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Anestésic�� Gerai� Tipos de Anestesias ● Local: anestesias agem em nervos de uma região pequena; ● Regional: abrangem um quantidade menor de nervos - bloqueios periféricos, anestesia peridural e raquianestesia; ● Geral: bloqueio de várias regiões cerebrais do SNC e perda de consciência. a descoberta da Anestesias ● Elas vieram para reduzir a dor e o choque, estes diminuiam muito a possibilidade de intervenção cirúrgica. ● 1º anestesia geral: em 1846 - Éter etílico. efeitos da Anestesia geral ● Induz uma depressão generalizada e reversível do SNC; ● Provoca perda da percepção de todas as sensações; ● Perda da consciência , amnésia e imobilidade; ● Relaxamento muscular; ● Perda dos reflexos autônomos; ● Analgesia e ansiólise. Adjuvantes ● Diminuir a ansiedade (Benzodiazepínicos, midazolam); ● Barbitúricos (sedação rápida); ● Anti-Histamínicos (Evitar reações alérgicas); ● Antieméticos (Evitar a aspiração do conteúdo estomacal, náuseas e êmese no período pós-operatório); ● Opióides (prover analgesia, fentanil, morfina); ● Anticolinérgicos (evitar bradicardia e a secreção de líquidos no trato respiratório, atropina); ● Relaxantes musculares (Facilitar a intubação e o relaxamento, Pancurônio). locais de ação da Anestesia geral ● Tálamo: impede que os neurônios propague impulso nervoso; ● Bloqueio da transmissão neuronal. tipos de Anestesias gerais ● Intravenosos: usados para indução da anestesia (ex: propofol). Também são usados para manutenção da anestesia em procedimentos de baixa complexidade. ● Inalatórios: (gases ou líquidos voláteis). Usados para manutenção da anestesia. alterações fisiológicas do estado anestésico ● Efeitos hemodinâmicos: redução da PA, depressão do miocárdio e vasodilatação. ● Efeitos respiratórios: redução do impulso ventilatório; ● Hipotermia: alteração do controle termorregulatório e redução da taxa metabólica. alterações fisiológicas pós-anestesia ● Efeitos hemodinâmicos: aumento da PA e taquicardia; ● Efeitos respiratórios: redução do reflexo respiratório; ● Hipotermia: calafrios; ● Náuseas e vômitos; ● Agito, gritos, gemidos e delírios. profundidade da anestesia ● Fase da analgesia: analgesia, amnésia e euforia. Baixas concentrações de anestésicos, consciente e vigília elevada; ● Fase da excitação: delírio e comportamento combativo. Aumento das concentrações de fármaco. Não é um estágio desejado. ● Anestesia cirúrgica: inconsciente, respiração regular e diminuição do movimento ocular. Pronto para iniciar a cirurgia. ● Depressão Bulbar (sobredosagem): parada respiratória, depressão e parada cardíaca e ausência do movimento ocular. Não deve ser atingido. estágios da anestesia ● Indução: tempo que vai do início da adm até o desenvolvimento da anestesia cirúrgica (fase I, II e III). Depende da rapidez que o A.G. chega ao SNC; ● Manutenção: tempo que o paciente se mantém anestesiado no plano cirúrgico. A.G. se mantém em concentrações suficientes no SNC, bloqueando as sensações de dor e consciência; ● Recuperação: vai desde a interrupção da adm. do anestésico até a recuperação da consciência. Depende de quão rápido o A.G. é removido do SNC. indução ● Evitar a fase excitatória (II) - lento início de ação de alguns anestésicos; ● Induzido em um anestésico intravenoso (tiopental) - 25s p/ inconsciência; ● Depois administram anestésicos inalatórios ou intravenosos para atingir estágio III e coadjuvantes; manutenção ● Monitora sinais vitais e resposta a estímulos; ● Ajusta a quantidade de anestésicos inalados ou infundidos; ● Mantida pela administração de anestésicos gasosos - bom controle minuto a minuto. recuperação ● Monitorar o imediato retorno do paciente a consciência; ● Monitorar as reações tóxicas tardias - hipóxia de difusão e hepatotoxicidade. tipos de anestésicos gerais ● Inalatórios: Líquidos voláteis (halotano) e Gases (óxido nitroso); Manutenção ● Intravenosos: Barbitúricos (tiopental) e Outros agentes (propofol). Indução. anestésicos inalatórios ● Vantagens: rápida indução e recuperação dos estados de anestesia, que depende da solubilidade no sangue (coeficiente de partição sangue:gás) e solubilidade em gordura (lipossolúveis); ● Coeficiente de partição sangue:gás - solubilidade no sangue; ● Coeficiente de partição óleo:gás - solubilidade na gordura; ● Solúvel no sangue = alta capacidade de ligação às proteínas; ● Solúvel o gás = baixa capacidade de ligação às proteínas; ● Maior coeficiente sangue:gás = Maior capacidade de ligação às proteínas; ● Coeficiente de partição altos (halotano) mostram indução e recuperação mais lentas, enquanto CP baixos produzem indução e recuperação rápidas (óxido nitroso, desflurano); ● Os fatores que determinam a velocidade de indução e recuperação são a taxa de ventilação alveolar e o débito cardíaco. mecanismos de ação-líquidos voláteis ● Potencialização da atividade dos receptores GABA A (canais de cloreto) - cloretos entram na célula e essa fica hiperpolarizada; ● Bloqueio de receptores nicotínicos - diminui permeabilidade ao Na+ - impede a despolarização de membrana - bloqueia a transmembrana neuronal; ● Hiperpolarização das membranas através da atividade de canais K+ - K+ si da célula - célula hiperpolarizada e negativa; ● Ativação dos receptores de glicina (inibitórios) - resistência à despolarização; ● Inibição do rearranjo de proteínas envolvidas na liberação de neurotransmissores na membrana pré-sináptica (sinaptobrevina, sintaxina) - não despolariza a membrana. 1. Sem anestesia: GABA se liga ao GABA A - permite a entrada de Cl- - célula se repolariza (negativa no interior); 2. Com anestésico inalatório: maior afinidade do GABA com o GABA A - ligação mais intensa - mais entrada de Cloreto na célula - Cloreto em excesso no neurônio causa hiperpolarização. fluranos ● Halotano, Enflurano, Isoflurano, Desflurano e Sevoflurano; ● Agentes voláteis são administrados através de aparelhos vaporizadores (transformam líquidos em vapor para atingir o pulmão, a corrente sanguínea e o SNC); ● Efeito completo: atividade hipnótica, analgesica, anamésica e relaxante muscular. halotano ● Líquido volátil, sensível e não inflamável; ● Indução e recuperação lenta; ● Usado na manutenção da anestesia; ● Indução da anestesia em crianças. reações adversas do halotano ● Bradicardia e arritmias; ● Elevação da pressão intracraniana; ● Lesão Hepática; ● Depressão respiratória; ● Broncodilatação. fluranos - características ● Cardiovascular: vasodilatação e risco de insuficiência cardiovascular; ● Respiratória: depressão respiratória; ● Útero: efeito relaxante uterino (retarda o trabalho de parto e aumenta o risco de hemorragias); ● Efeitos colaterais: raro e grave - "hipertermia maligna"; ● Efeito colateral do Halotano: insuficiência hepática. isoflurano ● Líquido volátil, sensível a luz e não inflamável; ● Indução e recuperação mais rápido que o halotano; ● Usado na manutenção da anestesia; ● Reações adversas: diminui PA, aumenta a pressão intracraniana e depressão respiratória. desflurano ● Líquido volátil; ● Rápida indução e recuperação; ● Usado na manutenção da anestesia; ● Reações adversas: diminui PA e depressão respiratória. hipertermia maligna ● Sintomas: taquicardia, hipertensão, rigidez muscular; ● Susceptibilidade genética: alteração do receptor de liberação do cálcio do retículo sarcoplasmático do músculo esquelético; ● Tratamento: interromper a administração de anestésico volátil, baixar a temperatura corpórea; ● Dantrole: inibidor dos canais de Ca+ do retículo endoplasmático. óxido nitroso - mecanismo de ação ● Bloqueio dos receptores NMDA: são receptores de Na, K ou Ca; ● Receptores NMDA: são canais de Ca+, o glutamato é o principal ligante, ele se liga ao receptor e promove abertura do canal de cálcio, com a entrada do cálcio temos a despolarização da membrana e a liberação de neurotransmissores; ● N2O: impede que haja despolarização e liberação de neurotransmissores. óxido nitroso ● Gás incolor e inodoro; ● Agente anestésico fraco; ● Rápida indução e recuperação - insolúvel no sangue;● Usado para analgesia e sedação; ● Reações adversas: depressão respiratória. gases anestésicos - óxido nitroso ● Não irrita as vias aéreas; ● Pouco potente; ● Usado com máscara; ● Promove estabilidade cardiovascular; ● Coeficiente de partição baixos; ● Não causa relaxamento do músculo esquelético; ● Usado com outros anestésicos, pois não produz hipnose profunda; ● Boas propriedades analgésicas; ● Acumula-se nas cavidades gasosas; ● Administrado com oxigênio. potência dos anestésicos inalatórios ● CAM: (Concentração alveolar mínima). Define a potência; ● Concentração mínima que o paciente sinta os efeitos da anestesia; ● Concentração necessária para cessar os movimentos em 50% dos pacientes submetidos a uma cirurgia; ● Depende do coeficiente de partição óleo/gás; ● Maior coeficiente óleo/gás (lipossolubilidade) = Maior potência anestésica. ● Halotano: Menor CAM = Mais potente; Mais lipossolúvel = Mais potente. anestésicos intravenosos ● Indução rápida da anestesia, com recuperação mais lenta se comparados aos gases inalatórios; ● Principais efeitos indesejáveis: risco de depressão respiratória e cardiovascular (cetamina); náuseas no pós-operatório também são comuns. mecanismos de ação ● Barbitúricos, Propofol, Etomidato: aumentam a atividade dos receptores GABA A, aumentam a entrada de Cl- promovendo hiperpolarização da célula; ● Barbitúricos e Propofol: aumentam a atividade dos receptores de glicina (inibitórios), promove a hiperpolarização; ● Cetamidado: antagonista do receptor NMDA (excitatórios), bloqueia a excitação causada pelos neurotransmissores excitatórios, principalmente o glutamato. barbitúricos: tiopental ● Molécula pequena lipofílica - acumula-se no tecido adiposo; ● Solúvel em água com pH 10-11 (fácil precipitação); ● Dor e necrose tecidual (administração extravascular); ● Rápida indução e recuperação; ● Início do efeito: 10-30 seg.; ● Curta duração: 5-8 min; ● Efeito “ressaca”; ● Metabolizado no fígado e eliminado na urina; ● Risco de dano tecidual; ● Indicação: usado para indução da anestesia, potente ação sedativa/hipnótica; ● Reações adversas: baixo fluxo sanguíneo e pressão intracraniana; baixa PA e depressão respiratória. ● propofol ● Insolúvel em água - na forma de emulsão a 1%; ● Potente; ● Causa dor a injeção; ● Metabolizado pelo fígado e eliminado na urina; ● Não causa “ressaca”; ● Rápido início de efeito; ● Usado em cirurgias simples; ● Indicação: indutor, infusão contínua produz níveis estáveis do fármaco, manutenção, retorno rápido da consciência; ● Reações adversas: baixo fluxo sanguíneo e pressão intracraniana; baixa PA, depressão respiratória e dor na injeção. etomidato ● Pouco solúvel em água; ● Dor a injeção; ● Metabolizado mais rápido que o tiopental pelo fígado e eliminado na urina; ● Eliminação renal (78%) e biliar (22%); ● Indicação: indução para pacientes com hipotensão e/ou isquemia miocárdica ou manutenção; ● Ações: Sistema cardiovascular - estabilidade cardiovascular (não causa redução da PA e alterações no débito cardíaco); Risco de administração continuada - supressão da produção de esteróides pela supra-adrenal (não se recomenda infusões prolongadas); ● Reações adversas: baixo fluxo sanguíneo e pressão intracraniana, associado a convulsões, depressão respiratória, náuseas e vômitos, movimentos involuntários na indução. cetamina ● Solúvel em água; ● Metabolização hepática - excretada pela bile e pelos rins; ● Indicação: indução e manutenção para crianças, pacientes com hipotensão e asmáticos; ● Ações: Sistema cardiovascular - estabilidade cardiovascular; Efeitos da cetamina - dilatação pupilar, salivação, lacrimejamento, movimentos espontâneos etc; Recuperação anestésica - delírios de emergência; ● Reações adversas: aumento da PA, taquicardia e delírios. Por Ana Nascimento
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