Buscar

Introdução_CV_PGEA_ParteI

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PRINCIPAIS ESCOLAS DE 
ECONOMIA
Christian Vonbun
As Escolas de Economia
• Os economistas divergem em diversos aspectos. Entre os principais 
aspectos em que eles discordam, podemos destacar:
– Metodologia
• Matemática/não matemática
– Tipos de modelos matemáticos
• Priorizar a teoria ou a empiria
– Hipóteses
• Acerca do comportamento dos agentes
• Acerca da informação disponível
• Acerca das expectativas
• Outras
– Conclusões
• Intervencionismo
• Laissez Faire
2
As Escolas de Economia
• Ainda que as divergências entre os economistas possam ser mais ou
menos abrangentes e mais ou menos fundamentais, gerais ou
específicas, podemos selecionar algumas linhas de pensamento
predominantes.
• Muitos aspectos separam essas escolas, mas podemos resumir boa
parte das divergências simplesmente analisando as curvas de oferta
pressupostas por cada uma dessas escolas.
• Ainda que não contenham toda a informação para descrever uma
escola, as curvas de oferta fazem um resumo de algumas das
principais características da maioria (mas não de todas) as escolas
de economia.
3
AS PRINCIPAIS ESCOLAS DE ECONOMIA
Uma breve descrição das desavenças entre os economistas
4
A Escola Clássica
• O pensamento econômico clássico, ainda que utilizando
um ferramental matemático rudimentar partiu do que
hoje entendemos como fluxo circular da renda.
• Um dos primeiros rudimentos desse fluxo foi apresentado
pelos Fisiocratas, uma escola francesa, da qual um dos
expoentes era Quesnay, que apresentou seu Tableau
Economique.
• Os diversos economistas clássicos, entre eles, Adam
Smith, David Ricardo, Malthus, Jean Baptiste Say, John
Stuart Mill, entre outros, tinham suas divergências.
• Mas acreditavam fundamentalmente nas forças de
mercado (oferta e demanda) chegando a equilíbrios via
preços.
5
A Escola Clássica
• Esses equilíbrios levariam a uma alocação 
ótima dos recursos da economia, 
melhorando o bem estar geral.
• É uma das conclusões de Adam Smith: o 
mercado teria uma “mão invisível” que 
guiaria os agentes egoístas a se 
comportarem de modo a melhorar o bem 
estar da sociedade, seguindo seus próprios 
interesses.
Adam Smith
6
A Escola Neoclássica
• O aparecimento de um instrumental matemático mais 
avançado (notadamente o cálculo diferencial), que foi 
logo empregado pela física, permitiu grandes avanços na 
teoria clássica: foi possível matematizar o 
comportamento dos agentes pressuposto pelos clássicos.
• Surgia a Escola Neoclássica, que expressava 
matematicamente as ideias (e as sofisticavam) 
apresentadas pela Escola Clássica, o que ficou conhecido 
como a revolução marginalista.
• Os principais expoentes eram: Carl Menger (da Esc. 
Austríaca); William Jevons; Leon Walras; Alfred Marshall; 
Vilfredo Pareto; Irving Fisher e Knutt Wicksell (Esc. Sueca)
Leon Walras
7
A Escola Neoclássica
• Seus estudos buscavam entender a formação de 
preços e do valor, produção e distribuição de renda.
• Algumas contribuições mais recentes e mais 
sofisticadas foram vitais para a atualização e para a 
reintrodução dos clássicos na fronteira da pesquisa 
econômica, o que é notadamente o caso de Debreu, 
que provou matematicamente a possibilidade de 
existência do equilíbrio geral em diversos mercados.
• As principais hipóteses dos Clássicos e Neoclássicos 
são similares:
– Os agentes buscam maximizar seu bem estar
– Os mercados são competitivos e eficientes, com plena 
informação;
– Preços são flexíveis
Carl Menger
8
A Escola Neoclássica
• As principais conclusões são:
• O equilíbrio do mercado leva à melhor alocação possível de 
recursos, logo, o interesse individual leva os agentes a se 
comportarem da melhor maneira possível, do ponto de vista 
social. Logo, não é possível melhorar ninguém, sem ter que 
piorar alguém para obter este fim: é o ótimo de Pareto!
• Se o mercado leva à melhor alocação possível sozinho, 
intervenções do governo são desnecessárias: Laissez Faire!
• Os salários reais serão iguais à produtividade marginal do 
trabalho e os lucros econômicos serão zero, com juros e taxa de 
lucro reais igualando a produtividade marginal do capital.
William Stanley Jevons
9
A Escola Neoclássica
• A demanda decorre da oferta (Lei de Say: a oferta cria sua própria 
demanda). O crescimento econômico seria uma questão de oferta: 
investir mais para poder produzir mais no futuro. Assim, a poupança gera 
o investimento.
• Os preços equilibram os mercados e indicam as oportunidades de 
investimentos. Elevações da demanda só trazem inflação: oferta 
agregada vertical.
• Não é possível elevar a demanda via política fiscal, pois os agentes são 
racionais e não estocam moeda.
• Apenas a expansão monetária eleva a demanda, mas isto apenas gera 
inflação. A moeda é um véu que encobre a economia.
• Produção determinada por variáveis reais: produtividade, estoque de K e 
de L, preferências intertemporais.Wilfredo Pareto
10
A Escola Keynesiana
• Originária da Grande Depressão iniciada com a Crise de 1929, 
reconhece a possibilidade de crises e de desemprego, algo não 
rigorosamente previsto pelos (neo)clássicos.
• Minimiza a importância dos preços e se centra na hipótese da 
demanda efetiva:
• Def.: A hipótese da demanda efetiva diz que apenas a demanda 
efetivamente realizada por meio de compras e vendas 
concretizadas que influem na economia (e não curvas de demanda, 
que são relações entre preços e quantidades).
• Assim, a saída para as crises seria elevar a demanda.
11
A Escola Keynesiana
• Como os preços não são tão importantes, a oferta da economia é
horizontal (quando não há variação nos preços), e o nível de produção
pode ser determinado tão somente pelo nível de demanda.
• O principal instrumento de demanda agregada formulado por seu principal
expoente, John Maynard Keynes era a política fiscal (isto é, os gastos
públicos).
• À época da Grande Depressão, Keynes chegou a diagnosticar que se se
contratasse trabalhadores para cavar buracos e depois tapá-los, já se teria
uma injeção de demanda capaz de tirar a economia das crises.
• A economia não seria capaz de se equilibrar sozinha, pois dependeria do
“espírito animal” dos agentes, necessitando de intervenções do Estado.
12
A Escola Keynesiana
• Assim, Keynes “criou” a Macroeconomia, marcada pelo 
divórcio entre a microeconomia e o instrumental 
utilizado para se analisar as flutuações cíclicas das 
economias como um todo.
• Daí apareceram a “esquizofrenia teórica” (a divisão 
entre a macro e a microeconomia) e boa parte das 
divergências entre os economistas.
• O investimento precede a poupança.
• A política fiscal é o instrumento preferido.
• Eleva a demanda efetiva.
• Advogados do câmbio fixo.
John Maynard Keynes
13
A Escola Monetarista
• A disseminação das políticas keynesianas difundiu a estagflação: a 
estagnação econômica acompanhada de alta inflação.
• A Escola Monetarista, liderada por Milton Friedman e Edmund 
Phelps introduz um novo conceito que vai revolucionar a 
macroeconomia: as expectativas.
• Friedman, em 1957, mostra que é impossível se obter 
desenvolvimento econômico por meio de políticas de demanda. 
Os agentes vão passar a perceber o aumento da inflação e vão 
reagir a esse aumento de preços elevando os seus preços, não sua 
produção.
• Assim, políticas de demanda seriam inócuas no longo prazo para 
elevar a produção e o emprego.
Edmund Phelps
14
A Escola Monetarista
• Além disso, políticas fiscais seriam inócuas, pois os agentes 
percebem que um aumento de gastos hoje vai implicar 
aumento de impostos amanhã, logo, vai induzir os agentes 
a poupar mais para pagar os impostos, tornando a política 
fiscal inócua mesmo para elevar a demanda, o que ficou 
conhecido como: Equivalência Ricardiana.
• As expectativas sobre os preços teriam um enorme poder 
para tornar as políticas de demanda inócuas, à medida em 
que os agentes incorporariam a inflação em suas 
expectativas sobre os preços, o que os levaria a não elevar 
a produção.
• Somente mudanças permanentesna expansão monetária, 
logo na inflação permitiriam variações na demanda 
agregada (por isso MONETARISTAS).
Anna Schwartz
15
A Escola Monetarista
• As principais conclusões dos monetaristas se assemelham às 
conclusões clássicas: a política fiscal é inútil e a monetária 
inflacionária, sem efeitos reais.
• Apenas no curto prazo que expansões monetárias 
crescentes elevariam o produto: a OA de curto prazo seria 
positivamente inclinada e a de longo vertical.
• Não haveria espaço para a intervenção do Estado na 
Macroeconomia: Laissez Faire.
• Alterar um preço é mais fácil que alterar todos os preços da 
economia. Assim Friedman defendia o câmbio flutuante.
16
A Escola Monetarista
• Regra X e BCs independentes:
• Friedman propunha que a desinflação requereria uma 
política monetária contracionista, que teria efeito 
recessivo no curto prazo, mas que seria neutra e reduziria 
a inflação no longo.
• A moeda deveria crescer a uma taxa fixa X, que reflete o 
crescimento de longo prazo da população e da 
produtividade, sem solavancos e sem surpresas.
• Políticas fiscais expansionistas, geram dívidas, levando à 
necessidade de repagamento, o que pode levar os 
governos a pedir para os bancos centrais monetizarem a 
dívida, gerando inflação. Para evitar isso, sugeriram 
bancos centrais independentes das autoridades políticas.
Milton Friedman
17
A Escola Novo Keynesiana
• O reconhecimento da inflação (também via Curva 
de Phillips) e a necessidade de se reconciliar com a 
microeconomia (fortemente neoclássica) levou à 
necessidade de reestruturação da escola de 
pensamento keynesiana.
• Sua crença na capacidade das políticas de demanda 
em afetar a produção, pelo menos no curto prazo, 
levou a tentativas de embasar suas teorias por 
meio da introdução da rigidez de preços nos 
modelos microeconômicos (e na oferta agregada).
Gregory Mankiw
18
A Escola Novo Keynesiana
• Mais tarde incorporando mesmo os conceitos de 
expectativas racionais e equilíbrio geral (modelos DSGE), 
dependem de hipóteses de rigidez de preços para que se 
gerem os efeitos reais das políticas no curto prazo.
• As rigidezes se devem a (ver aula 6):
– Contratos
– Custos de menu
– Salários Eficiência
– Ilusão Monetária
– Outros
• Como resultado, a curva de oferta agregada seria 
positivamente inclinada no curto prazo (ainda que 
vertical no longo)
David Romer
19
A Escola Novo Clássica
• A idéia de modelar expectativas racionais foi introduzida por 
John F. Muth, em 1961 e ganhou notoriedade quando foi usada 
por Robert E. Lucas Jr., um dos expoentes da Escola de 
Expectativas Racionais (ou Novo Clássica), junto a Thomas 
Sargent.
• A idéia é uma evolução da teoria monetarista, em que os 
agentes usam TODA INFORMAÇÃO DISPONÍVEL para formular as 
expectativas sobre os preços. Assim, os agentes não seriam tão 
facilmente enganados pelo governo, elevando o preço ao invés 
da produção, não sofrendo de ilusão monetária facilmente.
• Oferta agregada vertical. Ela é positivamente inclinada no curto 
prazo se o governo conseguir surpreender os agentes.
20
A Escola Novo Clássica
• A revolução das expectativas racionais 
implicou que, mesmo no curto prazo, a 
oferta agregada poderia ser vertical (ao 
invés de positivamente inclinada), 
bastando para isso que o governo não 
surpreendesse os agentes.
• As principais conclusões são coerentes 
com os monetaristas e novos clássicos.
Robert E. Lucas Jr. Thomas Sargent
21
Real Business Cycle
• Partindo de modelos neoclássicos de equilíbrio geral
dinâmicos, formularam hipóteses específicas para explicar
as flutuações econômicas de médio prazo.
• As flutuações seriam resultado de mudanças tecnológicas
(evolução tecnológica e choques negativos de oferta).
• O lado monetário da economia seria irrelevante.
• Contudo, ao afetar a taxa de retorno do capital, a política
fiscal teria efeitos reais, relacionados variações nos juros.
• A economia, contudo, não sairia do pleno emprego.Edward C. Prescott
22
• É uma escola que crê que os antigos e novos keynesianos interpretaram 
erroneamente os ensinamentos da Teoria Geral de Keynes.
• Buscam recuperar, portanto a interpretação que consideram original, com 
ênfase na incerteza não probabilística acerca das quantidades demandadas no 
futuro, com a demanda efetiva e as expectativas a seu respeito tendo papel 
fundamental na determinação da atividade.
• Não acreditam que o sistema de preços, seja capaz de coordenar os 
mercados, em função da referida incerteza acerca do futuro.
• A teoria seguiu com as contribuições de Hyman Minsky, Joan Robinson, 
Nicholas Kaldor e Paul Davidson, ainda que essas contribuições se afastem um 
pouco da ideia original de Keynes.
• Advogam, entre outros: câmbio fixo, controles de capitais internacionais e 
intervenções nos mercados de crédito, sendo mais intervencionistas que os 
demais keynesianos.
Pós Keynesianos
Hyman Minsky
23
Escola Austríaca
• Dissidência dos neoclássicos que rejeita a matemática, mas que parte
de hipóteses parecidas e chega a conclusões similares aos clássicos.
• As principais diferenças são:
• Heterogeneidade dos setores leva à existência de efeitos reais da
política monetária.
• O mercado não tem, mas tende ao equilíbrio. É um processo de
aprendizado, não algo determinístico.
• Formula uma teoria dos ciclos econômicos baseado na variação da
oferta de moeda.
• Enfatiza as ordens sociais, a liberdade econômica e o papel central da
acumulação ordenada de capital.
Ludwig Von Mises
24
Escola Austríaca
• Um approach humilde acerca do limitado
conhecimento humano sobre a economia restringe
fortemente a capacidade do Estado de intervir
proveitosamente na economia.
• A Escola Austríaca também tem a característica de
ser multidisciplinar e envolver em seus estudos
questões ligadas a Ética, ao Direito, a Ciência
política e a Filosofia.
25
F. A. Hayek
Referências “Extras”
• Snowdon, Brian and Howard R. Vane (2005).
Modern Macroeconomics: Its Origins,
Development And Current State. Edward
Elgar Pub., 807p. ISBN.: 978-1845422080
• Rothbard, Murray N. (2006). An Austrian
Perspective on the History of Economic
Thought (2 Vol. Set). Ludwig Von Mises
Institute, 1084p.
26