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Aula1_Apostila1_6K5AX4UW4Y

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Administração Geral e Pública- AJAA TRT-CE 
Aula 01 
Prof. Marcelo Camacho 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Camacho 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 1 
Administração Geral e Pública 
Evolução da Administração 
Professor Marcelo Camacho 
 
 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br 
	Administração Geral e Pública- AJAA TRT-CE 
Aula 01 
Prof. Marcelo Camacho 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Camacho 2 
 
 
 
Olá, pessoal! 
Vamos à nossa primeira aula! Trataremos dos seguintes assuntos: 
 
Aula Conteúdo Programático Data 
01 
1 Evolução da administração. 1.1 principais 
abordagens da administrac ̧ão (clássica até 
contingencial). 
28/08 
 
 
 
Sumário 
1. Escola Clássica de Administração	..............................................................................................................	3	
2. Modelos de Gestão (Escola Clássica)	........................................................................................................	5	
2.1. Administração Científica	........................................................................................................................	6	
2.2. Teorias com ênfase na estrutura organizacional	....................................................................................	14	
2.2.1. Teoria Clássica	...................................................................................................................................	14	
2.2.2. Modelo Burocrático	...........................................................................................................................	23	
2.2.3. Teoria Estruturalista da Administração	..............................................................................................	31	
2.2.4. Teoria Neoclássica da Administração	................................................................................................	32	
3. Teorias com ênfase nas pessoas	...............................................................................................................	35	
3.1. Escola das Relações Humanas	..............................................................................................................	35	
3.2. Teoria Comportamental	........................................................................................................................	39	
4. Teorias com ênfase no Ambiente	.............................................................................................................	44	
4.1. Teoria dos Sistemas	..............................................................................................................................	45	
4.2. Teorias da Contingência	........................................................................................................................	52	
5.	Lista	de	Questões	.....................................................................................................................................	64	
6.	Gabarito	...................................................................................................................................................	73	
	
 
Aula 01 
	Administração Geral e Pública- AJAA TRT-CE 
Aula 01 
Prof. Marcelo Camacho 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Camacho 3 
 
1. Escola Clássica de Administração 
 
Para entendermos os modelos de gestão é preciso que salientemos que estas 
existem porque as organizações existem. Os modelos de gestão foram criados 
para gerar resultados melhores para as organizações, sejam elas de que tipo 
forem. É o esforço humano em entender como funcionam as organizações e 
alcançar performances cada vez mais elevadas. 
 
Por organização podemos entender um “conjunto de pessoas que atuam 
juntas em uma criteriosa divisão de trabalho para alcançar um objetivo 
comum”. Neste sentido são instrumentos sociais para racionalmente os 
homens produzirem benefícios coletivos que individualmente seriam impossíveis 
de serem alcançados. Porém, uma organização é mais do que meramente um 
instrumento para produção de bens e serviços. São espaços de sociabilidade, 
instrumentos sociais, onde a vida se propaga. 
 
Existem diversas formulações para o conceito de organização. O conceito acima 
está no livro do Prof. Chiavenato, “Comportamento Organizacional”. Desta 
definição percebemos alguns elementos que compõem uma organização: 
pessoas, divisão do trabalho e objetivos comuns. 
 
Outra definição na mesma linha é a de Maximiniano, segundo o qual 
organização é “um sistema de recursos que procura realizar algum tipo 
de objetivo (ou conjunto de objetivos). Além de objetivos e recursos, as 
organizações têm dois outros componentes principais: processos de 
transformação e divisão do trabalho”. 
 
	Administração Geral e Pública- AJAA TRT-CE 
Aula 01 
Prof. Marcelo Camacho 
 
 
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Percebemos que este segundo autor inclui mais um elemento como 
característica de uma organização: processos de transformação. Conforme 
veremos mais à frente, esta é uma característica essencial dos sistemas 
abertos. 
 
No momento basta sabermos que estes elementos sugerem que as 
organizações precisam ser administradas. Para atender aos propósitos das 
organizações foram desenvolvidas desde o final do século XIX até os nossos 
dias diversos modelos de gestão. Trata-se de diferentes abordagens, 
resultantes do avanço do conhecimento e de realidades históricas distintas. 
Estes modelos estão calcados em teorias administrativas. O quadro abaixo 
demonstra as principais teorias administrativas e seus enfoques. Iremos 
abordar cada uma delas. 
 
Fonte: Chiavenato (2005) 
 
 
	Administração Geral e Pública- AJAA TRT-CE 
Aula 01 
Prof. Marcelo Camacho 
 
 
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2. Modelos de Gestão (Escola Clássica) 
 
As teorias administrativas surgem no final do século XIX junto com a 
complexidade das grandes organizações e da produção em massa. Podemos 
classificar as diversas teorias em quatro estágios ou ênfase diferentes: teorias 
calcadas nas tarefas, na estrutura organizacional, nas pessoas e no ambiente. 
Iremos estudar as diversas teorias em cada um destes blocos enfáticos. 
 
Iremos abordar nesta aula demonstrativa as teorias baseadas nas tarefas e na 
estrutura, que compõem a abordagem clássica da administração. Elas foram 
desenvolvidas por Taylor e Fayol. 
 
 
 
	Administração Geral e Pública- AJAA TRT-CE 
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2.1. Administração Científica 
 
Foi uma das primeiras teorias formuladas a respeito das organizações e tinham 
como preocupação a racionalização do trabalho no dia-a-dia das fábricas. 
 
Foi formulada pelo engenheiro americano Frederic Taylor (1856-1915). A 
principal preocupação era a eliminação do desperdício (redução de custos) e o 
aumento da eficiência, por meio da sistematização do trabalho. Diferenciou 
gerentes e trabalhadores de linha. Os primeiros deviam pensar e definir o 
método de trabalho, enquanto aos últimos caberia a execução daquilo que foi 
planejado pelos gerentes. A ênfase era na tarefa padronizada e fragmentada, 
portanto no nível da tarefa. Cada trabalhador executaria um conjunto de 
movimentos repetitivos que culminaria na máxima eficiência nas operações 
realizadas. Taylor preocupou-se com a melhor maneira de realizar as tarefas. 
 
Para Taylor, a gerência adquiriu novas atribuições e responsabilidades descritas 
pelos quatro princípios a seguir, publicados em 1903 no estudo chamado Shop 
Management (Administração de Operações Fabris: 
 
1. Principio de Planejamento: substituir no trabalho o critério individual do 
operário, a improvisação e a atuação empírica-prática, pelos métodos baseados 
em procedimentos científicos. Substituir a improvisação pela ciência, atravésdo 
planejamento do método de trabalho. 
 
2. Princípio do preparo: selecionar cientificamente os trabalhadores de 
acordo com suas aptidões e prepará-los e treiná-los para produzirem mais e 
melhor, de acordo com o método planejado. Além do preparo da mão-de-obra, 
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preparar também as máquinas e equipamentos de produção, bem como o 
arranjo físico e a disposição racional das ferramentas e materiais. 
 
3. Princípio do Controle: controlar o trabalho para se certificar de que o 
mesmo está sendo executado de acordo com as normas estabelecidas e 
segundo o plano previsto. A gerência deve cooperar com os trabalhadores, para 
que a execução seja a melhor possível. 
 
4. Princípio da Execução: distribuir distintamente as atribuições e as 
responsabilidades, para que a execução do trabalho seja bem mais disciplinada 
 
 
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Objetivos do estudo de tempos e movimentos 
 
1. Eliminação do desperdício de esforço humano e de movimentos inúteis. 
2. Adaptação dos operários à tarefa. 
3. Facilidade no treinamento dos operários, melhoria da eficiência e do 
rendimento da produção pela especialização das atividades. 
4. Distribuição uniforme do trabalho para que não haja períodos de falta ou de 
excesso de trabalho. 
5. Definição de métodos e estabelecimento de normas para a execução do 
trabalho. 
6. Estabelecer uma base uniforme para salários eqüitativos e prêmios de 
produção. 
 
A Organização Racional do Trabalho 
1. Análise do trabalho e do estudo dos tempos e movimentos - 
consistia em decompor - racionalizar - cada tarefa em uma série 
ordenada de movimentos simples, com isso padronizava-se o método de 
trabalho, seus movimentos e o tempo destinado à sua execução. 
 
2. Estudo da fadiga humana - eliminação de movimentos que 
desnecessários, visando à diminuição de esforços musculares. 
 
3. Divisão do trabalho e especialização do operário - a eficiência 
aumenta com a especialização, assim, o funcionário limitava-se à 
execução rotineira do mesmo trabalho para ajustar-se aos padrões 
descritos pelo método e às normas de desempenho do método. 
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4. Desenho de cargos e tarefas - compreende a definição de seu 
conteúdo (tarefas/ atividades), métodos de execução e relações com 
outros cargos; 
 
5. Incentivos salariais e prêmios de produção - Taylor relacionou 
remuneração com quantidade produzida. O salário era proporcional à 
produção. 
 
6. Conceito de homo economicus - as pessoas são motivadas 
exclusivamente por recompensas materiais, salariais e econômicas. 
 
7. Condições ambientais de trabalho - iluminação, ventilação, arranjo 
físico etc. deveriam ser favoráveis para garantir aumento da eficiência. 
 
8. Padronização de métodos e de máquinas - são selecionados os 
métodos, ferramentas, equipamentos, máquinas, etc. mais condizentes 
para fazer certa tarefa, a padronização elimina desperdícios, variabilidade 
e diversidade no processo produtivo e incrementa níveis de eficiência. 
 
9. Supervisão funcional - a especialização do operário deveria ser 
acompanhada da especialização do supervisor. Cada supervisor deve 
cuidar de determinada área ou especialidade, possuindo autoridade 
somente naquela área que supervisiona. 
 
Neste modelo a responsabilidade pela organização das tarefas é exclusivamente 
dos gerentes, cabendo aos operários a execução fiel daquilo que foi definido. 
Aos gerentes também caberia manter os operários livres de interferências 
externas que provoquem paralisação das atividades. Contribuíram também com 
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a teoria da administração científica o casal Gilbreth que focou atenção nos 
estudos dos tempos e movimentos, Henry Gant que desenvolveu um método de 
remuneração baseado em alcance de metas (realização do trabalho no tempo 
estipulado) e Harrington Emerson que elaborou uma lista com 12 princípios 
para a administração. 
 
Ressalte-se que a ideia prevalente é a de que as pessoas trabalhavam 
exclusivamente para ganhar um salário e recompensas maiores em dinheiro. 
Prevalecia assim o conceito de homem econômico (homo economicus). 
 
As condições de trabalho para a Administração Científica 
 
1. Adequação de ferramentas de trabalho e equipamentos de produção para 
minimizar o esforço do operador e a perda de tempo na execução da tarefa. 
 
2. Arranjo físico de máquinas e equipamentos para racionalizar o fluxo da 
produção. 
 
3. Melhoria do ambiente físico de trabalho para evitar que ruído, ventilação, 
iluminação e conforto no trabalho não reduzam a eficiência do trabalhador. 
 
4. Projeto de instrumentos e equipamentos especiais, como transportadores, 
seguidores, contadores e utensílios para reduzir movimentos inúteis. 
 
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Esta teoria se caracteriza por seus aspectos prescritivo e normativo, e pelo 
modelo de sistema fechado, pois analisa apenas o ambiente interno da 
empresa sem nenhuma preocupação com o ambiente externo. A Administração 
Científica visualiza as empresas como se estivessem no vácuo, autônomas, 
hermeticamente fechadas, caracterizando-se assim por ter uma abordagem de 
sistema fechado. Ela não considera as variáveis extrínsecas (ambientais, 
econômicas, políticas e sociológicas). 
 
É uma teoria mecanicista, pois concebe a organização como um arranjo estático 
e rígido de peças, uma máquina. Em nenhum momento considerou as 
organização informais. O indivíduo era considerado como "algo" sem capacidade 
alguma de pensar, servia somente para executar. 
 
 
ITEM 1. (CESPE/2012/TJ-AL/TÉCNICO JUDICIÁRIO) 
De acordo com os princípios da administração científica descritos por Taylor, o objetivo da boa 
administração é pagar altos salários e ter baixos custos. 
 
Pessoal Atenção! Alguns afirmaram que a CESPE deu uma exagerada nesta 
afirmativa, mas não podemos negar o argumento central do comando da 
questão! Para Taylor pagamentos de bons salários e redução de custos eram 
objetivos da organização racional do trabalho. Portanto, a afirmativa está 
CERTA! 
 
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ITEM 2. (CESPE/UAB/2010/SELEÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO) 
De acordo com a administração científica, bom operário é aquele com iniciativa de ações. 
 
Para Taylor o operário deveria restringir-se a executar aquilo que lhe foi 
ordenado, a função de planejar as ações era dos gerentes. Operário com 
iniciativa, na teoria da administração científica, era uma aberração. Portanto a 
afirmativa está ERRADA! 
 
 
ITEM 3. (CESPE/UAB/2010/SELEÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO) 
A racionalização do trabalho operário foi assunto abordado na obra Shop Management 
(Administração de Oficinas), de Taylor, publicada em 1903. 
 
 
Perfeito, pessoal! Taylor publicou em 1903 o estudo chamado Shop 
Management (Administração de Operações Fabris), no qual propunha sua 
filosofia de administração, que abrangia quatro princípios, como vimos em aula: 
 
I. Racionalizar as tarefas: encontrar o melhor meio para executar cada 
tarefa; 
II. Selecionar as pessoas mais adequadas para a execução das tarefas; 
III. Treinar as pessoas para a execução das tarefas de acordo com o 
método escolhido; 
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IV. Monitorar o desempenho para verificar se o que foi planejado está 
sendo executado. 
 
Portanto, a afirmativa está CERTA! 
 
 
ITEM 4. (CESPE/UAB/2010/SELEÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO) 
Taylor, que era contra a especialização do operário, defendia o perfil generalista como ponto 
principal para o desenvolvimento do processo de produção. 
 
Nada disso Pessoal! Tanto Taylor quanto Fayol defendiam a especialização do 
trabalho operário. Uma tarefa deveria ser reduzida à menor unidade possível de 
especialização, que tornasse mais rápido e econômico o processo produtivo. 
Falaremos sobre Fayol mais à frente. 
 
Portanto a afirmativa está ERRADA! 
 
ITEM 5. (CESPE/2011/FUB/SECRETÁRIO EXECUTIVO) 
De acordo com Taylor, o nível de eficiência do trabalhador é estabelecido com base na 
capacidade social que esse trabalhador apresenta, e não em sua capacidade de executar o 
trabalho corretamente no prazo estabelecido. 
 
Nada disso pessoal!	Uma das desvantagens da administração científica era o 
fato de possuir uma visão reducionista do homem. Esta visão ignorava o 
trabalhador como um ser social, e considerou-o como se fosse um acessório 
do maquinário industrial. O que interessava, na verdade, era sua capacidade 
de executar o trabalho de forma eficiente, no menor tempo possível. 
Lembrem-se do filme “Tempos Modernos” de Charles Chaplin que traz uma 
crítica a esta perspectiva mecanicista! Portanto, a afirmativa está ERRADA. 
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2.2. Teorias com ênfase na estrutura organizacional 
 
As teorias baseadas na estrutura organizacional foram desenvolvidas na Europa 
e tinham o objetivo de estruturar toda a organização para a produção, de cima 
para baixo, e não somente o nível de produção como a Administração Científica 
americana. Foram quatro movimentos distintos: Teoria Clássica, Modelo 
Burocrático, Teoria Estruturalista e Teoria Neoclássica. Veremos nesta aula a 
teoria clássica. 
2.2.1. Teoria Clássica 
 
Foi formulada pelo engenheiro francês Henry Fayol (1841-1925). A divisão do 
trabalho organizacional, segundo esta teoria, deveria ser realizada no topo da 
organização e teria seis funções básicas: Técnica, Comercial, Financeira, 
Segurança e Contábil. Este é o embrião da departamentalização que foi 
desenvolvida posteriormente por Gulick e Uwick, seguidores de Fayol. 
 
Administrar para Fayol era: prever (ou planejar) , organizar, comandar, 
coordenar e controlar. Para gravar pessoal é o POCCC. 
 
A função de ADMINISTRAR envolve todos os outros elementos da Administração 
(funções do administrador). As funções administrativas significavam para Fayol: 
 
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Para atender a estes pressupostos a empresa deveria atender aos quatorze 
princípios gerais e universais da administração. Seus princípios incluíam a 
divisão do trabalho (assim como Taylor), a unidade de comando e direção, a 
centralização, a preocupação com a remuneração dos empregados e 
manutenção da ordenação dos materiais no local de trabalho. 
 
 
 
 
 
Visualizar o futuro e traçar o programa de ação 
Constituir o organismo material e social da empresa (distribuir tarefas, 
distribuir autoridades e responsabilidades e estabelecer a estrutura 
organizacional, provisionamento de recursos humanos e materiais, etc.);	
Dirigir e orientar o pessoal. 
Ligar, unir, harmonizar todos os atos e esforços. 
Certificar-se de que tudo ocorra com as regras estabelecidas e as ordens 
dadas.	
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Princípios Gerais da Administração, segundo Fayol 
 
Divisão do trabalho - Especialização dos funcionários desde o topo da 
hierarquia até os operários da fábrica, assim, favorecendo a eficiência da 
produção aumentando a produtividade. Designação de tarefas específicas para 
cada indivíduo, resultando na especialização das funções e separação dos 
poderes; 
 
Autoridade e Responsabilidade - É o direito dos superiores darem ordens 
que teoricamente serão obedecidas. Responsabilidade é a contrapartida da 
autoridade. Deve-se levar em conta o direito de dar ordens e exigir obediência, 
chegando a um bom equilíbrio entre autoridade e responsabilidade. A primeira é 
o direito de mandar e o poder de se fazer obedecer. A segunda, a sanção - 
recompensa ou penalidade que acompanha 
o exercício do poder; 
 
Disciplina - Necessidade de estabelecer regras de conduta e de trabalho 
válidas pra todos os funcionários. A ausência de disciplina gera o caos na 
organização. É o Respeito aos acordos estabelecidos entre a empresa e seus 
agentes; 
 
Unidade de comando - Um funcionário deve receber ordens de apenas um 
chefe, evitando contra-ordens. 
 
Unidade de direção - O controle único é possibilitado com a aplicação de um 
plano para grupo de atividades com os mesmos objetivos. 
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Subordinação dos interesses individuais (ao interesse geral) - Os 
interesses gerais da organização devem prevalecer sobre os interesses 
individuais. Isto significa que há identidade de interesses entre oeganização e 
indivíduos. 
 
Remuneração - Deve ser suficiente para garantir a satisfação dos funcionários 
e da própria organização. 
 
Centralização (ou Descentralização) - As atividades vitais da organização e 
sua autoridade devem ser centralizadas. Equilíbrio entre a concentração de 
poderes de decisão no chefe, sua capacidade de enfrentar suas 
responsabilidades e a iniciativa dos subordinados 
 
Linha de Comando (Hierarquia ou cadeia escalar) - Defesa incondicional da 
estrutura hierárquica, respeitando à risca uma linha de autoridade fixa. 
Hierarquia é a série dos chefes do primeiro ao último escalão, dando-se aos 
subordinados de chefes diferentes a autonomia para estabelecer relações 
diretas; 
 
Ordem - Deve ser mantida em toda organização, preservando um lugar pra 
cada coisa e cada coisa em seu lugar. 
 
Equidade - A justiça deve prevalecer em toda organização, justificando a 
lealdade e a devoção de cada funcionário à empresa. Direitos iguais. 
 
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Estabilidade dos funcionários - Uma rotatividade alta tem conseqüências 
negativas sobre desempenho da empresa e o moral dos funcionários. 
 
Iniciativa - Deve ser entendida como a capacidade de estabelecer um plano e 
cumpri-lo. 
 
Espírito de equipe - O trabalho deve ser conjunto, facilitado pela comunicação 
dentro da equipe. Os integrantes de um mesmo grupo precisam ter consciência 
de classe, para que defendam seus propósitos 
 
 
 
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Assim como na Administração Científica, na Teoria Clássica prevalece o conceito 
de homem econômico (homo economicus). Prevalece nesta perspectiva a 
ênfase na estrutura organizacional. 
 
ITEM 6. (CESPE/2012/TJ-AL/ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA) 
Como proposto por Henry Fayol, o princípio geral da administração que estabelece a 
necessidade de especialização de empregados, desde a alta hierarquia até os trabalhadores 
operários, como forma de aprimorar a eficiência da produção e, consequentemente, aumentar a 
produtividade, é o princípio da 
 
 a) ordem. 
 b) equidade. 
 c) divisão do trabalho.d) unidade de comando. 
 e) disciplina. 
 
 
Pessoal, o principio que estabelece a necessidade de especialização dos 
funcionários desde o topo da hierarquia até os operários da fábrica, como forma 
de favorecer a eficiência da produção aumentando a produtividade é a Divisão 
do trabalho. Portanto, o gabarito é a alternativa C. 
 
 
ITEM 7 . (CESPE/MPU/2013/TECNICO ADMINISTRATIVO) 
Propostas pela teoria clássica da administração, a abordagem normativa e a prescritiva 
fundamentam-se em princípios gerais de administração, como o da visão sistêmica das 
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organizações, formulados a partir de experimentos científicos acerca de aspectos formais e 
informais da organização. 
 
Pessoal, questão fácil! Está errada! Conforme vimos em aula a teoria clássica é 
do tipo normativa e prescritiva e calcada nos aspectos formais da organização 
(comunicação, hierarquia, etc). A teoria clássica entende a organização como 
um sistema fechado e, portanto não preconiza uma visão sistêmica da 
organização, tampouco preocupa-se com os aspectos informais (lideranças 
informais, comunicação informal, etc.). Portanto, a afirmativa está ERRADA! 
 
 
ITEM 8. (CESPE/2012/TJ-AL/TÉCNICO JUDICIÁRIO) 
A abordagem clássica da administração tem como princípio aumentar o nível de entropia da 
organização. 
 
Nada disso Pessoal! Entropia é a tendência de qualquer sistema de se 
desintegrar. Está relacionada à teoria geral dos sistemas que veremos na aula 
1. De acordo com a Teoria Geral de Sistemas, “entropia” se define como a 
tendência que os sistemas têm para a exaustão, o desgaste, a desintegração e 
a desorganização. O desejável é reduzir a entropia ou instaurar negentropia, 
que é o processo inverso. Portanto a afirmativa está ERRADA! 
 
 
ITEM 9. (CESPE/PRODEST/2006/ANALISTA ORGANIZACIONAL) 
Enquanto a administração científica buscava a eficiência das organizações, a teoria clássica 
buscava a motivação dos funcionários, sem se preocupar com a estrutura da organização. 
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Pessoal, a afirmativa está ERRADA! A administração científica preocupava-se 
com a racionalização do trabalho, por isto podemos dizer que havia 
preocupação com a eficiência. Esta mesma preocupação orientou os 
formuladores da Teoria Clássica, porém com o pressuposto de que deveriam 
organizar o trabalho. Lembram dos princípios de Fayol? A preocupação com a 
motivação dos funcionários é da Teoria Comportamental. 
 
ITEM 10. (CESPE/MTE/2008/ADMINISTRADOR) 
O gestor público que se preocupa em eliminar o desperdício de esforço desenvolvido pelos 
demais colaboradores, procurando racionalizar as tarefas e eliminar os movimentos inúteis, 
adota pressupostos coerentes com a abordagem clássica da administração. 
 
Perfeito, pessoal! Alguns autores incluem a administração científica de Fayol na 
abordagem clássica da Administração. Foi por isto que eu a inclui em nossa 
aula. Tanto Fayol quanto Taylor se preocupavam com a racionalização do 
trabalho, com a redução do tempo utilizado para exercer as tarefas, através da 
correta organização do processo de trabalho. Um exemplo disto foi o estudo de 
tempos e movimentos realizado por Taylor. Consistia em cronometrar os 
movimentos dos trabalhadores e dividi-los nas tarefas que realizava. Taylor 
chamava isto de unidade básica de trabalho. Após cronometrar os tempos das 
unidades básicas de trabalho ele encontrava a melhor maneira de executá-las, 
racionalizando o processo produtivo. Assim, a afirmativa está CERTA! 
 
 
 
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ITEM 11. (CESPE/MTE/2008/ADMINISTRADOR) 
Um marco na abordagem clássica da administração foi a experiência de Hawthorne, que buscou 
enfatizar a importância das condições do ambiente de trabalho para obter a maior eficiência e 
racionalização das tarefas. 
 
Pessoal, a experiência de Hawthorne, realizada por Elton Mayo, faz parte do 
Enfoque Comportamental da Administração, uma perspectiva que considera as 
pessoas em sua totalidade e como parte mais importante das organizações e de 
seu desempenho, ao contrário da abordagem clássica da administração que 
colocava as pessoas em segundo plano. Na abordagem clássica da 
administração as pessoas eram consideradas recursos de produção. A 
Prioridade era a eficiência da Produção. Portanto, a afirmativa está ERRADA! 
 
ITEM 12. (CESPE/FUB/2009/SECRETÁRIO EXECUTIVO) 
A teoria clássica da administração, desenvolvida por Fayol, é voltada à necessidade de 
humanização do trabalho e de democratização da administração. 
 
Pessoal, a teoria clássica preocupava-se com a racionalização do trabalho, com 
a eficiência da produção. Era baseada na hierarquia, na autoridade e 
responsabilidade e na unidade de comando. Não havia espaço para participação 
democrática na administração. O pressuposto era uma liderança centralizadora. 
Portanto, a afirmativa está ERRADA! 
 
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ITEM 13. (CESPE - 2012 - CÂMARA DOS DEPUTADOS - ANALISTA - TÉCNICO EM 
MATERIAL E PATRIMÔNIO) 
O modelo de gerenciamento de Fayol, que deu origem ao que se conhece atualmente como 
organograma, embasa-se em estratégias. 
 
Nada disso pessoal! O modelo de Fayol dava ênfase à estrutura ( 
departamentos, seções, unidades...), por isto o organograma é importante. A 
ênfase na estratégia é concebida pelos modelos que adotam a perspectiva 
sistêmica. Portanto, a afirmativa está ERRADA! 
 
 
2.2.2. Modelo Burocrático 
A crescente complexificação da produção e das organizações na primeira 
metade do século XX tornou os princípios elaborados por Fayol insuficientes 
para responder às necessidades de organização das empresas. Surge então um 
movimento que resultou na elaboração da Teoria da Burocracia. Este modelo foi 
descrito pelo sociólogo alemão Max Weber (1863-1920). Weber chamou este 
modelo de Burocracia, que significa governo de escritório. 
 
A principal característica do modelo é a racionalidade, ou seja, adequação dos 
meios aos fins. Isto significava que para a consecução dos objetivos da 
organização deveriam ser escolhidos os meios mais eficientes. Esta 
racionalidade estava relacionada ao alcance dos objetivos da organização e não 
dos seus membros individualmente. A impessoalidade era outra característica 
do modelo. 
 
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Weber descreve os tipos puros de dominação com base na vigência de sua 
legitimidade, que pode ser, primordialmente: 
 
a) dominação racional (legal): baseada na crença na legitimidade das ordens 
estatuídas e do direito de mando daqueles que, em virtude dessas ordens, 
estão nomeados para exercer a dominação; 
 
b) dominação tradicional: baseada na crença cotidiana na santidade das 
tradições vigentes desde sempre e na legitimidade daqueles que, em virtude 
dessas tradições, representam a autoridade; 
 
c) dominação carismática: baseada na veneração extracotidiana da 
santidade, do poder heróico ou do caráter exemplar de uma pessoa e das 
ordens por esta reveladas ou criadas. 
 
O modelo burocrático é baseado na dominação do tipo racional-legal, em que as 
pessoas obedecem à regras e estatutos. 
 
O modelo burocrático enfatiza tanto a diferenciação ( divisão do trabalho e 
especialização), quanto a integração ( hierarquia e regras escritas). 
Segundo Weber, as principais dimensões da burocracia são: 
 
1. Divisão do Trabalho;2. Hierarquia; 
3. Regras e regulamentos; 
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4. Formalização das comunicações; 
5. Competência técnica (seleção e promoção); 
6. Procedimentos técnicos. 
 
 
Disfunções da Burocracia 
As disfunções são distorções ou anomalias de comportamento que conduzem à 
ineficiência do modelo. Uma causa muito comum que contribui para a 
ocorrência destas anomalias são os meios transformarem-se em fins. Esquece-
se dos resultados em prol do processo. 
 
Vejamos as disfunções: 
1. Exagerado apego aos regulamentos. A obediência às normas torna-se 
o principal objetivo e perde-se de vista o resultado desejado. Cumprir o 
horário passa a ser mais importante que atender o cliente; 
 
2. Excesso de formalismo. A burocracia é essencialmente formal. Tudo 
precisa ser escrito. 
 
3. Excesso de papelório. A disfunção mais conhecida; Tudo precisa ser 
registrado e documentado. 
 
4. Resistência à mudanças. Como tudo é padronizado o funcionário 
acostuma-se à rotina e resiste às tentativas de alteração do padrão 
anterior. 
 
5. Despersonalização do relacionamento. A burocracia está baseada em 
cargos. Não importa quem os ocupa. O relacionamento é impessoal. 
 
6. Categorização do relacionamento. A hierarquia tem papel central na 
burocracia. Assim quem toma decisões está no topo da hierarquia e 
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geralmente não tem contato com o problema. O relacionamento assim 
baseado em categorias hierárquicas. 
 
7. Superconformidade às rotinas e procedimentos. A base da 
burocracia é a padronização das rotinas e procedimentos. O apego 
irrestrito às norma provoca a perda da flexibilidade e da iniciativa. 
 
8. Exibição de sinais de autoridade. A burocracia é baseada na 
hierarquia, assim constrói-se mecanismos para diferenciar e identificar os 
diferentes níveis hierárquicos em detrimento dos demais. 
 
9. Dificuldades com clientes. A burocracia é auto-referida. Ela volta-se 
para dentro da organização, para o cumprimento das normas, para a 
hierarquia. O atendimento ao público alvo da organização é feito de 
acordo com os procedimentos e de maneira impessoal. Isto traz 
problemas pois o objetivo principal deveria ser atender ao cliente. 
 
O modelo Burocrático baseia-se no conceito de Homem Organizacional. 
 
ITEM 14. (CESPE/PRODEST/2006/ANALISTA ORGANIZACIONAL) 
A organização informal, representada pelos usos, costumes, ideais e normas sociais dos 
membros da organização, foi o principal foco de estudo da teoria da burocracia. 
 
Pessoal, atenção! Esta afirmativa está ERRADA! A teoria da Burocracia prevê a 
formalização das estruturas e não o contrário. 
 
 
 
 
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ITEM 15. (CESPE/PRODEST/2006/ANALISTA ORGANIZACIONAL) 
A teoria clássica e a teoria da burocracia apresentam ênfase nas contingências do ambiente em 
que as organizações estão inseridas. 
 
A afirmativa está ERRADA! A teoria dos sistemas é que apresenta ênfase nas 
contingências do ambiente. 
 
ITEM 16. (CESPE/ABIN/2010/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA/ADMINISTRAÇÃO) 
O modelo organizacional racional preconiza a adequação dos meios aos fins, base da teoria da 
burocracia, a qual se apoia no entendimento de que as pessoas podem ser pagas para agir e se 
comportar de maneira preestabelecida. 
 
Perfeito! A adequação dos meios aos fins, o princípio da racionalidade, era a 
base da teoria da burocracia. A burocracia preconizava a profissionalização, a 
especialização técnica. As burocracias baseiam-se na autoridade racional-legal, 
ou seja a autoridade das leis. Os trabalhadores recebiam salários para executar 
tarefas preestabelecidas. Desta forma a afirmativa está CERTA! 
 
 
ITEM 17. (CESPE/UAB/2010/SELEÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO) 
Em uma organização formal, a impessoalidade resulta da aplicação uniforme e imparcial de 
procedimentos e regras. 
 
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Exatamente! A burocracia tinha como um de seus princípios a impessoalidade. 
Significava que as relações deveriam se basear nas regras e regulamentos. São 
estas normas que devem pautar os comportamentos das pessoas e não a 
vontade ou capricho de alguns. Portanto, a afirmativa está CERTA! 
 
 
ITEM 18. (CESPE/UAB/2010/SELEÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO) 
Na cadeia de comando de uma organização formal, a autoridade está dissociada da 
responsabilidade pelo cumprimento de normas e leis. 
 
Nada disso! A burocracia está pautada na autoridade racional-legal. Isto 
significa que a autoridade está baseada no conjunto de normas e regulamentos 
que rege uma sociedade ou uma organização. São estes estatutos legais que 
conferem autoridade no sistema burocrático. Portanto, a afirmativa está 
ERRADA! 
 
 
ITEM 19. (CESPE/UAB/2010/SELEÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO) 
As burocracias foram estabelecidas para oferecer o meio mais eficiente de obtenção do trabalho 
concluído. 
 
Perfeito! Max Weber ao construir a teoria da Burocracia idealizou um sistema 
em que a racionalidade fosse priorizada, ou seja, a obtenção eficiente de 
resultados, o menor custo, com o menor esforço, através da organização 
racional dos meios de produção. Portanto, a afirmativa, está CERTA! 
 
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ITEM 20. (CESPE/EMBASA/2009/ADMINISTRAÇÃO) 
Na burocracia weberiana, o funcionário tem determinada a sua forma de agir, de acordo com 
rotinas preestabelecidas. 
 
Exatamente, pessoal! Na teoria burocrática de Weber, o funcionário age 
respeitando as normas e regulamentos, a prescrição ordenada e hierárquica do 
trabalho. Lembrem-se, segundo Weber, as principais dimensões da burocracia 
são: 
 
1. Divisão do Trabalho; 
2. Hierarquia; 
3. Regras e regulamentos; 
4. Formalização das comunicações; 
5. Competência técnica (seleção e promoção); 
6. Procedimentos técnicos. 
 
Portanto, a afirmativa está CERTA! 
 
ITEM 21. (CESPE/EMBASA/2009/ADMINISTRAÇÃO) 
A necessidade de documentar e formalizar todas as comunicações, por escrito, pode conduzir 
ao excesso de formalismo e documentação. 
 
É isto mesmo, pessoal! Esta necessidade diz respeito à duas das disfunções da 
Burocracia, que vimos em aula. Vejam: 
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1. Excesso de formalismo. A burocracia é essencialmente formal. Tudo 
precisa ser escrito. 
 
2. Excesso de papelório. A disfunção mais conhecida; Tudo precisa ser 
registrado e documentado 
 
Portanto, a afirmativa está CERTA! 
 
 
ITEM 22. (CESPE/EMBASA/2009/ADMINISTRAÇÃO) 
A burocracia weberiana é uma forma de organização cujas consequências desejadas se 
resumem à previsibilidade do comportamento das pessoas que nela atuam. 
 
Absolutamente correto! A autoridade racional-legal prevê que as pessoas ajam 
segundo as normas e regulamentos, ou seja, o comportamento das pessoas na 
burocracia é previsível. Elas realizam o que se espera delas. Assim, a afirmativa 
está CERTA! 
 
 
ITEM 23. (CESPE/EMBASA/2009/ADMINISTRAÇÃO) 
Fila constante, em frente aos postos de atendimento das organizações, inclui-se entre as 
características da teoria da burocracia weberiana. 
 
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Nada disso! A burocracia preconiza a eficiência, e filas são um claro sinal de 
ineficiência.No entanto, uma das disfunções da Burocracia é que o sistema é 
auto-referido, ou seja, volta-se para dentro das organizações. Os meios 
transformam-se em fins. Assim, o mais importante torna-se o cumprimento 
das regras, dos processos, mesmo que isto signifique o esquecimento do 
atendimento das necessidades do cliente. Portanto, a afirmativa traz à tona 
uma das disfunções da burocracia e não uma de suas características. Desta 
forma, a afirmativa está ERRADA! 
 
2.2.3. Teoria Estruturalista da Administração 
	
Por	volta	da	década	de	1950	elaborou-se	esta	teoria	como	desdobramento	da	teoria	burocrática,	
baseada	 na	 sociologia	 organizacional,	 porém	 questionando	 o	 modelo	 burocrático.	 A	 teoria	
estruturalista	 juntou	 as	 abordagens	 da	 Teoria	 Clássica	 e	 da	 Escola	 das	 Relações	 Humanas	 (que	
veremos	mais	à	frente).	A	perspectiva	desta	teoria	era	transpor	a	fronteira	da	organização	e	olhar	
para	fora	dela.	As	organizações	eram	percebidas	como	sistemas	abertos.	Falaremos	sobre	a	teoria	
dos	 sistemas,	 mais	 à	 frente.	 Percebia-se	 o	 mundo	 como	 um	 conjunto	 de	 organizações	
interdependentes.	 Para	 dentro	 da	 organização	 também	 se	 admitia	 a	 necessidade	 de	
interdependência	entre	seus	componentes.	O	receituário	normativo	era	deixado	de	lado	em	prol	de	
uma	abordagem	compreensiva	das	organizações	e	da	administração.	
	
Aqui a teoria baseia-se no conceito de Homem Organizacional. 
 
ITEM 24. (CESPE/BASA/2012/ADMINISTRAÇÃO) 
A abordagem estruturalista destaca-se por enfatizar as pessoas nas organizações, bem como os 
aspectos informais do trabalho. 
 
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Negativo minha gente! Veremos à frente que esta é uma característica da 
Escola das Relações Humanas. A teoria estruturalista, como vimos, pautou-se 
pela ênfase nos sistemas abertos e na interdependência entre organizações. 
Sendo assim, a afirmativa está ERRADA! 
 
2.2.4. Teoria Neoclássica da Administração 
Esta é uma teoria também chamada de Escola do Processo Administrativo, pois 
concebe a administração como um processo cíclico e contínuo que tem quatro 
funções: Planejamento, Organização, Direção e Controle. Consiste na 
reafirmação dos princípios clássicos, retirando o excesso de prescrição e 
normatização. Veja o quadro com as quatro funções: 
 
 
Fonte: Chiavenato (2005) 
 
Os principais autores desta escola são: Peter F. Drucker, Ernest Dale, Harold 
Koontz, Cyril O’Donnell, Michael Jucius, William Newman, Ralph Davis, George 
Terry, Morris Hurley, Louis Allen. Há também os autores da escola da 
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Administração por Objetivos, que não se preocupavam em se alinhar dentro de 
uma visão comum. 
 
Aqui o trabalho em diferentes instâncias hierárquicas é encarado como 
interdependente. Existem duas medidas principais: Eficácia e Eficiência. 
A eficiência é a relação entre custos e benefícios. Preocupa-se com os meios, 
com os métodos e sua adequação aos custos para o alcance dos objetivos. 
Já a eficácia diz respeito aos resultados alcançados. É a medida do sucesso com 
relação aos objetivos planejados. Em outras palavras: eficiência é fazer do 
modo correto e eficácia é alcançar resultados. Veja o quadro abaixo: 
 
 
Fonte: Chiavenato (2005) 
 
Inserida na Teoria Neoclássica estava a Administração por Objetivos (APO). A 
APO enfatizava o resultado final e não os meios ou métodos de trabalho. Esta 
abordagem administrativa serviu de inspiração para a APPO (Administração 
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participativa por objetivos) que consiste num método de avaliação de 
desempenho. 
A Teoria Neoclássica baseia-se em dois conceitos de homem: Homem 
Organizacional e Administrativo. 
 
ITEM 25. (CESPE/FUB/2009/SECRETÁRIO EXECUTIVO) 
A ênfase na prática da administração, assim como nos objetivos e nos resultados, são algumas 
das características principais da teoria neoclássica da administração representada por Drucker, 
entre outros autores. 
 
Perfeito, pessoal! A escola Neoclássica é a escola do processo administrativo, da 
preocupação com os resultados, com a eficiência e a eficácia! Portanto, a 
afirmativa está CERTA! 
 
ITEM 26. (CESPE/BASA/2012/ADMINISTRAÇÃO) 
A racionalização do trabalho no nível operacional foi o principal enfoque da abordagem 
neoclássica da administração. 
 
Nada disso pessoal! O trabalho é interdependente entre os níveis hierárquicos 
na abordagem neoclássica da administração. Tanto o nível operacional, como o 
tático e o estratégico são importantes no alcance dos resultados, da eficiência e 
da eficácia! Portanto,a afirmativa está ERRADA! 
 
 
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3. Teorias com ênfase nas pessoas 
As teorias anteriores não se preocuparam com as pessoas em suas 
formulações. A partir da década de 1920 alguns pesquisadores iniciaram 
estudos para avaliar a influência dos grupos sociais nas organizações. Foram 
duas as teorias neste sentido: Escola das Relações Humanas e Teoria 
Comportamental. 
3.1. Escola das Relações Humanas 
 
Inaugurada pela pesquisa na fábrica Western Eletric em Wawthorn em 1924. 
Foi uma pesquisa que utilizava técnicas científicas (ainda incipientes) para 
avaliar o comportamento humano no trabalho. Avaliou os efeitos das condições 
físicas e das práticas gerenciais sobre os resultados do trabalho. 
Apesar das técnicas ainda rudimentares utilizadas na pesquisa foi possível 
demonstrar a relação entre mudanças nos horários de trabalho, nas tarefas 
executadas e nos incentivos salariais e a melhoria da produtividade. 
Esta pesquisa pôs em evidência a satisfação das pessoas no ambiente como 
propulsor do aumento da eficiência organizacional. 
 
Conclusões da Experiência em Hawthorne 
A experiência em Hawthorne permitiu o delineamento dos princípios básicos da 
Escola das Relações Humanas que veio a se formar logo em seguida. Destaco a 
seguir as principais conclusões. 
 
1- Nível de Produção é Resultante da Integração Social e não da 
capacidade física ou fisiológica do empregado (como afirmava a teoria clássica), 
mas por normas sociais e expectativas que o envolvem. É a capacidade social 
do trabalhador que estabelece seu nível de competência e de eficiência. Quanto 
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mais integrado socialmente no grupo de trabalho, tanto maior a sua disposição 
de produzir. 
 
2- Comportamento Social dos Empregados se apoiam totalmente no grupo. 
Os trabalhadores não reagem isoladamente como indivíduos, mas como 
membros do grupo. O grupo que define a quota de produção. O grupo pune o 
indivíduo que sai das normas grupais. 
 
3- Grupos informais – Os pesquisadores de Hawthorne concentraram suas 
pesquisas sobre os aspectos informais da organização. A empresa passou a ser 
visualizada como uma organização social composta de diversos grupos sociais 
informais. Esses grupos informais definem suas regras de comportamento, suas 
formas de recompensas ou sanções sociais, seus objetivos, sua escala de 
valores sociais, suas crenças e expectativas. Delineou-se com essa teoria o 
conceito de organização informal. 
 
4- As Relações Humanas são as ações e atitudes desenvolvidas pelos 
contatos entre pessoas e grupos. Os indivíduos dentro da organização 
participam de grupos sociais e mantêm-se uma constante interação social. 
Relações Humanas são as ações e atitudes desenvolvidas pelos contatos entrepessoas e grupos. Cada indivíduo é uma personalidade diferenciada que influi 
no comportamento e atitudes uns dos outros com quem mantém contatos. É 
exatamente a compreensão da natureza dessas relações humanas que permite 
ao administrador melhores resultados de seus subordinados. 
 
5- A importância do Conteúdo do Cargo. A maior especialização e portanto 
a maior fragmentação do trabalho não é a forma mais eficiente do trabalho. 
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Mayo e seus colaboradores verificaram que a extrema especialização defendida 
pela Teoria Clássica não cria necessariamente a organização mais eficiente. Foi 
observado que os operários trocavam de posição para variar a monotonia, 
contrariando a política da empresa. Essas trocas eram negativas na produção, 
mas elevava o moral do grupo. 
 
6- Ênfase nos aspectos emocionais. Os elementos emocionais, não 
planejados e mesmo irracionais do comportamento humano passam a merecer 
atenção especial por parte de quase todas as grandes figuras da Teoria das 
Relações Humanas. 
 
Em síntese, algumas das conclusões da escola de relações humanas são que o 
trabalho é uma atividade social, o ser humano é motivado pela necessidade de 
estar junto e de ser reconhecido e que a convergência dos métodos tradicionais 
para a eficiência, em detrimento da cooperação humana, promovia o conflito na 
sociedade industrial. 
 
Vejam no quadro abaixo o comparativo entre a teoria clássica e a escola das 
relações humanas. 
 
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Em função destas conclusões elaborou-se o conceito de homem social (homo 
social) em contraposição ao de homem econômico prevalecente até então. No 
entanto esta teoria permanecia prescritiva e normativa. 
 
ITEM 27. (CESPE/UAB/2010/ESPECIALIZAÇÃO GESTÃO PÚBLICA) 
Os estudos da escola das relações humanas, tal como os da teoria clássica, apoiavam-se na 
análise e adaptação do trabalho ao trabalhador, tendo sido objetos de pesquisa a motivação, a 
liderança e os relacionamentos interpessoais nas empresas. 
 
Pessoal, a afirmativa começou errada, ao igualar a perspectiva teoria clássica 
coma escola das relações humanas! São perspectivas antagônicas. A escola das 
relações humanas preocupou-se com o efeito das condições físicas e das 
práticas gerenciais sobre os resultados do trabalho. A intenção era avaliar o 
comportamento humano no trabalho. Portanto, a afirmativa está ERRADA! 
 
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ITEM 28. (CESPE/UAB/2010/ESPECIALIZAÇÃO GESTÃO PÚBLICA) 
A experiência de Hawthorne corroborou a ideia clássica de que o volume de produção gerado 
por um operário dependia, principalmente, de habilidade ou de inteligência. 
 
Nada disso pessoal! As conclusões da experiência de Hawthorne apontam que o 
nível de produção é resultante da integração social e não da capacidade física 
ou fisiológica do empregado (como afirmava a teoria clássica), mas por normas 
sociais e expectativas que o envolvem. Portanto, a afirmativa está ERRADA! 
 
ITEM 29. (CESPE/UAB/2010/ESPECIALIZAÇÃO GESTÃO PÚBLICA) 
Na escola das relações humanas, o modelo homo social foi substituído pelo modelo denominado 
homo economicus. 
 
Negativo novamente pessoal! O modelo de home da escola de relações 
humanas é o homem social ou, em latim, homo social, que substituía o modelo 
da teoria clássica, que era o de homem econômico. Portanto, a afirmativa está 
ERRADA! 
3.2. Teoria Comportamental 
 
A teoria comportamental surge na década de 1950 em decorrência da escola de 
relações humanas. A visão aqui era descritiva e explicativa. Começaram a 
surgir diversos modelos de motivação, liderança e comunicação. 
A perspectiva nesta teoria é que as pessoas estão constantemente tomando 
decisões sobre sua participação e permanência nas organizações. A teoria 
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comportamental dá especial ênfase ao ser humano e às suas relações com o 
trabalho. 
 
Alguns exemplos de teorias desenvolvidas nesta abordagem são a teoria X e Y 
de Douglas McGregor e as teorias motivacionais de Maslow e Herzberg. 
Como as teorias de Maslow, Herzberg e McGregor estão associadas à Teoria 
Comportamental não custa dar uma olhada em seus pressupostos. 
 
Hierarquia das Necessidades de Maslow 
O Fundamento desta teoria é que as necessidades podem ser hierarquizadas, 
distribuídas em escala de importância para as pessoas. As necessidades 
humanas segundo esta teoria são divididas em cinco etapas: fisiológicas, 
segurança, sociais, estima e auto-realização. Existem duas classes de 
necessidades: as necessidades de baixo nível ou primárias (fisiológicas e de 
segurança), e as necessidades de alto nível ou secundárias (sociais, estima e 
auto-realização). As necessidades primárias são satisfeitas externamente e as 
secundárias internamente (dentro do indivíduo). As necessidades mais elevadas 
surgem apenas quando as necessidades primárias são satisfeitas. Esta teoria 
está calcada no pressuposto de que as pessoas tem necessidade de crescer e se 
desenvolver. A figura abaixo lista as necessidades em cada nível da hierarquia. 
 
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Fonte: Chiavenato (2005) 
 
 
Teoria dos dois fatores de Herzberg 
Para Herzberg a motivação das pessoas para o trabalho depende de dois fatores 
intimamente relacionados: 
 
1.Fatores higiênicos. Dizem respeito ás condições físicas do ambiente de 
trabalho, salário, benefícios sociais, políticas da organização, clima 
organizacional, oportunidades de crescimento, etc. Segundo Herzberg estes 
fatores são suficientes apenas para evitar que as pessoas fiquem desmotivadas. 
A ausência desmotiva, mas a presença não é elemento motivador. São 
chamados fatores insatisfacientes.Também chamados de Extrínsecos ou 
ambientais. 
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2. Fatores Motivacionais. Referem-se ao conteúdo do cargo, às tarefas e ás 
atividades relacionadas com o cargo em si. Incluem liberdade de decidir como 
executar o trabalho, uso pleno de habilidades pessoais, responsabilidade total 
pelo trabalho, definição de metas e objetivos relacionados ao trabalho e auto-
avaliação de desempenho. São chamados fatores satisfacientes. A presença 
produz motivação, enquanto a ausência não produz satisfação. Também 
chamados de Intrínsecos. 
Par Herzberg o oposto de satisfação não é insatisfação, mas nenhuma 
satisfação. Da mesma forma, o oposto de insatisfação não é satisfação, mas 
nenhuma insatisfação. Veja o quadro abaixo: 
 
 
Fonte: Chiavenato (2005 
 
 
Vamos dar uma olhada na teoria X e Y de McGregor. 
 
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A teoria X preconiza as principais premissas da natureza humana adotadas 
pelas escolas tradicionais da administração. Já a teoria Y contém as premissas 
da natureza humana segundo a abordagem das relações humanas. Vejam o 
quadro a seguir: 
 
 
Fonte: Chiavenato (2005) 
 
 
Nesta Teoria o conceito é o de Homem Administrativo. 
 
 
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ITEM 30. (CESPE/FUB/2009/SECRETÁRIO EXECUTIVO) 
O sistemamotivacional da teoria comportamental ganhou expressão a partir dos estudos de 
Maslow, que afirma que as necessidades humanas estão organizadas e dispostas em níveis, em 
uma hierarquia de importância e de influência, denominada escala de necessidades. 
 
Perfeito, pessoal! Maslow elaborou a teoria da hierarquia das necessidades 
humanas como esquema explicativo da motivação humana. Portanto, a 
afirmativa está CERTA! 
 
4. Teorias com ênfase no Ambiente 
Estas teorias surgem na década de 1960 com a abordagem dos sistemas 
abertos. Nesta abordagem a organização é um sistema que interage 
dinamicamente com o ambiente externo. Estão incluídas nesta perspectiva a 
teoria dos sistemas e a teoria da contingência. 
 
O ponto de partida para a noção de ambiente nas teorias administrativas forma 
as ideias de Emery e Trist que argumentaram que o ambiente em torno da 
organização provê os recursos necessários para o seu funcionamento e recebe 
os produtos resultantes da organização. Concluíram então que este ambiente 
era fonte de ameaças e oportunidades. Desta premissa deduziram que era 
necessário conhecer este ambiente e ajustar o processo produtivo às demandas 
do ambiente. O ambiente pode ser simples ou complexo. Por exemplo, pode se 
referir a um posto de gasolina que tem poucos elementos constituintes de seu 
ambiente (alguns fornecedores, clientes, postos de gasolina concorrentes) ou 
uma fábrica de automóveis inserida em um ambiente complexo ( inúmeros 
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fornecedores, concorrentes em todo o país e no exterior, clientes dispersos 
geograficamente,etc). 
Vejamos as duas teorias incluídas nesta perspectiva. 
4.1. Teoria dos Sistemas 
 
A teoria administrativa dos sistemas tem suas bases na Teoria Geral dos 
Sistemas (TGS) de Bertalanffy. A partir desta abordagem o ambiente externo 
passou a ser considerado no estudo das organizações. A preocupação anterior 
era estudar o interior da organização. A Partir da Teoria dos Sistemas passou-
se a estudar as organizações de fora para dentro. A organização deixa de ser 
uma variável independente para ser uma variável dependente. 
 
 
Segundo o professor Chiavenato “um sistema é um conjunto de elementos 
dinamicamente relacionados, formando uma atividade para atingir um objetivo, 
operando sobre dados/energia/matéria para fornecer 
informações/energia/matéria”. Os sistemas podem ser fechados ou abertos. 
Nos sistemas fechados ou mecânicos as relações com o meio externo são 
conhecidas. Já nos sistemas abertos as relações com o meio externo não 
podem ser previstas pois estão em contínua interação e transformação. 
 
A Teoria dos Sistemas concebe as organizações como sistemas abertos. Isto 
significa que “elas estão em processo contínuo e incessante de trocas com o 
meio ambiente”. As organizações fazem parte de um sistema maior que é a 
sociedade. Desta forma ela interage com este meio externo realizando trocas, 
recebe insumos(entradas) e fornece resultados (saídas). Estas trocas não são 
exatamente conhecidas, pois realizam-se de forma dinâmica. Eis a diferença 
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para os sistemas fechados (máquinas e equipamentos) em que as entradas e 
saídas são perfeitamente conhecidas. 
 
Abaixo listo as características das organizações como sistemas abertos: 
 
1. Importação e Exportação: de um lado existe a importação de 
insumos (recursos, materiais, energia, etc.) e de outro a exportação de 
produtos ou serviços para abastecer o ambiente; 
 
2. Homeostasia: é o princípio garantidor do equilíbrio dinâmico dos 
sistemas, com a manutenção do status quo interno. Garante o fluxo 
contínuo de entrada e saídas, e por conseguinte, a sobrevivência do 
sistema. Produz a rotina e a conservação do sistema. 
 
3. Adaptabilidade: É o processo de ajustamento do sistema em face da 
retroação recebida das saídas. Desta forma pode-se alterar as entradas 
de forma que o status quo permaneça inalterado. De forma contrária á 
homeostasia a adaptabilidade leva à mudança e à inovação em busca do 
ajustamento do ambiente interno ao ambiente externo; 
 
4. Morfogênese: É a principal característica identificadora dos sistemas 
abertos: capacidade de modificar a si próprio de maneiras estruturais, 
como decorrência da adaptabilidade; 
 
5. Negentropia ou entropia negativa: entropia é o processo de 
tendência à exaustão e desaparecimento das organizações. É a 
degradação típica dos sistemas fechados. Para se prevenir deste processo 
os sistemas abertos importam uma quantidade maior de energia do meio 
externo do que devolvem. Assim usam esta reserva para alimentar suas 
estruturas e compensar as perdas de energia na entrada e saída; 
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6. Sinergia: é o processo de esforço simultâneo em prol da 
organização, realizando um efeito multiplicador dos esforços realizados. O 
resultado dos esforços sinérgicos são potencialmente maiores do que a 
simples soam dos esforços. 
 
Veja a esquematização da organização como sistema aberto abaixo: 
 
Fonte: Chiavenato (2005) 
 
A abordagem sistêmica do Instituto de Relações Humanas de Tavistock 
 
Psicólogos e Sociólogos da Instituto Tavistock idealizaram a organização como 
sistema sociotécnico que interage continuamente com o ambiente. Segundo 
Chiavenato este sistema é composto por dois subsistemas: 
 
1. Subsistema Técnico que é composto pela tecnologia, o território e o 
tempo. Engloba as tarefas, o ambiente físico, os equipamentos e as 
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técnicas operacionais, etc. Este subsistema é responsável pela eficiência 
potencial da organização. 
 
2. Subsistema Social que é composto pelas pessoas, suas 
características físicas e psicológicas,as relações sociais entre as pessoas 
que executam uma tarefa e as exigências da organização para as 
situações de trabalho. 
 
Uma outra abordagem mais recente das organizações como sistemas abertos é 
a de Katz e Kahn. Os pressupostos das organizações para eles são: 
1. As organizações são sistemas abertos. Realizam importação e 
exportação com o meio ambiente. Apresentam negentropia. Servem-se 
de um sistema de retroação negativa. 
 
2. Estado firme e homeostasia dinâmica. A estabilidade do sistema é 
mantida constante para evitar a entropia (desaparecimento). 
 
3. Diferenciação. Existem múltiplos papéis e funções. 
 
4. Equifinalidade. Existe mais de um modo, mais de um caminho, para 
se atingir o mesmo resultado. 
5. Limites ou fronteiras. Existem barreiras entre o sistema e o 
ambiente. Estas definem o raio de ação do sistema. 
 
6. Cultura e clima organizacional. É fruto das interações entre os 
diversos atores do sistema, tanto internos como externos. Cada 
organização cria sua própria cultura, como resultado de processos 
ímpares. 
 
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7. Eficiência e eficácia organizacional. Para os dois autores eficiência 
diz respeito ao quanto de entrada de uma organização resulta como 
produto e quanto é absorvido pelo sistema. Já a eficácia refere-se à 
maximização do rendimento para a organização. 
 
8. Organização como um sistema de papéis. Uma organização é 
formada pelo conjunto de atividades diferenciadas realizadas por 
múltiplos atores. 
 
A Teoria dos Sistemas baseia-se no conceito de Homem Funcional. O 
indivíduo tem papéis dentro da organização e mantémexpectativas com relação 
ao desempenho dos papéis das demais pessoas, dentro e fora da organização. 
 
 
ITEM 31. (CESPE/EBC/2011/ADMINISTRAÇÃO) 
A estrutura básica dos sistemas preconiza quatro variáveis: as entradas, as saídas, o próprio 
sistema e o ambiente em que toda a transformação ocorre. 
 
Pessoal, a afirmativa está CERTA! Vimos em nossa aula que um sistema 
pressupõe entradas, saídas e trocas. Na esquematização da aula vimos que um 
sistema está inserido em um ambiente. Desta forma a afirmação está correta, 
pois basicamente um sistema necessita destas quatro estruturas para existir. 
 
 
 
 
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ITEM 32. (CESPE/EBC/2011/ADMINISTRAÇÃO) 
Apesar de a teoria dos sistemas ter revolucionado a forma de se estudar o ambiente, não é 
possível afirmar que essa teoria tenha estabelecido um novo paradigma a partir da reorientação 
do pensamento em torno da inter-relação dos elementos, em contraposição às escolas clássicas 
apoiadas no pensamento analítico. 
 
Pessoal, esta afirmativa está ERRADA! A Teoria dos Sistemas revoluciona o 
pensamento da administração, ao introduzir novos elementos na análise dos 
ambientes produtivos. Pode-se afirmar que a análise do ambiente externo, 
desconsiderada nas escolas clássicas, introduz inúmeras variáveis na análise da 
organização. 
 
ITEM 33. (CESPE/PRODEST/2006/ANALISTA ORGANIZACIONAL) 
A abordagem de sistema aberto é um dos enfoques da teoria da contingência. 
 
Perfeito! A afirmativa está CERTA! A Teoria dos Sistemas está inserida na 
abordagem contingencial da administração. 
 
 
ITEM 34. (CESPE/MTE/2008/ADMINISTRADOR) 
Segundo a teoria de sistemas, as funções de um sistema independem de sua estrutura. 
 
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Nada disso, pessoal! Um sistema está baseado em uma estrutura com três 
elementos interdependentes, entradas, processo e saídas. Qualquer uma destas 
funções são interdependentes, ou seja, dependem da estrutura do sistema. 
Portanto, a afirmativa está ERRADA! 
 
 
ITEM 35. (CESPE/MTE/2008/ADMINISTRADOR) 
No que tange ao processo decisório, a organização é percebida como um sistema de decisões, 
em que o comportamento humano é visualizado de maneira similar pelas várias teorias da 
administração, seja ela clássica, humanista, sistêmica ou contingencial. 
 
Absolutamente errado pessoal! O comportamento humano é visto de maneira 
diversa pelas diferentes teorias da administração. A escola comportamental foca 
no comportamento humano como a essência das organizações, enquanto a 
escola clássica tem seu foco nas tarefas e na estrutura organizacional. A escola 
contingencial preconiza que o comportamento humano é uma variável 
importante a ser avaliada nos sistemas. Portanto, a afirmativa está ERRADA! 
 
 
ITEM 36. (CESPE/UAB/2010/SELEÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO) 
Sob a perspectiva da concepção de sistemas, a organização deve ser considerada como um 
todo que não pode ser separado em partes, sob pena de perder suas características essenciais. 
 
Perfeita a afirmação! Um sistema é um todo interdependente. Separá-lo em 
partes significa cortar suas ligações e portanto sua eficácia. O próprio termo 
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sistema pressupõe a coexistência necessária. Desta forma, a afirmativa está 
CERTA! 
 
ITEM 37. (CESPE/UAB/2010/SELEÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO) 
Os sistemas abertos apresentam fluxo contínuo de entradas, transformações e saídas rumo ao 
meio externo. 
 
Exatamente! A estrutura interdependente de um sistema aberto pressupõe três 
elementos: entradas, processos (transformações) e saídas. Portanto, a 
afirmação está CERTA! 
 
4.2. Teorias da Contingência 
 
A palavra contingência significa algo incerto ou eventual, que pode suceder ou 
não, dependendo das circunstâncias. Refere-se a uma proposição cuja verdade 
ou falsidade somente pode ser conhecida pela experiência e pela evidência, e 
não pela razão. A abordagem contingencial salienta que não se alcança a 
eficácia organizacional seguindo um único e exclusivo modelo organizacional, ou 
seja, não existe uma forma única e melhor para organizar no sentido de se 
alcançar os objetivos variados das organizações dentro de um ambiente 
também variado. Os estudos recentes sobre as organizações complexas 
levaram a uma nova perspectiva teórica: a estrutura da organização e seu 
funcionamento são dependentes da sua interface com o ambiente externo 
 
Diferentes ambientes requerem diferentes desenhos organizacionais para obter 
eficácia, tornando-se necessário um modelo apropriado para cada situação. Por 
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outro lado, diferentes tecnologias conduzem a diferentes desenhos 
organizacionais, bem como as variações no ambiente ou na própria tecnologia 
conduzem a variações na estrutura organizacional. 
É com a Teoria da Contingência que há o deslocamento da visualização de 
dentro para fora da organização: a ênfase é colocada no ambiente e nas 
demandas ambientais sobre a dinâmica organizacional. Para a abordagem 
contingencial são as características ambientais que condicionam as 
características organizacionais, assim, não há uma única melhor maneira de se 
organizar. Tudo depende das características ambientais relevantes para a 
organização. As características organizacionais somente podem ser atendidas 
mediante a análise das características ambientais com as quais se defrontam. 
A abordagem contingencial explica que existe uma relação funcional entre as 
condições do ambiente e as técnicas administrativas apropriadas para o alcance 
eficaz dos objetivos da organização. As variáveis ambientais são variáveis 
independentes, enquanto as técnicas administrativas são variáveis dependentes 
dentro de uma relação funcional. Na realidade, não existe uma causalidade 
direta entre essas variáveis independentes e dependentes, pois o ambiente não 
causa a ocorrência de técnicas administrativas. Em vez de relação de causa e 
efeito entre as variáveis do ambiente (independentes) e as variáveis 
administrativas (dependentes), existe uma relação funcional entre elas. Essa 
relação funcional é do tipo "se-então" e pode levar a um alcance eficaz dos 
objetivos da organização. 
A Teoria da Contingência surgiu a partir de várias pesquisas feitas para verificar 
os modelos das estruturas organizacionais mais eficazes em determinados tipos 
de empresas. Os resultados das pesquisas conduziram a uma nova concepção 
da organização e o seu funcionamento são dependentes da interface com o 
ambiente externo. Verificaram que não há um único e melhor jeito de 
organizar. Essas pesquisas e estudos foram contingentes, no sentido em que 
procuraram compreender e explicar o modo como as empresas funcionavam em 
diferentes condições que variam de acordo com o ambiente ou contexto que a 
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empresa escolheu como seu domínio de operação. Em outras palavras, essas 
condições são ditas "de fora" da empresa, isto é, do seu ambiente. Essas 
contingências externas podem ser consideradas oportunidades e imperativos ou 
restrições e ameaças que influenciam a estrutura e os processos internos da 
organização. 
Dois sociólogos ingleses, Burns e Stalker, em virtude de pesquisas relacionando 
práticas administrativas com o ambiente externo, classificaram as organizações 
industriais em dois tipos: organizações mecanísticas e organizações orgânicas.A perspectiva é sistêmica. 
As organizações mecanísticas são próprias de ambientes estáveis e 
permanentes enquanto as orgânicas são adequadas para condições ambientais 
de mudança e inovação. 
 
 
 
Já na década de 1970, Lawrence e Lorsch inauguraram a teoria da 
contingência. Através dos resultados de suas pesquisas demonstraram que as 
CARACTERÍSTICAS	DOS	SISTEMAS	MECÂNICOS	E	ORGÂNICOS
Características Sistemas	Mecânicos Sistemas	Orgânicos
Estrutura	Organizacional Burocrática,	permanente,	rígida	
e	definitiva
Flexível,	mutável,	adaptativa	e	
transitória
Autoridade Baseada	na	hierarquia	e	no	
comando
Baseada	no	conhecimento	e	
na	consulta
Desenho	de	cargos	e	Tarefas Definitivo.	Cargos	estáveis	e	
definidos.	Ocupantes	
especialistas	e	univalentes
Provisório.	Cargos	mutáveis,	
redefinidos	constantemente.	
Ocupantes	polivalentes
Processo	Decisorial Decisões	centralizadas	na	
cúpula	da	organização
Decisões	descentralizadas	ad	
hoc	(aqui	e	agora)
Comunicações quase	sempre	verticais quase	sempre	horizontais
Confiabilidade	em: Regras	e	regulamentos	
formalizados	por	escrito	e	
impostos	pela	empresa
Pessoas	e	comunicações	
informais	entre	as	pessoas
Princípios	Predominantes Princípios	gerais	da	Teoria	
Clássica
Aspectos	democráticos	da	
Teoria	das	Relações	Humanas
Ambiente Estável	e	permanente Instável	e	dinâmico.
Fonte:	Chiavenato	(2003)
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organizações utilizam dois mecanismos básicos de funcionamento: a 
diferenciação e a integração administrativas. A diferenciação diz respeito à 
subdivisão das organizações em departamentos com tarefas especializadas. 
Cada departamento reage somente à parte do ambiente que é relevante para 
sua atividade. As demandas de ambientes específicos corresponderão à 
departamentos na organização, com os quais se relacionarão. 
A integração é o processo oposto: do ambiente externo surgem pressões para 
que haja unidade de esforços entre os vários departamentos da organização. 
Chiavenato ressalta que os dois mecanismos são opostos e antagônicos. Quanto 
mais diferenciação existe na organização mais difícil é a solução de problemas. 
Contudo, as organizações que conseguem se diferenciar (processo típico do 
crescimento da organização) e ao mesmo tempo conseguem integrar todas 
estas partes garantirão sucesso. 
A abordagem contingencial manteve o foco nas tarefas, nas pessoas e na 
estrutura organizacional e agregou a perspectiva da sobrevivência e do 
crescimento em ambientes mutáveis. Nesta perspectiva tudo é mutável, tudo é 
relativo, tudo é contingente. O contexto ambiental é que vai ditar os rumos das 
operações das empresas. As que se adaptam são bem sucedidas. 
 
A Teoria da contingência baseia-se no conceito de Homem Complexo. 
 
ITEM 38. (CESPE/BASA/2012/ADMINISTRAÇÃO) 
A abordagem da contingência diferencia-se das demais abordagens por preconizar os 
imperativos ambientais e tecnológicos que influenciam as organizações. 
 
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Perfeito pessoal! O ambiente é que dita as regras da organização 
administrativa. São imperativos a determinar as organizações. Portanto, a 
afirmativa está CERTA! 
 
ITEM 39. (CESPE/UAB/2010/ ESPECIALIZAÇÃO GESTÃO PÚBLICA) 
As características ambientais são variáveis independentes, ao passo que as características 
organizacionais são variáveis dependentes. 
 
Perfeito, pessoal! As variáveis ambientais são variáveis independentes, 
enquanto as técnicas administrativas, ou características organizacionais i são 
variáveis dependentes. Portanto, a afirmativa está CERTA! 
 
 
ITEM 40. (CESPE/UAB/2010/ ESPECIALIZAÇÃO GESTÃO PÚBLICA) 
Teóricos dessa corrente entendem que a estrutura e o funcionamento da organização são 
contingentes à situação externa, ou seja, a organização conta com uma única e exclusiva forma 
de operar. 
Nada disso pessoal! Contingente é ser flexível, mutável, adaptável ás situações 
externas que são variáveis independentes. Desta forma não pode existir uma 
única forma de operar para a teoria contingencial. Sendo assim, a afirmativa 
está ERRADA! 
 
Vamos a uma bateria final de questões para encerrar esta aula! 
 
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ITEM 41. (CESPE/2016/FUB/AUXILIAR EM ADMINISTRAÇÃO) 
A Administração Científica é a escola mais recente nas teorias em administração, sendo a mais 
adotada nas organizações nos dias atuais. 
 
Nada disso, minha gente! A administração científica foi a primeira das escolas 
administrativas e embora alguns pressupostos ainda estejam presentes nas 
organizações, não é mais modelo usado na atualidade. Portanto, a afirmativa 
está ERRADA! 
 
ITEM 42. (CESPE/2016/FUNPRESP-JUD/ASSISTENTE - ADMINISTRATIVA ) 
Os pressupostos da administração científica dispõem que a produtividade no trabalho aumenta 
mais com mudanças nas práticas administrativas que com investimentos nas relações 
humanas. 
 
Perfeito, pessoal! Na administração científica, o foco era nas tarefas e os 
indivíduos eram vistos como Homo Economicus, ou seja, a produtividade estava 
relacionada ao pagamento. Portanto, a afirmativa está CERTA! 
 
 
 
 
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ITEM 43. (CESPE/2016/TCE-PA/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO - ÁREA 
ADMINISTRATIVA - ADMINISTRAÇÃO 
O princípio da divisão do trabalho, estabelecido pela escola clássica, consiste na criação de uma 
unidade de comando e uma unidade de direção para cada equipe de trabalho. 
 
Nada disso, minha gente! A divisão do trabalho consiste no princípio da divisão 
das tarefas, na especialização do trabalho. A unidade de comando diz respeito 
ao princípio de que cada individuo só pode ter um chefe. Portanto, a afirmativa 
está ERRADA! 
 
ITEM 44. (CESPE/2016/TCE-PA/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO - ÁREA 
FISCALIZAÇÃO - ADMINISTRAÇÃO 
Dar tratamento com benevolência e justiça às pessoas, sem dispensar a energia e o rigor 
necessários, é uma tendência difundida desde a escola clássica de Fayol. 
 
Exatamente, pessoal! Muitos candidatos reclamaram desta questão, mas a 
afirmativa está coerente com a escola clássica, tanto com a administração 
científica quanto para a teoria clássica de Fayol. Ambas as escolas defendiam 
que os empregados deveriam ter ambientes seguros, salários condizentes com 
as funções e carga horaria adequada. Estas escolas romperam com o modelo 
desumano de tratamento com os operários. Desta forma, a afirmativa está 
CERTA! 
 
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ITEM 45. (CESPE/2016/ TCE-PA/ AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO - ÁREA 
PLANEJAMENTO – ADMINISTRAÇÃO) 
Conforme a teoria clássica da administração, o ato de administrar compreende prever ou 
planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar, e as funções básicas das organizações 
são as seguintes: técnicas, comerciais, financeiras, de segurança, contábeis e administrativas. 
 
Exatamente, pessoal! As funções administrativas para Fayol (Teoria Clássica ) 
eram prever ou planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar. As 
funções básicas eram seis, conforme listado na afirmativa. Portanto, a 
afirmativa está CERTA! 
 
ITEM 46.(CESPE/2014/ POLÍCIA FEDERAL/AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL) 
De acordo com a abordagem sistêmica da administração, as organizações, quando vistas como 
sistemas abertos, podem se adaptar ao ambiente em que estão inseridas, bem como influenciar 
fortemente a natureza desse ambiente. 
 
Perfeito, pessoal! A Teoria dos

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