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Diagnóstico Laboratorial Função Pancreática 14.03 Pâncreas Exócrino Introdução: ● Alterações do pâncreas: ○ pancreatite aguda ○ pancreatite crônica ○ insuficiência pancreática exócrina ● Função: ○ secreção do suco pancreático → enzimas digestivas (carboidratos, lipídeos e proteínas) ■ amilase pancreática, lipase pancreática, protease pancreática → as enzimas são armazenadas em sua forma inativa (zimogênio) e diluídas em água e bicarbonato para evitar a digestão do órgão ○ o suco é liberado quando há alimento no estômago em resposta a um estímulo cefálico (odor) ○ mecanismo basal → na ausência de alimento há uma secreção mínima do suco ● Pâncreas endócrino (3%) ○ Ilhotas de Langerhans ● Pâncreas exócrino (85%) ○ células acinares ■ enzimas e/ou precursores diluídas em água e bicarbonato (HCO3-) ● Anatomia: ○ relação de vizinhança com outros órgãos (afecções pancreáticas podem acometer outros órgãos facilmente) Pâncreas Exócrino- 85%: ● Principal função: ○ secreção de enzimas digestivas que degradam proteínas, lipídeos, carboidratos… ○ secreção de bicarbonato ● O que impede a autodigestão do pâncreas? ○ Fatores de proteção: ■ as enzimas são produzidas na forma de zimogênio (inativas) ■ são ativadas somente no duodeno (enteropeptidase) ■ organelas ligadas à membrana que separam os zimogênios do restante do citoplasma das células acinares ■ inibidores de tripsinas no plasma sanguíneo, intra e extra celulares ● Alfa macroglobulinas, Alfa antitripsina e Anti quimiotripsina: ○ protegem o organismo dos efeitos da tripsina Enzimas: Zimogênio Enzima Tripsinogênio Quimiotripsinogênio Pró-elastase Pró-carboxipeptidase Pró-fosfolipase A2 Pró-colipase Tripsina Quimiotripsina Elastase Carboxipeptidase Fosfolipase A2 Colipase ENTEROPEPTIDASE ● Enzimas ativas: ○ Amilase: ■ hidrólise de amido e glicogênio ■ formação de maltose e glicose residual ■ vários outros órgãos contém amilase (rim, pulmão, testículo, útero…) → ou seja, se houver aumento de amilase na bioquímica sérica não significa que há alteração pancreática, pode ser em outros órgãos (só consideramos alteração pancreática quando os valores ultrapassam de 4-5x o valor de normalidade) ○ Lipase: ■ atividade exacerbada por sais biliares ■ hidrólise de triglicerídeos, ácidos graxos e glicerol (mono e diglicerídeos também são produtos finais) ■ também não é específica do pâncreas Principais Distúrbios do Pâncreas Exócrino: ● Pancreatite: ○ lesão ou inflamação do parênquima ○ aguda (processo inflamatório) ou crônica ● Insuficiência Pancreática Exócrina: ○ produção e secreção insuficiente das enzimas pancreáticas ○ evolução de pancreatites crônicas, fibrose, atrofia e tumores Pancreatites: ● Introdução: ○ A pancreatite aguda não é descrita em herbívoros ○ Gatos → nenhuma enzima plasmática usada é confiável (US: mais comum pancreatite crônica) ○ O enfoque laboratorial se aplica mais ao cão (pancreatite aguda → processo inflamatório = leucocitose com desvio à esquerda regenerativo) ○ Pancreatite edematosa é o tipo mais comum em cães ○ Necróticas são mais comuns em humanos ○ Maior casuística → pancreatite aguda ○ Muito difícil diagnosticar uma pancreatite crônica (normalmente é achado de necrópsia) ● Fatores predisponentes: mais comum em cães ○ obesidade ○ idosos ○ dieta com muita gordura ○ hiperlipidemia (hiperlipidemia idiopática do schnauzer miniatura) ○ infecção → bactéria, parasitas e vírus ○ traumas e neoplasias pancreáticas ○ hipertensão e hipóxia ○ isquemia tecidual ○ refluxo biliar (ductos…) ○ corticóides → altera a circulação e hiperestimula o pâncreas ● Causas específicas em gatos: ○ infecção por trematódeos ○ peritonite infecciosa felina ○ toxoplasmose ○ “Tríade felina” ■ doença intestinal inflamatória ■ obstrução ou anastomose do ducto pancreático e biliar ■ colangio-hepatite ou lipidose hepática em gatos ● Complicações: ○ pancreatite aguda → inflamação de órgãos adjacentes e ativação do complemento, sistema cininas, coagulação (CID), sistema fibrinolítico… ● Diagnóstico: ○ Anamnese e sinais clínicos: ■ dor abdominal, anorexia, êmese, desidratação, diarréia, taquicardia, febre, apatia, choque ■ icterícia → colestase secundária ■ ascite → acometimento do fígado ○ Rx ○ US abdominal ○ TLI e PLI!!! SEMPRE ○ Cito ou histopatologia pancreática ■ em caso de necrópsia ou se o animal for realizar alguma cirurgia ● Exames Laboratoriais: ○ Testes comuns: ■ TLI (teste de imunorreatividade tripsinóide sérica) → teste específico para diagnóstico de pancreatite aguda e IPE ■ PLI (teste de imunorreatividade à lipase pancreática sérica) → teste específico para diagnóstico de pancreatite aguda e IPE ■ atividade da lipase sérica (com soro sem hemólise) ■ atividade da amilase sérica (com soro sem hemólise) ○ Diagnóstico mais confiável: ■ TLI em jejum ● normal = 5-35 μg/L (cão) ● concentração sérica de imunorreatividade semelhante à tripsina. Específica para felinos e caninos ● acima de 100 μg/L é diagnóstico de pancreatite aguda ■ PLI (95% de confiabilidade para pancreatite) ● normal = até 200 μg/L ● de 201-399 μg/L é possível ser uma inflamação (analisar sinais clínicos para decidir se deve tratar) ● acima de 400 μg/L é pancreatite aguda ● Achados para Pancreatite Aguda: ○ Clínica: ■ excitação por dor ■ estresse (linfopenia) ■ vômito e diarréia (desidratação) ○ Bioquímica: ■ Aumento da amilase: ● ocorre após 12h do processo ● obstrução do ducto pancreático ou injúria das células acinares ● no cão → aumento de 3-4x da amilase ● isoenzimas → intestino, rins, útero, ovário ■ Aumento da lipase: ● isoenzimas → tecido renal e hepático ● fator clarificador do plasma (lipidemia também) ■ azotemia pré-renal ○ Hemograma: ■ leucocitose, neutrofilia, linfopenia, eosinopenia, hemoconcentração ● Achados para Pancreatite Crônica: ○ Pode estar tudo normal ○ Clínica: ■ apetite caprichoso ■ transtornos digestivos brandos ■ vômitos esporádicos ■ diarréias esporádicas ■ perda de peso ○ Bioquímico: ■ amilase aumentada ■ lipase aumentada ■ hiperglicemia ■ hipoalbuminemia ■ hipoproteinemia ○ Hemograma: ■ inflamação ● Diagnóstico diferencial: outras causas que podem alterar os mesmos parâmetros ○ Gastroenterite aguda ○ Intoxicação ○ Trauma abdominal ○ Obstrução abdominal ○ Perfuração abdominal ○ Vôlvulo ○ Infarto intestinal ○ Colecistite ○ Ruptura de útero ○ Ruptura de bexiga ○ IRA ○ Hepatopatia aguda * Dor abdominal, anorexia, êmese, desidratação, diarréia, taquicardia, febre, apatia, choque. Icterícia (colestase secundária) e ascite (acometimento do fígado) ● Outras causas do aumento da amilase: ○ insuficiência renal (60%) ○ doença gastrintestinal (amilase das células epiteliais da mucosa) ○ doença hepática ○ neoplasias ○ enterites em equinos ● Outras causas do aumento da lipase: ○ pancreatite ○ insuficiência renal ○ doença gastrintestinal (eleva de 2-5x) ○ doença hepática ○ neoplasia ○ terapia com corticóide (dexametasona até 5x) ● Amilase X Lipase → no cão: ○ não são específicas de pancreatite ○ lipase é um pouco mais sensível do que a amilase ○ cães com pancreatite podem apresentar valores normais ○ fazer o TLI e PLI sempre!!! Insuficiência Pancreática Exócrina (IPE): Normal IPE ● Introdução: ○ ocorre devido a perda de mais de 85% da capacidade acinar pancreática de secretar as enzimas digestivas ○ falha na absorção adequada de nutrientes ○ incomum após pancreatites agudas ○ raríssima em gatos ● Causas: ○ hereditária → Pastor Alemão ■ atrofia acinar pancreática ○ idiopática → uso prolongado de corticóides ○ hipoplasia pancreática congênita ● Características Clínicas: ○ perda de peso crônica ○ animais ativos, alertas e FAMINTOS! ○ polifagia, coprofagia, flatulência ○ fezes moles, volumosas, fétidas e esterratorreicas ○ idade (animais jovens) e sexo ● Diagnóstico: ○ Histórico ○ Clinica é soberana → sinais!!! ○ US ○ TLI ○ Citologia ou histopatológico ○ Hemograma, bioquímica e urinálise → normais ○ Coprofuncional (se faz masnão é confiável) ■ análise das fezes ■ teste de atividade proteolítica (gordura excessiva nas fezes = esteatorréia) ■ amido não digerido excessivo nas fezes = amilorréia Caso Clínico: ● Cadela, Taty, 10 anos. ● Histórico: ○ inapetência, êmese e diarréia pastosa ocasional. Tratada por 2 anos com corticosteróides para dermatofitose ● Hemograma: ○ anemia normocítica e normocrômica ○ leucocitose = 30.500 mm3 ○ desvio à esquerda regenerativo ○ linfopenia ● DIAGNÓSTICO: ○ PANCREATITE AGUDA ○ COM ACOMETIMENTO DE FÍGADO E DUCTOS HEPÁTICOS Função Pancreática 21.03 Pâncreas Endócrino Pâncreas Endócrino- 3%: ● Produção e secreção de hormônios: ○ Ilhotas de Langerhans: ■ célula alfa A (20%) → glucagon ■ célula beta B (65%) → insulina ■ célula delta D (10%) → somatostatina ■ outras: célula PP ou F → polipeptídeo pancreático ● Comunicação intercelular ● Manter o equilíbrio nutricional do organismo → insulina e glucagon Hormônios: ● Células Alfa: ○ secretam glucagon ○ reduz a síntese de glicogênio, faz glicogenólise e gliconeogênese no fígado, libera glicose no sangue (hormônio hiperglicemiante), lipolítico e cetogênico, estimula a célula B a secretar insulina ○ a secreção de glucagon é estimulada pela hipoglicemia sérica ● Células Beta: ○ secreta insulina ○ glicogênese no fígado, mm e tec, adiposo, promove a conversão da glicose em glicogênio, conversão de aminoácidos em proteínas e ácidos graxos em triglicerídeos. Faz suas reduções no sangue promovendo a conversão intracelular na forma de armazenamento. Facilita a glicólise, promove o transporte de glicose para o meio intracelular ○ principal função → permitir a entrada de glicose na célula ● Células Delta: ○ Somatostatina ○ inibe células A,B e PP ○ inibe a liberação das enzimas digestivas e a secreção de bicarbonato ● Células PP: ○ Polipeptídeos pancreáticos ○ estimulam a liberação de enzimas do pâncreas exócrino ○ contrai a vesícula biliar Insulina- resumo: ● Entra no metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas ● Liberação: ○ estimulada pela glicose, hiperglicemia, aminoácidos, hormônios (glucagon, gastrina e secretina) ● Inibição: ○ hipoglicemia sanguínea e somatostatina ● Degradação: ○ insulinase → fígado, rins e músculos ● Fígado: ○ degradação de insulina e controle da glicemia (por isso os animais com hepatopatias ficam com hiperglicemia em tempo maior do que o usual) Diabetes: ● Diabetes mellitus tipo I: ○ destruição de células B que torna o animal insulino dependente (cães) ○ propensão ao desenvolver cetoacidose → produz muitos corpos cetônicos hepáticos, acidose metabólica, desidratação grave e choque ● Diabetes mellitus tipo II: ○ redução de receptores ○ resistência insulínica → mais comum em gatos ○ reserva funcional → insuficiência pancreática (normoglicemia) ● Diabetes insipidus: ○ ação do ADH (h. antidiurético) no túbulo coletor renal ○ não têm nada a ver com pâncreas, glicemia ou insulina!!! ● Manifestações Clínicas (deficiência ou falta insulínica): ○ fraqueza e anorexia ○ polifagia ou normofagia ○ perda de peso ○ poliúria/polidpsia ○ desidratação ○ depressão ○ êmese e diarréia ○ catarata e retinopatia ○ infecção do trato urinário (cistite) ○ glomeruloesclerose ○ infecção da pele ○ neuropatia diabética (andar plantígrado em gatos) ● Diagnóstico Laboratorial: ○ Bioquímica sérica: ■ glicose sérica → elevada ■ frutosamina → elevada 15 dias antes ■ enzimas hepáticas → elevadas ■ colesterol e TGT → elevados ○ Leucograma variável ○ Urinálise: ■ glicosúria e cetonúria ■ bacteriúria na maior parte das vezes ■ cistite ascendente → hematúria e sedimento ativo Achados em C.A.D.: - letargia, depressão, desidratação, perda muscular e pelos eriçados, hepatomegalia, catarata - hiperglicemia, cetonúria, acidose metabólica (gasometria), perda de eletrólitos (Na, K) pela glicosúria - Estresse (altos níveis de colesterol e epinefrina) Sinais da Hiperglicemia: ● Hiperglicemia discreta: ○ nervosismo ○ tremor ○ fraqueza ○ sudorese ● Hiperglicemia severa: ○ desorientação ○ convulsão ○ inconsciência ○ choque Casos Clínicos: Diabetes mellitus tipo I DRC I Diagnóstico Citológico 04.04 Introdução: ● Definição: ○ estudo microscópico das células de um tecido ● Confirmar o resultado citológico com a biópsia ● Pode ser um resultado que engana, o diagnóstico nem sempre é totalmente conclusivo → só é se o material é bom ● Todas as técnicas têm suas limitações (sempre conhecê-las) ● O material deve estar íntegro para a avaliação ○ sangue e tecido necrótico atrapalham (inconclusivo) ○ triagem de lâminas → repetir a citologia 2,3 vezes ○ se o material não vier viável deve-se fazer biópsia ● Serve para diferenciar processo inflamatório, degenerativo e neoplásico ● Avalia a morfologia celular ● Muito utilizado ● Vantagens: ○ baixo custo ○ processo pouco invasivo, na maioria das vezes não precisa de sedação (punção, avaliação no microscópio) ○ resultados em pouco tempo (no máximo em 48h) ○ pode ser repetida sem qualquer dano ao animal ○ o diagnóstico é conclusivo quando o material é representativo ○ é útil para diferenciar processos inflamatórios, degenerativos ou neoplásicos ○ pode ser usado no trans-operatório por ser rápido ○ oferece material para outros exames: microbiológico, imunocitoquímico * quando não consegue dar o diagnóstico de uma suspeita, esse exame serve como triagem → dá algumas ideias do que pode ser e direciona para outro exame que será conclusivo (ex.: Leishmaniose) ● Desvantagens: ○ apresenta limitações quando a identificação da origem da neoplasia → indiferenciação das células ○ risco em puncionar material cístico → sangramento e infecção (tempo de coagulação, contagem de plaqueta, preparar uma equipe - centro cirúrgico e cirurgião), é um exame seguro, mas sempre devemos informar ao tutor (termo de autorização) ○ necessário pessoa experiente para leitura das lâminas ○ material não representativo → contaminação por sangue total, infecção… ● Indicações: ○ neoformações cutâneas ○ órgãos internos (baço, fígado, pulmão, mediastino) → guiado por US (precisa ter acesso) ou RX ○ efusões ○ lesões ósseas ○ líquor, lavados prostáticos, traqueais… ○ mucosas (vaginal, oral, nasal, ocular…) ● Objetivo: ○ diagnóstico para direcionar o tratamento (quimioterapia, processo inflamatório…) ○ dar um prognóstico ao tutor ○ avaliar margens cirúrgicas → não é mt bom pq tem muita contaminação ● Informações/requisição (ajuda a direcionar o diagnóstico): ○ raça, idade, sexo ○ histórico → tempo de evolução, tratamento, tumor de mama (anticoncepcional), apresenta sangramento, secreção, entre outras ○ Exame físico → tamanho, forma, consistência, localização, aderido, ulcerado, entre outros ● Coleta e preparação dos esfregaços: ○ a coleta pode ser → swab/escova ginecológica, escarificação, imprint, PAAF (punção aspirativa por agulha fina) ○ esfregaços → “squash” (melhor), técnica do esfregaço de sangue (usar quando o material têm a mesma viscosidade do sangue) Técnicas de coleta: ● Swab: ○ menos profundas → material superficial (cerumen) ● Escova ginecológica: ○ usada quando precisa escarificar → lesões grandes e profundas, ulcerações ● Escarificação com lâmina: ○ em lesões circulares ulceradas → escarificar e coletar dos bordos da lesão ● PAAF (melhor e mais usado): ○ coleta é de dentro do nódulo ○ menor chances de contaminação ○ material melhor para a avaliação → células íntegras ○ isolar o nódulo, antissepsia, introduzir a agulha com a seringa no nódulo, fazer pressão negativa na seringa (2 ml) e movimentar em leque sem retirar a agulha do nódulo, espirrar na lâmina ○ cuidado para não coagular Técnicas e Preparação dos esfregaços: ● “Squash”: ○ cuidado com a força para não romper as células ○ precisa ter borda e cauda ● Técnica do esfregaço de sangue: ○ mesma coisa do sangue ○ em materiais que tenham a mesma viscosidade que o sangue ● “Squash” modificado: ○ muito ruim, não usar ● Esfregaço direto:○ muito ruim, não usar Colorações: ● Corantes de rotinas (Romanowsky→ azul e vermelho/ basofílico e eosinofílico): ○ panótico ○ rosenfeld ○ giemsa ● Corantes especiais (confirmar dúvidas): ○ papanicolau → diferencia carcinomas ■ azul, verde e amarelo (queratina) ○ PAS (ácidos periódicos de Schiff) ■ colore muco polissacarídeo → fungos (vermelho), gl. salivar (diferencia linfonodo da glândula salivar) ○ azul de toluidina ■ cora os grânulos dos mastócitos (mastocitoma?) ○ gram → tipo de bactéria (ATB) ○ Ziehl-Neelsen → identifica BAAR (micobactéria) Avaliação dos Esfregaços: ● 1° focar e olhar com a objetiva de 10x e depois ir aumentando Interpretação: ● Tecido hiperplásico: ○ células de tamanho normal mas em número aumentado ● Processo degenerativo: ○ degeneração macrovascular ● Processos inflamatórios (tipo da inflamação): ○ purulento → 85% de neutrófilos ○ piogranulomatoso → células gigantes/macrófagos, epitelióides/muitos neutrófilos ○ granulomatoso → células gigantes/macrófagos, epitelióides/poucos neutrófilos ○ alérgico → >10% de eosinófilos ● Não inflamatório e não neoplásico → cistos ● Neoplasias (benigna ou maligna), origem: ○ epiteliais ○ mesenquimais Neutrófilo segmentado Linfócito Eosinófilo Interpretação da Neoplasia: ● Critérios de malignidade: ○ Gerais: ■ estão em todas as neoplasias ○ Nucleares: ■ < 3 alterações → confirmação histopatológico ■ > 3 alterações → benigno * se ela têm os critérios gerais e menos q 3 critérios nucleares → benigna * se ela têm os critérios gerais e mais q 3 critérios nucleares → maligna ● Critérios gerais (aparecem na benigna e maligna): ○ anisocitose (tamanho) por macrocitose (células grandes) ○ pleomorfismo (alteração da forma celular) ● Critérios nucleares: ○ macrocariose (aumento do núcleo) ○ perda da relação núcleo/citoplasma ○ anisocariose (diferença de tamanho entre os núcleos) ○ multinucleação (núcleo se divide mais rápido q o citoplasma = vários núcleos) ○ aumento do número de mitoses normais e atípicas ○ cromatina grosseira (condensação da cromatina, não é mais homogênea, raquete de tênis, aspecto rendilhado) ○ modelo nuclear (perda do modelo daquela célula) ○ macronucléolos (áreas arredondadas dentro do núcleo ricas em ribossomos para produção de proteínas) ○ anisonucleose (nucléolos em tamanhos diferentes dentro do núcleo) ○ epitelial (carcinoma/adenoma) → hipercelularidade, células arredondadas, arranjo em blocos e algumas ficam livres pelo esfregaço ○ mesenquimal (angiosarcoma) → pouca celularidade, núcleo de aspecto fusiforme, citoplasma alongado ○ tumor de célula redonda → hipercelular, com células redondas espalhadas homogeneamente pelo esfregaço (se tiver vacúolos é TVT- tumor de sticker) ○ tumor de célula redonda → hipercelular, com células redondas espalhadas homogeneamente pelo esfregaço ● Características neoplásicas dos tecidos: ○ epitelial (carcinoma/adenoma) → hipercelularidade, células redondas, arranjo em blocos e algumas ficam livres pelo esfregaço ○ mesenquimal (angiosarcoma) → pouca celularidade, núcleo de aspecto fusiforme, citoplasma alongado ○ tumor de célula redonda → hipercelular, com células redondas espalhadas homogeneamente pelo esfregaço (se tiver vacúolos é TVT- tumor de sticker) Caso clínico 1: ● tumor de origem mesenquimal Caso clínico 2: ● Linfossarcoma Caso clínico 3: ● Esporotricose
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