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Agonistas e Antagonistas Colinérgicos

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Agonistas e Antagonistas Colinérgicos 
MSc., Viviane Horta 
UCB – Fundamentos de Farmacologia 2016.2 
 
 
 Os receptores colinérgicos são classificados em muscarínicos e nicotínicos 
 Neurotransmissor colinérgico – Acetilcolina (Ach) 
 Os agonistas e antagonistas colinérgicos tem como ação principal a estimulação ou bloqueio das células efetoras 
(pós-ganglionares) do SNA parassimpático 
- Colinomiméticas ou parassimpatomiméticas (de ação direta ou indireta) 
- Anticolinérgicos ou parassimpatolíticos ou antimuscarínicos 
 
Drogas Colinérgicas de Ação Direta 
 
 Atuam diretamente nos receptores de Ach, mimetizando os efeitos da estimulação dos neurônios colinérgicos 
Classificação (estrutura química) 
- Alcaloides naturais e análogos sintéticos (muscarina, pilocarpina, arecolina, oxotremorina, McN-A-343) 
- Ésteres da colina (acetilcolina, carbacol, metacolina, betanecol) 
 
Mecanismo de Ação 
 Os receptores muscarínicos são encontrados principalmente nas células efetoras autônomas inervadas pelos 
neurônios parassimpáticos pós-ganglionares 
 Cérebro, gânglios, células dos vasos sanguíneos – outros locais 
 
Subtipos de receptores muscarínicos (receptores acoplados a proteína G) 
 M1 – “neural” (SNC, córtex e hipocampo) 
 M2 – “cardíaco” (átrios, tecido de condução); músculo liso, SNC 
 M3 – “glandular” (glândulas exócrinas); musculo liso, endotélio vascular 
 M4 e M5 
 
Os ésteres da colina e os alcaloides colinomiméticos não são seletivos para os subtipos de receptores muscarínicos! 
 
 Efeitos Farmacológicos 
 
 Os efeitos dos agonistas colinérgicos muscarínicos (ação direta) diferem muito mais na potência do que na 
seletividade entre os diferentes tipos de subtipos de receptores muscarínicos 
 Tanto os alcaloides naturais e sintéticos como os ésteres da colina apresentam ações farmacológicas semelhantes 
 
 SNC – nenhum ou excitação 
 Sistema Cardiovascular – vasodilatação, redução da frequência da cardíaca, da velocidade de condução e da força de 
contração 
 Glândulas – estímulo da secreção das glândulas sudoríparas, lacrimais, brônquicas, salivares e do trato digestivo 
 Brônquios – broncoconstrição 
 Músculo liso – aumento do tônus da musculatura lisa; relaxamento dos esfíncteres 
 Diâmetro pupilar – miose 
 
 Usos Terapêuticos 
Limitado na medicina veterinária! 
 
 Arecolina – anti-helmíntico em cães e gatos 
 Pilocarpina – redução da pressão intraocular 
 Carbacol – redução da pressão intraocular 
 Betanecol – estimular a contração da bexiga e do TGI 
 Metacolina – diagnóstico de hiper-reatividade brônquica; modelo no estudo de asma; aumentar a motilidade 
gastrointestinal; atenuar a retenção urinária após anestesia ou vagotomia 
 
 Efeitos Colaterais 
 
 Caracterizados pela exacerbação do SNA parassimpático 
- Sudorese 
- Cólicas abdominais 
- Eructações 
- Dificuldades de acomodação visual 
- Aumento das secreções salivar e lacrimal 
 
 Contraindicações 
 
 Obstrução intestinal ou urinária 
 Asma brônquica 
 Insuficiência coronariana 
 Prenhez 
 Úlceras gástricas 
 
 Como tratar os efeitos colaterais? 
- Antimuscarínico 
 
Drogas Colinérgicas de Ação Indireta: Agentes Anticolinesterásicos 
 
 Ach é hidrolisada por enzimas denominadas, genericamente, de colinesterases 
 As colinesterases interrompem as ações da Ach nas junções das terminações colinérgicas com seus órgãos efetores, ou 
em locais pós-sinápticos 
 Tipos de colinesterases – segundo a especificidade para substrato e distribuição nos diferentes órgãos 
- Acetilcolinesterase (AchE), colinesterase verdadeira ou colinesterase eritrocitária 
- Pseudocolinesterase, colinesterase plasmática ou butirilcolinesterase (BchE) 
 Os anticolinesterásicos inibem as colinesterases, provocando acúmulo de Ach junto aos receptores colinérgicos 
 Efeitos equivalentes à estimulação excessiva destes receptores no SNC, SNA e junção neuromuscular 
 Todos os agentes anticolinesterásicos inibem tanto a acetilcolinesterase como a pseudocolinesterase 
 
 Classificação e MDA 
 
 Carbamatos 
- Inibidores reversíveis das colinesterases (antagonismo competitivo) 
- Ação de curta duração 
- Fisostigmina, neostigmina, edrofônio, tacrina, dopenezil, rivastigmina, galantamina 
 
 Organofosforados 
- Inibem do modo irreversível as colinesterases (formação de complexos estáveis com as enzimas; ligação covalente) 
- Ação de longa duração 
- Inseticidas (paratiom, malatiom), anti-helmínticos 
- Na maioria são líquidos altamente lipossolúveis – rapidamente absorvidos; acúmulo no tecido adiposo 
 
 Efeitos Farmacológicos 
 
 SNC – compostos terciários e organofosforados apolares atravessam a barreira hematoencefálica, produzindo excitação 
 Sistema Cardiovascular – predomínio do tônus do SNA parassimpático; atenção aos mecanismos compensatórios 
 Glândulas – estímulo da secreção das glândulas sudoríparas, lacrimais, brônquicas, salivares e do trato digestivo 
 Brônquios – broncoconstrição e aumento das secreções 
 TGI – aumento das secreções, contração da musculatura lisa e relaxamento dos esfíncteres 
 Olho – miose e redução da PIO 
 Junção neuromuscular – aumento da contração da musculatura esquelética 
 
 
 Usos Terapêuticos 
 
 Antiparassitários – organofosforados (triclorfom), anti-helmínticos e ectoparasitas 
 Glaucoma – fisostigmina, ecotiopato (constrição pupilar e contração do músculo ciliar) 
 Miastemia gravis – resposta autoimune contra o receptor nicotínico na junção neuromuscular 
- objetivo: diminuir a degradação da Ach, que pode atuar nos receptores nicotinicos 
 Íleo paralítico e atonia de bexiga 
 Reversão do bloqueio neuromuscular 
 Doença de Alzheimer – deficiência funcional de neurônios colinérgicos no SNC (levando a perda de memória) 
- Fisostigmina, tacrina, donepezila 
 
 Efeitos Colaterais 
 
 São consequência do acúmulo de Ach em todas as terminações nervosas colinérgicas 
 Efeitos característicos da excessiva estimulação de receptores colinérgicos (nicotínicos e muscarínicos) 
 
 Como tratar os efeitos colaterais? 
- Antimuscarpinicos 
- Reativadores das colinesterases (oximas) 
 
Drogas Antagonistas Colinérgicas ou Antimuscarínicas 
 
 Agentes antimuscarínicos ou parassimpatolíticos – antagonizam competitivamente a Ach em seus receptores 
 Principais usos clínicos 
- Relaxante da musculatura lisa dos brônquios, trato urinário e digestivo 
- Midriáticos 
- Antídoto de altas doses de colinomiméticos ou na intoxicação por organofosforados 
 
 Classificação 
 
 Antimuscarínicos de ocorrência natural 
- Atropina 
- Escopolamina ou hioscina 
 Análogos sintéticos dos muscarínicos 
- Glicopirrolato 
 
 Mecanismo de Ação 
 
 Antimuscarínicos ou agentes bloqueadores muscarínicos 
 Atuam competitivamente bloqueando as ações da Ach nos receptores muscarínicos 
 *Antidepressivos, neurolépticos e anti-histamínicos também bloqueiam os receptores muscarínicos! 
 
 Efeitos farmacológicos 
 
Todos os antagonistas muscarínicos produzem efeitos muito semelhantes, embora alguns possam ser mais seletivos para 
determinados órgãos! 
 
 SNC – excitação ou depressão (sonolência, amnésia e fadiga); depende da droga e dose utilizada. 
- Atropina versus Glicopirrolato 
 Sistema cardiovascular – aumento da frequência cardíaca; poucos efeitos sobre os vasos e pressão arterial 
 TGI – redução no tônus, na amplitude e na frequência das contrações peristálticas 
 Secreções – diminuição das secreções das glândulas salivares, sudoríparas, lacrimais e brônquicas 
 Sistema respiratório – broncodilatação e redução das secreções respiratórias 
 Músculo liso – relaxamento da musculatura lisa bronquiolar e das vias urinárias 
 Olho – midríase e ciclopegia (paralisia da acomodação visual) 
 
 Usos terapêuticos 
 
 Diminuição da motilidade do TGI 
 Redução das secreções 
 Broncodilatação 
 Tratamento de bradicardia (reflexo vagal) Tratamento das intoxicações por anticolinesterásicos 
 
 Efeitos colaterais 
 
 Ressecamento da boca – dificultando deglutição e conversação 
 Taquicardia indesejável 
 Retenção urinária (uso prolongado) 
*Contraindicado em casos de glaucoma

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