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Genograma e Ecomapa – 24.05.21 O genograma e o ecomapa são importantes para compreender a dinâmica da família, identificando possíveis vulnerabilidades e possibilitando oferecer um acolhimento adequado e abordagem multiprofissional de qualidade. Com esses instrumentos, espera-se fazer um diferencial no diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos pacientes inseridos na ESF. Não podemos olhar um indivíduo de forma isolada, mas devemos olhar para todo seu contexto. Quando olhamos para a família do paciente podemos encontrar dados importantes que nos ajudam a compreender quem é o paciente e até mesmo a suscetibilidade que ele tem a desenvolver certas doenças. O que ocorre com a família tem grande impacto em cada membro familiar tanto pela questão genética quanto pela questão comportamental e pode ajudar no entendimento e na resolução do quadro clínico do paciente. O genograma é uma representação gráfica das gerações familiares, contendo a relação entre os membros dessas famílias. Através do genograma é possível ter um acompanhamento familiar mais detalhado, conhecendo a família e seus antepassados e seus problemas de saúde recorrentes. As equipes de saúde podem utilizar o genograma para visualização dos agravos de saúde e planejamento de ações no contexto da família. Permite a avaliação da família em funcional ou disfuncional. Símbolos: Quadrado – homem Círculo – mulher Quadrado ou círculo cortado com X – homem ou mulher que morreu Linha contínua – casados Linha tracejada – indivíduos que não são casados, mas moram juntos Linha cortada por um traço – separação conjugal Linha cortada por dois traços – divórcio Linhas pontilhadas – relacionamentos paralelos Linha em zigue-zague – relação conflituosa entre quaisquer membros da família Linhas contínuas descendentes – filhos Linha pontilhada descendente – filho adotivo Triângulo – filho de mulher grávida que ainda não sabe o sexo Círculo preto pequeno – aborto espontâneo X – aborto induzido Linhas partindo da mesma origem – gêmeos fraternos Duas linhas partindo de origem comum mais linha contínua que une um irmão a outro – gêmeos idênticos O ideal é que o genograma apresente legenda – não necessitamos memorizar todos os símbolos, somente os básicos. O ideal é que o genograma apresente, no mínimo, 3 gerações para que seja possível ver situações, histórico de doenças, psicossocial transgeracionais. O genograma deve partir de um indivíduo alvo ou indivíduo índice – pessoa que levou a pensar na realização do genograma. O projeto terapêutico singular é quando um indivíduo necessita de uma terapia específica pra ela. O ecomapa é um instrumento de abordagem familiar que é utilizado tanto para abordagem do indivíduo como da família e sua relação em meio à comunidade em que vivem. A diferença para o genograma é que o genograma identifica as relações e ligações dentro do sistema familiar enquanto o ecomapa identifica as relações e ligações da família com o meio em que vivem. O ecomapa tem potencial de representar presença ou ausência de recursos sociais (capital social), econômicos e culturais – retrato do momento da vida do paciente. Pode ser feito o ecomapa em relação a um único indivíduo ou relacionado a toda família do indivíduo. Podemos retratar as relações entre os indivíduos e o ambiente em três dimensões distintas: · Força · Qualidade · Impacto Relações compensadoras – trabalho, por exemplo Relações não compensadoras – indivíduo dá mais do que recebe na relação Ciclos de vida Toda família passam por crises, previsíveis ou não, que fazem parte da evolução dessa família. As crises podem levar à desestruturação da família. O que permite classificar uma família como funcional é a capacidade de enfrentar e superar problemas – resiliência familiar. A família disfuncional não consegue enfrentar os problemas ou quando tenta enfrentar um problema não o faz da melhor maneira possível. A partir da identificação do ciclo de vida da família, medidas podem ser adotadas - aumentando as potencialidades, fortalecendo os pontos positivos da família e minimizando vulnerabilidades às quais a família está exposta. A fase de adultos jovens independentes se diferencia do ninho vazio porque geralmente os pais são mais jovens e é o primeiro filho a deixar a casa, podendo levar a uma crise na família. Esses seis ciclos são clássicos nas famílias de classe média e nas famílias mais abastadas. Nas famílias de classes economicamente menos abastadas, não é possível identificar essas seis fases – se reduzem a três fases. O jovem adulto se torna pai/mãe muito cedo e continua morando com os pais – família de várias gerações. Filhos raramente deixam o domicílio.
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