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Caso 7

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 
 
 
Caso Concreto 7 
Ezequiel de Faria Camacho 
 
 
 
Trabalho da disciplina: Direito Constitucional Avançado 
 Prof.: Felice Valentino Caio Filardi 
 
 
Rio de Janeiro 
2020
http://portal.estacio.br/
 
 
 
2 
Questão discursiva: 
O Procurador Geral da República ajuizou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade em 
face da Lei distrital n. 3.669/2005, que cria a carreira de atividades penitenciárias e 
respectivos cargos no quadro de pessoal do Distrito Federal. Alega, em síntese, que o 
DF teria usurpado competência da União (arts. 21, XIV c/c 32, § 4°, CRFB/88), que 
atribui a responsabilidade pelas funções exercidas por tal carreira aos agentes 
penitenciários integrantes da carreira da polícia civil. Citado na forma do art. 103, § 3°, 
CRFB/88, o Advogado Geral da União manifestou-se pela procedência da ação, 
pedindo, consequentemente, a declaração de inconstitucionalidade da referida lei 
distrital. Diante de tal situação, responda, justificadamente: 
Poderia o AGU ter deixado de proceder à defesa do ato normativo impugnado? 
R: Não. O AGU deve defender a constitucionalidade do ato questionado conforme 
determina o art. 103 § 3º da CRFB/88 que diz que quando o STF apreciar a 
inconstitucionalidade de norma legal ou ato normativo, citará o Advogado-Geral da 
União, que defenderá o ato ou texto impugnado. Contudo, entendimento mais recente 
do STF diz que o AGU pode agir de acordo com suas convicções nos termos da 
Constituição, defendendo a União e não o Ato Normativo em si. Trata-se de uma 
ponderação entre os art. 103 p. 3º e art. 131, CF/88. 
 
PROCESSO OBJETIVO – ADVOGADO-
GERAL DA UNIÃO. A teor do disposto no artigo 
103, S 3o da Carta Federal, no processo objetivo 
em que o Supremo aprecia a inconstitucionalidade 
de norma legal ou ato normativo, o Advogado-
Geral da União atua como curador, cabendo-lhe 
defender o ato ou texto impugnado, sendo 
imprópria a emissão de entendimento sobre a 
procedência da pecha. SUBSÍDIOS - 
DEFENSORIA PÚBLICA E PROCURADOR 
DO ESTAWO - VINCULAÇÃO PERCENTUAL 
AO QUE PERCEBIDO POR MINISTRO DO 
SUPREMO - INCONSTITUCIONALIDADE. 
Conforme reiterados pronunciamentos deste 
Tribunal, descabe vincular subsídios de agentes 
públicos, ainda que a partir de certa percentagem, 
ao que percebido por Ministro do Supremo - 
precedentes. (STF - ADI: 4667 TO 9954968-
24.2011.1.00.0000, Relator: Wo MARCO 
AURÉLIO, Data de Julgamento: 22/06/2020, 
Tribunal Pleno, Data de Publicação: 06/10/2020)

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