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10/25/20 1 Interação droga-receptor e Farmacodinâmica 3° período do Curso de Medicina Farmacologia Prof. Me. André Vinycius Cunha Pereira Farmacêu(co - Ins(tuto de Saúde da Criança do Amazonas (ICAM) Pós-graduado em Farmacologia e Toxicologia clínica Pós-graduado em Biomedicina clínica em Infectologia Mestre em Biologia Experimental – UNIR/RO Manaus - 2020 1 • Por que determinado fármaco afeta a função cardíaca, enquanto outro altera o equilíbrio da água e dos íons nos rins? • Por que a penicilina mata efe:vamente as bactérias, porém raramente prejudica o paciente? 2 10/25/20 2 Interação fármaco-receptor • Os fármacos pode interagir com quase todos os 4pos de alvos tridimensionais • Sele4vidade do alvo – Efeito terapêu1co vs. Efeito adverso 3 CONFORMAÇÃO E QUÍMICA DOS FÁRMACOS E DOS RECEPTORES Principais níveis de organização (estrutura) das proteínas Porções hidrofóbicas e hidro=licas 4 10/25/20 3 Interação fármaco-receptor • Estrutura tridimensional, forma e rea1vidade do sí1o de ação e do fármaco • Interações: forças de van der Waals, ligações iônicas e covalentes • Efeito hidrofóbico “A ligação fármaco–receptor raramente é produzida por um único 9po de interação; na verdade, é uma combinação dessas interações de ligação que proporciona ao fármaco e a seu receptor as forças necessárias para formar um complexo fármaco–receptor estável.” 5 Interação fármaco-receptor 6 10/25/20 4 Interação fármaco-receptor A soma das forças gera uma forte interação resultante de alta afinidade 7 IMPACTO DA LIGAÇÃO DO FÁRMACO SOBRE O RECEPTOR Inibição enzimá1ca 8 10/25/20 5 IMPACTO DA LIGAÇÃO DO FÁRMACO SOBRE O RECEPTOR Geralmente essa mudança ocorre de forma idên1ca à que é produzida pelo ligante endógeno: análogos da insulina Adaptação induzida: altera a conformação do receptor para melhorar a afinidade e a qualidade da interação O fármaco altera a conformação do receptor e a estabiliza 9 EFEITOS DAS MEMBRANAS SOBRE AS INTERAÇÕES FÁRMACO–RECEPTOR Receptores de membrana Receptores intracelulares “ […] a estrutura de um fármaco afeta a sua capacidade de ter acesso ao receptor.” Fármacos lipo=licos atravessam a membrana facilmente enquanto os hidro=licos tem dificuldade. 10 10/25/20 6 Interação fármaco-receptor • Fatores como: estrutura do fármaco e do receptor, forças químicas que influenciam a interação fármaco-receptor, solubilidade do fármaco na água e na membrana plasmá=ca e função do receptor no seu ambiente celular — conferem especificidade a essa interação. • Planejamento Racional de Fármacos 11 Fármaco ideal: interage apenas com o receptor alvo (terapêu4co) e não interage com outros receptores (que causariam efeitos adversos) 12 10/25/20 7 “quanto mais restrita a distribuição celular do receptor- alvo de determinado fármaco, maior a probabilidade de o fármaco ser sele9vo.” 13 Farmacodinâmica Droga + Receptor (alvo): Efeito biológico Fármaco x Agente tóxico Esse efeito pode ser terapêu:co (farmacologia) ou tóxico (toxicologia). 14 10/25/20 8 Farmacodinâmica • Alvos terapêu1cos: – Enzimas – Proteínas transportadoras – Canais iônicos – Receptores • Especificidade e Afinidade 15 Interação fármaco-receptor • Nem sempre a ligação resulta em a:vação • Espeficidade e Afinidade TENDÊNCIA!!! 16 10/25/20 9 Interação fármaco-receptor 17 Classificação dos fármacos • Agonistas parciais (resposta submáxima) • Agonistas totais (resposta máxima) Agonistas: ATIVA O RECEPTOR Agonistas Inversos: INATIVA O RECEPTOR • Antagonistas compe11vos reversíveis • Antagonistas compe11vos irreversíveis • Antagonistas não-compe11vos Antagonistas: BLOQUEIA O RECEPTOR 18 10/25/20 10 Classificação dos fármacos 19 Classificação dos fármacos 20 10/25/20 11 Classificação dos fármacos 21 Classificação dos fármacos 22 10/25/20 12 Agonista parcial e total 23 A"vação cons"tu"va e agonista inverso 24 10/25/20 13 25 26 10/25/20 14 27 28 10/25/20 15 29 Antagonistas 30 10/25/20 16 Classificação dos receptores 31 32 10/25/20 17 33 34 10/25/20 18 35 Classificação dos receptores 36 10/25/20 19 Ação dos agonistas e antagonistas 37 PBL (Problem-based learning) • Paciente H.F.P., pós-cirúrgico para correção de gastrosquise, 2 meses de idade, internado em uma UTI, faz uso de sedação congnua (24h/24h) com fentanila e midazolam. Devido a prescrição ilegível realizada pelo plantonista, a técnica de enfermagem administra doses de midazolam e fentanila 10x maior do que o recomendado. O paciente evolui com depressão cardiorrespiratória. Considerando o caso acima, responda: a) qual o mecanismo de ação da fentanila e midazolam? b) por que é feita associação entre midazolam e fentanila? c) Neste caso de intoxicação, há angdoto disponível? d) se houver angdoto disponível, qual o seu mecanismo de ação? e) Que cuidados poderiam evitar o erro ocorrido? 38 10/25/20 20 Tipos de receptores 39 Tipos de receptores e a resposta celular 40 10/25/20 21 Tipos de receptores 41 A/vidade – Farmacodinâmica dos an/- inflamatórios 1. Em que situação clínica devo u:lizar os an:- inflamatórios esteroidais e os não-esteroidais? 2. Quais são os mecanismos de ação destas 2 classes de drogas? 3. Porque os AINEs produzem efeito mais rápido que os cor:coides? 42 10/25/20 22 Potência de um fármaco 43 Eficácia e potência de um fármaco 44 10/25/20 23 Índice terapêuAco 45 Farmacodinâmica • Variações na Rea,vidade ao Fármaco: – Dessensibilização: é a diminuição gradual do efeito de uma droga quando administrada de modo conAnuo ou repeBdamente. – Tolerância: é uma redução mais gradual na resposta a um fármaco, em dias ou semanas. – Taquifilaxia: é uma redução rápida e aguda na resposta a um fármaco. – Hipersensibilidade: é um estado de maior efeito de droga em comparação ao efeito na maioria dos indivíduos. Geralmente designa respostas alérgicas. 46 10/25/20 24 Taquifilaxia (dessensibilização) 47 Considerações farmacociné1cas e dose-resposta 48 10/25/20 25 Biodisponibilidade Biodisponibilidade é a fração do fármaco administrado que alcança a circulação sistêmica. 49 O efeito de primeira passagem interfere na biodisponibilidade da droga! 50 10/25/20 26 51 Volume de distribuição 52 10/25/20 27 Volume de distribuição V: volume de distribuição C: concentração da droga Quando maior o volume de distribuição de uma droga, maior será a sua concentração tecidual ou extravascular. O volume de distribuição aparente, Vd, é o volume de líquido necessário para conter todo o fármaco do organismo na mesma concentração mensurada no plasma. 53 54 10/25/20 28 55 Modelo de comparAmento único 56 10/25/20 29 Modelo de dois comparAmentos 57 Concentração plasmá1ca do fármaco 58 10/25/20 30 Clearance ou depuração de fármacos O Clearance de creaBBna é importante para ”sugerir” a velocidade e extensão da eliminação dos fármacos 59 Dose de ataque (comum com an1bió1cos e an1fúngicos) 60 10/25/20 31 RepeAção de doses 61 Perfil farmacociné=co em diferentes tomadas diárias ou em infusão 62 10/25/20 32 Perfil farmacociné4co e o tempo de meia vida 63 Tempo de meia-vida 64 10/25/20 33 Ciné4ca de ordem zero e de primeira ordem • Ciné6ca de primeira ordem: • a transformação metabólica dos fár- macos é catalisada por enzimas, e a maioria das reações obedece à cinéJca de Michaelis-Menten. • Isto é, a velocidade de biotransformação do fármaco é diretamente proporcional à concentração do fármaco livre; • Ciné6ca de ordem zero: • A enzima é saturada pela concentração elevada de fármaco livre, e a velocidade da biotransformação permanece constante no tempo. • Uma quanJdade constante do fármaco é biotransformada por unidade de tempo e a velocidade de eliminação é constante e não depende da concentração do fármaco. 65 Professor André VinyciusAcompanhe conteúdos nas redes sociais e no Canal no YouTube! OLÁ TURMA! 66@profandrevinycius Professor André Vinycius Farmacologia com Prof. André Vinycius 66
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