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INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA NOMENCLATURA Nova nomenclatura definir entidade IRA · LRA continuum · Reconhecer declínio agudo FR · Alterações funcionais da homeostase e/ou estruturais · Quanto + grave insulto, ↑ demora diagnóstico pior prognóstico DEFINIÇÃO É a diminuição abrupta do ritmo de filtração pelos rins, determinando aumento, no sangue, de ureia e creatinina e resultando na incapacidade do rim em regular a homeostase de fluidos, eletrólitos e equilíbrio ácido-básico. A perda súbita da função renal pode resultar de inadequada perfusão renal associada a: · Diminuição na circulação sanguínea efetiva (IRA pré-renal) · Lesão celular renal por insulto isquêmico, tóxico, imunológico ou infeccioso (IRA renal) · Obstrução do fluxo urinário (IRA pós-renal) LRA – MORTALIDADE · Wedekin M et al. Nephrol Dial Transplant 2008; 0:1-6 (37%) · Fernandez C et al. Pediatr Nephrol 2005; 20:1473-7 (32%) · Duzova A et al. Pediatr Nephrol 2010; 25: 1453-61 (33%) · Plötz FB et al. Pediatr Nephrol 2005; 20:1177-81 (57%) · Goldstein SL et al. Kidney Int 2005; 67: 653-8 (48%) · Bresolin NL et al. Pediatr Nephrol 2009; 24:537-4 (33%) · Bresolin NL et al. Pediatr Nephrol 2013; 28:485-92 (36%) QUADRO CLÍNICO 25% pacientes com LRA: proteinuria, hipertensão, disfunção renal Sindrome Hemolitica Uremica - SHU Glomérulo Nefrite - GN DIAGNÓSTICO · Alto grau suspeita · Quadro clínico é bastante inespecífico · Muitos são os possíveis fatores causais Pre renal: qualquer causa que compromete a vascularização renal, onde terá a diminuição do fluxo renal, causando a insuficiência (queda súbita da PA, hipovolemia, hipoperfusão, hipoxemia). Renal: localizada no rim, pode ser uma necrose tubular aguda, uma glomérulo nefrite difusa aguda, doenças imunologicas, alterações de colágeno, elas doenças vão lesionar o parênquima renal. Pós renal: tudo que for externo ao rim, pode ser um obstrução do fluxo urinário por uma massa tumoral que vai levar a uma lesão renal aguda e a uma insuficiência renal. LRA – PRÉ RENAL · Diminuição volume intravascular · Desidratação · Diarreia · Doença perdedora de sal renal ou adrenal · Diabetes insípido central ou nefrogênica · Perda de fluidos para o terceiro espaço (sepse, tecidos traumatizados, síndrome nefrótica) · Diminuição do volume intravascular efetivo · Insuficiência cardíaca congestiva · Pericardite, tamponamento cardíaco LRA – RENAL OU INTRÍNSECA · Doenças renais parenquimatosas: glomerulonefrites, Síndrome Hemolítico-Urêmica, pielonefrite · Necrose tubular aguda · Isquemia-hipóxia prolongada · Drogas · Toxinas · Anamnese é fundamental · Túbulos:↓súbita e grave pressão sanguínea, hipovolemia, hipoperfusão, hipoxemia, NTA drogas, nefrotóxicas · Interstício: necrose tubular intersticial por drogas e agentes infecciosos · Glomérulos: GNDA, colagenoses, doença de Berger · Vasos: SHU (lactentes com GEA e anemia), trombose aa e vv renal, vasculites (p ANCA, c ANCA) LRA – PÓS RENAL · Válvula de uretra posterior · Compressões extrínsecas ao trato urinário (tumores em pelve e ureter) FERRAMENTAS DIAGNÓSTICAS · Débito urinário · Concentração sérica creatinina e uréia · Consequência tardia da LRA Débito Urinário: · Oligúria – pista para LRA · Nem sempre esta presente (normal, ↑, ↓) · LRA induzida Nefrotoxinas: não oligúrica · Oligúria inespecífico Resposta fisiológica apropriada situação de hipovolemia, PO, stress, dor, trauma ação ADH · Tem alterações clinicas do debito urinário, que pode se manifestar como oliguria, ou pode ter um lesão com o debito normal. Ureia e Creatinina: · Baixa sensibilidade p/ diagnóstico de disfunção renal · Limitações - não reflete ↓ TFG tempo real não são preditivo de lesão renal precoce 1. Tempo para se acumular antes do↑ no sangue 2. Uréia: sangramento GI, uso corticoide, uso diuréticos, catabolismo, oferta nutricional 3. Creatinina: 10 a 40% eliminada secreção tubular esconder declínio TFG; os níveis podem não se alterar até que haja perda de 25 - 50% da função renal Níveis Séricos Creatinina: · Volume de distribuição · Função hepática responsável geração · Hepatopatias creatinina normal por ↓ síntese · Dependendo método dosagem da creatinina: hiperbilirrubinemia – valores falsamente normais · Creatinina tem baixa sensibilidade para disfunção renal há necessidade novos biomarcadores permitam diagnosticar LRA antes ↑ creatinina (é um marcador importante, mas quando tem alterações significativas nos níveis séricos de creatinina, ja vai ter uma lesão renal) Novos Biomarcadores de LRA: · Cistatina C · N – GAL · IL 18 limitações · KIM-1 alto custo · L FABP não amplamente disponivieis CRITÉRIOS DE RIFLE Bellomo et al. Crit Care 2004,8:R204-R212 · Critérios: TFG e/ou débito urinário · 3 níveis crescentes de disfunção renal · Risco (risk) · Lesão (injury) · Insuficiência (failure) · 2 níveis de resultados · Perda Filtração Renal: TSR > 4 semanas (lost) · Fase final de doença renal: TSR > 3 meses (end) Utiliza-se esses critérios para saber a intensidade da lesão renal. CRITÉRIOS DE pRIFLE SCHWARTZ MANUSEIO PRECOCE DA LRA 1. Prevenção · Identificar pacientes risco · Eliminar fatores predisponentes 2. Diagnóstico e correção doença de base 3. Manutenção homeostase 4. Proteção contra novas agressões renais · Uma criança que sofreu um politrauma ou choque hipovolêmico: se eu tenho perda importante de volume, é uma criança com potencial de ter uma lesão renal aguda pré renal. Tenho que controlar a homeostasia dos vasos sangrantes e repor volume, para não dar comprometimento renal. Prevenção: · Pacientes de risco · Sepse, choque, PO CC, grandes cirurgias, trauma, queimados, nefrotóxicos, contrastes, e acidentes peçonhentos, colagenoses · Lactentes com história prévia de diarréia, palidez (SHU?) · Adolescentes - sintomas inespecíficos:↑progressivo Cr (vasculites?) · Fatores predisponentes · Depleção volume, hipoxemia, hipoperfusão, nefrotoxinas · Eliminação de fatores predisponentes · Restaurar hemodinâmica renal · Volemia, otimização da oxigenação, DC, PAM, SvO2 volume, inotrópicos, vasopressores/dilatadores · Evitar ou eliminar agentes nefrotóxicos Nefrotoxinas Tóxicas: · Rim exposto a agressão toxica, recebe ate 25% do debito cardíaco · Muitas substancias transportadas epitélio: toxicidade direta, obstrução IT, hipersensibilidade, hemodinâmicas Abordagem Terapêutica: · Lesão renal Aguda já estabelecida, vou ter um distúrbio da homeostase Manutenção da Homeostase: · Adequar ofertas de fluidos X estado volêmico · PI + perdas anormais + diurese (BH e peso) · Assegurar debito cardíaco e PAM/PPR (ianotropicos, vasopressores, vasodilatadores · Corrigir distúrbios hidroeletrolíticos: P, Na, Ca, Mg, DAB, aumento de K (colapso) · Otimizar a nutrição: sempre que houver dificuldade no balanço hídrico X adequação no suporte nutricional – indicar TSR Adequar Ofertas de Fluidos X Estado Volemico: · Hipovolêmico: restaurar volemia (PI + diurese + PA) · Normovolemico: PI + perdas anormais + diurese · Hipervolemico: PI ou menos – resposta diurética/TSR · BH a cada 4 a 6 hr controle do peso · Perdas insensíveis: 400 ml/m2SC/dia · Restaurar a volemia do paciente hipovolêmico ou chocado · Apesar de diversos estudos sobre esse tema, a dose de fluido que deve ser administrada durante ressuscitação permanece altamente impirica · Pouco fluido: hipoperfusão tissular e piora da disfunção dos órgãos · Excesso de fluido: pode resultar em SH e causar efeitos deletérios sobre as funções de órgãos · As evidencias provem de diversos estudos Diuréticos – Furosemida: · Não altera o curso da LRA · Facilita no manuseio hídrico, aumenta k · Sobrecarga hídrica: aumenta mobi mortalidade · Cautela: ototoxicidade, nefrotoxicidade (bolus, doses altas), nefrocalcinose · Uso crônico: resistência diurética · Modo de administração: · Administração em bolus: aumenta estimulação neuro-humoral, vasodilatação · Preferencia: doses baixas, infusão continua · Mesma diurese com menor ototoxicidade e nefrotoxicidade · Contra indicação: hipovolêmicos e não responsivoscom diurese TERAPIA DE SUBSTITUIÇÃO RENAL Modalidades: · Técnicas padrão dialise: dialise peritoneal/hemodiálise intermitente · Terapia de substituição renal continua: HF/HDF Indicações: · Sobrecarga hídrica · Impossibilidade de suporte nutricional · Aumento progressivo da ureia · DHEL/DAB não respondam ao tratamento conservador · Encefalopatia uremica Transplante: · Quando tem lesão renal significativa, com perda renal · Paciente vai para a hemodiálise e posteriormente para o transplante
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