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GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS EM ENFERMAGEM Prof. Esp. Wagner Castro Objetivos 2 Discutir o gerenciamento de Recursos Materiais nas ações de enfermagem; Compreender os elementos necessários à realização da previsão, provisão, organização e controle dos recursos materiais em enfermagem; Realizar o cálculo de gerenciamento recursos materiais. Toda empresa ou organização, seja pública ou privada, necessita para um bom funcionamento de pessoas, recursos financeiros e materiais (CASTILHO; LEITE, 1991). 3 Administração de materiais adequada, sofre a influência e influencia tanto os recursos financeiros como os recursos humanos. Portanto, para que não haja falta de material que podem vir a prejudicar a assistência à saúde, e tão pouco para que não haja excessos que elevem os custos, os materiais devem ter as suas quantidades e qualidades planejadas e controladas. 4 “ FLUXOS DE MATERIAIS DE UMA ORGANIZAÇÃO DE SAÚDE “O gerenciamento de recursos materiais, administração de recursos materiais ou suprimentos, constituem a totalidade dos fluxos de materiais de uma organização de saúde, compondo um processo com as seguintes atividades principais: programação, compra, recepção, armazenamento, distribuição e controle” (CASTILHO; GONÇALVES; 2014). Administração de Materiais e a Enfermagem É de competência e responsabilidade do enfermeiro o gerenciamento de recursos humanos, materiais e financeiros, que em muitas das vezes são precários. Neste sentido, a instrumentalização do enfermeiro por meio da aquisição de conhecimentos sobre a temática é necessária. 6 Classificação dos materiais Permanentes são aqueles que não são estocáveis, ou que permitem apenas uma estocagem temporária, transitória, como por exemplo, mobiliários, equipamentos, instrumentais e outros. Consumo são estocados e com o uso acabam perdendo suas propriedades, sendo consumíveis, tendo uma duração de no máximo dois anos como, por exemplo, esparadrapos, extensões para oxigênio, inaladores, seringas, agulhas e outros. 7 A primeira dificuldade no controle dos materiais encontrada nas é a grande diversidade e quantidade. Wilfredo Paredo elaborou um modelo largamente testado nas indústrias norte-americanas, que oferece subsídios para resolver esta questão. Classificação dos materiais 8 Etapas da Administração de Materiais 9 1. PREVISÃO FAZER LEVANTAMENTO 2. PROVISÃO REPOSIÇÃO DE MATERIAIS 3. ORGANIZAÇÃO LOCAIS E MODO QUE SERÃO DISTRIBUÍDOS, ARMAZENADOS E ESTOCADOS. 4. CONTROLE DIZ RESPEITO A QUANTIDADE, QUALIDADE, CONSERVAÇÃO, REPAROS E PROTEÇÃO DOS MATERIAIS. 10 A estimativa do quantitativo de material necessário pode ser obtida através do consumo médio mensal (CMM) que consiste na observação do consumo por um período de tempo, que geralmente é de três meses, dividido pelo número de meses mais uma margem de segurança (ES) definindo-se assim uma cota de material (CM). 1. PREVISÃO 11 UNIDADES MENSAIS CONSUMDAS MATERIAL FEV MAR ABR TOTAL SERINGA 3 ML 200 250 180 630 Exemplificando: Para calcular o CMM de seringas de 3 ml seria o seguinte: CMM = SOMA DO CONSUMO DOS 3 MESES 3 MESES CMM= 630 = 210 3 12 A estimativa de material pode ser calculada através da seguinte expressão matemática. 13 PORTANTO: PROVISÃO 14 15 O mapa de consumo de material auxilia também na realização dessa etapa. O sistema de reposição pode ser realizado de quatro formas: Sistema de reposição por tempo; Sistema de reposição por quantidade; Sistema de reposição por quantidade e tempo; Sistema de reposição imediata por quantidade. Mapa de consumo de material JAN FEV MAR ABR SERINGA 3 ML 10 20 7 12 AGULHA 25X 7 30 15 10 25 JELCO 22 5 24 16 21 16 Segundo Gama (1997), “armazenar ou estocar materiais é dispor de forma racional e técnica cada produto em seus depósitos. O material deve ser acondicionado em estantes, armários, estrados, prateleiras, gavetas ou em pilhas seguindo normas técnicas para evitar riscos de queda, achatamento, deterioração, perda e outros” 17 ORGANIZAÇÃO E GUARDA DE MATERIAIS Controle A realização de um controle adequado auxilia no desenvolvimento das demais funções, pois fornece dados para a previsão, propicia informações sobre a qualidade e a durabilidade do material, diminui o extravio, aumenta a eficiência dos equipamentos, assim garante uma utilização apropriada dos recursos materiais, a continuidade da assistência ao paciente e a diminuição dos custos relacionados aos materiais. 18 Existem dois tipos de manutenção (CASTILHO; LEITE, 1991): Preventiva - que é realizada periodicamente nos equipamentos com o objetivo de se detectar e evitar que o mesmo venha a apresentar defeitos ou mau funcionamento. Corretiva ou Reparadora - que é realizada após o aparelho ter apresentado algum problema tendo como objetivo restaurar, corrigindo o defeito apresentado pelo mesmo. 19 Manutenção PROCESSO DE COMPRA DOS MATERIAIS 20 A participação do enfermeiro no processo de seleção e compras de materiais de enfermagem nas instituições é essencial. As atividades do enfermeiro neste processo basicamente envolvem: Auxílio na determinação do tipo de material a ser adquirido para as unidades de enfermagem; Padronização dos materiais; Especificação técnica dos materiais; Controle de qualidade do material a ser adquirido; Emissão de parecer técnico. GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS EM ENFERMAGEM Prof. Esp. Wagner Castro Material compilado e adaptado a partir de: BAHIA, M. T. R. GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS EM ENFERMAGEM. UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA. 2019. Disponível em: https://www.ufjf.br/admenf/files/2019/02/Aula-14-Gerenciamento-de-Recursos-Materiais.pdf. Acesso em: 14/05/2021.