 
- Os trabalhadores começaram greves para pressionar os deputados e senadores a aprovarem as reformas, as 
classes dominantes, em oposição, organizavam, em várias cidades, as Marchas com Deus pela Liberdade, em São 
Paulo a Marcha teve como uma de suas líderes a socialite Hebe Camargo. Em 31 de março de 1964 começou o 
Golpe Militar em MG (gal Olímpio Mourão Filho, apoiado pelo governador Magalhães Pinto), que recebeu a adesão 
de unidades no RS, SP e GB. Em 1 de abril Jango deixou Brasília e rumou para Porto Alegre, onde Brizola, com o 
apoio da BM, tentou convence-lo inutilmente a resistir, ambos fugiram para o Uruguai. 
Governo do marechal Castello Branco (1964 / 67) -Foi eleito por vias indiretas, através do Ato Institucional nº1 
(A.I. 1), em 10 de abril de 1964. Houve uma farra de atos institucionais ou A.I. Em seu governo foi criado o Serviço 
Nacional de Informação (SNI). Seu governo é marcado por uma enorme reforma administrativa, eleitoral, bancária, 
tributária, habitacional e agrária. Criou-se o Cruzeiro Novo, o Banco Central, Banco Nacional da Habitação (BNH) e 
o Instituto Nacional da Previdência Social (INPS). Criou-se também o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço 
(FGTS). Assinado o Ato Institucional nº2 (A.I. 2), que ampliava o controle do Executivo sobre o Legislativo, 
extinguindo os partidos políticos – inaugurando o bipartidarismo no Brasil (ARENA e o MDB). Decretado o Ato 
Institucional nº 3 (A.I. 3) estabelecendo eleições indiretas para governador e para os municípios considerados de 
“segurança nacional”, incluindo todas as capitais. Mediante o Ato Institucional nº4 (A.I. 4), foi promulgada uma nova 
Constituição. A Constituição da Ditadura Militar fortalecia os poderes presidenciais, permitindo ao presidente 
decretar estado de sítio, efetivar intervenção federal nos Estados, decretar recesso no Congresso Nacional, legislar 
por decretos e cassar ou suspender os direitos políticos. Nela mantinha-se o princípio federativo e os princípios dos 
atos institucionais – eleições indiretas para presidente e governadores. Antes de deixar a presidência, Castello 
Branco instituiu a Lei de Segurança Nacional, sendo um conjunto de normas que regulamentava todas as atividades 
sociais, estabelecendo severas punições aos transgressores, ou seja, estabelecia a Censura como mecanismo de 
repressão ideológica. Os Atos Institucionais ou A.I. foram os instrumentos jurídicos amplamente utilizados pelos 
presidentes militares durante o Regime Militar de 64. Por definição assim pode ser denominado A.I: conjunto de 
normas superiores, baixadas pelo governo que se sobrepunham a própria Constituição Federal 
Governo do marechal Costa e Silva ( 1967/1969) - Fazia parte da chamada “linha dura” – setor do Exército que 
exigia medidas mais enérgicas e repressivas para manter a ordem social e política. As agitações internacionais de 
1968 tornaram a esquerda mais radical, defendendo a luta armada para a redemocratização do país. O movimento 
estudantil crescia e exigia democracia. Como resposta, Costa e Silva decretou o Ato Institucional nº 5 (A.I. 5) – o 
mais violento de todos. Pelo AI-5 estabeleceu-se, entre outros: o fechamento do Legislativo pelo presidente da 
República, a suspensão dos direitos políticos e garantias constitucionais, inclusive a do habeas-corpus; intervenção 
federal nos estados e municípios. Através do AI-5 as manifestações foram duramente reprimidas, provocando o 
fechamento total do regime militar. Segundo o historiador Boris Fausto: “Um dos muitos aspectos trágicos do AI-5 
consistiu no fato de que reforçou a tese dos grupos de luta armada.” Semelhante tese transformou-se em realidade 
com a eleição (indireta) de um novo presidente – Emílio Garrastazu Médici –pois Costa e Silva sofreu um derrame 
cerebral. 
Governo do general Médici ( 1969/1974) - Período mais repressivo de todo regime militar, onde a tortura e 
repressão atingiram os extremos, bem como a censura aos meios de comunicação. O pretexto foi a intensificação 
da luta armada contra o regime. A luta armada no Brasil assumiu a forma de guerra de guerrilha (influenciada pela 
revolução cubana, pela guerra do Vietnã e a revolução chinesa) Era o Brasil no contexto da Guerra Fria. Os focos 
de guerrilha no Brasil foram: na serra do Caparaó, em Minas Gerais ; um outro foco foi no vale do Ribeira, em São 
Paulo, chefiado pelo ex-capitão Carlos Lamarca. Mas o principal foco guerrilheiro foi no Araguaia, no Pará. Seus 
participantes eram ligados ao Partido Comunista do Brasil e conseguiram apoio da população local. O modelo teórico 
dos guerrilheiros seguia as propostas de Mao Tsé-tung. O foco, descoberto em 1972, foi destruído em 1975. Ao 
lado da guerrilha rural, desenvolveu-se também a guerrilha urbana. Seu principal organizador foi Carlos Marighella, 
líder da Aliança de Libertação Nacional. Para combater a guerrilha urbana o governo federal sofisticou seu sistema 
de informação com os DOI-CODI (Destacamento de Operação e Informações-Centro de Operações de Defesa 
Interna), que destruíram os grupos de guerrilha da extrema esquerda. Os DOIs-CODIs tinham na tortura uma prática 
corriqueira. 
O dito “Milagre Econômico “. Período do governo Médici de grande crescimento econômico e dos projetos de 
grandes impactos (como a Transamazônica e o Movimento Brasileiro de Alfabetização-MOBRAL), em razão do 
ingresso maciço de capital estrangeiro. Houve uma expansão do crédito, ampliando o padrão de consumo do país 
e gerando uma onda de ufanismo, como no slogan “este é um país que vai pra frente”. O regime utiliza este período 
de otimismo para ocultar a repressão política – aproveita-se inclusive das conquistas esportivas da década de 70, 
como o tricampeonato de futebol. O ideólogo do “milagre” foi o economista Delfim Netto usando como atrativo ao 
capital estrangeiro as baixas taxas de juros utilizadas no mercado internacional. No entanto, a modernização e o 
crescimento econômico brasileiro não beneficiaram as camadas pobres. No período do “milagre” as taxas de 
mortalidade infantilsubiram e, segundo estimativas do Banco Mundial, no ano de 1975 70 milhões de brasileiros 
eram desnutridos. 
O governo do general Ernesto Geisel (1974/79) -O presidente Geisel tomou posse sob a promessa do retorno ‘a 
democracia de forma “lenta, gradual e segura”. Seu governo marca o início do processo de abertura política. Em 
1974 houve eleições parlamentares e o resultado foi uma expressiva vitória do MDB. Preocupado com as eleições 
municipais, aprovada a Lei Falcão, que estabelecia normas gerias para a campanha eleitoral através do sistema de 
radiodifusão: exibição da fotografia do candidato, sua legenda e seu número. Abril de 1977, o presidente – utilizando 
o AI-5 – decretou o recesso do Congresso Nacional. Foi promulgando, então, o pacote de abril, estabelecendo 
mandato de seis anos para presidente da República, manutenção das eleições indiretas para governador, 
diminuição da representação dos estados mais populosos no Congresso Nacional e criada a reserva de um terço 
das vagas do Senado para nomes indicados pelo governo (senador biônico). Embora a censura aos meios de 
comunicação tenha diminuído o regime continuava fechada e a repressão existia. Como exemplo, a morte do 
jornalista da TV Cultura, Vladimir Herzog, nas dependências do DOI-CODI paulista e o “suicídio” do operário Manuel 
Fiel Filho . O ano de 1977 foi muito agitado politicamente – em razão da crise mundial do petróleo – resultando em 
cassações de mandatos e diversas manifestações estudantis em todo o país. No ano de 1978 houve uma greve de 
metalúrgicos no ABC paulista, sob a liderança de Luís Inácio da Silva, o Lula. No final de seu governo, Geisel 
revogou o AI-5. 
O governo do general Figueiredo ( 1979/1985) - Este foi o último presidente da Ditadura. Durante o governo 
Figueiredo houve fortes pressões, da sociedade civil, que exigiam o retorno ao estado de direito, uma anistia política, 
justiça social e a convocação de uma Assembleia Constituinte. Em março de 1979, uma greve de metalúrgicos no 
ABC paulista mobilizou cerca de 180 mil manifestantes; em 1981, uma nova greve, que mobilizou 330 mil operários, 
por 41 dias. Neste contexto é que se destaca o líder sindical Luís Inácio da Silva – Lula. A UNE reorganizou-se no 
ano de 1979 e, neste mesmo ano, o presidente Figueiredo aprovou a Lei da Anistia – que beneficiava exclusivamente 
os presos políticos. Alguns exilados puderam voltar ao país. Ainda em 1979 foi extinto o bipartidarismo, forçando 
uma reforma partidária. Desta reforma surgiram vários partidos o PDS; o PMDB; o PTB ; PDT e PT . Em 1983 a 
sociedade civil participou intensamente do movimento das Diretas-já. Em 1984 foi apresentada a Emenda Dante de 
Oliveira, que propunha o restabelecimento das eleições diretas para presidente da República. A emenda foi rejeitada 
pelo Congresso Nacional. No ano de 1985, em eleições pelo Colégio Eleitoral, o candidato da oposição- Tancredo 
Neves derrotou o candidato da situação – Paulo Maluf. Tancredo Neves não chegou a tomar posse – devido a 
problemas de saúde veio a falecer em 21 de abril de 1985. O vice-presidente, José Sarney assumiu a presidência, 
iniciando um período conhecido como Nova República. 
ATIVIDADES 
1 - Durante o regime militar (1964-1985), os governos decretaram vários atos institucionais, o que permitiu o 
aparecimento de um processo crescente de arbitrariedade, autoritarismo e desrespeito aos direitos humanos. 
Em relação a esse regime podemos afirmar que: 
 
a) Os atos institucionais foram os instrumentos legais que garantiram a ordem política democrática. 
b) No período em que vigoraram os atos institucionais, o Congresso Nacional puniu atos de corrupção parlamentar. 
c) A opção por um regime militar foi escolha das elites políticas, aliadas a interesses internacionais, para 
enfrentarem a crise social onde a população reivindicava direitos de cidadania. 
d) Os 21 anos de regime militar introduziram o Brasil na modernidade e garantiram a livre expressão e 
adesão do país ao comunismo. 
 
2 - O período militar brasileiro recente (de 1964 a 1985): 
 
a) Destacou-se pelo forte crescimento econômico nacional, associado à aplicação de vários projetos voltados à 
diminuição das diferenças sociais e à superação das barreiras entre as classes. 
b) Ocorreu simultaneamente à presença de ditaduras militares em outros países latino-americanos, como a 
Argentina, o Chile e o Uruguai, o que caracteriza uma fase militarista na história latino-americana. 
c) Caracterizou-se pela preservação da democracia, a despeito da disposição autoritária de alguns grupos 
militares, que desejavam suprimir direitos políticos de membros da oposição. 
d) Iniciou-se com o golpe militar que depôs o presidente João Goulart e encerrou-se com as eleições presidenciais 
diretas e a convocação da Assembleia Constituinte ao final do governo Médici. 
 
3 – 
 
Considere a charge sobre a propaganda 
governamental no Brasil 
 
A charge acima está relacionada com: 
 
a) Os "50 anos em 5" do governo JK. 
b) A austeridade do governo Jânio Quadros. 
c) A linha dura do governo Costa e Silva. 
d) O ufanismo do governo Médici 
 
 
4 - "Caminhando contra o vento /Sem lenço, sem documento / No sol de quase dezembro / Eu vou / [...] 
Por entre fotos e nomes / Sem livro e sem fuzil / Sem fome sem telefone / No coração do Brasil / Ela nem sabe 
até pensei / Em cantar na televisão / O sol é tão bonito /Eu vou / Sem lenço sem documento / Nada no bolso 
ou nas mãos / Eu quero seguir vivendo amor." (CaetanoVeloso, música "Alegria Alegria") 
 
 Com base na letra da canção e nos conhecimentos sobre o tropicalismo, é correto afirmar 
 
a) Ao criticar a sociedade por meio da construção poética, a canção questiona a concepção de esquerda dos 
anos 1960. 
b) A letra da canção mostra que os tropicalistas usavam a arte como instrumento para se revoltar e tomar o 
poder. 
c) Ao valorizar a aproximação com a mídia os tropicalistas se uniram á imprensa para fazerem oposição ao 
governo. 
d) Para o tropicalismo as transformações sociais deveriam ser imediatas e decididas com armas.

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