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Afecções do sistema locomotor em Equinos @ANESTVETSTUDY INTRODUÇÃO → Neonatos e animais em crescimento → São doenças comuns → Congênitas ou Adquiridas (predisposição genética, desbalanço nutricional, exercício precoce, trauma → Deformidade angular, deformidade flexora, fisite, osteocondrose (OCD e cistos subcondrais) DEFORMIDADE ANGULAR → Potros → Desvio do eixo vertical do membro no plano frontal → Leve, moderada ou grave → Carpo valgus é o mais comum → Condição congênita ou adquirida Posicionamento intra-uterino, excesso de peso da mãe, ossificação incompleta dos ossos cubóides Trauma, nutrição, crescimento assíncrono da metáfise → Diagnóstico: Exame físico (inspeção e palpação( Exame radiológico → Tratamento conservativo Algumas deformidades tendem a se resolver espontaneamente conforme o crescimento do animal Repouso em cocheira + exercício controlado Bandagens Resolução em 2 a 3 semanas → Tratamento cirúrgico Ponte Transfisária (técnica que causa retardo no crescimento) Implante na superfície convexa do osso • Valgus - Medial • Varus – Lateral Mais eficiente até os 8 meses de vida (crescimento acelerado) Anestesia geral Decúbito lateral ou dorsal Preparo cirúrgico Desvantagens • Fratura de Salter-Harris • Remoção difícil Pós cirurgico: • Radiografias • Bandagem e repouso por 7 dias • Radiografias ao longo das semanas para definir a data de remoção dos implantes • Remoção dos implantes: ✓ Sedação ou anestesia geral curta ✓ Nova incisão de pele ✓ Bandagem por 7 dias Complicações: • Infecção • Quebra de parafusos e cerclagem • Fibrose sobre o implante • Retardo Excessivo Prognóstico favorável → Técnica de tratamento cirúrgico ainda pouco realizada: Transcecção e elevação periostal Eficácia bastante discutida por alguns pesquisadores, mas ainda é realizada. O animal poderia melhorar mesmo sem a cirurgia. Estímulo do crescimento Procedimento na superfície concava do osso • Valgus – Lateral • Varus – Medial DEFORMIDADE FLEXURAL → Mais em potros, mas pode ocorrer em adultos por lesão grave de membros → Desvio do membro visto pelo plano lateral – hiperflexão ou hiperextensão → Condição congênita ou adquirida Posicionamento intra-uterino, excesso de peso da mãe Trauma, nutrição, crescimento rápido → Diagnóstico Exame clínico: Inspeção e palpação → Tratamento conservativo Oxitetraciclina (hiperflexão congênita) Exercícios controlados Fisioterapia Tala Ferrageamento (“corrigir” fisicamente) Mudança na dieta (diminuir o ganho de peso) → Tratamento cirúrgico: Desmotomia do ligamento acessório do tendão flexor digital profundo Anestesia geral, decúbito lateral, preparo cirúrgico Acesso lateral é mais indicado Incisão do ligamento Sutura simples contínua (2-0 ou 3-0) de subcutâneo e pele Pós operatório: • Bandagem compressiva • Ferrageamento • AINE’s • Repouso por 8 semanas Prognóstico favorável OSTEOCONDROSE → Importante causa de claudicação em atletas jovens → Falha na calcificação → Decorrente de distúrbio na diferenciação celular na cartilagem de crescimento associada à força biomecânica sobre a articulação fragilizada → Normalmente descoberta quando o animal vai ser colocado em atividade → Etiologia Crescimento rápido Raças grandes Genética Excesso de energia na alimentação Excesso de peso Exercício precoce → Pode se manifestar na forma de cisto ou de osteocondrite dissecante (OCD) → Osteocondrite Dissecante (OCD): É a manifestação clínica mais frequente e muitas vezes é necessária o tratamento cirúrgico Flap ou fragmento osteocondral livre na articulação que causa inflamação Articulações mais acometidas • Femoropatelar • Tibiotársica • Boleto Sinais clínicos variáveis de acordo com a extensão e localização da lesão e normalmente aparecem antes dos 5 anos • Dor associada a exposição do osso subcondral e presença de fragmentos livres dentro da articulação • Aumento de volume articular - efusão articular • Claudicação Diagnóstico por exames de imagem Tratamento • Debridamento e remoção do fragmento por artroscopia • Artrotomia (opção de tratamento quando não se está visando a possibilidade do animal ter vida atlética) Pós operatório: 90 dias de repouso Prognóstico para o esporte: variável → Cisto ósseo subcondral Necrose da cartilagem retida (cisto subcondral) Ocorrem em regiões que sofrem forças compressivas Regiões mais acometidas: • Côndilo medial do fêmur • Extremidade distal metacarpo/metatarso • Extremidade distal da primeira falange Sinais clínicos e diagnóstico são os mesmos de OCD Tratamento pode ser conservativo ou cirúrgico O prognóstico é variável Tratamento cirúrgico: • Técnicas em desenvolvimento • Artroscopia (técnica mais frequênte) ✓ Debridamento ✓ Inflitração do cisto ✓ Triancinolona ✓ Preenchimento do cisto com osso esponjoso, células mesenquimais, fatores de crescimento, enxerto de condrócitos • Parafuso cortical transcondilar (outra técnica cirúrgica, que serve para induzir a formação de células) CONSTRIÇÃO DO LIGAMENTO ANULAR DO BOLETO → Exercício Tenossinovite crônica na região plantar/ palmar do boleto = espessamento dos tendões flexores ou do ligamento anular Inflamação leva ao espessamento do ligamento anular ou tendões e aderência = prejuízo na biomecânica dos TFDS e TFDP Mais comum em membros pélvicos e animais adultos → Sinais clínicos Claudicação leve a moderada Aumento de volume proximal ao ligamento anular → Diagnóstico Avaliação clínica e ultrassonografia → Tratamento cirúrgico Desmotomia do ligamento anular do boleto • Técnica convencional aberta ou percutânea • Técnica minimamente invasiva (tenoscopia) Pós-operatório • Bandagem compressiva - 2 a 3 semanas • Repouso por 5 dias • Caminhadas progressivas a partir do sexto dia para evitar aderências • AINE’s Complicações: • Aderências • Infecção • Transecção dos tendões flexores
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