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Projeto de Pesquisa - Jogos Pedagógicos

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UNIVERSIDADE IBIRAPUERA
Beatriz Frizão, Carolina França Ferreira, Larissa Nascimento Rocha, Maria Michele Oliveira dos Santos
Projeto de Pesquisa
Prática Pedagógica ll
Ensino Fundamental
Outubro de 2020
Beatriz Frizão, Carolina França Ferreira, Larissa Nascimento Rocha, Maria Michele Oliveira dos Santos
Jogos Pedagógicos
Projeto de Pesquisa apresentado à Universidade Ibirapuera para a aprovação da Disciplina de Prática Pedagógica II do curso de Pedagogia.
Orientador(a): Prof. Camila Soares.
Outubro de 2020
Sumário
Resumo	4
1. Introdução e Justificativa	5
2. Síntese da Bibliografia Fundamental	6
2.1. História da prática pedagógica	6
2.2. JOGOS PEDAGÓGICOS	7
2.3 TEORIAS COMPREENDIDAS	18
2.4. estudos sobre jogos pedagógicos - ensino fundamental 
3. OBJETIVOS	20
4. MATERIAIS E MÉTODOS	26
5. aNÁLISE DOS RESULTADOS	27
6. referÊnciais BIBLIOGRÁFICAS	28
RESUMO
Palavras chaves: Prática Pedagógica, Alfabetização, Jogos, Pandemia, Ensino Fundamental
ABSTRACT 
1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA 
O tema abordado é alfabetização e o intuito do projeto é auxiliar os professores no processo de alfabetização, dentro ou fora da escola, visando alcançar os objetivos estabelecidos de acordo com a idade da criança além de estimular a prática pedagógica do professor. 
Embasados em teorias dos filósofos Piaget, Vygotsky e Wallon e nos Parâmetros Curriculares Nacionais, definiu-se trabalhar os jogos, mas em ferramentas on-line, como forma de auxílio para o aprendizado dos alunos nas aulas remotas decorrente ao distanciamento social. 
O projeto visa complementar a alfabetização através dos jogos pedagógicos, do lúdico, leitura, assimilação de palavras com imagens e ampliação do vocabulário. 
A metodologia usada foi a pesquisa cientifica em sites, leitura de artigos, vídeos do Youtube. 
2. SÍNTESE DA BIBLIOGRAFIA FUNDAMENTAL 
2.1. HISTÓRIA DA PRÁTICA PEDAGÓGICA
	Antes de entrar no real tema do que é a prática pedagógica é necessário entender o que essas palavras no individual significam. Conforme o dicionário Dicio, “prática” é o mesmo que executar, realizar, fazer e “Pedagógica” ou “pedagogia” é a ciência que se dedica em melhorar o processo de educação. 
Se ligarmos os dois termos no sentido do dicionário a prática pedagógica é executar o processo de educação, ou seja, ensinar o que deve ser ensinado. Segundo FRANCO (2016): “As práticas pedagógicas se organizam intencionalmente para atender a determinadas expectativas educacionais solicitadas/requeridas por uma dada comunidade social”. 
Portanto a prática pedagógica deve ir além de simplesmente passar conteúdo ou ficar falando na sala para os alunos. Para que a prática pedagógica aconteça de verdade, segundo FRANCO (2016), é necessário que: “O professor, no exercício de sua prática docente, pode ou não se exercitar pedagogicamente. Ou seja, sua prática docente, para se transformar em prática pedagógica, requer, pelo menos, dois movimentos: da reflexão crítica de sua prática e o da consciência das intencionalidades que presidem suas práticas”. 
Esses pontos são de extrema importância na hora de montar uma aula de uma forma dinâmica e mais interessante, lembrando do que já se viveu com esses alunos e do que eles precisam. O professor precisa ter consciência daquilo que está fazendo dentro da sala de aula e elencar o que deseja ser atingido. 
A prática pedagógica visa entender a necessidade daquele momento, do aluno, turma ou da escola, com o intuito de promover a mudança e fazer o diferencial. Vai além de ser um professor que deposita conteúdo, é saber e entender como está o mundo ao redor e como trabalhar essa perspectiva de mundo sobre o olhar dos estudantes. 
	Claro que o cuidado em relação a prática também tem que ser pensada conforme a realidade da escola, teoria e pratica andam juntas, portanto se é planejado algo que não condiz com o que a escola/alunos vivem ou que de alguma maneira não poderá se realizar, seja por falta de recursos ou de estrutura, acaba sendo uma ideia mais difícil de colocar em prática. 
	Lembrem-se que a função da prática pedagógica é fazer a diferença e não gerar frustrações e, são essas ações que irão promover estudantes reflexivos e com senso crítico. O ponto chave para que tudo isso aconteça é o professor, ele precisa ser sensível e observador para conseguir exercer a sua função.
	A prática pedagógica é algo constante, como citado acima é necessário observar a realidade e se adequar a situações consideradas imprevisíveis. 
Os cursos de formação inicial têm desenvolvido currículos que não contribuem para tornar docentes reflexivos, ou seja, produtor do seu próprio conhecimento. Os educadores precisam buscar diariamente, aprimorar as suas capacidades e ser comprometido com a transformação social. 
Para trabalhar o conteúdo da melhor forma possível, o professor deve saber do que está falando, conhecer as teorias e práticas do assunto que está sendo abordado, além de saber o contexto do ambiente onde está inserido e a realidade de seus alunos.	
O saber profissional de um professor não vem apenas de sua formação ou de experiências profissionais, vem também de experiências pessoais, momentos vividos e aprendizados que obteve em sua vida, assim utilizando várias concepções em sala de aula em função ao mesmo tempo, de sua realidade cotidiana.
Os princípios curriculares e profissionais impõe que o professor seja apenas um objeto dos saberes, as suas experiências resultam em decisões e ações e permitem que o docente construa os seus próprios conhecimentos. Porém, o educador deve compreender como suas experiências conversam entre si, construindo um saber amplo e conhecendo as várias dimensões de saber fazer e saber ser. 
FREIRE (1986) diz que, a prática pedagógica é dialógica, em que a construção do conhecimento não parte apenas do professor, mas que o mesmo pode obter conhecimento com os seus alunos também, pois dentro de uma aula transitam várias histórias, formando uma teia de relações, onde encontros e desencontros possibilitam construir a capacidade humana. Esse tipo de relação pedagógica parte da crença que ambos os lados: professor e aluno, ensinam e aprendem, construindo e reconstruindo o conhecimento juntos.
O resultado satisfatório de uma boa prática pedagógica está no agir com os alunos e não sobre eles, atividades que deem curiosidade e faça o indivíduo sentir vontade de buscar mais conhecimento. O conteúdo tem uma finalidade, mas para chegar ao objetivo é necessário a ajuda de todos os sujeitos envolvidos, pois o professor e o aluno são sujeitos no processo de ensino-aprendizagem.
Concepções teóricas de Vygotsky e Piaget
A prática pedagógica na concepção de Vygotsky aborda questões importantes que podem ser mencionadas no processo educacional e para ele há três conceitos centrais em sua teoria que defende a prática pedagógica do professor, e são elas: os conceitos da zona de desenvolvimento próximo, o conceito da mediação e o conceito da linguagem, que contribuem no trabalho em sala de aula. 
O primeiro aspecto da teoria vygotskyana para o ensino é imediata, a partir da intervenção pedagógica podendo resultar em processos de desenvolvimentos com início a ZDP, que remete à relação entre o desenvolvimento e aprendizado sendo aspectos interdependentes. De acordo com Vygotsky:
[...] um aspecto essencial do aprendizado é o fato de ele criar a zona de desenvolvimento próximo; ou seja, o aprendizado desperta vários processos internos de desenvolvimento, que são capazes de operar somente quando a criança interage com pessoas em seu ambiente e quando em cooperação com seus companheiros. Uma vez internalizados, esses processos tornam-se parte das aquisições de desenvolvimento independente da criança. (1991, p. 101).
 Portanto, um dos exemplos dentro deste contexto na interação do indivíduo no meio social, são as atividades lúdicas e brincadeiras que promovem significados positivose favorecem a aquisição de comportamento da criança facilitando o desempenho cognitivo. As atividades lúdicas promovem aprendizagens e têm, portanto, valor pedagógico.
O segundo aspecto básico da teoria vygotskyana e a prática pedagógica é a mediação, a relação do homem com o mundo físico e social é sempre mediada, se dá através de um elo intermediário. Os dois tipos de elementos mediadores são os instrumentos e os signos, representações mentais que substituem objetos do mundo real, ou seja, durante o processo de desenvolvimento humano ocorrem transformações gradativas na utilização desses instrumentos.
As implicações do conceito de mediação para a prática pedagógica estruturam-se nos aspectos constitutivos da mediação docente no âmbito da cultura socialmente valorizada, portanto, à ligação entre seu aluno e o conhecimento escolar, conduzindo o primeiro a se apropriar do segundo.
Na mediação, é preciso que se leve em consideração o nível de desenvolvimento real, o que reforça a importância de se investigar as aquisições já disponíveis, ou seja, o professor precisa conhecer seu aluno para compreender suas tentativas de significar a realidade. Nesse sentido, Oliveira (1992, p. 68) afirma que “em cada situação de interação com o mundo social o indivíduo apresenta-se, portanto, num momento de sua trajetória particular, trazendo consigo determinadas possibilidades de interpretação e ressignificação do material que obtém dessa fonte externa”.
 O terceiro aspecto básico da teoria vygotskyana é a prática pedagógica no domínio do desenvolvimento da linguagem. Para Vygotsky a linguagem tem origem na necessidade de comunicação, onde os homens criam e fazem o uso dos sistemas de linguagem para se comunicarem entre si. 
O uso da linguagem trata-se de um produto cultural, de modo que a natureza social da aprendizagem reconheça a importância da intervenção pedagógica para o desenvolvimento do pensamento e da própria linguagem. Segundo Vygotsky:
Uma vez que as crianças aprendem a usar efetivamente a função planejadora de sua linguagem, o seu campo psicológico muda radicalmente. Uma visão do futuro é, agora, parte integrante de suas abordagens ao ambiente imediato [...]. Assim, com ajuda da fala, as crianças adquirem a capacidade de ser tanto sujeito como objeto de seu próprio comportamento. (1991, p. 29).
	Na teoria as atividades repetitivas e de memorização mecânica não podem ter como apoio as práticas pedagógicas, visto que os processos de pensamento não são desenvolvidos através de cópias, consequentemente não levando a aprendizagem. 
A criança não aprende a ler e escrever simplesmente decorando e memorizando o alfabeto, por exemplo, porém, quando há conhecimento dos mecanismos da formação da língua escrita, fica mais fácil adquirir essa prática por esforço mental da parte da criança, com interação com adultos e seus pares.
Desta forma, para Vygotsky, a instituição de ensino tem grande participação nesse desenvolvimento ao exercer o sistema linguístico que faz parte da representação da realidade no processo de aprendizagem do indivíduo, tornando o processo de alfabetização um domínio gradativo aos alunos.
	Nas palavras de Oliveira (1995, p. 12), “os mecanismos de desenvolvimento estão atrelados aos processos de aprendizado, essenciais à emergência de características psicológicas tipicamente humanas que transcendem a programação biológica da espécie”.
Dando início a Piaget, alguns conceitos da teoria de aprendizagem piagetiana na prática pedagógica são importantes, pois apontar diferenças entre assimilação e acomodação e reconhecer as possibilidades cognitivas em cada estágio do desenvolvimento, são elementos essenciais para a boa organização e planejamento de um trabalho pedagógico.
 Piaget é um dos teóricos que se aplicaram aos estudos da Psicologia da Aprendizagem, e pode ser considerado um grande influente. A sua formação inicial foi em Biologia, o que lhe permitiu contribuir com uma visão orgânica da aprendizagem, além dos aspectos sociais e psicológicos que são enfatizados.
O desenvolvimento do organismo e a interação com o meio ambiente influência nos processos de aprendizagem, portanto não basta ter o cérebro em perfeito funcionamento (estrutura biológica), se não existem estímulos do ambiente para o aprendizado e vice-versa. 
Essas conclusões influenciaram o surgimento de um movimento na Educação chamado Construtivismo, que alterou o pensamento em relação ao ensino tradicional. Entre os principais conceitos está o equilíbrio e as fases de desenvolvimento sensório-motor, pré-operacional, operações concretas e operações formais. Essa teoria corresponde ao desenvolvimento humano, pois ela abrange o organismo e o meio ambiente no processo de aprendizagem. Segundo Piaget:
Conhecer um objeto é agir sobre e transformá-lo, aprendendo os mecanismos dessa transformação vinculados com as estruturas de transformação, e são as estruturas elaboradas pela inteligência enquanto prolongamento direto da ação. (Piaget, 1970a, p. 30)
Essa postura ajuda a evitar a formação de alunos que só sabem receber e não aprendem a se desenvolver, assim, outra ideia que se mostra importante neste conceito é do tempo de desenvolvimento de cada um, pois não adianta tentar ensinar o que o aluno ainda não é capaz de aprender. 
A teoria piagetiana nos mostra a aprendizagem por um enfoque interacionista, ou seja, depende do desenvolvimento orgânico em interação com os estímulos recebidos pelo meio. 
Para ele, aprender é adaptar as informações que chegam pelo sistema sensorial às estruturas cognitivas formadas, através de processos conhecidos por assimilação, que é a absorção de novas informações com as mesmas características de outras antigas presentes nas estruturas já existentes, e acomodação é a modificação das estruturas antigas para poder assimilar a nova informação que não se assemelha às informações já existentes. 
Piaget mostra ainda, que todo os períodos da vida possibilitam novos tipos de conhecimento que formam uma continuidade, partindo da aprendizagem por meio dos sentidos e do movimento, passando pela simbolização, pela manipulação simbólica das quantidades, valores e propriedades dos objetos, até a abstração, previsão e manipulação de todos os tipos de pensamentos.
A Prática Pedagógica na Pandemia
	O ano de 2020 ficou marcado por um vírus que se espalhou pelo mundo: o Coronavírus (SARS-CoV-2). Diante do alastramento, as atividades escolares, de empresas, religiosas etc., tiveram que cessar para que os casos de COVID-19 não aumentassem, ocorrendo o isolamento social. 
Em 18 de Março, o MEC (Ministério da Educação) publicou uma Portaria orientando as Instituições de Ensino Superior, no qual relata: “Autorizar, em caráter excepcional a substituição das disciplinas presenciais, em andamento, por aulas que utilizem meios e tecnologias de informação e comunicação (...)” Art. 1º, Portaria 373, decretado pelo Ex-ministro da educação Abraham Weintraub. 
Após essa divulgação da Portaria 373, instituições e educadores de Ensino Superior tiveram que se alinhar ainda mais com o ensino à distância (apesar de algumas instituições já adotarem esse método nos cursos).
A partir desse ponto pode-se pensar: até onde vai a prática pedagógica? Muitos educadores tiveram que se adaptar a essa nova maneira de ensino no qual o aluno deve aprender o conteúdo com o meio que está sendo utilizada, no caso, a internet. A prática pedagógica pode ser resumida em dois pontos: a necessidade e a realidade. Os alunos precisam (necessidade) continuar aprendendo mesmo sem ser de maneira presencial (realidade) e parte do professor reorganizar as aulas para alcançar as metas escolares. 
De acordo com o Professor de Engenharia da Faculdade Satc, Pascoal Meller Neto, o que o mundo está passando gerou a oportunidade de enxergar a profissão de outra forma e ainda ressalta: “Nós, professores, temos em mente que estamos contribuindo não só na mudança da vida profissional, mas também pessoal do acadêmico e, portanto, nessas horas, a união e a troca de informaçãomesmo que de maneira virtual, contribui para que todos revejam seus conceitos e contribuam na superação dessa crise”.
Ao trazer para a realidade das escolas de Rede Pública da Educação Infantil ao Ensino Médio é notável que esta mudança desafiou os professores. De acordo com a pesquisa do G1 realizada no dia 8 de julho, quase 90% dos professores não tinham experiências com aulas remotas antes da pandemia e 42% ainda seguem sem treinamento. Segundo Katia Araújo, professora da Rede Municipal de Campo Grande (MS): “Somos analfabetos digitais. Você só percebe que não sabe, quando precisa usar a ferramenta”.
Por consequência, essa mudança servirá para tentar resolver os principais problemas vividos pelos professores em sala de aula e ajudará a quebrar o padrão de práticas que funcionam a base da memorização, repetição e reprodução de conteúdo.
2.2 JOGOS PEDAGÓGICOS
A falta de motivação é a principal causa do desinteresse dos alunos, quase sempre pela forma em que o professor repassa e ensina o seu conteúdo. Para que esse interesse volte a ocorrer, o professor precisa mudar sua metodologia para algo mais atraente, capaz de aproximá-lo da realidade, assim, trabalhar de uma maneira em que os alunos consigam colocar sua vivência naquilo que estão aprendendo.
Na sala de aula existem várias diferenças, sendo elas sociais, culturais, racial, religiosa etc., diante de tanta tecnologia, uma lousa e um giz já não chamam tanta atenção. Por esse motivo, os métodos que os professores utilizam precisam mudar em uma direção mais lúdica, sempre procurando encontrar o interesse de seus alunos para que tenham mais vontade de aprender.
É importante ressaltar que jogos educacionais são todas aquelas aplicações que puderem ser utilizadas para algum objetivo educacional ou estiverem pedagogicamente fundamentados. O jogo educacional não pode ser utilizado sem o conhecimento do assunto e conteúdo que irá utilizar, pois seu conhecimento deve sempre estar baseado em princípios teórico-metodológicos claros.
Os jogos pedagógicos são de muita importância, pois aumentam a construção do conhecimento e promovem o aprendizado de uma maneira mais divertida, com atividades lúdicas e desenvolvem a capacidade ativa e de motivação dos alunos. “A estimulação, a variedade, o interesse, a concentração e a motivação são igualmente proporcionados pela situação lúdica...” (MOYLES, 2002, p.21)
Os jogos fazem parte da nossa vida desde os tempos mais antigos, presentes na infância e em outros momentos. Sendo assim, são de extrema importância e considerados como ferramentas instrucionais, pois ao mesmo tempo em que o aluno aprende, ele se diverte e tem uma motivação para continuar aprendendo e isso facilita o aprendizado, exercitando as funções mentais e intelectuais.
Nessas atividades permitem que o aluno entenda o que são regras, em que momento e contexto essas regras são impostas, como mudar o contexto para que essa regra mude, além de fazer com que ele enfrente desafios ao mesmo tempo que busca entretenimento, tudo isso ajuda na autonomia, criatividade e originalidade.
É um recurso de interesse aos educadores, pois sua importância está ligada ao desenvolvimento do ser humano, na questão social, criativa, afetiva, histórica e cultural. Assim, é muito importante que os educadores que trabalham com crianças, busquem conhecimento sobre esses jogos, se interessem pelo método, procurem trazer de uma forma mais lúdica em seus conteúdos, permitindo assim um melhor desempenho no seu trabalho pedagógico. Jogando a criança experimenta, inventa, descobre, aprende e confere habilidades ao mesmo tempo em que sua inteligência e sensibilidade estão sendo desenvolvidas.
Os jogos pedagógicos são recursos excelentes para que os educadores possam utilizar no processo de ensino e da aprendizagem, pois ele estimula, enriquece e construí no desenvolvimento social e intelectual em cada uma das crianças. 
É necessário ver se o jogo em questão é adequado para criança de acordo com sua idade, desenvolvimento e prontidão. Devem ser algo em que todos possam participar ativamente no início ao fim e que permita que as crianças possam se auto avaliar ao final. 
Para que tenha produtividade no jogo, deve ser feito em conjunto um compilado das atividades básicas dos comportamentos, como, por exemplo, verificar se todos os alunos estão participando ativamente, se estão sabendo ouvir, conseguindo tomar decisões em grupo, respeitando o ganhador, sabendo perder etc.
Através das brincadeiras e jogos as crianças se desafiam e se auto desafiam também, com o objetivo de aumentar os acertos, melhorando seu desempenho e isso é um bom estímulo para eles. Portanto, propondo essa atividade para a criança, ela se conscientiza de que pode melhorar e ter um ótimo desempenho em outras atividades.
Partindo desse princípio, as brincadeiras, o bom humor e os jogos colocam esse indivíduo em um estado criativo, mas, para que isso ocorra bem as brincadeiras e jogos só fluem bem em um ambiente de liberdade que favoreça, tendo flexibilidade psicológica, autor realização.
Como utilizar os jogos pedagógicos?
	Dentro do espaço escolar, a criança já é considerada um falante nativo de sua língua oral, portanto, já domina certas artimanhas na modalidade. Deste modo, o uso dos jogos pedagógicos como um dos mediadores no processo de alfabetização nos anos iniciais, é fazer com que o sujeito consiga estabelecer significados do mundo que o cerca.
	Segundo LEÃO (2015), a escola tem um papel fundamental nesse desenvolvimento e em sala de aula, as brincadeiras e os jogos têm uma dimensão diferenciada, pois, são planejados e buscam alcançar objetivos. A aplicação dos jogos pode despertar nas crianças a motivação, linguagem comunicativa, concentração, expressividade, imaginação, a atenção, o raciocínio lógico, podendo englobar diferentes áreas do conhecimento.
	É a partir do lúdico e da brincadeira que a criança demonstra mais interesse e desenvolve suas emoções, tornando-a capaz de resolver problemas e desafios, construindo, assim, sua identidade. 
Saveli e Tenreiro (2011, p. 121) ressaltam que: 
O brincar é mais que uma atividade lúdica, é um modo para obter informações, respostas e contribui para que a criança adquira uma certa flexibilidade, vontade de experimentar, buscar novos caminhos, conviver com o diferente, ter confiança, raciocinar, descobrir, persistir e perseverar; aprender a perder, percebendo que haverá novas oportunidades para ganhar. Na brincadeira, adquire hábitos e atitudes importantes para seu convívio social e para seu crescimento intelectual, aprende a ser persistente, pois percebe que não precisa desanimar ou desistir diante da primeira dificuldade.
Segundo LEÃO (2015), é por meio de atividade com jogos que as crianças têm a oportunidade de descobrir, inferir, experimentar situações de aprendizagem e, até mesmo, da vida social, tendo, assim, grandes contribuições à sua formação como cidadãos e acadêmicos. 
Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN’s
	Os Parâmetros Curriculares Nacionais começaram a ser elaborados no final do ano de 1994, com o intuito de ser um modelo para as escolas de como o ensino deveria ser guiado e quais assuntos abordar de acordo com as idades ou séries existentes nas escolas, procurando, de um lado, respeitar diversidades regionais, culturais, políticas existentes no país e, de outro, considerar a necessidade de construir referências nacionais comuns ao processo educativo em todas as regiões brasileiras.
Com isso, pretende-se criar condições, nas escolas, que permitam aos nossos jovens ter acesso ao conjunto de conhecimentos socialmente elaborados e reconhecidos como necessários ao exercício da cidadania
	De acordo com o artigo 9 da LDB (Lei de Diretrizes e Base) explica: 
“Art. 9º A União incumbir-se-á de:
I - Elaborar o Plano Nacional de Educação, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
(...)
IV - Estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensinofundamental e o ensino médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica comum;”
Através dos PCN’s, as escolas irão gerar estudantes que conseguem compreender a cidadania, ter criticidade com embasamento, sentir-se parte da sociedade em que vive e etc.
Os PCN são organizados por disciplinas e ciclos. O ensino fundamental é dividido em quatro ciclo, cada um composto por dois anos letivos. Definido como:
· 1º ciclo: 1º e 2º ano;
· 2º ciclo: 3º e 4º ano;
· 3º ciclo: 5º e 6º ano;
· 4º ciclo: 7º e 8º ano.
Em cada ciclo são trabalhadas as seguintes disciplinas:
· Língua Portuguesa;
· Matemática;
· Ciências Naturais;
· História;
· Geografia;
· Artes;
· Educação Física;
· Língua Estrangeira (a partir do 5º ano)
Os PCN’s além de serem como um norte para trabalhar as disciplinas que o aluno precisa aprender, serve também para trabalhar assuntos que envolvem o mundo em si.
No artigo 12 da LDB orienta-se que:
“Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de:
(...)
IX - promover medidas de conscientização, de prevenção e de combate a todos os tipos de violência, especialmente a intimidação sistemática (bullying), no âmbito das escolas; (Incluído pela Lei nº 13.663, de 2018)
X - estabelecer ações destinadas a promover a cultura de paz nas escolas; (Incluído pela Lei nº 13.663, de 2018)”.
Os PCN’s propõem que estas questões constituam temas transversais que atravessariam todas as áreas. São eles:
· Ética;
· Saúde;
· Meio Ambiente;
· Orientação Sexual;
· Pluralidade Cultural.
Língua portuguesa – Ensino Fundamental I 
Para ALBUQUERQUE (2008), o ensino da leitura e da escrita sofreu mudanças diversas ao longo da história, nas três últimas décadas, vários aspectos têm transformado muito as formas em que o ensino tem sido apresentado e posto em prática. Fatores como os avanços teóricos na área, mudanças nas práticas sociais de comunicação e o desenvolvimento de novas tecnologias. Isso fez com que novas propostas pedagógicas surgissem e com elas novos materiais didáticos relacionados a alfabetização.	
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, na alfabetização inicial, alguns materiais podem ser de grande utilidade ao professor: alfabetos, crachás ou cartazes com os nomes dos alunos, cadernos de textos conhecidos pela classe, pastas de determinados gêneros de textos, dicionários organizados pelos alunos com suas dificuldades ortográficas mais frequentes, jogos didáticos que proponham exercícios linguísticos, por exemplo.
Com isso, existe uma grande importância de planejar a conversa sobre os textos. Esse diálogo é fundamental para fazer com que os alunos façam parte da construção do sentido, estimulando a interação com os textos que poderão ser utilizados em suas próximas leituras, sem a presença de mediadores. (BRANDÃO, 2010, p. 69-88).
Em qualquer nível de ensino, é necessário refletir questões como: o que iremos ler? o que conversar após a leitura? que atividades de extensão da leitura poderão ser propostas? É de extrema importância ouvir os alunos e suas opiniões, para entender a forma como eles compreendem o texto e que conexões fizeram entre ele e suas vivências.
Em alguns textos atuais que são utilizados por professores durante a alfabetização, são encontradas diferentes esferas sociais como a literária, publicitária, jornalística e doméstica. São produzidas para atender diferentes propósitos, aproximando a criança dessas esferas, entendendo que ler é uma atividade de produção e apropriação de sentido.
	Segundo CHARTIER (1996), o contato com textos de boa qualidade deve ocupar um lugar especial dentro das salas de aula e na alfabetização. É por meio de práticas de leitura que tenham significado para a criança, que elas desenvolvem o chamado “gesto de leitura".
	
Além de fazer com que as crianças busquem sentidos gerais do texto, é muito importante que a professora leia textos em voz alta e converse sobre esses eles, sendo uma proposta conjunta de compreensão. Portanto serve também para crianças que já sabem ler com certa fluência, pois a compreensão "não se dá necessariamente ao ato de ler da criança solitária e silenciosamente", sendo fundamental a interação com o professor e demais colegas. (Girotto e Souza, 2010, p. 53).
O desenvolvimento das habilidades e competências que garantem o sucesso do letramento no primeiro ciclo também tem a participação do lúdico. É preciso garantir que ao ingressar no ensino fundamental, a criança seja motivada pelo prazer, com a intencionalidade de promover a alfabetização através da ludicidade, sendo uma parte muito importante no seu desenvolvimento.
Portanto, é considerado que a alfabetização é um processo de desenvolvimento cognitivo, e garante a introdução e participação dos sujeitos na cultura escrita e se tratando de crianças, devemos lembrar da peculiaridade da infância que é marcada pela ludicidade. Brincar para letrar é uma forma garantida de chegar em um bom resultado.
Alfabetização em tempos de pandemia
	Marcado pelo Novo Coronavírus — COVID-19, o ano de 2020 para milhares de famílias foi surpreendido por terem suas vidas totalmente transtornadas, e assim, começaram a adquirir um estilo de vida e rotina que não imaginavam ter. Parte desse cenário, a escola também mudou e o ensino passou de presencial para o ensino remoto. O que antes era uma rotina nas escolas, agora com o distanciamento social e as escolas fechadas, os pais e professores estão vivenciando frustrações, ansiedades e inseguranças dos próprios filhos e alunos.
	Nessa forma atípica, o processo educacional traçou diferentes focos de ensino, partilhando responsabilidades entre famílias e educadores para dividir os desafios e expectativas de modo a aproximar os alunos do 1º ano do Ensino Fundamental, no ato de participação das aulas à distância e assegurar que eles consigam ser alfabetizados no primeiro ciclo.
	Segundo COLELLO (2020), “Como peças de um intrincado quebra-cabeça, vários aspectos - considerações sobre a ruptura da vida escolar no 1º ano do Ensino Fundamental; transferência do ensino presencial para o ensino remoto; condição de trabalho dos educadores; constituição do papel mediador das famílias; princípios da alfabetização na construção das práticas de ensino; organização do fazer pedagógico na interface entre o novo e o velho; e as perspectivas dos alunos convidados a aprender no difícil momento de contingenciamento social - compõem um quadro interpretativo capaz de subsidiar reflexões sobre o momento vivido, a volta às aulas e o futuro da educação”.
	Os mecanismos de acolhimento e de orientação para o trabalho pedagógico foi interrompido logo no início do ano letivo pela determinação e necessidade do distanciamento social e posteriormente com os fechamentos das escolas. O depoimento da professora Maria Teresa Atié, de Arraial do Cabo (RJ), reflete a perplexidade do momento: 
“Tudo foi uma grande surpresa. De repente a escola fechada e tínhamos que transformar a casa em escola, sem nenhum apoio. Começamos a correr para descobrir como ensinar à distância, sem nunca ter aprendido. Foi tropeço em cima de tropeço” (ATIÉ, 2020).
 
	Não podemos deixar de lado alguns princípios da Alfabetização neste momento de pandemia. COLELLO (2020) diz que, é preciso garantir a aprendizagem na perspectiva interacionista, isto é, como um processo ativo do sujeito-aprendiz a partir de possibilidades de reflexões e de interações tanto com o objeto de conhecimento como com os outros, de modo que o estudante possa lidar progressivamente com a construção cognitiva. 
	E para reconhecer a prática pedagógica no contexto da alfabetização nesse cenário atual, é preciso ceder o ensino como “mera transmissão de conteúdos de modo linear e cumulativo” e construir oportunidades de aprendizagem em relação à didática para motivar reflexões em função do que o aluno sabe e do que precisa saber. 
	Segundo COLELLO (2020), “Em estreita sintonia como o pressuposto de aprendizagem, está o princípio da naturezadiscursiva da língua e, consequentemente, do processo de alfabetização. A esse respeito, vale lembrar que a conquista da língua escrita só faz sentido no contexto das comunicações humanas e das práticas sociais que nos rodeiam. Afinal: 
“Palavras são recursos expressivos disponíveis na língua, mas são as operações com esses recursos que produzem o sentido efetivo do discurso” (GERALDI, 2009, p. 227).
	É muito importante o conhecimento das letras e da natureza fonética que rege o funcionamento da língua escrita, tornando-se possível o uso dessa ciência como princípios básicos de “como se aprende e o que se aprende”. Portanto, o desafio dos professores é garantir uma prática reflexiva e contextualizada, e capaz de conciliar os propósitos didáticos aos propósitos comunicativos da língua.
	Buscando novas habilidades de ensinamentos, os educadores se reinventaram deixando muitas experiências profissionais de lado e lidando com a sobrecarga de trabalho para continuar promovendo um ensino de qualidade para seus alunos. Apesar das inúmeras dificuldades que veem sendo enfrentadas por eles, a construção voltada ao ensino remoto parte de um princípio diferente do que era vivido presencialmente, mas que, de certa forma, chegou para revolucionar o ensino e a aprendizagem.
	Uma prática que cresceu bastante foram os jogos pedagógicos, e está facilitando no ensino e aprendizagem na alfabetização do 1º ano do ensino fundamental I. O entretenimento ou a diversão é algo que motiva e estimula o processo educacional da criança, portanto, fazer uma atividade lúdica com elas é uma das formas de exercitar o pensamento e assimilar a realidade no contexto escolar.
	Segundo HIGA (2012), “Para as crianças com algum tipo de dificuldade (mau aproveitamento escolar, notas baixas, desorganização, etc.), a proposta é identificar, também no contexto de jogos, onde estão localizadas as principais defasagens para viabilizar a realização de tarefas e a compreensão dos conteúdos até então não dominados, facilitando as fases do desenvolvimento da alfabetização. 
A aprendizagem através de jogos, como dominó, palavras cruzadas, memória e outros permite que o aluno faça da aprendizagem um processo interessante e até divertido. Para isso, eles devem ser utilizados ocasionalmente para sanar as lacunas que se produzem na atividade escolar diária (VYGOTSKY 1988, p.47).
	É muito importante que a criança valorize seu conhecimento, interesse e sua motivação, saber onde pode melhorar e aperfeiçoar seu aprendizado. E com os jogos pedagógicos eles se sentem mais livres para argumentar, criticar e criar pensamentos.
Alfabetizar através do lúdico
Algumas instituições de ensino conseguiram se adequar e continuaram com as aulas, mas de maneira remota. Pensando no atual momento que estamos vivendo, foi fundamental elaborar um jogo pedagógico com o objetivo de ensinar a criança no seu desenvolvimento e aprendizagem de maneira agradável.
	Conforme Piaget, os jogos servem como estímulos para a aprendizagem, tornando-se as aulas mais divertidas e interessantes. Diante a essa concepção sobre os jogos pedagógicos, foi finalizado trabalhar o Jogo da Memória com palavras e figuras.
 Para Vilma Medina, diretora da página Guia Infantil, o jogo da memória é:
“Um jogo recreativo que exige memória e uma grande capacidade de atenção por parte dos participantes. Este tipo de jogo é perfeito para estimular a concentração, a observação e a memória das crianças. Este divertido jogo requer observação, muita atenção e concentração das crianças.” (MEDINA, 2017).
Conforme CUNHA (2010), o jogo da memória quando aplicado de acordo com os objetivos já estabelecidos e uma devida realização pode favorecer diversos aspectos em um aluno, como: a discriminação visual, o pensamento lógico, identificação e associação de figuras e palavras, dentre outras.
Outros aspectos a serem abordados nesse jogo é o desenvolvimento da interação, autonomia e atenção, e, portanto, partindo desses conceitos, foi indispensável determinar qual campo semântico seria adequado para utilizar no jogo da memória: animais, desenhos, frutas, objetos etc. 
Sendo assim, foi definido adaptar esse jogo para palavras e figuras de frutas, mas quais? Frutas que estão presente no cotidiano dos alunos, na qual eles conhecem ou já ouviram falar, e por meio do conhecimento deles será possível alcançar os objetivos que foram planejados.
	Após algumas pesquisas, chegou-se a um canal do Youtube chamado Mari Professora e nele foi possível aprender a criar jogos lúdicos no Microsoft Power Point, ferramenta mais popular criado pela Microsoft que permite realizar apresentações através de dispositivos, mais conhecidos no Brasil como “slides”. 
Mariana é professora há 6 anos, formada pela Universidade Federal de Minas Gerais e pós graduada em Alfabetização e Letramento pela Puc-Minas. Ela conta o porquê de ter começado com os vídeos e o blog:
“Logo no início da pandemia, comecei a perceber que precisaríamos de uma mudança! Comecei a pesquisar e explorar um pouco mais o PowerPoint e foi nessa ferramenta que descobri uma forma de deixar as aulas mais animadas e as crianças mais engajadas, mesmo à distância. Gostei tanto da descoberta, que decidi compartilhar o meu conhecimento no YouTube, então comecei a receber mensagens de várias professoras do Brasil passando pelos mesmos problemas que eu estava enfrentando pedindo ajuda sobre como utilizar o PowerPoint. Assim, eu criei o método PowerPoint para professoras, para facilitar e otimizar o tempo delas.”
O canal da Mari Professora no Youtube é apresentado também diversos jogos para ensinar as crianças, como: jogo da memória, jogo da forca, jogo das três pistas e entre outros.
Buscando alcançar os objetivos para ensinar os alunos no atual momento de distanciamento social, inspirado nessa modalidade e na realização de estudos e comparações de autores que desenvolveram ou utilizaram jogos (lúdicos) para auxiliar na aprendizagem do aluno, foi preparado e adaptado um Jogo Memória com frutas na intenção de atingir a leitura das palavras, assimilação da figura com a palavra e a memorização de maneira recreativa.
O Jogo da Memória das Frutas foi confeccionado para auxiliar na alfabetização e reforçar os conhecimentos dos alunos. Desenvolvido com imagens coloridas e por consequência palavras de acordo com cada figura ilustrada, a relação da sequência didática entre escrita e imagens reforçam o conhecimento e aprendizagem das crianças de modo que elas consigam assimilar.
Segundo CAMARGO (2007), “A palavra “imagem” vem do latim imago e corresponde à ideia de semelhança, que por sua vez, teve origem no grego mimeses, corresponde à ideia de imitação.”.
“Na medida em que o homem evoluiu entende-se que as imagens fazem parte do mundo e de determinados contextos culturais, sendo assim as diferentes 4 maneiras de interpretá-lo a partir de diversos pontos de vista são também formas de construirmos imagens mentais. Portanto as imagens passaram a ser narrativa do mundo, estabelecendo diálogos com “o mundo e não serem apenas representações dele” (CAMARGO, 2007, p.112).
É preciso levar em conta a necessidade da aquisição de estudos e o nível de progressão a cada etapa do desenvolvimento das crianças, portanto, é essencial ter uma atenção maior ao planejar atividades que tragam objetivos para o crescimento deles. Perante a este planejamento, o professor consegue criar e apresentar jogos pedagógicos que façam parte desse processo educacional sem sair do foco principal, alfabetizar.
2.3 TEORIAS COMPREENDIDAS
2.4 ESTUDOS SOBRE JOGOS PEDAGÓGICOS – ENSINO FUNDAMENTAL
3. OBJETIVOS
Objetivo Geral: 
· Durante o isolamento social em decorrência da COVID-19, muitas crianças têm sentido a falta da escola, o que exige dos educadores um olhar mais cuidadoso na hora de propor atividades. O objetivo desse trabalho é mostrar a importância dos jogos pedagógicos dentro e fora da escola, pois a aprendizagem envolvendojogos e brincadeiras contribui de forma significativa nos processos de apropriação do conhecimento.
Objetivo Específico: 
· Utilizar a brincadeira como instrumento pedagógico; 
· Promover a alfabetização;
· Trabalhar a unidade entre teoria e prática;
· Aprender a respeitar regras; 
· Desenvolver a língua portuguesa;
· Trabalhar a assimilação;
· Utilizar ferramentas online.
4. MATERIAIS E MÉTODOS 
O tema definido são Jogos Pedagógicos no Primeiro Ciclo do Ensino Fundamental, onde foi estabelecido mediar conteúdos sobre alfabetização. Em seguida iniciando as pesquisas acerca desses assuntos, e o tipo de jogo que iriamos trabalhar, (campo minado, jogo da memória etc.) e por último a ferramenta que será utilizada para produzir e apresentar o jogo, o Power Point.
O estudo teve apoio em sites e artigos científicos selecionados através de buscas no banco de dados do Google Acadêmico e um canal no Youtube. Entretanto, as palavras chaves usadas para realizar a busca foram: prática pedagogia, jogo pedagógico, alfabetização, pandemia e ensino fundamental. 
Para alcançar os objetivos estipulados, foram utilizados materiais que condizem com o atual momento da pandemia, e por conta dos fechamentos das escolas e adaptação para as aulas remotas, os materiais para elaborar o Jogo da Memória das Frutas foram: Power Point, efeitos sonorosos, imagens, números e palavras.
Montagem do Jogo
	No Power Point, abrir uma página em branco. Insira, em formas, a quantidade de retângulos desejada, no nosso caso, inserimos doze retângulos na cor branca. Através do campo semântico escolhido, selecione seis imagens e defina como serão colocadas essas imagens nos retângulos. Escolhemos seis frutas: abacaxi, banana, laranja, maçã, melancia e uva. 
Abra caixas de texto e escreva o nome de cada figura escolhida e coloque cada palavra nos retângulos que sobraram. Após, insira mais doze retângulos na cor que desejar e coloco por cima de cada figura e palavra de maneira que fiquem escondidas. Escolha uma cor e numere cada retângulo em ordem crescente, no nosso jogo numeramos de 1 a 12. 
	Após, insira o efeito de saída e de entrada nos retângulos numerados. Coloque o título do jogo e decore como achar melhor.
Como jogar
	Antes de iniciar, converse com os alunos sobre o jogo, pergunte: conhecem o jogo da memória? Jogaram? Conhecem as regras? Após o questionamento explique como irá funcionar o jogo. Primeiro explicar que esse jogo da memória é um pouco diferente do que eles já conhecem. O objetivo é achar palavra e imagem correspondente. 
	Após todos estarem cientes de como funciona o jogo, divida os alunos em 2 grupos. Peça para os grupos escolherem uma pessoa para o sorteio para saber qual grupo irá começar. Definido quem irá começar, peça para o primeiro participando escolher um número, abra o número escolhido, caso seja palavra, peça para o mesmo ler. Se for, figura peça para que ele fale o nome da figura. 
Solicite ao aluno a escolha de mais um número. Se for correspondente, a palavra com a imagem, o time ganha ponto, se não for é a vez do outro time. Caso alguém acerte, não irá novamente para que todos consigam participar. 
Contabilize os pontos e informe aos grupos se houve empate ou vencedor.
Avaliação participação dos alunos
	Durante o jogo analise: se teve dificuldades na leitura, se não conhecia alguma fruta apresentada, se a memória estava boa, se houve parceria entre a equipe, se conseguiu assimilar imagem e palavra.
Anexos
 
 
 
 
5. ANÁLISE DOS RESULTADOS
6. REFERÊNCIAS bibliográficas
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