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Carolina Marques RESUMO UCT 15 - DOR ABDOMINAL - VÔMITO - DIARRÉIA - ICTERÍCIA SP1 - H. PYLORI Bactéria Gram-negativa Coloniza o estômago de cerca de 50% da população humana - Forma helicoidal e flagelos - Mobilidade no ambiente mucoso - Microaerofílico - Possui vários mecanismos de resistência ao ácido, principalmente a alta expressão de urease, a qual catalisa a hidrólise da ureia produzindo amônia tamponante Fator de risco: - Ulceração péptica - Adenocarcinoma gástrico - Linfoma gástrico de tecido linfoide associado à mucosa (MALT) EPIDEMIOLOGIA - Prevalência de infecção por H. pylori correlaciona-se com o status socioeconômico e de condições sanitárias da população - MAIOR nos países ou comunidades em desenvolvimento TRANSMISSÃO - Os seres humanos são o único reservatório importante do H. pylori - Via fecal-oral e Via oral PATOLOGIA E PATOGÊNESE Carolina Marques FATORES DE VIRULÊNCIA BACTERIANA A ilha cag Grupo de genes que codificam um sistema de secreção bacteriana tipo IV Carolina Marques Um segundo fator de virulência importante é a citotoxina de vacuolização VacA, a qual forma poros nas membranas celulares A VacA é polimórfica, e a presença de formas mais ativas também aumenta o risco de doença Carolina Marques Fatores genéticos e ambientais do hospedeiro PATOGÊNESE DA ULCERAÇÃO DUODENAL Carolina Marques Colonização gástrica - Ulceração duodenal Secreção aumentada de ácido pode contribuir para a formação da metaplasia gástrica potencialmente protetora observada no duodeno de pacientes com úlcera duodenal A metaplasia gástrica no duodeno pode tornar-se colonizada por H. pylori e, subsequentemente, inflamada e ulcerada MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Carolina Marques Tratamento Infecção crônica por H. pylori é encontrada na maioria das úlceras duodenais e gástricas - 1º realização de exames para detectar a infecção Tratamento com esquema de antibióticos combinados durante 14 dias e supressão de acidez com inibidor de bomba de próton ou bloqueador H2 Vários regimes são usados: Omeprazol e claritromicina, acrescidos de metronidazol ou amoxicilina *Pode ser realizado tratamento empírico Tratamento empírico: Inibidores de secreção ácida + antibiótico - Antagonistas de H2 (bloqueio do local que recebe estímulo da histamina na cél. que produzem ácido) Ação: Inibir secreção ácida induzida pela histamina e gastrina Principais fármacos: Cimetidina, Ranitidina, Nizatidina, Famotidina - Inibidores de bomba de prótons Ação: Inibição irreversível de H+, K+, ATPase Inibem secreção ácida tanto basal, quanto estimulada Representantes: omeprazol, lansoprazol, pantoprazol, raberprazol, esomeprazol DIAGNÓSTICO 1. TESTES COM BASE NA ENDOSCOPIA 2. TESTES NÃO INVASIVOS Carolina Marques ENDOSCOPIA • Excluir a possibilidade de neoplasia maligna • Estabelecer um diagnóstico positivo em pacientes idosos ou naqueles com sintomas de “alarme” Endoscopia – Quando solicitar? 1. Critério de idade: Pacientes com mais de 45 anos que apresentam dispepsia de instalação recente (critério de idade) * As chances de ca ̂ncer gástrico aumentarem com a idade 2. Sintomas de alarme: Perda de peso, vo ̂mitos recorrentes, disfagia (di�culdade para engolir), evide ̂ncia de sangramento GI ou anemia ferropriva 3. A endoscopia deve ser recomendada para pacientes cujos sintomas não responderam ao tratamento empírico. Por meio do exame endoscópico é possível prever a presença de infecção Biópsia: retirada de pequenos fragmentos da mucosa do esôfago, estômago ou duodeno para exame – utilizados para os testes Biópsia - Teste da uréase Boa sensibilidade, especificidade, simples Carolina Marques Desempenho bom em pacientes sem tratamento Sensibilidade 90 – 95% Especificiidade 98% Pacientes que tomam medicações inibidoras de secreções gástricas – desempenho menor (repetição do exame) Biópsia - Estudo anatomopatológico H. pylori Grau e padrão de inflamação, atrofia, metaplasia intestinal e displasia do epitélio gástrico Esse exame apresenta sensibilidade e especificidade para diagnóstico da infecção por H. pylori em torno de 98% quando dois fragmentos de biópsia são avaliados Imunohistoquímica → Coloração Reação Ag - Ac Cultura microbiológica ENDOSCOPIA Dificuldade de isolamento do H. pylori Biologia molecular por PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) Informação genética da H. pylori Gene Vac-A Gene Cag-A • Estudo da resistência a antibióticos relacionados a alterações nos genes por PCR: resistência à claritromicina (A2143G, gene 23S rRNA), levofloxacino (C261A/G, gene gyrA) e furazolidona (C347A/T/G, gene porD) EXAMES NÃO INVASIVOS TESTE RESPIRATÓRIO COM URÉIA MARCADA • Inócuo e não-invasivo • Um dos mais usados no diagnóstico da infecção • Um dos métodos de escolha para acompanhar o efeito do tratamento com antimicrobianos Carolina Marques DETECÇÃO DE ANTÍGENOS DE H. pylori EM AMOSTRAS DE FEZES • Usados principalmente em crianças por serem menos invasivos • Método não invasivo para controle de cura da infecção • Também tem a sensibilidade reduzida com uso de antisecretores gástricos Sensibilidade em torno de 94% Especificidade de 97% PESQUISA DE ANTICORPOS ANTI-H. pylori Resposta imunológica humoral: produção de anticorpos anti-H. pylori das classes lgM, lgA e lgG. • lgA e lgG níveis detectáveis - três semanas a três meses depois do início da infecção aguda • Podem ser observados até cerca de dois anos depois da erradicação da bactéria PESQUISA DE ANTICORPOS SÉRICOS ANTI-CagA Não indicada para o diagnóstico primário da infecção pelo H. pylori • Recomendada para a detecção de infecção por amostras de H. pylori que expressam o fator de virulência CagA Carolina Marques SP2 - Sinais laboratoriais de processos inflamatórios intestinais - Alergias alimentares As doenças inflamatórias intestinais (DII) são distúrbios inflamatórios crônicos que acometem qualquer porção do trato intestinal Fatores epidemiológicos ETIOPATOGENIA Carolina Marques Retocolite Ulcerativa (RCU) --- Doença de Crohn (DC) POLIGÊNICAS Polimorfismo no gene que produz o receptor da IL-23 Um defeito no seu receptor, localizado em linfócitos e macrófagos, ocasiona amplificação da inflamação Fatores genéticos Defeitos relacionados à barreira epitelial intestinal Resposta imunológica defeituosa contra antígenos da microbiota facilitando a colonização e o estímulo dos produtos bacterianos e da formação de citocinas Carolina Marques Alterações quantitativas e qualitativas na microbiota intestinal dos portadores de DII Fisiopatologia Carolina Marques Retocolite Ulcerativa Carolina Marques FISIOPATOLOGIA DC ANEMIA MEGALOBLÁSTICA No íleo que ocorre a absorção de vitamina B12, e sua escassez gera anemia megaloblástica - A principal causa da anemia megaloblástica é a redução da síntese de DNA na produção do glóbulos vermelhos. Essa redução normalmente é causada pela deficiência da vitamina B12, que é responsável, em parte, pela formação da hemoglobina e do ácido fólico (vitamina B9) e tem a função de ajudar na síntese do DNA Carolina Marques Diarreia • Dor abdominal frequentemente faz parte do quadro • Cólicas • Anorexia e náuseas Carolina Marques Sinais laboratoriais de processos inflamatórios intestinais • DIAGNÓSTICO LABORATORIAL → Exames complementares O diagnóstico da DII ocorre a partir de dados da anamnese • História clínica • Exame físico • Exames complementares – laboratorial, endoscópico, radiológico e histopatológico Hemograma • Série vermelha • Leucograma • Plaquetograma - No hemograma, pode haver anemia, leucocitose e trombocitose Provas inespecíficas de Inflamação - Elevação das provas de atividade inflamatória (VHS e PCR) • Proteína C Reativa • VHS Proteína C Reativa - PCR “proteínas de fase ativa” Produzidas no fígado em resposta a quase todos os estímulos inflamatórios: Infecções, câncer, traumas e “reumatismos” Biomarcador mais estudado Função: ligar-se a patógenos e células lesadas e/ou apoptóticas (fosfatidilcolina) e iniciar sua eliminação por meio da ativação do sistema complemento ede fagócitos (C1q e Fcγ). Essas ligações e atrações celulares permitem considerá-la como uma opsonina Também atua regulando a extensão e a intensidade da reação inflamatória Carolina Marques Elevação: Concentração da PCR no sangue começa a subir em 2-10 horas após o início do estímulo Pico: Se o estímulo for mantido, chega a seu pico em 24 a 72 horas (cerca de 48 hrs) Métodos:Turbidimetria/ nefelometria Com a resolução do insulto inflamatório sua concentração no sangue cai pela metade também rapidamente, em cerca de 18hs VHS – VELOCIDADE DE HEMOSSEDIMENTAÇÃO Velocidade com a qual as hemácias sedimentam-se no sangue Ao pé da letra: Velocidade com que os glóbulos vermelhos se separam do “soro” e se depositam no fundo, se um tubo de sangue (com anti-coagulante) é deixado parado Marcador inespecífico de inflamação tecidual Proteínas plasmáticas: a que tem maior efeito agregante é o fibrinogênio, seguido das globulinas e da albumina Carolina Marques Biomarcadores para DII • Sorológicos • Fecais • Predisposição genética (polimorfismos) A calprotectina e lactoferrina fecais são exames úteis para o diagnóstico das DII, pois evidenciam atividade inflamatória no intestino e apresentam boa correlação endoscópica e histológica Proteína ligada ao cálcio e ao zinco abundantes no citoplasma dos neutrófilos e, em menor quantidade, também nos monócitos e macrófagos reativos • As funções conhecidas da Calprotectina estão associadas aos processos de defesa através da ação do zinco (atividade antibacteriana e antifúngica) • A Calprotectina pode ser detectada em praticamente todos os líquidos biológicos e a sua concentração está diretamente correlacionada ao grau de inflamação na amostra Amostras de fezes • Bom marcador biológico • Permanece estável por até sete dias à temperatura ambiente • Apresenta-se uniformemente distribuída na amostra Carolina Marques LACTOFERRINA FECAL • Proteína existente no citoplasma dos granulócitos • Positivamente correlacionada com a eliminação fecal de leucócitos • Sua dosagem nas fezes tem sido proposto como método não invasivo para a avaliação direta da inflamação intestinal • Identificar precocemente os doentes • Lactoferrina fecal é um marcador não invasivo que está mais elevada na doença de Crohn comparada à síndrome do intestino irritável. Carolina Marques Isoladamente, esses anticorpos não fecham diagnóstico ou diferenciam entre uma forma e outra, pois aparecem em outras patologias e até mesmo em indivíduos saudáveis. Devem ser utilizados como ferramenta de ajuda para o diagnóstico à luz do contexto clínico (ASCA+ e p-ANCA-) estão mais associados com doença de Crohn (ASCA- e p-ANCA+) estão mais associados com retocolite ulcerativa A sensibilidade e especi�cidade do ASCA para discriminar pacientes com DII de pacientes com outras doenças intestinais é de, respectivamente, 60% e 91% Para diferenciar entre pacientes com doença de Crohn e pacientes com retocoliteulcerativa, um resultado positivo isolado de ASCA possui sensibilidade de 60% e especi�cidade de 86%, enquanto um resultado positivo de ASCA e negativo de pANCA possui sensibilidade de 56% e especi�cidade de 92% Alergias alimentares Mediadas por IgE (exemplos: urticária, angioedema, algumas manifestações gastrintestinais como edema e prurido de lábios, língua ou palato, vômitos e diarreia, sintomas respiratórios como prurido ocular e lacrimejamento, congestão nasal e broncoespasmo e reações sistêmicas como a anafilaxia com hipotensão e choque) • Mistas(mediadas por IgE e células) •Não mediadas por IgE (reações citotóxicas e as por imunecomplexos – ambas com evidências limitadas, reações mediadas por linfócitos T) Carolina Marques Hemograma Nos casos de doenças gastrintestinais (esofagite eosinofílica, gastroenterite eosinofílica, proctocolite eosinofílica), a eosinofilia é encontrada em parcela expressiva dos casos, e pode auxiliar no diagnóstico In vivo: testes cutâneos de hipersensibilidade imediata Investigação De sensibilização IgE específica Não há restrição de idade para a realização do teste, entretanto, deve-se ter em mente que crianças menores de 6 meses de idade podem não ter sido expostas a vários alimentos, impossibilitando a formação de anticorpos Carolina Marques O método mais popular para determinar a IgE específica é o Sistema ImmunoCAP®, apesar de outros recursos menos onerosos, simples e também sensíveis, como o ELISA, poderem ser utilizados ImmunoCAP® O ImmunoCAP Isac é o teste molecular para a Alergia. Este exame consiste em um imunoensaio de fase sólida, baseado em microarray, para a determinação semiquantitativa da IgE específica de 112 componentes moleculares alergênicos, naturais ou recombinantes Carolina Marques SP3 - Fosfatase alcalina, gama-GT e LDH FÍGADO • Função de síntese • Função de excreção e detoxi�cação • Função de armazenamento • Formação e secreção da bile Na avaliação hepática, nenhum exame isolado possibilita ao médico avaliar de maneira acurada a capacidade funcional total do fígado Provas de função hepática AST (TGO) ALT (TGP) Relação AST / ALT Bilirrubinas totais e frações Bilirrubina direta Bilirrubina indireta Doenças hepáticas • Hepatite viral (particularmente as hepatites A, B e C) • Lesão hepática induzida por medicamentos • Colangite (obstrução do ducto biliar) • Hepatopatia alcoólica Hepatopatias crônicas • As causas mais comuns de hepatopatia crônica, na ordem geral de frequência, são hepatite C crônica, hepatopatia alcoólica, esteato-hepatite não alcoólica, hepatite B crônica, hepatite autoimune, colangite esclerosante, cirrose biliar primária, hemocromatose e doença de Wilson. Provas laboratoriais – bateria de exames • Determinação dos níveis séricos de alanina e aspartato aminotransferases (AST e ALT), fosfatase alcalina, bilirrubina sérica direta e total e albumina Carolina Marques Proteínas totais Tendo em vista que o hepatócito é a principal célula produtora de proteínas no organismo humano, em especial a albumina, a quantificação laboratorial da proteína sérica total e suas frações, albumina e globulinas, são indicadas para avaliar disfunção da síntese hepática Proteínas totais e frações Carolina Marques Avaliação laboratorial das hepatopatias Bile Fígado: Produção da bile - Liberada do hepatócito Flui pelos canalículos biliares, ductos biliares, ducto hepático comum, chegando à vesícula biliar, onde é armazenada. Através do ducto colédoco, desemboca no duodeno pela papila de Vater (papila maior). Carolina Marques Secreção aquosa composta de pigmentos e sais biliares, fosfolipídios e colesterol ID: Participa do processo de digestão dos lipídios da alimentação A bile é, também, a via de excreção da bilirrubina Cálculos biliares - litíase Carolina Marques Colestase • Pele e escleras amareladas • Urina escura • Fezes podem se tornar claras e com odor desagradável • Esteatorreia • Carência de bile pode ocasionar absorção inadequada de cálcio, vitamina D, vitamina K Metabolismo da bilirrubina As causas de colestase estão divididas em dois grupos: com origem intra-hepática e extra-hepática: Carolina Marques Intra-hepática As causas incluem hepatite aguda, doença hepática alcoólica, cirrose biliar primária com in�amação e �brose dos dutos biliares, cirrose devido à hepatite viral B ou C (também com in�amação e cicatrização dos dutos biliares), certos medicamentos (p. ex., amoxicilina/clavulanato, clorpromazina, azatioprina e contraceptivos orais), efeitos hormonais sobre o �uxo da bile durante a gestação (colestase da gravidez) e câncer que se espalhou para o fígado Extra-hepática As causas incluem cálculo no duto biliar, estreitamento (estenose) de um duto biliar, câncer do duto biliar, câncer de pâncreas e in�amação do pâncreas (pancreatite) Avaliação laboratorial das hepatopatias Gamaglutamil transferase (gama-GT) • Também conhecida como gamaglutamil transpeptidase, é uma enzima de excreção biliar com meia-vida de 7-10 dias • Localiza-se no retículo endoplasmático das células epiteliais dos ductos biliares.• Semelhante a FA, a GGT é utilizada como um indicador de colestase - Não se alterar em doenças ósseas e na gravidez • Valor elevado de FA associado à GGT dentro dos valores de referência indica causa extra-hepática do aumento da FA • Nas colestases intra ou extra-hepática, a GGT sérica aumenta cinco a 30 vezes o maior valor de referência. • O Gama GT, também chamado de GGT (gamaglutamiltransferase), é uma enzima hepática presente em diversos órgãos do corpo humano, incluindo os rins, fígado, vesícula biliar, baço e pâncreas • Exame de Gama GT tem como principal objetivo medir a quantidade da enzima no sangue e, assim, avaliar a função hepática do organismo Refletindo sua localização mais difusa no fígado, a elevação da Gama-GT no soro é menos específica para a colestase do que as elevações da fosfatase alcalina ou da 5ʹ-nucleotidase. Cerca de 90% das doenças hepatobiliares apresentam alteração da GGT, mas as mais expressivas são nas colestases Carolina Marques Coleterol elevado, pacientes diabéticos, pacientes com sobrepeso – aumento de gordura, epscialmente visceral, pacientes etilistas ( consumo regular de álcool) • Medicamentos: indução da atividade metabólica do fígado (anticonvulsivantes, antidepressivos, antibióticos • Elevação isolada (não traduzindo problema hepático) • Colestase: Dosagem em conjunto com outras provas hepáticas FA Lesão neoplásica ou cálculo Na hepatite alcoólica, devido à ingestão crônica de álcool, observam-se também níveis elevados de GGT O álcool induz à maior síntese da GGT no fígado, por isso ela é utilizada no monitoramento de pacientes com abuso de ingestão de álcool • Principais causas de aumento: jejum prolongado, desidratação, tabagismo, etilismo, neoplasias (fígado, pâncreas e próstata), uso de acetaminofeno, barbitúricos, cefalosporinas, cimetidina, estrógeno, anticoncepcional oral e anticonvulsivantes • Principais causas de diminuição: hemólise e dosagem em amostra colhida imediatamente após a dieta, hipotireoidismo, uso de vitamina C estrógenos conjugados Fosfatase alcalina (FA) Metaloproteína zinco-dependente que hidrolisa o Fosfato terminal de éster orgânico, em pH alcalino Isoenzimas: • Fígado – 50% • Osso – 40% • Intestino delgado – 10% • Produção placentária em gestantes Excreção: biliar Na colestase, sua elevação ocorre principalmente por maior estímulo à sua produção pelas células canaliculares devido ao aumento da pressão intracanalicular, bem como por regurgitamento para o sangue Carolina Marques Elevação: Não patológicas: idade > 60 anos, tipo sanguíneo, gravidez Hepatopatias: • Tumores hepáticos • Metástases hepáticas, granulomas, nódulos e cistos hepáticos (pode ser a única alteração laboratorial observada) Doenças ósseas: • Raquitismo, osteomalácia, osteossarcomas e fraturas * O quadro clínico do paciente e suspeita diagnóstica *A interpretação conjunta com outras enzimas indicadoras de colestase No terceiro trimestre da gestação pode ser detectado aumento de até duas a três vezes o limite superior do intervalo de referência, devido ao influxo da fosfatase alcalina placentária, sendo observado retorno aos níveis basais três a seis semanas pós-parto Carolina Marques Aumento de FA A elevação da fosfatase alcalina proveniente do fígado não é totalmente específica da colestase Ideal: Abordagem com outros exames - Gama-GT • Ex: fosfatase alcalina sérica elevada constitui o único achado anormal em uma pessoa aparentemente sadia, ou se o grau de elevação é mais alto do que o que poderia ser esperado diante da situação clínica, torna-se útil identificar a fonte das isoenzimas elevadas: • Eletroforese (pouco utilizado) • Mensuração de 5ʹ-nucleotidase ou Gama-GT séricas Essas enzimas raramente estão elevadas em outras condições além da doença hepática • Na ausência de icterícia ou aminotransferases elevadas, a fosfatase alcalina elevada de origem hepática sugere com frequência, porém nem sempre, colestase em fase inicial • Se o cálculo obstruir o ducto cístico, impede a passagem da bile – Colecistite aguda • Se o ducto do colédoco for obstruído, a bile não passa para o intestino e flui através das células hepáticas para a corrente sanguínea • Uma elevação simultânea de FA e GGT sugerem que o fígado é a causa da FA elevada Carolina Marques Diminuição • Amostra colhida em tubo contendo EDTA, citrato ou fluoreto • Hipotireoidismo, escorbuto, deficiência de vitamina B12 (anemia perniciosa) • Deficiência nutricional (Kwashiorkor) • Uso de estrógeno, anticoncepcional oral Desidrogenase lática (LDH) LACTATO DESIDROGENASE Carolina Marques A desidrogenase lática (LDH) é uma enzima citoplasmática envolvida na via glicolítica e liberada quando há lesão celular No fígado, essa enzima participa na gliconeogênese e na síntese de glicogênio a partir do lactato Conversão de piruvato em lactato, que ocorre no músculo em anaerobiose. Essa reação, chamada de fermentação homolática, é mediada pela lactato desidrogenase Carolina Marques LDH total Para a dosagem de LDH total o método normalmente utilizado é o fotométrico - ultravioleta (cinética), que tem por princípio a atividade da lactato desidrogenase presente na amostra, avaliada pela medida da velocidade de transformação do piruvato em lactato utilizando-se a co-enzima NAD+ e NADH em 340 nm LDH total → INESPECÍFICO! Principais causas de aumento: hemólise, exercício físico intenso previamente à coleta, linfomas, leucemias, hipóxia, doenças respiratórias, infarto agudo do miocárdio, anemia hemolítica, etilismo, uso de amiodarona, esteroides, anabolizantes, gentamicina, nitrofurantoína,ácido valpróico Desidrogenase lática (LDH) + Eletroforese de lactato desidrogenase + Isoenzimas de lactato desidrogenase + Dehidrogenase lática - isoenzimas + Isoenzimas de Lactato Desidrogenase SP4 - Amilase e Lipase Avaliação laboratorial ⇒ Pancreatite aguda e crônica Carolina Marques Pâncreas – Função endócrina Pâncreas – Função Exócrina - Suco Pancreático Lipase: enzima produzida, predominantemente, no pâncreas Função: hidrólise de cadeias longas de triglicerídeos no intestino delgado Amilase: enzima responsável por catalisar a hidrólise do amido Os níveis elevados da amilase são encontrados em: pancreatite, lesão de glândula salivar (caxumba), úlcera péptica perfurada, apendicite, gravidez ectópica rota e muitas outras patologias → Vários hormônios controlam a secreção do suco pancreático: a colecistoquinina ou CCK, a secretina e a Gastrina (gordura, álcool – estimulam secreção) Carolina Marques Pancreatite aguda • Início súbito • Melhora com o tratamento Etiologia Biliar é a mais comum - LITÍASE BILIAR - Cálculos - Álcool Carolina Marques Fatores de risco • Idade → 30 – 40 anos (álcool) - > 40 - litíase • Sexo • Ingestão de álcool • Má nutrição • Obesidade A avaliação laboratorial da PA utiliza como marcador a dosagem das enzimas pancreáticas que extravasam para o sangue em consequência do processo de auto digestão e inflamação do pâncreas. A entrada de pequena quantidade de suco pancreático na corrente sanguínea, ocasiona considerável aumento das enzimas pancreáticas no sangue, devido ao gradiente de 10.000:1 entre suco pancreático normal e o sangue normal Dosadas na prática clínica, por sua praticidade: amilase e lipase Amilase ORIGEM PANCREÁTICA E SALIVAR ⇒ Amilase P e S Enzima responsável por catalisar a hidrólise do amido Os níveis elevados da amilase são encontrados em: pancreatite, lesão de glândula salivar (caxumba), úlcera péptica perfurada, apendicite, gravidez ectópica rota e muitas outras patologias *Cuidado com o paciente com problema renal É um exame útil no diagnóstico de doenças do pâncreas e na investigação da função pancreática, sendo um dos primeiros exames solicitados na investigação diagnóstica Medicamentos aumentam os níveis séricos de amilase: aspirina, agentes colinérgicos, corticosteróides, indometacina, diuréticos de alça e tiazida, metildopa, opioides e pentazocina Carolina Marques Lipase Enzima produzida, predominantemente, no pâncreas Função:hidrólise de cadeias longas de triglicerídeos no intestino delgado Seus níveis estão elevados na pancreatite aguda e crônica Seus níveis elevam-se um pouco mais tarde do que os da amilase, porém mantem-se elevados por um período mais longo, e o seu aumento não necessariamente se correlaciona com a gravidade da doença Marcador mais específico de doença pancreática aguda do que a amilase ● Níveis encontram-se elevados na pancreatite, cirrose biliar primária, hemodiálise, colecistite, uso de morfina e na hemorragia intracraniana ● Pacientes sem pancreatite, com outras doenças gastrintestinais podem apresentar amilase elevada com lipase normal ● Elevações significativas são aquelas 3 vezes maiores que o limite superior normal ● A lipase permanece levada por vários dias Carolina Marques AMILASE E LIPASE • Valores acima de três vezes o limite superior ao normal em combinação com dor epigástrica sugerem fortemente o diagnóstico se tiverem sido excluídos perfuração ou infarto intestinal Carolina Marques Diagnóstico de pancreatite → Pelo menos 2 - Sintomas - Amilase e/ou lipase séricas aumentadas (3X) - Imagem radiológica compatível Próximo passo: definir etiologia
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