Buscar

Reprodução sexuada de plantas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
REPRODUÇÃO EM PLANTAS SUPERIORES 
1. INTRODUÇÃO 
Desde que surgiu a vida na terra, a aproximadamente 1,5 bilhões de anos, muitas das 
potencialidades dos seres vivos se modificaram, com exceção de uma: a sua capacidade de 
reprodução, não fosse esta capacidade estes seres teriam desaparecido logo após sua primeira 
geração (COUTINHO, 1975). 
 Em plantas superiores existem dois tipos de reprodução: a sexual e a assexual, sendo 
que a primeira se caracteriza pela formação de gametas por processo de meiose com 
fertilização através da fusão dos gametas masculino e feminino e formação de um embrião 
com posterior formação de semente. Já na propagação vegetativa, ou reprodução assexuada, 
não ocorre esta fusão, as plantas são formadas por divisão celular (mitose) de vários órgãos 
vegetativos, tais com: raiz, tubérculos, estolões, colmos, manivas, borbulhas, rebentos, 
estacas, ou até mesmo por culturas de tecidos. (BESPALHOK, 2010). 
 
2. REPRODUÇÃO ASSEXUAL 
A propagação assexual normalmente ocorre divisão do corpo vegetativo que continua 
em crescimento separadamente. Em plantas superiores órgãos desprendidos ou parte deles 
tem capacidade de se regenerar e formar uma nova planta. (NULTITSCH, 2000).Segundo 
Wendling (2009) esta capacidade regenerativa é devido à totipotencialidade das células 
vegetais em manifestar em momentos diferentes e através de estímulos e condições 
apropriadas a capacidade de geração de um novo individuo multicelular a partir de uma célula 
mãe. 
 A propagação vegetativa permite que cultivares que não produzem sementes viáveis 
sejam multiplicadas e cultivadas. Em algumas espécies este método é mais fácil, mais rápido 
e mais econômico que por sementes verdadeiras (MCKEY, 2010 citado por BISOGNIN, 
2011). Wendling (2009) descreve que entre as principais vantagens de cultivos de propagação 
vegetativa em sistemas florestais estão a formação de plantios clonais de alta produtividade, e 
uniformidade, a multiplicação de indivíduos resistentes ao ataque de pragas e doenças e de 
alta adaptabilidade ao clima de instalação. Dentre as desvantagens o autor cita o risco de 
2 
 
estreitamento genético em plantios clonais quando utilizado baixo número de plantas mãe, o 
não ganho de variabilidade genética e a dificuldade de enraizamento em algumas espécies. 
Raven et al. (1994) descreve que a propagação vegetativa é reposta evolutiva de 
espécies que sofreram pressões do meio, entretanto, esta “escolha” restringe severamente a 
capacidade e a habilidade de adaptações em casos de novas pressões. Nas plantas que se 
reproduzem sexuadamente esta habilidade e capacidade são garantidas pela recombinação 
genética. 
Em algumas espécies de plantas as sementes são formadas sem que haja fertilização e 
conseqüente meiose, num processo conhecido por apomixia, neste caso, como não há 
cruzamento, as sementes são geneticamente idênticas à planta mãe. A apomixia pode ser 
facultativa ou obrigatória: no primeiro caso os descendentes podem ser de orientação sexual 
ou apomítica, como o Citrus e a mangueira, no segundo caso não ocorrem descendentes de 
origem sexual, como no alho. Algumas forrageiras cultivadas no Brasil são apomíticas, caso 
dos Panicum e da Brachiaria (BESPALHOK, 2010). 
O grau de sucesso obtido na propagação vegetativa é influenciado pela espécie/clone, 
pela estação do ano, pelas condições fisiológicas da planta mãe, pelas variações nas condições 
climáticas, pela posição do propágulo na planta mãe, pelo tamanho, pelo tipo e pela hora de 
coleta do propágulo, pelo meio de enraizamento, pelas substâncias de crescimento e pelos 
fungicidas utilizados (WENDLING, 2003). 
 
3. REPRODUÇÃO SEXUAL 
A reprodução sexual apresenta algumas vantagens reprodutivas quando comparada 
com a reprodução vegetativa, na reprodução sexual através da polinização ocorre a 
recombinação de genes produzindo variabilidade genética fornecendo mecanismos para a 
evolução das espécies (RAVEN, 1994). 
A polinização é simplesmente a deposição do grão de pólen na estrutura reprodutiva 
feminina da flor e pode ocorrer por autofecundação e por fecundação cruzada, no segundo 
caso permitindo que ocorra a recombinação gênica. Existe em diversas espécies mecanismos 
que impedem a autofecundação. A dicogamia é o amadurecimento dos órgãos reprodutivos 
em épocas diferentes, a protondria o amadurecimento dos estames primeiro e a protoginia o 
3 
 
amadurecimento dos pistilos primeiro, a hercogamia em que os órgãos reprodutivos estão em 
uma posição que dificulta o pólen cair no estigma e a autoincompatibilidade genética onde os 
grãos de pólen são incompatíveis com o estigma da própria planta sendo só polinizavel por 
flores de outras plantas (AMABIS, 2004). 
No estigma o grão de pólen é umedecido e germina formando o tubo polínico que 
passa pelo estilete e desce em direção ao ovário onde está o óvulo. Ao alcançar o ovário o 
grão de pólen já terá sofrido divisão mitótica e gerado dois núcleos espermáticos. Um dos 
núcleos espermáticos se funde a oosfera que irá originar o zigoto, enquanto o outro se funde 
aos dois núcleos polares que dará origem ao endosperma ou albume. O zigoto e o endosperma 
se desenvolverão e dará origem a semente (RAVEN, 1994). 
A polinização em angiospermas pode ocorrer através de diversos agentes com o vento, 
insetos, pássaros, morcegos e a água. As flores polinizadas por animais possuem mecanismos 
de atração como as glândulas odoríferas, nectários e cores atrativas (LAURENCE, 2005). Em 
algumas plantas como o maracujá-amarelo os índices de polinização e produtividade são 
aumentados quando polinizadas por mamangavas (FREITAS, 2003). 
As plantas que são autopolinizadas e autofecundadas são chamadas de autógamas, e as 
plantas que tem polinização e fecundação cruzada são chamadas de alógamas (BUENO, 
2001). 
3.1.Estrutura da inflorescência 
 A flor é composta pelo cálice, corola, gineceu (ovário, estilete e estigma) e androceu 
(filete e antera), sendo somente esses dois últimos responsáveis pela produção de gametas. 
Geralmente nas flores existe uma folha modificada chamada bráctea, que em algumas 
espécies são coloridas e grandes (LAURENCE, 2005). Existem flores andróginas que possui 
os estames e o pistilo chamados de flores perfeitas e aquelas que possuem somente os estames 
ou o pistilo chamados de flores imperfeitas. Quando a planta possui os dois sexos, porém em 
flores separadas, trata-se de espécie monóica, quando em plantas diferentes, a espécie é dióica 
(BUENO, 2001). 
Em diversas espécies as flores se agrupam formando inflorescência. Existem diversos 
tipos de inflorescências os mais comuns são os cachos, flores com pedúnculos longos unidos 
no mesmo eixo; espiga, flores sem pedúnculo (sésseis) unidas em um mesmo eixo; panícula, 
cachos compostos no qual os ramos vão diminuindo da base para o vértice, assumindo forma 
4 
 
piramidal; espádice, flores sésseis em um eixo carnudo envolvido por uma bráctea; umbela, 
flores com pedúnculos de mesmo tamanho que partem do mesmo ponto; umbela composta, 
umbelas com pedúnculos de mesmo tamanho que partem do mesmo ponto; e capítulo, flores 
sésseis e pequenas sobre um receptáculo discóide (AMABIS, 2004). 
4. A REPRODUÇÃO SEXUAL E OS FATORES AMBIENTAIS 
 O estresse hídrico influencia de uma forma significativa na reprodução sexual das 
plantas, podendo acelerar ou sincronizar o florescimento em algumas frutíferas reduzindo o 
crescimento das plantas afetando vários processos fisiológicos como: fotossíntese, respiração, 
reprodução e produção frutos. O estresse é considerado como um desvio significativo das 
condições ótimas para a vida, e induz a mudanças e respostas em todos os níveis funcionais 
do organismo, as quais são reversíveis a princípio, mas podem se tornar permanentes 
(LARCHER, 2006). 
Algumas espécies vegetais que passam por estresse hídrico possuem mecanismos de 
tolerância, definido como hidroperiodismoque designa a relação planta água, na qual a 
transição de secura para umidade tem papel decisivo na floração e no crescimento de algumas 
espécies (FRANCO, 1962). A temperatura é outro fator que influencia diretamente alguns 
processos biológicos dos vegetais superiores tais como a floração e o crescimento, uma vez 
que afeta diretamente os processos metabólicos e produção de fotoassimilados (ANDRIOLO, 
2000). 
Na reprodução do tomateiro, as temperaturas diurnas e noturnas afetam diretamente no 
metabolismo. Durante a noite com 18°Co transporte de fotoassimilados produzidos na fase 
diurna diminui sendo retomado somente na presença de luz (PAPADOPOULOS e TISSEN, 
1983). Neste caso o termo periodismo está influenciando as reações metabólicas, baseado em 
condições de baixas temperaturas a noite e moderadas durante o dia, como consequência esta 
espécie detém um maior acréscimo de montagem fotossintético gerado em relação a 
ocorrência de situações noturnas elevadas (MAYER, 1983citado por KOLLER, 1994). 
As queimadas podem interferir na estrutura e composição de espécies em dada 
comunidade através dos seus efeitos na reprodução sexuada (OLIVEIRA, 1998). Elas 
interferem em varias fases da planta como na floração, reprodução, produção de frutos e 
sementes e principalmente na arquitetura estrutural da planta. O efeito do fogo na reprodução 
5 
 
e na densidade total de indivíduos na área sujeita a queimadas tem servido como método de 
seleção natural de plantas resistentes, dessa forma, somente plantas selecionando e adaptadas 
com resistentes à seca e ao efeito das queimadas consegue concluir seu ciclo vegetativo. A 
germinação das sementes dessas árvores do cerrado tem grande tolerância à alta temperatura 
promovida pelo fogo, suportando até 80ºC por 10 minutos. Queimadas em períodos 
diferenciados comprometem a germinação das sementes (FELFILI, 1999). 
5. FOTOPERÍODO 
O fotoperíodo é definido como o tempo, dentro de 24 horas do dia em que há luz 
terrestre ou sol brilhante, ou seja, o tempo entre o nascer e o por do sol (CAMARA, 1997). A 
luz age diretamente no metabolismo vegetal, atuando na respiração e fotossíntese e 
automaticamente na reprodução, pois sem essa fonte de energia não haveria a produção de 
amido, e isso implicaria diretamente na produção dos órgãos reprodutivos da planta, (ovário, 
gametas, pólen, etc.), levando assim a não polinização, ou seja, propagação da espécie 
(GOUDRIAAN; LAAR, 1994). 
A germinação depende de fatores internos e externos à semente, dentre os quais a 
água, a temperatura, o oxigênio e a luz são os mais importantes (SANTOS, 2004). Segundo 
Nultitsch (2010), o rendimento de um processo que necessita de energia luminosa, em 
primeira estância, depende das condições da radiação, desta forma esse processo continua até 
que seja alcançado o valor de saturação. 
A incidência de luz beneficia na germinação das espécies em geral, mas algumas, em 
particular, têm maior resposta quanto à radiação solar, isso acontece graças a um pigmento 
chamado Fitocromo. Os valores de saturação para as plantas adaptadas a sombra são 
menores, e por isto são alcançados antes que nas plantas adaptadas a uma maior incidência de 
sol. Tudo acontece nos seguintes procedimentos: A germinação e o florescimento ocorrem em 
resposta à luz vermelha e a luz vermelho-distante. Posteriormente, a luz vermelha (660 nm) 
ativa Prl evando-o a forma Pfr em seguida a luz vermelho-distante (730 nm) desativa Pfr, 
levando-o a forma Pr terminando assim o ciclo (NULTITSCH, 2010). 
Essas espécies são classificadas como plantas de dias longos ou plantas do dia e 
plantas de dias curtos ou plantas da noite. Plantas de sombra têm um ponto de compressão 
mais baixo do que as plantas do sol. Por isso elas conseguem realizar seu ciclo reprodutivo 
mesmo sob baixas intensidades de luz, nas quais as plantas de sol já mostram um balanço 
negativo. (NULTITSCH, 2010). 
6 
 
Fotoperíodo, temperatura e precipitação são os fatores climáticos mais importantes 
para selecionar uma região para o cultivo e produção de soja. A soja é sensível à duração das 
horas de luz do dia, florescendo quando o comprimento dos dias é inferior a determinado 
valor, denominado fotoperíodo crítico. No entanto, segundo Rodrigues (2001), a sensibilidade 
fotoperiódica da soja varia com o genótipo e, nas cultivares sensíveis, a resposta ao 
fotoperíodo é quantitativa e não absoluta, o que significa que a floração ocorrerá de qualquer 
modo. De acordo com, a melhor época teórica de semeadura da soja em qualquer região apta 
ao seu cultivo situa-se entre 30 e 45 dias antes do solstício de verão (21 de dezembro), pois 
possibilita tempo suficiente para a planta desenvolver-se com altura e porte compatíveis com 
elevada produtividade e colheita mecânica (FIETZ, 2008). 
Crusciol (2002) afirma que a maior parte da cultura da soja, no Brasil é semeada no 
mês de novembro, por possuir as características fisiológicas de uma planta termo e 
fotossensível, e também às condições agroclimáticas do país. Atualmente, novas alternativas 
de época de semeadura têm sido pesquisadas, em função da necessidade de rotação com 
outras culturas e a possibilidade de uma segunda safra em um mesmo ano agrícola. 
Entretanto, tem-se obtido sucesso com o cultivo da soja fora da época convencional quando 
da utilização de cultivares de ciclo médio a tardio. Contudo, o cultivo de soja em condições de 
dias curtos diminui o tempo para o início do florescimento, principalmente em cultivares 
considerados de ciclo tardio, que crescem menos, refletindo em menor altura da planta, aliado 
a uma menor altura de inserção das primeiras vagens afetando negativamente a produtividade 
e aumentando as perdas de produção na cultura, concluindo - se que o período vegetativo de 
emergência para floração e o período juvenil são significativamente afetada pelo fotoperíodo 
e temperaturas diferentes (LAZARINI, 1995). 
 
6. VERNALIZAÇÃO 
A vernalização é o processo pelo qual as plantas são induzidas a florescer através da 
exposição a temperaturas baixas não congelantes. Este termo deriva de uma palavra Russa 
que significa transformar em primavera, refletindo a capacidade de um tratamento de frio para 
tornar uma planta de inverno em uma planta de primavera. A vernalização refere-se 
especificamente à ativação ou aceleração do florescimento induzida pela exposição da planta 
ao frio, como e o caso do lírio que requer exposição dos bulbos a baixas temperaturas do ar 
7 
 
para entrar na fase reprodutiva (ROH; WILKINS, 1977). Alguns experimentos realizados 
utilizando esta técnica servem de parâmetros para entendermos comportamento de algumas 
espécies quando submetidas a vernalização. Por exemplo, em trigo (Triticum aestivum L.) 
existem evidências de que plantas não vernalizadas apresentam menor taxa de emissão de 
folhas, ou seja, maior fitocromo (CUTFORTH, 1992). 
A vernalização ocorre mais comumente em plantas anuais de inverno como o (centeio) 
e plantas bianuais, estas plantas tem um ciclo de vida curto onde emprega toda energia para 
reproduzir, tanto que normalmente elas florescem e morrem. Assim cereais de inverno são 
plantadas no outono, eles germinam e atravessam o inverno como pequenas plantas, 
reassumem o crescimento na primavera e são colhidos na metade do verão (CUTFORTH, 
1992). 
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
As formas de reprodução em plantas superiores, sexual ou assexual é fruto de uma 
estratégia evolutiva natural. A pressão exercida por fatores climáticos, bióticos e abióticos fez 
com que estes seres fossem se adaptando as condições de competição, evoluindo para formas 
que fossem capazes de manter seu ciclo vegetativo e perpetuar espécie ao longo da história. 
Algumas plantas deixaram a forma sexual e evoluíram para a vegetativa, outras evoluíram 
para as duas formas. Adaptações ao clima como a vernalização e aos excessos de queimadas 
em áreas peculiares, estratégiaspara reprodução em diferentes intensidades de umidade do ar 
e do solo, temperatura, e fotoperíodo foram realizados evolutivamente de forma que estas 
plantas fossem selecionadas por um processo natural. 
O conhecimento a respeito da fisiologia reprodutiva e capacidade de adaptação destas 
plantas são imprescindíveis no sucesso de implantação de culturas comerciais. A escolha da 
variedade a ser implantada deve seguir alguns preceitos lógicos, desta forma, variedades de 
exclusiva de clima temperado devem ser evitadas em climas tropicais e vice versa, desta 
forma é possível assegurar produtividades que sejam economicamente viáveis. Da mesma 
forma o conhecimento a respeito da fisiologia da reprodução assexual em espécies de 
interesse e suas respectivas técnicas de propagação vegetativa permitem a manipulação destas 
plantas de forma a selecionar artificialmente aquelas mais resistentes as variações do clima, 
mais resistentes ao ataque de pragas e doenças, mais produtivas e consequentemente mais 
rentáveis economicamente. 
8 
 
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Biologia: Biologia dos organismos. 2. ed. São Paulo: 
Moderna, 1996. 610 p. 
ANDRIOLO, J.L. Fisiologia da produção de hortaliças em ambiente protegido. Horticultura 
Brasileira, Brasília, v.18, n. 1, p.26-33, 2000. 
BESPALHOK F., J.C.; GUERRA, E. P.; OLIVEIRA, R.Sistemas Reprodutivos de Plantas 
Cultivadas. In:BESPALHOK F., J.C.; GUERRA, E. P.; OLIVEIRA, R. Melhoramento de 
plantas. cap. 4, p. 11-17.Disponível em: 
<www.bespa.agrarias.ufpr.br/paginas/livros/capitulos%204.pdf>. Acesso em: 15 jul. 2013. 
BISOGNIN, Dilson Antônio. Breeding vegetatively propagated horticultural crops. Crop 
Breeding and Applied Biotechnology, Viçosas, v. 11, n. SPE, p. 35-43, 2011.Disponível 
em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1984-70332011000500006&script=sci_arttext>. 
Acesso em: 16 jul. 2013. 
BUENO, L. C. de S.; MENDES, A. N. G.; CARVALHO, S. P. de. Reprodução das plantas 
cultivadas. In. BUENO, L. C. de S.; MENDES, A. N. G.; CARVALHO, S. P. de. 
Melhoramento genético de plantas: princípios e procedimentos. Lavras: UFLA, 2001. cap. 
5, p. 45-63. 
CAMARA, G.M.S. et al. Influence of photoperiod and air temperature on the growth, 
flowering and maturation of soybean (Glycine max (L.) 
Merrill). Scientia Agricola, Piracicaba, v. 54, n. spe, p. 149-154, 1997. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-
90161997000300017&script=sci_arttext&tlng=pt>. Acesso em: 15 jul. 2013. 
COUTINHO, L. M. Curso de ciências biológicas: Botânica, 2. ed. São Paulo: Cultrix, 
1975.p. 251. 
CRUSCIOL, C. A. C. et al. Produção e qualidade fisiológica de sementes de soja avaliadas na 
semeadura de inverno. Scientia Agricola, Piracicaba, v. 59, n. 1, p. 79-86,2002.Disponível 
em: < http://www.scielo.br/pdf/sa/v59n1/8078.pdf>. Acesso em: 15 jul. 2013. 
CUTFORTH, H. W.; JAME, Y. W.; JEFFERSON, P. G. Effect of temperature, vernalization 
and water stress on phyllochron and final main-stem leaf number of HY320 and Neepawa 
spring wheats. Canadian Journal of Plant Science, v. 72, n. 4, p. 1141-1151, 1992. 
http://www.bespa.agrarias.ufpr.br/paginas/livros/capitulos%204.pdf
9 
 
FELFILI, J.M. et al. Estudo fenológico de Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville no 
cerrado sensu stricto da Fazenda Água Limpa no Distrito Federal,Brasil. Revista Brasileira 
de Botânica, São Paulo, v. 22, n. 1, p. 83-91, 1999. Disponível em: 
<http://repositorio.unb.br/handle/10482/10302>. Acesso em: 15 jul. 2013. 
FREITAS, B. M.; FILHO, J. H. de O. Nichos racionais para mamangava (Xylocopa frontalis) 
na polinização do maracujá-amarelo (Passiflora edulis). Ciência Rural, Santa Maria, v. 33, n. 
6,p.1138-1139, 2003.Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/6686791/Ninhos-Racionais-
Para-Mamangava>. Acesso em: 15 jul. 2013. 
FIETZ, C. R.; RANGEL, M. A. S. Época de semeadura da soja para a região de Dourados - 
MS, com base na deficiência hídrica e no fotoperíodo. Engenharia Agrícola, Jaboticabal, v. 
28, n. 4, p. 666-672, 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/eagri/v28n4/06.pdf>. 
Acesso em: 15 jul. 2013. 
FRANCO, C. M. Fisiologia do Cafeeiro. Campinas, Secretária da Agricultura, Centro 
de Treinamento. p 40.1962 
GOUDRIAAN, J.; LAAR, H.H. van. Modeling potential crop growth processes: textbook 
with exercises. Dordrecht: Kluwer Academic Publishers, 1994. 238p. 
KOLLER, O. C. Citricultura: laranja, limão e tangerina. Porto Alegre: Rigel, 1994. 92 p. 
LARCHER, W. Ecofisiologia Vegetal. São Carlos: RIMA, 2006. 531p. 
LAURENCE, J. Biologia. São Paulo: Nova Geração, 2005. 696 p. 
LAZARINI, E. Avaliação das características agronômicas e análises nutricionais de genótipos 
de soja semeadas em diferentes épocas, em Jaboticabal-SP. Jaboticabal, 1995. 197p. Tese 
(Doutorado) ¾ Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista 
"Júlio de Mesquita Filho". 
NULTSCH, W. Botânica Geral. 10. ed. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. 
OLIVEIRA, P.E. 1998. Fenologia e biologia reprodutiva das espécies de cerrado. p. 
169-192. In: Sano, S.M.; Almeida, S.P. de. Cerrado: ambiente e flora. 
Brasília,Embrapa. 
PAPADOPOULOS, A.P.; TISSEN, H.; Root and air temperature effects on the 
flowering and yield of tomato.Journal American Society for Horticultural Science, 
v.108, p.805-809, 1983. 
10 
 
RAVEN, P. H. et al. Biologia Vegetal. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. 728 
p. 
RODRIGUES, Osmar et al. Resposta quantitativa do florescimento da soja à temperatura e ao 
fotoperíodo. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 36, n. 3, p. 431-437, 2001. 
ROH, M S.; WILKINS, H.F.; The effects of bulb vernalization and shoot photoperiod 
treatments on growth and flowering of LiliumlongiflorumThunb. cv. Nellie White. Journal of 
the Americam Society for Horticultural Science, Boston, v.102, n.3, p.229-235, 1977. 
SANTOS, C. M. R. dos; FERREIRA, A. G.; ÁQUILA, M. E. A. Características de frutos e 
germinação de sementes de seis espécies de Myrtaceae nativas do Rio Grande do Sul. Ciência 
Florestal, v. 14, n. 2, 2004. 
UTFORTH, H.W.; JAME, Y.W.; JEFFERSON, P.G.; Effect of temperature, vernalization and 
water stress on phyllochronand final main-stem leaf number of HY320 and Neepawa spring 
wheats. Canadian Journal of Plant Science, Ottawa, v.72, n.10, p.1141-1151, 1992. 
WENDLING, I. S. RL. Silvicultura Clonal: princípios e técnicas. Viçosa-MG: UFV, 2009. 
272 p.

Continue navegando