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Antônio Sérgio da Silva Arouca

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
CENTRO DE CIÊNCIA DA SAÚDE
COLEGIADO DE MEDICINA
BIANCA GARCIA SARDI
CARLOS EDUARDO DE NADAI
DANIEL MARIANI FAVALESSA
GUILHERME MARQUES NUNES MAMEDE
JOÃO MAGNO VIANA TELLES
LUCAS BRUMATTI SETUBAL
NATHÁLIA MOREIRA MARQUES
VICTÓRIA PAGANI SAMORA SOUSA
				SANITARISTAS DO BRASIL:
Antônio Sérgio Arouca
Vitória
2021
BIANCA GARCIA SARDI
CARLOS EDUARDO DE NADAI
DANIEL MARIANI FAVALESSA
GUILHERME MARQUES NUNES MAMEDE
JOÃO MAGNO VIANA TELLES
LUCAS BRUMATTI SETUBAL
NATHÁLIA MOREIRA MARQUES
VICTÓRIA PAGANI SAMORA SOUSA
SANITARISTAS DO BRASIL:
Antônio Sérgio Arouca
Relatório apresentado à disciplina Saúde e Sociedade do Departamento de Medicina Social do curso de Medicina da Universidade Federal do Espírito Santo, como requisito parcial para avaliação.
Orientadoras: Profª. Drª. Patrícia Duarte Deps e Profª. Drª. Maria Angélica Carvalho Andrade.
Vitória
2020
1. INTRODUÇÃO
Expoente da Reforma Sanitarista, Antônio Sérgio da Silva Arouca destacou-se em diversas áreas, da Saúde à Política. Assim, este relatório visa a analisar a biografia deste sanitarista, com especial foco aos feitos que impactaram e ainda reverberam efeitos no país.
Dentre os pontos a serem abordados, é importante destacar o papel de Arouca como defensor da modificação do Sistema de Saúde, mesmo em meio a um cenário de ditadura militar. Como voz destemida e dissonante, fez frente à opressão e houve, após a redemocratização, por liderar a Conferência Nacional de Saúde, fator essencial para a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), modelo de referência mundial de universalização de acesso à saúde pública.
Não bastasse, serão apresentadas, ainda, conquistas alcançadas ao exercer o papel de Presidente da Fundação Fiocruz, bem como o cargo de Deputado Federal, deixando evidente a inquestionável importância desse médico paulista para o desenvolvimento médico e social do Brasil, desde o assombroso período militar aos dias hoje, mais de uma década após sua morte.
2. DESENVOLVIMENTO
Antônio Sérgio da Silva Arouca nasceu em Ribeirão Preto (SP) em 1941 e em 1966, Sérgio formou-se em medicina pela Universidade de São Paulo (USP). 
Essencialmente subversivo, desmontava com facilidade pré-conceitos, conciliando conhecimento teórico e empírico, prática política, capacidade de articulação e bom humor.
Em 1967, tornou-se professor do Departamento de Medicina Preventiva e Social da Universidade de Campinas (Unicamp) onde foi um dos fundadores do Grupo de Ciências Sociais da Saúde. 
Nos anos 1970, Arouca, então militante clandestino do PCB, se destacava analisando criticamente a Saúde Pública tradicional e o Modelo Preventivista, e defendia a Medicina Social.
Mesmo no período de censura à imprensa por parte do governo militar, Sérgio Arouca defendia o acesso de toda a população às informações científicas.
Em 1971, Sérgio Arouca tornou-se consultor da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) e, nos anos seguintes, representou o Brasil no Comitê Assessor de Investigações da entidade para a América Latina. Nesta condição, desempenharia, em 1972, funções no México, Estados Unidos e Colômbia e, em 1973, no Peru, Honduras e Costa Rica.
Em 1975, após sofrer inúmeras pressões e perseguições políticas, Arouca decidiu, juntamente com sua mulher, Anamaria Testa Tambellini, deixar a Universidade.
A 23 de julho de 1975, diante de um auditório lotado, Arouca defendeu O Dilema Preventivista: Contribuição para a Compreensão e Crítica da Medicina Preventiva. Foram os fundamentos teóricos estruturantes para a constituição da base conceitual da saúde coletiva.
No Rio de Janeiro em 1976, participou da fundação do Centro Brasileiro de Estudos da Saúde (Cebes), instituição voltada para o debate e a difusão do chamado “Partido Sanitário”, grupo de militantes no campo da saúde pública.
Em 1978, Sérgio Arouca prestou concurso para a Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp), tornando-se professor titular de planejamento em saúde pública.
Participou do I Simpósio sobre Política Nacional de Saúde organizado pela Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados e realizado entre 9 e 12 de outubro de 1979. Neste Simpósio, apresentou o documento “A Questão Democrática na Área da Saúde”, que se tornou a resolução oficial do encontro. No mesmo ano se tornou presidente do Cebes (Centro Brasileiro de Estudos de Saúde). 
Os postulados de saúde Coletiva e da reforma se perfilaram em oposição à ditadura e se afirmaram no processo de transição política, nos meados dos anos 1980. 
Como deputado federal, participou da criação do Sistema Único de Saúde (SUS), nos anos 80.
Sérgio também ocupou a Presidência da Fiocruz de 1985 a 1988, comandou o processo de democratização da instituição, uma das mais importantes instituições da saúde do Brasil que enfrentava um processo de decadência e sucateamento, defendeu o acesso da população às informações científicas.
Em sua gestão, abriu as portas da instituição para a sociedade. Estimulava a articulação nacional - entre progressistas de distintas instituições, organizações e movimentos sindicais ou sociais - para influir na reorientação da política de saúde no Brasil.
Os colaboradores da gestão de Arouca são unânimes em reconhecer seus méritos enquanto gestor da Fiocruz. Sérgio ainda promoveu o retorno dos onze cientistas que haviam sido cassados e expulsos da instituição pela ditadura militar
Concorreu à Vice-Presidência da República pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB), foi deputado federal por dois mandatos e possuiu cargos em comissões de saúde, ciência e tecnologia.
Durante o processo de instalação da Assembléia Nacional Constituinte, Arouca afastou-se da administração estadual, participando ativamente como representante da sociedade civil na confecção do capítulo de saúde da nova Constituição. Cunhou nesta a famosa frase “Saúde é direito de todos e dever do Estado”, visando garantir o atendimento nas instituições públicas de saúde para todo e qualquer cidadão e não apenas para o trabalhador.
Presidiu a VIII Conferência Nacional de Saúde em 1986 em Brasília (DF), que representa um marco na história do SUS. Arouca, em seu célebre discurso, discorre sobre o conceito ampliado de saúde, formulado no evento e definido como completo bem-estar físico, mental e social e não a simples ausência de doença.
Nos anos 90 rompeu com o PCB, participando com Roberto Freire da fundação do Partido Popular Socialista (PPS).
Foi nomeado representante do Brasil na Organização Mundial de Saúde (OMS) e para a Secretaria de Gestão Participativa do Ministério da Saúde em 2003, onde desenvolveu novos projetos especialmente o que ele chamava de “Reforma da Reforma” abrindo novas frentes para a democratização e ampliação das políticas de saúde no Brasil. Entretanto, problemas de saúde o afastaram definitivamente da política e da medicina social e coletiva, suas duas maiores motivações.
Antônio Sérgio da Silva Arouca faleceu aos 61 anos, em 2 de agosto de 2003, sem participar da XII Conferência de Saúde, a qual tinha sido convidado a ser coordenador-geral.
3. CONCLUSÃO
A análise da vida de Antônio Sérgio Arouca revela a sua suma importância no histórico da saúde brasileira. Graças à sua insurgência político-ideológica, a saúde brasileira recebeu merecido destaque, dando origem à VIII Conferência Nacional de Saúde.
Consectário desse ideal, a Constituição de 1988, marco da redemocratização pós-ditadura militar, elevou a Saúde como direito social e embrionou a criação do Sistema Único de Saúde (SUS).
Dessa forma, é seguro concluir que Antonio Sergio Arouca, um dos pilares da Reforma Sanitarista, contribuiu de forma ímpar para a democratização e universalização da saúde brasileira.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Almeida C. Por que recordar Sergio Arouca? Cadernos de Saúde Pública [Internet]. agosto de 2013 [citado 5 de março de 2021];29(8):0–0. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0102-311X2013000800001&lng=en&nrm=iso&tlng=pt
2. Sérgio Arouca [Internet]. [citado 5 de março de 2021]. Disponívelem: https://portal.fiocruz.br/sergio-arouca
3. Abreu R. A Trajetória de Sérgio Arouca e a Moderna Reforma Sanitária Brasileira[Internet]. [citado 5 de março de 2021]. Disponível em: http://www.memoriasocial.pro.br/linhas/arouca/desdobramentos/atrajetoria.htm
4. Conferências Nacionais de Saúde: Contribuições para a construção do SUS [Internet]. 2016 [citado 5 de março de 2021]. Disponível em: http://www.ccs.saude.gov.br/cns/sergio-arouca.php
5. O eterno guru da Reforma Sanitária [Internet]. 2013 [citado 5 de março de 2021]. Disponível em: http://informe.ensp.fiocruz.br/noticias/33499
6. Duarte R. Memória e patrimônio da saúde pública no Brasil [Internet]. [citado 5 de março de 2021]. Disponível em: http://www.reginaabreu.com/site/index.php/2015-01-07-00-40-44