Buscar

peça 1 CONDOMÍNIO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AO JUÍZO DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL 
PROCESSO: XXXXXXX
CONDOMÍNIO BOSQUE DAS CAPIVARAS, representado pelo sindico Celio Silva, já qualificados nos autos em epígrafe, por intermédio de seu advogado e bastante procurador, com escritório profissional à rua xxx, nº..., bairro xxx, CEP, cidade xxx, para fins do art. 77, V, do CPC, vem a presença de vossa excelência oferecer a presente CONTESTAÇÃO à ação de Indenização Proposta pelo Armando Martins, já qualificado na Inicial, pelos fatos e fundamentos abaixo aduzidos:
I - DA PRELIMINAR 
1.1 - DE ILEGITIMIDADE PASSIVA
Conforme os artigos 17, 337, inciso XI, 338, 339, 485, VI do CPC/2015 o requerido não é parte legítima da presente ação, uma vez que se sabe de qual condômino veio o objeto que se fez há presente ação; o apartamento 201.
Os mencionados artigos acima, aborda sobre há ilegitimidade passiva, no qual deve-se trocar pelo réu legitimo, inclusive indicar o réu correto. 
Como descreve o art. 938 do código civil:
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.
Assim, sendo ilegítima a parte ré estar no polo passivo, uma vez que ficou evidente quem deveria ser o legitimado, isto é, o apartamento 201.
Desta forma o condômino deve responder pelos danos causados ao autor, excluindo a responsabilidade do condomínio.
II - DO MÉRITO
2.1 – AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE DE DANOS MATERIAIS (LUCRO CESSANTES)
A parte requerente, ajuizo uma ação de indenização perante a 2° Vara Civil da Comarca da Capital, o requerente alega que foi atingido por um pote de vidro lançado de um apartamento do condomínio, no qual sofreu em decorrência disto, danos materiais no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), por ter deixado de ganhar, assim pleiteando ação de indenização pelos danos sofridos.
O requerido não tem obrigação de indenizar o requerente pelos (lucros cessantes), pois aquele que habitá em prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido, do que se trata o artigo 938 do CC. Deste modo, quem deveria ser acionado era o proprietário do apartamento 201, não o condomínio; já que só responde o condomínio quando não se sabe quem praticou o dano. Além disto, não fica obrigado há reparar no que tange sobre a segunda cirurgia feita, posto que o dano sobre o erro médico recai sobre há equipe médica do Hospital X, como prevê o art. 37, §6 da CF/88.
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.
Nessa Perspectiva, o requerido não é parte legítima para indenizar o requerente.
2.2 – AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE DO CONDOMÍNIO PELO DANO MORAL
A parte requerente, ajuizo uma ação de indenização perante a 2° Vara Civil da Comarca da Capital, o requerente alega ter sofrido danos morais, já que houve violação de sua integridade física, pedindo assim uma conpensação pelos danos sofridos no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), no qual foi atingido por um pote de vidro lançado do apartamento 201 do condomínio bosque das capivaras.
O requerido não tem obrigação de indenizar o requerente, em razão do artigo 938 do CC, que fica obrigado reparar o dano quem mora no prédio, ou faça parte dele, das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido. Assim, quem deveria ser acionado é o proprietário do apartameto 201, não o condomínio. Além do mais, nos termos do artigo 186 e 927 do CC, já que o condomínio não praticou nenhum ato ilícito, não tendo obrigação de pagar a indenização ao requerente, levando em conta que o responsável é o apartamento 201. Também, no que decorre do dano da segunda cirurgia, foi erro médico praticado pela equipe do Hospital X, e não pela queda do pote de vidro, in verbis:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Os presentes artigos, demotram que causa dano a outrem, comete ato ilícito, assim fica obrigado reparar no presente caso o apartamento 201, não o condomínio.
Precedentes sobre o tema nos Tribunais Superiores;
Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul TJ-RS - Apelação Cível : AC 0442624-04.2014.8.21.7000 RS
Ementa
RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO INDENIZATÓRIA. LESÕES DECORRENTES DE QUEDA DE OBJETO LANÇADO DE JANELA DE EDIFÍCIO. IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE DE ONDE PARTIU A COISA.
A responsabilidade civil calcada no disposto no artigo 938 do Código Civil é objetiva, bastando ao seu reconhecimento a presença do liame causal entre o ato e o dano.Identificada a unidade autônoma de onde partiu o objeto que feriu o autor, não há como atribuir responsabilidade ao condomínio, que apenas responderia no caso da impossibilidade de identificação do causador direto do dano.Transeunte atingido por um martelo caído da unidade 61 do Condomínio Edifício Regente.Dano moral por presunção. Ainda que tenha sido prestado efetivo socorro ao autor quando do acidente, resta claro que os acontecimentos fogem dos meros aborrecimentos. A dor física, o susto, os incômodos relativos ao tratamento/recuperação traduzem efetivo dano moral a ser compensado mediante indenização pecuniáriaQuantum fixado na sentença mantido (R$ 3.000,00). APELAÇÕES DESPROVIDAS. UNÂNIME.
Como exposto, fico mais que obrigado ao apartamento 201 reparar o dano causado, por meio de indenização ao requerente, já que é legitimado passivo da presente ação, e não o condominio.
Nesta medida, do que foi apresentado, requer improcedência dos pedidos da inicial.
III - DOS PEDIDOS
Diante do exposto REQUER:
1. Acolha a preliminar de ilegitimidade passiva em todos os seus termos, extinguindo o processo sem julgamento do mérito ou de forma subsidiária o atendimento aos artigos 338, 339 §1° e §2° do CPC;
2. A improcedência dos pedidos formulados pelo requerente quanto aos danos materiais de lucros cessantes e dano moral;
3. Desde já, manifesto interesse da audiência conciliatória nos termos do artigo 319, VII do CPC;
4. Condenação do requerente ao pagamento das custas e honorários advocatícios no importe de 20% conforme o artigo 85, §2 do CPC;
IV - DAS PROVAS
A produção de todos os meios de provas em direito admitidos, em especial a prova documental, o depoimento pessoal e a oitiva das testemunhas. 
Nestes termos,
Pede deferimento.
CIDADE E DATA
ADVOGADO
OAB/UF

Continue navegando