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Nivya Moraes P2/UC4 UNIT – AL 1 AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO HEPÁTICA FÍGADO ENVOLVIMENTO EM TRÊS SISTEMAS: HEPATÓCITO: processo bioquímico fundamental TRATO BILIAR: excreção de bilirrubinas SISTEMAS RETICULOENDOTELIAL: metabolismo da hemoglobina e das bilirrubinas FUNÇÕES Recebe, processa e armazena aminoácido, glicídios, ácidos graxos, colesterol, vitaminas, libera metabólicos do aparelho digestivo Sintetiza muitas proteínas plasmáticas, albumina, globulinas, fatores de coagulação, proteínas de transportes Principal órgão e detoxicação MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DE PROBLEMAS HEPÁTICOS SÓ APARECEM COM MAIS OU MENOS 80 OU 90% DO COMPROMETIMENTO DO FÍGADO Icterícia, Urina escura, Fezes claras, Esteatose hepática, Dor abdominal, Acúmulo de amônia, Hipertensão portal, Ascite ( aumento do abdomen devido ao acúmulo de líquidos), Edemas periféricos, Anormalidades sanguíneas, Proteínas inflamatórias Nivya Moraes P2/UC4 UNIT – AL 2 TESTES BIOQUÍMICOS Os testes bioquímicos das condições hepáticas baseiam-se na medida de substâncias liberadas devido ao dano celular, como as enzimas endógenas, ou a análise de substâncias metabolizadas ou produzidas pelo fígado: bilirrubinas, albumina e fatores de coagulação BILIRRUBINAS 70% - eritrócitos 15% - fontes hepáticas Outros 15% - rins e medula óssea Não são enzimas Servem como um ótimo parâmetro para diagnóstico da hepatite A, pois expressam o grau de icterícia que o paciente se encontra DOSAGENS DE BILIRRUBINAS Conjugada (direta) Não-conjugada (indireta) Bilirrubina total: < 1,2 – 1,5 gm/dL (70% é de bilirrubina indireta (não-conjugada) Quando destrói as hemácias libera a hemoglobina (grupamento m e grupamento globina) grupamento heme é tóxico aí é transformado em bilirrubina indireta ou não conjugada (lipossolúvel) vai pro fígado onde é conjugada em bilirrubina direta (urobilinogênio) esse urobilinogênio pode ser liberado nas fezes ou pela urina MÉDIA DE VIDA DAS HEMÁCIAS: 120 DIAS ICTERÍCIA PRÉ-HEPÁTICA Aumento na destruição eritrocitária A taxa de lise das hemácias e produção de bilirrubina é superior a capacidade do fígado conjuga-la Ocorrem em: eritroblastose fetal, anemias hemolíticas, transfusões etc Bilirrubina indireta elevada ICTERÍCIA HEPÁTICA Lesão hepática Conjugação da bilirrubina diminuída (bilirrubina indireta aumentada) Bilirrubina conjugada não é secretada na bile, mas sim no sangue (bilirrubina direta aumentada) Ocorrem em: cirrose e hepatites Tipos de bilirrubinas: B., D, I, B. total (todas), aumentadas Lesão dos hepatócitos não acontece a conjugação da bilirrubina aumento da bilirrubina indireta icterícia hepática CIRROSE – bilirrubinas totais, direta e indireta são aumentadas PROTEÍNAS SÍNTESE 90% de todas as proteínas 100% de proteínas específicas (albumina) Vários fatores de coagulação níveis séricos de proteínas totais e albumina importantes indicadores da função hepática Geralmente dosa as proteínas totais e a albumina para avaliar a capacidade de síntese do fígado AVALIAÇÃO LABORATORIAL PROTEÍNAS RELACIONADAS COM A FUNÇÃO HEPÁTICA Nivya Moraes P2/UC4 UNIT – AL 3 PROTEÍNAS PLASMÁTICAS LESÃO CRÔNICA Diminuição na síntese e concentrações das proteínas plasmáticas Diminuição: albumina, α1, α2, β e imunoglobulinas LESÃO AGUDA Aumento das proteínas na fase aguda Diminuição: albumina Aumento: α1 e α2 TP: avalia fatores da via extrínseca da coagulação (II,V,VII,X) Fatores dependentes de vitamina L O TP geralmente é normal ou levemente prolongado na maioria dos pacientes com hepatite aguda infecciosa ou tóxica Em pacientes com hepatites fulminantes de etiologia infecciosa ou tóxica o tp é signitivamente aumentado Um prognóstico ruim é um rápido aumento nos valores em amostras seriadas TP: via extrínsceca de coagulação TAP: tempo que leva para formar o coágulo pela via extrínsceca (valor normal: 10-14 segundos) Síntese e degradação de aminoácidos – AST E ALT TGO = AST 80% nas mitocôndrias dos hepatócitos Maior proporção: fígado, miocárdio, músculo esquelético Menor proporção: rins, pulmões, pâncreas, baço, cérebro, eritrócitos VR: 5 – 34 U/L Nivya Moraes P2/UC4 UNIT – AL 4 TGP = ALT Citoplasma dos hepatócitos VR: 6 – 37 U/L RAZÃO DE RITIS AST/ALT < 1 (hepatopatias virais agudas) > 1 (hepatopatias crônicas) Cirrose alcoolica, hepatite crônica obstrutiva Exemplos: AST: 11OU/L e ALT 69U/L 110/68 = 1,6 (hepatopatia crônica) Hepatopatia crônica: cirrose hepática, hepatites etc. AST: 385U/L e ALT: 788U/L 385/788 = 0,5 (hepatopatia viral aguda) AUMENTO DAS AMINOTRANSFERASES HEPATITE VIRAL AGUDA Os níveis séricos elevam-se uma a duas semanas antes do início dos sintomas Podem atingir até 100 vezes os limites superiores da referência Atividade máxima ocorre entre o 7º e o 12º dia, declinando entre a 3ª e a 5ª semana após o desaparecimento dos sintomas HEPATITES B e C Ocorrem pequenos aumentos de aminotransferases CIRROSE Níveis séricos estão aumentados até 5 vezes os limites de referência Neste caso TGO > TGP MONONUCLEOSE INFECCIOSA Ocorrem elevações de até 20 vezes superiores aos valores de referência INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO TGO eleva-se depois de 6 à 8 horas após o IAM Atinge o pico máximo entre 18 a 24 horas e retorna ao normal depois de 4 a 5 dias Possui baixa sensibilidade e especificidade que levaram a exclusão como diagnóstico laboratorial do IAM DISTROFIA MUSCULAR PROGRESSIVA E DERMATOMIOSITE Elevação de 4 a 8 vezes da TGO e ocasionalmente TGP EMBOLIA PULMONAR Aumento da TGO de 2 à 3 vezes o valor de referência PANCREATITE AGUDA Aumento da TGO de 2 à 5 vezes o valor de referência GGT: GAMA GLUTAMILTRANSPEPDASE Bastante utilizada em distúrbios hepáticos Elevada nas hepatites, cirroses, consumo de álcool, esteatose hepática, obstruções intra e extra hepáticas Melhor enzima que encontra-se elevada em pacientes que fazem uso de álcool com frequência, visto que tem seletividade para o etanol Sempre associar GGT ao consumo de álcool Paraccetamol e corticoides elevam GGT – deve- se avaliar a função hepática antes de receitar tais medicamentos VR: 8 – 61U/L (homens) e 5 – 36 (mulheres) HEPATITE A: transaminases e GGT são as melhores enzimas para diagnosticar e acompanhar este tipo de hepatite FOSFATASE ALCALINA Amplamente distribuída nos tecidos humanos, principalmente na mucosa intestinal, rins, baço, ossos, leucócitos e placenta (3º trimestre de gravidez) Elevada em obstruções intra hepáticas, carcinomas, metástases e durante o crescimento ósseo Nas hepatites possuem elevações discretas Fosfatase alcalina elevada: destruição dos tecidos humanos VR: adulto < 125 U/L Nivya Moraes P2/UC4 UNIT – AL 5 Representa pouco significado em desordes hepáticas, sendo melhor utilizada para lesões ósseas e grau de metástase MARCADORES ESPECIAIS Anticorpos anti-nucleares de DNA (LES) Hepatites (A,B,C,D,E) Anticorpos antimitocondriais CASO CLÍNICO Paciente masculino, 65 anos, tabagista e elitista há mais de 40 anos, foi recebido em sala de emergência devido à mal estar geral e dores no corpo, queixando-se de vômito com sangue e melena. Após exame clínico geral, foi solicitado exame endoscópio que demonstrou a presença de varizes esofágicas. O médico, então, solicitou exames de sangue para o paciente visando entender melhor seu quadro clínico, suspeitando que ele tenha desenvolvido as varizes devido a sua extensa história de lesãohepática decorrente do uso de álcool De acordo com esse quadro clínico, quais os seguintes exames seriam os mais indicados para que a função hepática fosse avaliada? A) Dosagem de hemoglobina e hematócrito, TAP, TTPa, TGO, TGP B) AST, ALT, Bilirrubinas totais e frações, gama GT, amilase e fosfatase alcalina C) VHS, FAN, fator reumatoide e gama GT D) Gama GT, fosfatase alcalina, IgM e IgG RESPOSTA: B
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