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AVALIAÇÃO E EDUCAÇÃO NUTRICIONAL, PLANEJAMENTO DIETÉTICO PARA ADULTOS Prática Dietética III AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Objetivo: identificar distúrbios nutricionais, possibilitando uma intervenção adequada de forma a auxiliar na recuperação/ manutenção do estado de saúde do indivíduo. CUPPARI, 2005 ESTADO NUTRICIO NAL História clínica Av. da composição corporal Exames bioquímicos Consumo alimentar AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Após a realização dos diagnósticos individuais o nutricionista deve analisar os resultados de maneira contextualizada. DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL INTERVENÇÃO NUTRICIONAL OBJETIVOS NUTRICIONAIS X MODIFICAÇÕES DIETÉTICAS • Prescrições dietéticas devem ser fundamentadas nos objetivos nutricionais. • Cada modificação dietética, por mais simples que seja, deve estar embasada em toda avaliação nutricional feita no indivíduo. • Exemplo objetivo nutricional: •Melhorar o perfil lipídico reduzir o LDL e aumentar o HDL • Exemplo de intervenção dietética: •Reduzir o consumo de gordura saturada e aumentar monoinstaurada O nutricionista precisa tomar cuidado para não ser contaminado com o conhecimento geral que se produz em revistas e na mídia. MANEIRAS DE AJUDAR O PACIENTE A ALCANÇAR SEUS OBJETIVOS Deve haver declaração racional e clara da mudança mental proposta; Usar recursos de pesquisas recentes que expliquem os conceitos; Reforçar os benefícios das metas alcançadas; Explicar um ponto de vista de várias maneiras; Explicitar os esforços e os recursos necessários para o alcance do objetivo; Identificar as respostas emocionais (medos) em face da nova situação; Identificar as barreiras ou os obstáculos às mudanças (resistência). MUDANÇA COMPORTAMENTAL MUDANÇA COMPORTAMENTAL Estágios de mudança comportamental (Mailbach e Cotton, 1995): 1º) Pré-contemplação: indivíduo não tem interesse em mudar o comportamento, não está pensando sobre o assunto. Ex: não considera a importância de mudar ou não sabe do problema. 2º) Contemplação: começa a considerar a necessidade de mudança em algum momento do futuro. Esse estágio é muito frequente e, às vezes, as pessoas ficam anos pensando sobre o assunto. Ex: reconhece que necessita ou quer mudar, mas não está totalmente certo disso. 3º) Preparação: toma a decisão de mudar de comportamento (planejamento de estratégia de mudança). Pode só planejar e não efetivar a ação. Ex: agenda consulta com nutricionista, procura uma academia para se matricular. MUDANÇA COMPORTAMENTAL 4º) Ação: implementa seu plano de mudança e começa a efetuá-lo. Ex: começa a frequentar a academia, começa a mudança na alimentação. 5º) Manutenção: estágio final – a prática já está incorporada à rotina, ou seja, tornou-se um hábito. Esse estágio é o grande desafio da mudança de comportamento. Ex: mantém a rotina, sem desistir, mesmo que tenha pequenas interrupções, geralmente por motivos justificáveis, retornando às atividades. Com relação ao exercício físico, é muito comum as pessoas iniciarem as atividades em academia e desistirem 1 ou 2 meses depois. O conhecimento sobre as práticas alimentares saudáveis não é suficiente para que haja alterações efetivas nesse sentido. “Apesar de a mudança de comportamento ser responsabilidade do paciente, o profissional é o responsável por utilizar estratégias adequadas para facilitar esse processo”. (Foster e Makris, 2004) ACONSELHAMENTO DIETÉTICO Aconselhamento não é um talento inato: requer prática e sintonia. Recomenda-se que se façam perguntas que esclareçam quanto às barreiras e suas soluções, em vez de dar conselhos sobre como resolver um problema. É preciso identificar o objetivo e estabelecer uma meta. ACONSELHAMENTO DIETÉTICO - Objetivos de curto prazo; - É muito importante estabelecer metas de mudanças práticas e concretas. Exemplos: - Limitar o consumo a 300kcal entre 7h e 10h da manhã - Comer 2 frutas/dia - Orientações de cunho geral não devem ser mencionadas em nenhum momento da consulta. Exemplos: - Coma menos à noite - Evite comer frituras ACONSELHAMENTO DIETÉTICO Aconselhamento dietético ou orientação dietética deve funcionar como Prescrição o detalhamento das práticas a serem prescritas possibilitará que o paciente tenha condições de segui-las objetivamente. É preciso identificar as dificuldades ou os facilitadores do processo de mudança. Pode-se ajudar o paciente a pensar sobre as estratégias que ele adotará para realizar as prescrições estabelecidas. Fazer com que o paciente pense sobre como ele vai lidar com a dificuldade encontrada aumenta as chances de eficácia. PRESCRIÇÕES DIETÉTICAS Os pacientes devem reconhecer que eles mesmos são responsáveis pela adesão ou não ao plano alimentar. Devem ser realistas e factíveis de serem alcançadas Estabelecemos a estratégia dietética para o paciente alcançar o objetivo. Prescrição envolverá a mudança ou inclusão de um comportamento dietético específico, com base nas práticas diárias do indivíduo. Mudanças radicais em geral são de curta duração e, em pouco tempo, a pessoa retorna às atitudes anteriores. DEFINIÇÕES Educação Nutricional: refere-se à formação de valores e à presença de prazer, responsabilidade e atitude crítica é mais processual e de longo prazo. Orientação dietética: prescrição dietética com objetivos específicos, incluindo regras e horários dietas propriamente ditas. Número crescente de lançamentos da indústria alimentícia Excesso de publicidade Crescente participação da mulher no mercado de trabalho Menor tempo para o preparo dos alimentos número menor de refeições nas moradias. DETERMINANTES DA MUDANÇA DE COMPORTAMENTO ALIMENTAR O que mudou? -Preços de mercado - Dinâmica de vida - Fast-food - Propaganda / Marketing - Influência da TV Crescimento de refeições informais: Redução no consumo de fibras alimentares devido ao menor consumo de integrais, verduras, legumes e frutas. Alimentação rica em gordura saturada, colesterol e carboidratos simples. HISTÓRICO DOS PADRÕES ALIMENTARES VIGITEL • Desde 2006, o Ministério da Saúde realiza o inquérito Vigitel traçar um panorama dos comportamentos de risco para doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal. • Entrevistas telefônicas são realizadas anualmente em amostras da população adulta (18 anos ou mais) residente em domicílios com linha de telefone fixo. • Possibilita o conhecimento da frequência e distribuição dos indicadores para cada ano e sua evolução anual representa fonte de dados importante para o planejamento, monitoramento e ajustes nas políticas públicas de saúde. Hábitos dos brasileiros impactam no crescimento da obesidade e aumento da prevalência de diabetes e hipertensão VIGITEL
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