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Doença tegumentares causadas por Staphylococcus aureus Bibliografia indicada (bloco de infecções bacterianas do Sistema tegumentar) Imunologia celular e molecular – Abbas (cap. 14 e 16) Microbiologia médica – Muray (cap. 18 e 19) Microbiologia – Trabulsi (cap. 20 e 25) INFECÇÕES SUPERFICIAIS 1. Foliculite (infecção piogênica no folículo piloso) 2. Furúnculo (evolução da foliculite) 3. Carbúnculo (evolução do furúnculo / vários folículos pilosos) Celulite (infecção na derme sem formação de pus) 4. Impetigo não bolhoso (infecção na epiderme) pústula e posterior crosta SÍNDROMES TOXIGÊNICAS 5. Impetigo bolhoso (toxina de ação local) bolhas localizadas 6. Síndrome da pele escaldada (toxina de ação disseminada) bolhas disseminadas e posterior descamação da pele 7. Síndrome do choque tóxico (toxina de ação disseminada) lesão parecendo queimadura Foliculite Infecção piogênica do FOLÍCULO PILOSO Hordéolo (infecção no cílio), conhecido como terçol Lesão: pústula / eritema Ocorrência: espinha ou pelos encravados Penetram na pele por aberturas cutâneas. Ex.: folículo piloso Furúnculo (tipo de abscesso) Pode se desenvolver a partir de uma foliculite (FOLÍCULO PILOSO INFLAMADO) Lesão: nódulo grande, duro, elevado, eritematoso, dolorido, com pus Drenagem espontânea ou cirúrgica. Importância da drenagem de pus? Antibióticos não penetram bem no abcesso. Comum em áreas de atrito (axilas, nádegas e virilha) O abscesso é considerado lesão típica de S. aureus Carbúnculo Furúculos coalescem e se estendem ao TECIDO SUBCUTÂNEO. Quando o organismo falha em isolar o furúnculo, o tecido adjacente pode ser progressivamente invadido Lesão: inflamação endurecida, profunda e eritematosa Calafrio e febre / Pode ocorrer bacteremia. Drenagem cirúrgica. Impetigo não bolhoso Infecção altamente contagiosa na EPIDERME MAIS SUPERFICIAL, principalmente face e membros Evolução da lesão: mácula / pústula sobre a base eritematosa / rompimento da pústula / formação de crosta de coloração castanha Impetigo não bolhoso é a forma mais comum da doença (ilustração) Também causada por Streptococcus pyogenes Comum em crianças (2-5 anos) e jovens (acúmulo de pessoa/falta higiene) Quando a pústula se rompe, forma a crosta. Diagnóstico diferencial; herpes simples / forma inicial de varicela Antibiótico tópicos podem ser usados, mas as lesões tendem a curar e não deixam cicatrizes S. PYOGENES. NÃO É A MESMA CEPA QUE CAUSA INFECÇÃO FARINGEA S. AUREUS COLONIZAÇÃO NASAL PRECEDE APARECIMENTO DE LESÕES Impetigo bolhoso Bolhas localizadas e superficiais na pele EPIDERME MAIS PROFUNDA (INTRAEPIDÉRMICA), causada pela TOXINA ESFOLIATIVA PRODUZIDA NO LOCAL Forma localizada da síndrome da pele escaldada Eritema não se estende para o exterior da bolha Comum em bebês e crianças Contagiosa Sinais de Nikolsky negativo (camadas superiores da epiderme não se movem lateralmente a uma leve pressão ou atrito da pele adjacente a uma bolha, se fosse positivo seria o contrário) Síndrome da pele escaldada Causado pela TOXINA ESFOLIATIVA, que se dissemina via hematogênica o Esfoliatina: “epidermolítica” atua como uma protease que cliva a desmogleína dos desmossomos, levando à separaça ̃o da epiderme na camada de células granulares. o Logo abaixo ao estrato lúcido, encontramos o estrato granuloso, camada formada por células que acumulam grânulos. Essas estruturas no interior da célula são as substâncias precursoras da queratina. Disseminação de bolha e descamação da pele. Toxina cliva a desmogleína-1, proteína presente no desmossomo responsável pela adesão entre células epiteliais, ocorrendo a separação das camadas epiteliais (EPIDERME/INTRAEPIDÉRMICA) Sinal de Nikolsky positivo (leve pressão desloca a pele) Bolhas com ausência de bactérias e leucócitos. Aparecimento abrupto de um eritema que espalha pelo corpo Epitélio intacto de 7-10 dias (anticorpos contra a toxina) Comum em crianças, neonatos e imunocomprometidos. Pode ser autolimitada. Síndrome do choque tóxico AÇÃO SISTÊMICA provocada por linhagens de S. aureus produtoras de TOXINAS TSST-1 (SUPERANTÍGENO), liberadas na corrente sanguínea. Expressão em pH neutro a alta concentração de O2. Caracterização da doença: febre, hipotensão, erupção cutânea (difusa, macular e similar à queimadura de sol, que evolui para descamação) e envolvimento de três ou mais dos seguintes órgãos: fígado, rim, trato gastrintestinal, sistema nervoso central, músculos ou sangue. Classificação clínica epidemiológica: casos menstruais (menos comum, atualmente) e não menstruais (ex.: cirurgias nasais, com bandagens absorventes) Observações PATÓGENO PRESENTE NA VAGINA PATÓGENO COM GENE QUE EXPRESSA A TOXINA TSST-1 PRESENÇA DE OXIGÊNIO PARA A PRODUÇÃO DE TOXINA (VAGINA POSSUI AMBIENTE ANAERÓBIO) ABSORVENTE ÍNTIMO (FORNECE OXIGÊNIO PARA A PRODUÇÃO DE TSST-1) – BOLSAS DE AR PRESENTES NO EMARANHADO DE FIBRAS
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