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REUTILIZAÇÃO DO SACO DE CIMENTO NA CONSTRUÇÃO

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6
PRÓ-REITORIA ACADÊMICA – PROAC 
ASSESORIA ACADÊMICA – ASAC 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
 PROJETO INTEGRADOR
RESÍDUOS DE SACOS DE CIMENTO NA PRODUÇÃO DE ARGAMASSA, A SUA UTILIZAÇÃO NA ALVENARIA DE VEDAÇÃO E SEU CUSTO-BENEFÍCIO.
Orientador(a): Dr. Thiago da Silva Almeida
Orientado(s): Ricardo Vieira Alves - 1220210287
		Patrick Daniel Gonçalves de Amorim - 141021142
		
JOÃO PESSOA - PB 
2018.2
RICARDO VIEIRA ALVES
PATRICK DANIEL GONÇALVES DE AMORIM
RESÍDUOS DE SACOS DE CIMENTO NA PRODUÇÃO DE ARGAMASSA, A SUA UTILIZAÇÃO NA ALVENARIA DE VEDAÇÃO E SEU CUSTO-BENEFÍCIO.
Trabalho apresentado ao Curso de Bacharelado em Engenharia Civil do Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ, como requisito da obtenção da nota do Projeto Integrador do 2º estágio.
Orientador(a): Dr. Thiago da Silva Almeida
JOÃO PESSOA – PB
2018.2
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1. Na Figura 1, apresenta-se um gráfico da origem dos RCC, dividido em percentuais entre: reformas, construção de residências novas e construção de prédio novos	9
FIGURA 2. A figura 2 mostra sacos de cimento embalados com papel kraft	10
FIGURA 3. Aspecto macroscópico da polpa de celulose obtida após procedimento de reciclagem das embalagens de cimento 	11
FIGURA 4. A figura 4 mostra a primeira camada principal, o chapisco	12
FIGURA 5. A figura 5 mostra a segunda etapa principal, o emboço.	13
FIGURA 6. A figura 6 mostra a terceira etapa principal, o reboco.	13
FIGURA 7. A figura 7 mostra entulhos de papel kraft oriundos da construção civil.	16
FIGURA 8. Elemento a ser executado com largura 1,00m X altura 1,00m com proposta do material e revestimento definido pelo grupo integrador.	17
FIGURA 9. Adaptado de Santos e Carvalho (2011), processamento dos sacos de cimento para obtenção da polpa de celulose.	18
FIGURA 10. A figura 10 mostra a polpa de celulose proveniente da embalagem do saco de cimento	18
FIGURA 11. Argamassa R	19
FIGURA 12. Argamassa A5	19
FIGURA 13. Argamassa A10	20
FIGURA 14. Argamassa S10	20
FIGURA 15. A figura 15 mostra o ensaio de resistência à tração na flexão da argamassa 	21
FIGURA 16. A figura 16 mostra o ensaio de resistência à compressão da argamassa 	22
FIGURA 17. A figura 17 mostra uma junta de argamassa	26
LISTA DE TABELAS
TABELA 1. Relação das designações das argamassas em função da inserção da polpa de sacos de cimento na argamassa – percentagem em relação à massa de aglomerante.	20
TABELA 2. Resultados médios obtidos nos ensaios de resistência mecânica das argamassas 	23
TABELA 3. Resultados médios para os ensaios de caracterização mecânica das juntas de argamassa	25
TABELA 4. A figura 1 mostra a polpa de celulose proveniente da embalagem do saco de cimento	26
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	6
OBJETIVOS	7
 Objetivo Geral	7
 Objetivos Específicos	7
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA	8
 Resíduos Sólidos	8
3.2. Papel Kraft	10
3.3. Argamassa	12
MATERIAIS UTILIZADOS	15
METODOLOGIA	17
 Preparo das Argamassas	19
 Determinação da Resistência Mecânica das Argamassas 	21
RESULTADOS E DISCUSSÕES	23
 Avaliação da Resistência Mecânica das Argamassas	23
 Avaliação das Juntas de Argamassa	25
CRONOGRAMA DE ATIVIDADE	27
CONCLUSÃO	28
REFERÊNCIAS	29 
1. INTRODUÇÃO
A alvenaria é a união de blocos sólidos, unidos por argamassa ou por encaixe, formando um elemento vertical coeso. Pode ter funções mais simples, de vedação e delimitação de espaços, sendo esta função de vedação a mais comum em nossa região. Como também pode ter função estrutural (SALGADO, 2014).								Segundo Pereira (2018), a função deste elemento é resistir a cargas gravitacionais, resistir a impactos, fornecer proteção acústica e térmica aos ambientes, vedar espaços, etc. A alvenaria de vedação é aquela que não possui nenhuma função estrutural. Ela tem apenas a função de fazer a separação dos ambientes. O nome “vedação” é devido essa alvenaria vedar os vãos abertos deixados pela estrutura. Esse tipo de alvenaria é indicado para edificações com estrutura convencional de concreto no sistema pilar-viga-laje, ou edificações em estrutura metálica.												Com o crescente aquecimento da construção civil, os resíduos provenientes dos canteiros de obras tornaram-se um desafio para os municípios. No Brasil, este evento deve-se aos incentivos financeiros do governo na hora da compra da residência própria e na baixa dos impostos dos materiais da construção civil. A falta de preparo para o descarte ideal dos resíduos das construções tem levado a poluição sem controle nas cidades. Sendo um problema que abrange o país, a procura por meios menos poluentes e a pesquisa por recursos sustentáveis tem levado a novos métodos de construções eficientes e limpos. 					O saco de cimento é produzido com papel Kraft, sendo classificado como um dos melhores papeis para reciclagem, reutilizado como agregado no bloco de vedação une dois materiais indispensáveis na maioria das obras, e ao mesmo tempo tira dos canteiros um material que é comumente descartado sem destino de reaproveitamento ou reciclagem (DANTAS, 2012). 													Enquanto a geração de resíduo de sacos de cimento e de cal apresenta crescimento, as técnicas e medidas para dar destinação a esse tipo de entulho são bastante restritas.		Diante desse cenário, o presente trabalho tem como justificativa a procura de uma destinação adequada/nobre para as embalagens de cimento, uma vez que estas podem ser reaproveitadas.
2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo Geral
Verificar a reutilização do saco de cimento descartado nos canteiros de obra para fabricação de argamassa de vedação e seu custo-beneficio.
2.2. Objetivo Específico
Analisar e dimensionar o custo-benefício da argamassa de vedação com quantidades de fibras de celulose provenientes do papel kraft e comparar com alvenaria de vedação comum (de referência). Realizar testes de resistência mecânica do material.
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1. Resíduos Sólidos
Em alguns trabalhos e artigos técnicos, pode-se encontrar os termos lixo e resíduos para uma mesma designação. Embora os dois tenham significados distintos, costumam aparecer como sinônimos. Esse erro costuma ocorrer pelo fato de todo resíduo poder ser classificado como lixo, mas, nem todo lixo pode ser classificado como resíduo (ROCHA, 2006, apud ALVES, 2016). Lixo seria, então, o subproduto das atividades humanas, podendo este ser denominado de rejeito. O substantivo resíduo, tão logo fez parte do linguajar técnico, foi seguido do adjetivo sólido, a fim de diferenciar os resíduos sólidos tanto dos restos líquidos lançados com esgotos sanitários como das emissões gasosas das chaminés (MARQUES, 2005, apud ALVES, 2016). 
Segundo Lima (2003), os resíduos sólidos são materiais heterogêneos (inertes, minerais e orgânicos) resultantes das atividades humanas e da natureza, os quais podem ser parcialmente reutilizados, gerando, entre outros aspectos, proteção à saúde pública e economia de recursos naturais.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) define resíduos sólidos pela ABNT NBR 10004:2004 como: 
 
Resíduos nos estados sólido e semissólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível. 
Essa mesma Norma classifica os resíduos sólidos quanto a sua periculosidade, sendo a Classe I considerada perigosa e as classes II A e II B como não perigosos. 
· Classe I: São aqueles que apresentam risco à saúde pública, provocando mortalidade, incidência de doenças ou acentuando seus índices; e/ou risco ao meio ambiente, quando o resíduo for gerenciado de forma inadequada. Possuem uma ou mais das seguintespropriedades: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade. 
· Classe II A (Não inertes): Podem ter propriedades como: combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água, porém não se enquadram como resíduo Classe I ou II B. 
· Classe II B (Inertes): Quaisquer resíduos que, submetidos a um contato dinâmico e estático com água destilada ou desionizada, à temperatura ambiente, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor. 
É importante ressaltar que os resíduos da construção civil, objeto deste trabalho, se enquadram na Classe II B de resíduos não perigosos e inertes.
De acordo com a pesquisa realizada em 2005 pelo Ministério das Cidades em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, o volume de resíduos da construção civil (RCC) gerado anualmente pode representar de 50 a 70% da massa de resíduos sólidos urbanos.
FIGURA 1. Na Figura 1, apresenta-se um gráfico da origem dos RCC, dividido em percentuais entre: reformas, construção de residências novas e construção de prédio novos.
Fonte: Adaptado de ALVES, L. S. Influência da adição de fibras de celulose (papel kraft) nas características dos blocos de concreto não estrutural. 10 p.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o setor da construção civil tem papel fundamental para a realização dos objetivos globais do desenvolvimento sustentável. Este aponta a indústria da construção como o setor de atividades humanas que mais consome recursos naturais e utiliza energia de forma intensiva, gerando consideráveis impactos ambientais. Além dos impactos relacionados ao consumo de matéria e energia, há aqueles associados à geração de resíduos sólidos, líquidos e gasosos. Estima-se que mais de 50% dos resíduos sólidos gerados pelo conjunto das atividades humanas sejam provenientes da construção. Tais aspectos ambientais, somados à qualidade de vida que o ambiente construído proporciona, sintetizam as relações entre construção e meio ambiente.
3.2. Papel Kraft
O papel kraft multifoliado dos sacos de cimento é uma embalagem fabricada com duas ou mais folhas, podendo chegar ao máximo a seis folhas (BAYLIS, 1997, apud ALVES, 2016). O principal material utilizado para a fabricação do saco multifoliado é o papel kraft, fabricado com 100% de polpa química, não branqueada, essencialmente de fibra longa, geralmente nas gramaturas de 80 a 90 g/m². 
O processo de polpa química do papel kraft consiste em um processo químico onde a madeira é cozida com agentes químicos para remover a lignina e carboidratos produzindo polpa de alta qualidade. Este processo é chamado de sulfato, mas também é conhecido como processo Kraft, palavra alemã que significa forte.
O kraft é considerado um papel grosso, com excepcional característica de resistência mecânica. Este, quando utilizado como embalagens, é altamente resistente ao rasgo e com boa resistência ao estouro. Usado essencialmente para sacos e embalagens industriais de grande porte (BRACELPA, 2013, apud ALVES, 2016). 
FIGURA 2. A figura 2 mostra sacos de cimento embalados com papel kraft.
Fonte: Disponível em https://saocarlosemrede.com.br/. Acessado em: 02/10/2018.
As embalagens confeccionadas em papel kraft, permitem o preenchimento com o material ainda bastante aquecido, e a embalagem garante a qualidade ao produto. Podem ser estampadas diversas informações como: composição do produto, cuidados com o manuseio, data de fabricação e validade, indicação para melhor utilização e dicas de armazenagem (MARCONDES, 2007, apud ALVES, 2016).
No tocante à durabilidade dos componentes da fibra, a celulose tem maior resistência à deterioração em relação aos demais elementos em função de sua alta cristalinidade. Assim, quanto mais “pura” em celulose for a fibra, maior resistência a meios alcalinos ela apresentará. (SILVA, 2006, apud SANTOS et al. 2011) 
Outra característica das fibras definidas pela concentração de celulose é sua resistência à tração, que se dá de forma diretamente proporcional. Assim, fibras composta por teores mais elevados desse material, tendem a apresentar bons desempenhos de durabilidade e resistência a esforços de tração. (SAVASTANO, 2000, apud SANTOS et al. 2011) 
Devido à grande disponibilidade de fibras vegetais no Brasil, iniciarem-se estudos sobre a viabilidade de sua aplicação na construção civil. As pesquisas indicam como possível aplicação, o uso dessas fibras para reforços em matrizes cimentícias devido à eficiência já comprovada quando da adição de fibras de outras naturezas (SANTOS et al. 2011).
Assim, para se obter essas fibras celulósicas (microfibrilas) é preciso submeter as matérias primas ao processo de polpação, o qual pode apresentar processos químicos, térmicos e mecânicos. Uma das formas de se avaliar a qualidade do processo de polpação é através dos teores de celulose na polpa final. Sendo que, quanto maior esse teor, isto é, quanto mais pura for a polpa em celulose, melhor é o processo. (SANTOS et al. 2011).
FIGURA 3. Aspecto macroscópico da polpa de celulose obtida após procedimento de reciclagem das embalagens de cimento.
Fonte: Adaptado de ALVES, L. S. Influência da adição de fibras de celulose (papel kraft) nas características dos blocos de concreto não estrutural. 29 p.
Atualmente, o método de polpação para obtenção das fibras celulósicas mais empregado e que tem apresentado melhores resultados é o Kraft. As fibras podem ser aproveitadas para diversas finalidades, dependendo da sua origem e composição. Essas fibras podem ser naturais ou artificiais (feitas pelo homem). As fibras naturais, interesse deste estudo, são as encontradas prontas na natureza, e podem ser de origem vegetal (exemplo são as fibras de madeira e bambu), mineral ou animal.
3.3. Argamassa
Segundo a NBR 13529 (ABNT, 1995), argamassa de revestimento é a mistura homogênea de agregado(s) miúdo(s), aglomerante(s) inorgânico(s) e água, contendo ou não aditivos ou adições, com propriedades de aderência e endurecimento.
Para Canedo et al. (2011), a argamassa possui um extenso campo de aplicação na construção civil, podendo ser utilizada desde o assentamento de alvenaria até o revestimento interno e externo, além de regularização de pisos e ainda assentamento e rejuntamento de revestimentos de cerâmica e pedra, sendo portanto, um material muito empregado na construção civil. De acordo com Carasek (2010), e Salgado (2014) o revestimento de argamassa pode ser constituído por várias camadas com características e funções específicas, as quais sejam: 
Chapisco: traço 1:3 (volume) de cimento e areia media, camada de preparo da base, aplicada de forma contínua ou descontínua, com finalidade de uniformizar a superfície quanto à absorção de água e melhorar a aderência do revestimento, além de contribuir com a estanqueidade da vedação varia de 5 a 7 mm. 
FIGURA 4. A figura 4 mostra a primeira camada principal, o chapisco.
Fonte: Disponível em: https://www.tudoconstrucao.com/como-chapiscar-parede-passo-passo/. Acessado em: 02/10/2018.
Emboço: camada de revestimento utilizada para cobrimento da base, propiciando uma superfície que permita receber outra camada, de reboco ou de revestimento decorativo (por exemplo, cerâmica); é uma argamassa aplicada geralmente em torno de 2 a 2,5 cm de espessura e seu traço é bastante variável. 
FIGURA 5. A figura 5 mostra a segunda etapa principal, o emboço.
Fonte: Disponível em: https://pedreirao.com.br/diferenca-recobo-e-emboco-passo-a-passo/. Acessado em: 02/10/2018.
Reboco: executada somente 21 dias depois do emboço é uma camada de revestimento utilizada para cobrimento do emboço, propiciando uma superfície que permita receber o revestimento decorativo (por exemplo, pintura) ou que se constitua no acabamento final. Consiste em argamassa de cimento, cal hidratada e areia fina peneirada aplicada numa espessura não maior do que 5 mm para dar acabamento, corrigindo eventuais distorções. O traçousual para em volume para esse revestimento é 1:3 (cal e areia fina) com adição de 50 kg de cimento por m³ de argamassa.
FIGURA 6. A figura 6 mostra a terceira etapa principal, o reboco.
Fonte: Disponível em: https://pedreirao.com.br/diferenca-recobo-e-emboco-passo-a-passo/. Acessado em: 02/10/2018.
Camada única: revestimento de um único tipo de argamassa aplicado à base, sobre o qual é aplicada uma camada decorativa, como, por exemplo, a pintura; também chamada popularmente de “massa única” ou “reboco paulista” é atualmente a alternativa mais empregada no Brasil. 
Revestimento decorativo monocamada (ou monocapa) – RDM: trata-se de um revestimento aplicado em uma única camada que faz, simultaneamente, a função de regularização decorativa, muito utilizado na Europa. A argamassa de RDM é um produto industrializado, ainda não normalizado no Brasil, com composição variável de acordo com o fabricante, contendo geralmente: cimento branco, cal hidratada, agregados de várias natureza, pigmentos inorgânicos, fungicidas, além de vários aditivos (plastificantes, retentor de água, incorporador de ar, hidrofugantes ou hidro-repelentes, etc.).
4. MATERIAIS UTILIZADOS
Segundo Lima et al. (2011) as argamassas podem ser constituídas dos mais diversos tipos de materiais, os principais são: 
· Aglomerantes: cimento e cal; Os aglomerantes utilizados foram o cimento Portland composto CP II - E 32 e cal hidratada tipo CH – III. As escolhas pelo tipo de cimento e de cal foram definidas em razão dos produtos mais empregados e facilmente encontrados na região.
· Agregados: naturais e artificiais; 
· Adições: entulho reciclado (embalagens kraft de cimento e cal). As fibras de celulose empregadas nas argamassas foram as dos sacos de cimento de papel kraft. Vale ressaltar que o mecanismo de polpação aqui descrito se refere apenas a um processo físico de dispersão.
· Aditivos: redutor de permeabilidade, retentor de água, etc;
· Aproximadamente 40 tijolos para cobrir uma área de 1m²;
· Água: foi empregada, no amassamento das argamassas, água da rede pública. No que se refere à quantidade, não houve padronização em relação proporcional aos materiais anidros da mistura. Mas sim, se definiu visualmente, de maneira que a quantia proporcionasse trabalhabilidade adequada para assentamento dos blocos cerâmicos. A quantidade de água necessária para garantir a adequada trabalhabilidade era então medida.
De acordo com o tipo de aplicação e desempenho desejados há uma variação no percentual de cada um dos materiais empregados, podendo haver argamassas mistas, compostas de mais de um aglomerante, e argamassas com diversos tipos de agregados.
FIGURA 7. A figura 7 mostra entulhos de papel kraft oriundos da construção civil.
Fonte: Disponível em: http://bigw.com.br/home/design. Acessado em: 02/10/2018.
Para Souza et al (2012), o papel leva três a seis meses para se decompor na natureza. Reduzir custos de fornecimento em matérias primas; substituir uma enorme quantidade de pasta mecânica e química; economizar recursos naturais: madeira, água, petróleo e eletricidade; aperfeiçoar a competitividade das usinas que empregam matérias-primas recicladas; estimular as fábricas e adicionar a taxa de reciclagem em sua produção; criar empregos: catadores de papéis e sucatarias, donos de depósitos, aparistas e industriais; abater custos de coleta e tratamento do lixo, são algumas das causas que nos levam a crer na importância da reciclagem.
5. METODOLOGIA
As visitas in loco e experimentações, serão realizadas no laboratório do Cento Universitário de João Pessoa - UNIPÊ, na presença de um dos orientadores. Serão realizados testes como a resistência mecânica dos materiais.							O método de pesquisa utilizado foi o bibliográfico, posteriormente foram realizados pesquisas e estudo de publicações online. Monografias, artigos e trabalhos científicos. Análise de dados: as informações colhidas em todo o processo de pesquisa foram revistas e estudadas para segurança da veracidade do estudo desenvolvido. 
FIGURA 8. Elemento a ser executado com largura 1,00m X altura 1,00m com proposta do material e revestimento definido pelo grupo integrador.
Fonte: Edital de Atividades P.I. 2018.2
Considerando o levantamento de características das embalagens kraft de cimento, onde, atualmente, no Brasil, 80% do cimento e cal são comprados de forma ensacados e estão sendo descartados de maneiras inadequadas. 
Segundo Santos e Carvalho (2011), as fibras celulósicas não foram separadas dos demais materiais empregados na fabricação do papel. A polpação dos sacos de cimento para permitir o seu emprego nas argamassas foi obtida pela agitação dos sacos juntamente com água potável até a dispersão das fibras, como ilustrado na Figura 8. 
FIGURA 9. Adaptado de Santos e Carvalho (2011), processamento dos sacos de cimento para obtenção da polpa de celulose.
Fonte: Adaptado de SANTOS, L. R., CARVALHO P. E. F. Avaliação de argamassas com fibras de papel kraft provenientes de embalagens de cimento. 29p.
Para promover a agitação, se utilizou um misturador semelhante aos empregados em fábricas de tintas, sendo um eixo central acoplado a polia de um motor em uma de suas extremidades e a outra com uma hélice. Por meio de testes constatou-se que não há necessidade de imersão prévia dos sacos em água, nem tampouco da adição de produtos químicos para auxiliar o processo de polpação.
FIGURA 10. A figura 10 mostra a polpa de celulose proveniente da embalagem do saco de cimento. 
Fonte: Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=qN1MwbF6LeI. Acessado em: 02/10/2018
Para o projeto em desenvolvimento, as embalagens são coletadas e é feita uma lavagem para retirada de resíduos. Em seguida, os sacos de papel kraft são colocados em um tambor com água e centrifugados e, desta forma, as fibras de celulose são dispersadas. Segundo Santos e Carvalho (2011), nesse processo, a proporção entre volume de água e quantidade de sacos foi de 3 litros por embalagem, o que corresponde a uma relação fibra/água igual a 0,05 já que as embalagens pesam em média 150 g. Com isso, obteve-se a polpa pronta para aplicação, sem necessidade de se realizar peneiramento ou qualquer outra ação para retirada de excesso de água, e com boa capacidade de dispersão das fibras no momento da mistura na argamassa. Dessa maneira, toda água empregada no processo de polpação é considerada parte da água de amassamento da argamassa, não havendo, portanto, desperdícios ou gastos extras.
5.1. Preparo das Argamassas
A mistura das argamassas se deu em argamassadeira com capacidade de 20 litros. A sequência adotada para a mistura foi dos materiais anidros primeiramente e posterior acréscimo gradual de água e polpa de papel kraft. A mistura foi feita em velocidade rápida durante 5 minutos e a finalização da homogeneização foi realizada manualmente com colher de pedreiro.	As Figuras de 11 a 14 a seguir ilustram o aspecto de cada uma delas (SANTOS E CARVALHO 2011).
 FIGURA 11. Argamassa R.			 FIGURA 12. Argamassa A5.
 f
Fonte: Adaptado de SANTOS, L. R.,CARVALHO P. E. F. Avaliação de argamassas
com fibras de papel kraft provenientes de embalagens de cimento. 36p.
 
 FIGURA 13. Argamassa A10.	 FIGURA 14. Argamassa S10.
Fonte: Adaptado de SANTOS, L. R.,CARVALHO P. E. F. Avaliação de argamassas
com fibras de papel kraft provenientes de embalagens de cimento. 36p.
Como visto, foram propostos quatro traços para avaliar o comportamento das argamassas com polpa de sacos de cimento. Sendo um sem o acréscimo da polpa, dois com inserção da polpa em adição e um último em que a polpa é acrescida em substituição em parte da areia. Todos os traços tiveram proporções em volume 1:2:8 (cimento:cal:areia). As quantidades de fibras nas argamassas em que ela foi inserida em adição foram de 5% e 10% da massa dos aglomerantes. Já na argamassa com fibra em substituição, a composição foi de 10% do valorda massa dos aglomerantes de polpa em substituição à mesma quantidade em massa de areia. Vale ainda ressaltar que, embora os teores de fibra nas argamassas se refiram à massa da polpa seca, no preparo de todas as argamassas elas foram aplicadas úmidas, considerando a água da polpa como parte da água de amassamento. 
As siglas adotadas para designar cada uma das argamassas produzidas são discriminadas na Tabela 1 em função do teor de polpa de sacos de cimento inserida.
TABELA 1. Relação das designações das argamassas em função da inserção da polpa de sacos de cimento na argamassa – percentagem em relação à massa de aglomerante.
	Sigla
	R
	A5
	A10
	S10
	Fibra em adição
	0%
	5%
	10%
	0%
	Fibra em Substituição
	0%
	0%
	0%
	10%
Fonte: Adaptado de SANTOS, L. R.,CARVALHO P. E. F. Avaliação de argamassas
com fibras de papel kraft provenientes de embalagens de cimento. 33p.
É importante ressaltar que não se trata da fibra celulósica pura, e sim da fibra obtida com a secagem da polpa de sacos de cimento. Nela há, além das fibras celulósicas, materiais utilizados na confecção do papel.
5.2. Determinação da Resistência Mecânica das Argamassas
Segundo experimentos de Santos e Carvalho (2011), as argamassas foram submetidas a ensaios de resistência à compressão e resistência à tração na flexão para avaliar suas características mecânicas no estado endurecido. Para isso foram rompidos, aos 7 e aos 14 dias de idade da argamassa, três corpos de prova para resistência à tração na flexão e 6 para resistência à compressão em cada uma das idades ensaiadas para cada composição de argamassa. 
FIGURA 15. A figura 15 mostra o ensaio de resistência à tração na flexão da argamassa.
Fonte: Adaptado de SANTOS, L. R., CARVALHO P. E. F. Avaliação de argamassas com fibras de papel kraft provenientes de embalagens de cimento. 36p.
FIGURA 16. A figura 16 mostra o ensaio de resistência à compressão da argamassa.
Fonte: Adaptado de SANTOS, L. R., CARVALHO P. E. F. Avaliação de argamassas com fibras de papel kraft provenientes de embalagens de cimento. 36p.
Lembrando que, conforme indicado pela norma NBR 13279 (ABNT, 2005), os corpos de prova para ensaiar resistência à compressão, são os dois fragmentos gerados no ensaio de tração na flexão. 
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES
6.1. Avaliação da Resistência Mecânica das Argamassas
A Tabela 2, mostrada a seguir, apresenta os resultados obtidos nos ensaios de resistência à tração na flexão e de resistência à compressão.
TABELA 2. Resultados médios obtidos nos ensaios de resistência mecânica das argamassas.
	
	
	
	
	Argamassa 
	
	
	
	
	Ensaio
	R
	
	 A5
	
	A10
	
	R10
	
	
	7dias
	28 dias
	7 dias
	28 dias
	7 dias 
	28 dias
	7dias
	28dias
	Resistência à compressão (MPa)
	
1,5
	
2,4
	
1,0
	
2,0
	
0,5
	
1,0
	
0,8
	
1,8
	Resistência à tração na flexão (MPa)
	
0,3
	
0,6
	
0,3
	
0,4
	
0,2
	
0,3
	
0,3
	
0,5
Fonte: Adaptado de SANTOS, L. R., CARVALHO P. E. F. Avaliação de argamassas com fibras de papel kraft provenientes de embalagens de cimento. 36p.
Como se pode observar nos resultados, houve uma redução na resistência mecânica das argamassas que contém fibra. Tal comportamento era esperado em razão de três aspectos observados, a saber, baixa resistência mecânica da fibra, maior porosidade da argamassa e empobrecimento do traço com fibra (SANTOS 2011).						Sabendo ser a fibra um material com menor resistência que os demais presentes na argamassa, é evidente uma menor resistência mecânica das argamassas com esse material em comparação à de referência. Outrossim, as argamassas com fibra, como já elucidado anteriormente, requerem maior quantidade de água e apresentam maiores teores de ar incorporado. Esses dois últimos fatores resultam em argamassas mais porosas, o que prejudica o desempenho mecânico. Por fim, o empobrecimento dos traços com fibra decorrente em função de maiores volumes sem acréscimos de aglomerantes, contribui com a queda das resistências por se tratar de uma menor concentração de produtos da hidratação do cimento e da cal (SANTOS 2011). 										Contudo, a redução da resistência das argamassas com fibra não significa menor desempenho quando aplicada na alvenaria. Pois, ao contrário do que se intui, melhores resistências da argamassa não expressam o mesmo para alvenaria. Uma redução de 90% de resistência do material das juntas resulta em apenas 20% de redução da resistência da parede, comprovando um comportamento não linear entre a resistência à compressão de corpos de prova de argamassa e a resistência da alvenaria. (VALLE, 2008).					Por fim, os resultados obtidos na segunda etapa da pesquisa, onde foi feita a avaliação das argamassas com as fibras de papel das embalagens de cimento no canteiro de obras, também foram positivos (SANTOS 2011).									Quanto ao assentamento, a aplicação da argamassa sobre os blocos demonstrou-se menos trabalhosa em função da boa trabalhabilidade conciliada à coesão da mistura. Assim, para se garantir uma mesma espessura de argamassa na junta de assentamento, se empregou menor quantidade de material (argamassa) e o excesso extravasado após acomodação dos blocos foi bastante reduzido, quando se comparou a argamassa com fibra com a argamassa de referência. Esse aspecto é justificado pela melhoria no comportamento quanto à consistência.	De acordo com tudo que foi abordado, a correta destinação do resíduo é de fundamental importância, pois existe hoje uma constante busca pelo reaproveitamento de materiais descartáveis e a disposição adequada dos produtos, não só pela procura de aplicações mais econômicas como também no intuito de preservar o meio ambiente e se buscar soluções auto-sustentáveis. 											Algumas vantagens da reciclagem: 
• Preservação de recursos naturais com a substituição destes por resíduos, prolongando a vida útil das reservas naturais e reduzindo o impacto ambiental; 
• Redução da necessidade de áreas para aterro devido à redução do volume de resíduos a serem depositados; 
• Geração de empregos com o negócio gerado com a reciclagem. 
Algumas barreiras da reciclagem: 
• Política ambiental brasileira; 
• Dificuldade de introdução de novas tecnologias na construção civil; 
 • Concepção errônea que um produto confeccionado com a utilização de resíduos possui qualidade inferior a outros confeccionados com matérias primas virgens; e 
• Sensação de risco, de baixo desempenho, com relação ao uso de novas tecnologias. 
Resultados Indiretos: 
• Maior satisfação dos clientes ao saber da ação ambiental da empresa; 
• Maior satisfação dos funcionários; 
• Melhor imagem da empresa no mercado; 
• Redução do passivo ambiental; 
• Estar de acordo com a legislação vigente. 						
Portanto o reaproveitamento desse resíduo como polpa de fibras para argamassas de assentamento também agrega vantagens quanto ao aspecto da sustentabilidade, pois, sua prática além de não gerar qualquer impacto no meio ambiente, contribui para redução de destinação incorreta desse tipo de resíduo. 
6.2. Avaliação das Juntas de Argamassa
Os resultados obtidos para os ensaios de resistência à compressão e resistência à tração na flexão (resistência de aderência) para as paredinhas assentadas com as argamassas analisadas, são apresentados na Tabela 3 seguir. 
TABELA 3. Resultados médios para os ensaios de caracterização mecânica das juntas de argamassa.
	
	
	Argamassa
	
	
	Características Mecânicas 
	R
	A5
	A10
	S10
	Resistência à tração na flexão (MPa)
	1,8
	1,4
	1,6
	1,8
	Resistência à compressão (MPa)
	0,98
	0,68
	0,78
	0,98
Fonte: Adaptado de SANTOS, L. R., CARVALHO P. E. F. Avaliação de argamassas com fibras de papel kraft provenientes de embalagens de cimento. 56p.
Em levantamento feito por Santos e Carvalho (2011), constatou-se que a economia gerada pela dispensa do transporte, tratamento ou disposição do resíduo é suficiente para ressarcir os investimentos num prazo que varia de 15 a 45 dias, dependendo do porte da obra. Embora haja o gasto com energia elétrica para o funcionamentodo equipamento, em comparação com as demais opções de destinação do resíduo, ele é irrisório. Além disso, a inserção da fibra provoca um aumento no volume da argamassa produzida sem a necessidade de aumentar as quantidades de aglomerantes ou areia. Assim, gera-se uma economia com materiais. A Tabela 4 a seguir apresenta as estimativas de economia com materiais em relação à argamassa de referência. A argamassa S10 permite maior economia por retirar uma fração de areia que é substituída pela polpa de sacos de cimento.
TABELA 4. Valores percentuais da economia com materiais através da adição de fibra nas argamassas.
	Argamassa A5
	Argamassa A10
	Argamassa S10
	14%
	24%
	27%
Fonte: Adaptado de SANTOS, L. R., CARVALHO P. E. F. Avaliação de argamassas com fibras de papel kraft provenientes de embalagens de cimento. 64p.
Acrescenta-se que, desta forma, os ganhos financeiros obtidos pela empresa, além de estarem presentes no orçamento, através da vantagem competitiva e na redução de consumo de recursos, estão também presentes, em longo prazo, na viabilidade dos ecossistemas e na existência dos recursos naturais. Através de uma avaliação sistêmica acerca de todos os parâmetros contemplados nos ensaios desenvolvidos no trabalho, pode-se considerar a argamassa S10, com 10% de polpa de embalagens de cimento em substituição à areia (em massa), apta a ser aplicada em alvenarias de vedação de blocos cerâmicos. 			A exigência de desempenho das argamassas com inserção de polpa de papel kraft é que fosse, no mínimo, igual à argamassa comum, sem fibras. No que se refere a resistência mecânica, a argamassa S10 apresentou resultados cerca de 17% maiores na avaliação da resistência de aderência e valores semelhantes para resistência à compressão, em comparação com a argamassa de referência.
FIGURA 17. A figura 17 mostra uma junta de argamassa.
Fonte: Adaptado de SANTOS, L. R., CARVALHO P. E. F. Avaliação de argamassas com fibras de papel kraft provenientes de embalagens de cimento. 58p.
7. CRONOGRAMA DE ATIVIDADE
	
ATIVIDADES
	
	
	PERÍODO
	
	
	
	Agosto 
	Setembro
	Outubro
	Novembro
	Dezembro
	Entrega do Relatório Parcial
	X
	
	
	
	
	Pesquisas Bibliográficas
	
	X
	
	
	
	Visita ao Espaço CITIS
	
	X
	
	
	
	Entrega do Relatório Final
	
	
	X
	
	
	Apresentação do Produto
	
	
	
	
	
Fonte: Fluxo de Atividades P.I. 2018.2
8. CONCLUSÃO 
A contribuição dos processos racionalizados na construção civil para a gestão sustentável do empreendimento é expressa na redução de perdas e desperdícios, que lançados sob a forma de entulho, impactam o meio ambiente. Os projetos de produção, especificamente de alvenaria de vedação, foco deste trabalho, visando à racionalização destas perdas, podem ser considerados ferramentas de eficiência ecológica, em função da redução de entulhos, pela eliminação de quebras e geração de entulho. Nesse sentido, estão em plena sintonia com as diretrizes estabelecidas pela “produção mais limpa” e em consequência viabilizam o custo-benefício.
REFERÊNCIAS 
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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13279: Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Determinação da resistência à tração na flexão e à compressão. Rio de Janeiro, 2005.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7215: Cimento portland: Determinação da resistência à compressão. Rio de Janeiro: ABNT, 1996. 5p
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15.575 – 1: Edifícios Habitacionais de Até Cinco Pavimentos. Rio de Janeiro, 2008. 52 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10004. Resíduos sólidos: Classificação. Rio de Janeiro, 2004.
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BANDEIRA, Ana Paula V. Aplicação do eco design em empresa mineira e a percepção dos funcionários: um estudo de caso. Belo Horizonte, 2003. Dissertação (Mestrado). Escola de Engenharia. Departamento de Engenharia de produção. Universidade Federal de Minas Gerais.
CARASEK, H. Capítulo 26 – Argamassas. In: Materiais de construção civil: princípios de ciência e engenharia de materiais. 2. ed. São Paulo: IBRACON, 2010. Editor Chefe: Geraldo C. Isaia. 1.699 p.
MANO, E. B. et al. Meio ambiente, poluição e reciclagem. - 2ª ed. – São Paulo: Blucher, 2010. 2ª reimpressão – 2016.
LIMA, R. M. R de. Aplicação do AET como contribuição ao projeto para meio ambiente com ênfase na reciclagem. B.H. 2003. Dissertação (Mestrado). Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais. Departamento de Engenharia de Produção. 187 p.
PEREIRA, C. O que é alvenaria. Disponível em: <https://www.escolaengenharia.com.br/alvenaria/ >. Acesso em: 27 de Setembro de 2018.
SANTOS, L. R., CARVALHO P. E. F. Avaliação de argamassas com fibras de papel kraft provenientes de embalagens de cimento. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Engenharia Civil da Universidade Federal de Goiás. Goiânia – GO. 2011.
SALGADO, J. C. P. Técnicas e Práticas Construtivas para Edificação, 3a Edição. São Paulo, 2014.