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Teoria atômica Dr. João Paulo de Mesquita 1 O insucesso da mecânica clássica Como demonstrado, a mecânica clássica não era capaz de explicar algumas evidências experimentais de pequenas partículas 2 Elétron em movimento Muito bem demonstrado por Niels Bohr De fato a mecânica clássica uma versão simplificada da mecânica quântica As falhas do modelo de Bohr 3 Com átomos contendo mais de um elétron, foram observados sérias discrepâncias entre os comprimentos de onda das raias espectrais emitidas e os comprimentos de onda calculados. A principal falha do modelo é a definição das órbitas Experimentalmente... A dualidade (1924) 4 Da mesma forma que um fóton tem uma onda associada, um corpo material em também tem a ele associada uma onda mv h Em condições apropriadas as partículas exibem comportamento ondulatório Louis de Broglie (1892-1987) http://pt.wikipedia.org/wiki/Louis_de_Broglie Com m muito pequeno observa-se os efeitos ondulatórios característicos Difração http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Broglie_Big.jpg A dualidade: relação com Bohr 5 Louis de Broglie (1892-1987) http://pt.wikipedia.org/wiki/Louis_de_Broglie 2 r n mv h 2r n h mv mvr n h 2 Bohr, um elétron gira em torno do núcleo, numa órbita tal que as forças centrípeta e coulombina se anulam. Suponhamos que no lugar do elétron tenhamos uma onda Para que essa idéia seja válida, é necessário que o comprimento da circunferência seja exatamente igual a um número inteiro (n) de comprimento de ondas 1º postulado de Bohr http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Broglie_Big.jpg Exercícios 6 Calcule o comprimento de onda de: a) uma bola de futebol de 1,2kg deslocando-se a 50km/h b) uma bala de metralhadora de 10,0 g deslocando-se a 300 m/s c) um elétron a uma velocidade de 6,00 x 106 m/s Confirmação da dualidade dos elétrons 7 Em 1927 natureza ondulatória dos elétrons é demonstrada Observação da difração de elétrons Elétrons→ partículas Difração → característica ondulatória fenômeno que ocorre quando elas passam por um orifício ou contornam um objeto A incerteza de Heisenberg 8 Werner Heisenberg (1901-1976) http://pt.wikipedia.org/wiki/Werner_Heisenberg Em 1927 Heisemberg divulgou o seu célebre princípio da incerteza x p h. onde x e p são as mínimas incertezas possíveis na medição simultânea da posição e do momentum de uma partícula Para dimensões atômicas, as incertezas de medir simultaneamente a posição e a velocidade do elétron são suficientemente grandes para invalidar o conceito de órbitas, pois h é pequeno O modelo de Bohr definia ambos Energia Posição http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Bundesarchiv_Bild183-R57262,_Werner_Heisenberg.jpg Exercício 1. Calcule o raio da órbita e a velocidade do elétron do átomo de hidrogênio para n = 1, 2, 3, etc. 2. Calcule a energia emitida por um elétron que executa um salto quântico da órbita n = 3 para a órbita n = 1. 3. Calcule a freqüência e o comprimento de onda dessa radiação emitida. O modelo atômico atual 10 De Broglie Heisenberg Dualidade da matéria mv h Trata o elétron como onda e conclui 2 hpx . O modelo atual parte do princípio que o elétron é uma onda UMA ONDA ESTACIONÁRIA Prof. Assistente de Bohr A energia do elétron depende da posição assim como a posição depende da energia Propriedades das ondas 11 Dimensão das ondas * UNIDIMENSIONAL: se propaga ao longo de uma única direção num plano. (Corda) * BIDIMENSIONAL: se propaga ao longo de várias direções em um plano. (Tambor) * TRIDIMENSIONAL: se propaga no espaço, portanto nas três dimensões. (Sino) Natureza das ondas * MECÂNICA: produzida pela deformação de um meio material. (onda na água) *ELETROMAGNÉTICA: produzida por cargas elétricas oscilantes. (raio X) Formato das ondas TRANSVERSAIS: as partículas vibram em direções perpendiculares àquela em que se propaga a onda. LONGITUDINAIS: vibram na mesma direção que aquela que se propaga a onda. Propriedades das ondas 12 Direção de oscilação Direção de vibração ONDAS TRANSVERSAIS ONDAS LONGITUDINAIS Ondas 13 Comprimento de onda (λ) = distância entre duas cristas Amplitude (A) = é uma medida escalar negativa e positiva da magnitude de oscilação de uma onda Comparação entre A, λ, υ Ondas estacionárias 14 São ondas que estão confinadas num espaço. Ex. : as ondas geradas por cordas de um violão ou na superfície de um tambor Ou ainda, elétron no átomo São ditas estacionárias pois há pontos da onda que não variam com o tempo Ondas estacionárias 15 Considere um corda presa nas duas extremidades: Nós Antinós Estão confinadas num espaço O comprimento da corda Toco a corda no centro Toco a corda em ¼ do comprimento Toco a corda em do comprimento Toco a corda em ⅛ do comprimento 6 1 Ondas estacionárias 16 Comprimento = L 2 L L 2 3 L 2L ...,,, n n L 4321 2 Generalizando.... Como está variando a energia da vibração destas cordas? Qual a relação com o elétron no átomo? O que significa os nós e antinós? E qual a freqüência? Ondas estacionárias 17 Conclui-se então que: A distância entre dois nós consecutivos é sempre 2 Somente certos comprimentos de onda são permitidos em ondas estacionárias 2 n L n L2 A quantização não é introduzida é uma característica natural do modelo!! A equação de onda 18 Em 1926 Erwin Schrödinger A idéia de estados estacionários dos elétrons nos átomos http://pt.wikipedia.org/wiki/Erwin_Schrödinger Erwin Schrödinger (1887-1961) Para deduzir a equação de onda Onde Ψ é a função de onda, que mede a perturbação ondulatória das ondas de matéria Funções de onda 19 No caso das ondas produzidas em cordas, a perturbação ondulatória pode ser avaliada pela elongação y (ou amplitude da onda); Para ondas sonoras pela a variação da pressão Para ondas eletromagnéticas pelo vetor campo elétrico E. Que perturbação é essa?? Concluindo, Ψ é uma função que descreve qual ou como a onda varia Números quânticos 20 Acreditamos na função de onda Tem de ter algumas condições impostas para que tenha significado físico Resolvendo a equação aparecem, NATURALMENTE, três números quânticos n = energia do elétron l = sua quantidade de movimento angular ml = e a componente segundo o eixo z, da quantidade de movimento angular Unívoca, finita e contínua. Números quânticos 21 n = numero quântico principal l = número quântico azimutal ou secundário ml = número quântico magnético Surge da quantização da energia total do elétron Resulta da quantização da quantidade de movimento angular orbital L do elétron Resulta da quantização da quantidade de movimento angular orbital L do elétron na direção z )( 1 2 ll h L lZ m h L 2 A energia do elétron varia com um campo magnético externo Igual ao modelo de Bohr → surge da resolução n = 1, 2, 3,... l = 0, 1, 2, 3,..., n-1 ml = 0, 1, 2, 3,..., l Números quânticos Como pôde ser notado os três números quânticos que saem da resolução da equação de onda dizem respeito a energia De fato ela define muito bem a energia do elétron Então pelo princípio da incerteza Saberei pouco da posição Probabilidade de se encontrar o elétron Significado da Função de Onda 23 Porém, a função de onda Ψ não possui significado físico Ψ depende da posição da partícula ou seja, Ψ=f(x,y,z) Significado da Função de Onda 24 Mas o quadrado de seu módulo onde Ψ* é o conjugado imaginário de Ψ Probabilidade de encontrar a partícula próxima ao ponto especificado pelas coordenadas (x,y,z). Isso é o orbital Que matematicamente é descrito por n, l e ml Resumindoe concluindo 25 O modelo atômico atual trata o elétron como onda Define com boa precisão a energia do elétron no átomo, porém possibilita, de acordo com princípio da incerteza de Heisenberg, somente o local mais provável de encontrá-lo Relação entre os números quânticos e os orbitais atômicos 26 O valor de n define o tamanho do orbital, ou seja, a energia O valor de l define o tipo e a forma do orbital O valor de ml define a orientação do orbital no espaço, não quanto a sua energia Nº de orientações = nº de orbitais da subcamada Valor de l Símbolo da subcamada 0 s 1 p 2 d 3 f Orbitais s 27 Nós radiais esférico circular Orbitais 2p 28 Neste caso são perpendiculares Nós angulares são linhas retas a ângulos específicos um com outro Orbitais 3d 29 Dois nós angulares Dois nós angulares Planos perpendiculares Nós na forma de cones Um nó radial No infinito Orbitais 4f 30 Representação dos orbitais 31 Nuvem eletrônica Diagrama de contorno Superfície limite Representa a % de carga eletrônica Nós = extremidade da superfície Exercícios 32 Desenhe os orbitais 2p e 3p usando diagrama de contorno e represente a variação da densidade de probabilidade. Quantos elétrons cabem num orbital? 33 Para o átomo de hidrogênio esta pergunta não é relevante E os outros elementos multieletrônicos? Um orbital só pode acomodar NO MÁXIMO DOIS ELÉTRONS
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