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Imunologia básica

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Maria Seiane – medicina IESVAP 
–
Imunidade: 
 A defesa contra microrganismos é mediada por 
respostas sequenciais e coordenadas que são 
denominadas imunidade inata e adaptativa. 
 A imunidade inata (também chamada de imunidade 
natural ou imunidade nativa) é responsável pela defesa 
contra microrganismos nas primeiras horas ou dias 
após a infecção, antes que as respostas imunes 
adaptativas tenham se desenvolvido. 
 
 Em contraste à imunidade inata, há outras respostas 
que são estimuladas pela exposição a agentes 
infecciosos e que aumentam em magnitude e 
capacidades defensivas após cada exposição sucessiva 
a um microrganismo; é denominada imunidade 
adaptativa (também chamada imunidade específica ou 
imunidade adquirida); 
 
 As respostas imunes são reguladas por feedback 
positivo que amplifica a reação e por mecanismos de 
controle que previnem reações inapropriadas ou 
patológicas. Quando ativados, os linfócitos disparam 
mecanismos que aumentam ainda mais a magnitude 
da resposta. 
CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE 
 Quase todas derivam de células-tronco 
hematopoiéticas (CTHs) existentes na medula óssea. 
 Com base em seus precursores comuns, as células 
imunes são amplamente classificadas em células 
mieloides, que incluem os fagócitos e a maioria das 
células dendriticas (DCs), ou em células linfoides, que 
englobam todos os linfócitos; 
 
FAGÓCITOS: 
 Realizam a fagocitose: ingerem e destroem 
microrganismos; removem restos celulares; 
 Os dois tipos principais de fagócitos são os neutrófilos 
e os macrófagos – durante a infecção os dois migram 
para a área. 
 Neutrófilos: 
o A resposta do neutrófilo é mais rápida, e a 
expectativa de vida dessas células é curta - após 
entrarem nos tecidos, os neutrófilos atuam apenas 
durante 1-2 dias; 
 Monócitos: 
o Eles se transformam em macrófagos nos tecidos e 
podem viver por longos períodos; sua resposta 
pode ter duração prolongada; 
o Durante a migração, os monócitos aumentam de 
tamanho e se desenvolvem em macrófagos 
ativamente fagocíticos chamados macrófagos 
errantes. 
o Outros macrófagos, chamados de macrófagos 
fixos, montam guarda em tecidos específicos. 
 Entre os macrófagos fixos estão os: 
 Histiócitos (macrófagos do tecido 
conjuntivo), 
 Células reticuloendoteliais estreladas no 
fígado; 
 Macrófagos alveolares nos pulmões 
 Células microgliais no sistema nervoso e 
 Macrófagos teciduais no baço, nos 
linfonodos e na medula óssea. 
MASTÓCITOS 
 Junto com os basófilos e os eosinófilos, ele faz parte de 
um grupo que contém grânulos citoplasmáticos com 
mediadores inflamatórios e antimicrobianos, que são 
liberados das células mediante ativação; 
 Eles estão presentes nos epitélios da pele e das 
mucosas; 
 Conferem defesa contra infecções por parasitas ou 
produzem os sintomas das doenças alérgicas; 
 Contém histamina e outros mediadores que alteram os 
vasos sanguíneos na inflamação; 
 Possuem alta afinidade por IgE – quando os anticorpos 
presentes na superfície do mastócito se ligam ao 
antígeno, são induzidos eventos sinalizadores que 
levam à ativação da célula; 
BASÓFILOS 
 Geralmente estão ausentes nos tecidos porém podem 
ser recrutados para sítios inflamatórios; 
 Os basófilos também expressam receptores de IgE; 
EOSINÓFILOS 
 Seus grânulos contém enzimas nocivas às paredes 
celulares de parasitas, mas que também podem 
danificar os tecidos do hospedeiro; 
 Circulam no sangue, de onde podem ser recrutados 
para os tecidos. 
 Alguns eosinófilos estão presentes nos tecidos 
periféricos, em especial nos revestimentos de mucosa 
dos tratos respiratório, gastrintestinal e geniturinário; 
CÉLULAS DENDRÍTICAS 
 São células presentes no tecido e também circulantes 
na corrente sanguínea; 
 Percebem a presença de microrganismos e iniciam 
reações de defesa imune inata, além de capturarem as 
proteínas microbianas para exibi-las às células T e 
assim iniciar as respostas imunes adaptativas – células 
apresentadoras de antígeno (APCs). 
LINFÓCITOS 
 São células da imunidade adaptativa; 
 Classes: 
 
o Linfócitos B: reconhecem muitos tipos de 
antígenos e estimulam a produção de anticorpos; 
o Linfócitos T auxiliares (CD4+) reconhecem 
antígenos nas superfícies das células 
apresentadoras de antígenos e secretam citocinas, 
que estimulam mecanismos de imunidade e 
inflamação. – ativação de células B e macrófagos; 
o Linfócitos T citotóxicos (CD8+) reconhecem 
antígenos em células infectadas e matam essas 
células. 
o Células T reguladoras suprimem as respostas 
imunes (p. ex.: aos antígenos próprios). 
 Linfócitos naive são células T ou B maduras que jamais 
encontraram um antígeno estranho. 
CÉLULAS NATURAL KILLER 
 Têm funções citotóxicas similares as dos CTLs CD8 +. 
Essas células circulam no sangue e estão presentes em 
vários tecidos linfoides. 
 
 
 
 
FAGOCITOSE 
 Ocorre em 5 etapas: 
 
1. Quimiotaxia: produtos químicos atraem os 
fagócitos (de microrganismos, leucócitos, células 
teciduais danificadas ou proteínas do 
complemento) para os sítios de infecção; 
2. Adesão: fixação do fagócito ao microrganismo; 
3. Ingestão: fagócito faz projeções (pseudópodos) 
para englobar o microrganismo através do 
processo de fagocitose; quando as projeções se 
unem formam uma bolsa chamada de fagossomo; 
4. Digestão: O fagossomo entra no citoplasma e se 
funde aos lisossomos para formar uma estrutura 
única e maior chamada fagolisossomo. Há um 
ataque químico ao microrganismo pela lisozima, 
enzimas digestivas e oxidantes; 
5. Morte 
IMUNIDADE INATA (inespecífica) 
 É mediada por mecanismos que já existem antes da 
ocorrência de uma infeção e que facilitam rápidas 
respostas contra microrganismos invasores; 
 Inclui as barreiras físicas e químicas externas fornecidas 
pela pele e pelas túnicas mucosas. 
 Inclui também as substâncias antimicrobianas, as 
células NK, os fagócitos, a inflamação e a febre. 
Primeira linha de defesa: 
 
 
Segunda linha de defesa: 
 Quando os patógenos penetram as barreiras físicas e 
químicas da pele e túnicas mucosas, se deparam com 
uma segunda linha de defesa: as substâncias 
antimicrobianas internas, os fagócitos, as células NK, a 
inflamação e a febre. 
 
 
 Inflamação: 
o É uma resposta de defesa não específica do 
organismo à lesão tecidual. 
o Entre as condições que podem provocar 
inflamação estão patógenos, abrasões, irritações 
químicas, distorções ou distúrbios celulares, e 
temperaturas extremas. 
o Os quatro sinais e sintomas característicos da 
inflamação são vermelhidão, dor, calor e edema. 
o A resposta inflamatória tem três fases básicas: 
(1) vasodilatação e aumento da permeabilidade 
dos vasos sanguíneos – mediados por histamina, 
cininas, prostaglandinas, leucotrienos e 
complemento; 
(2) migração dos fagócitos do sangue para o líquido 
intersticial 
(3) reparo tecidual. 
IMUNIDADE ADAPTATIVA (específica) 
 O sistema imune adaptativo reconhece e reage a um 
grande número de substâncias microbianas e não 
microbianas chamadas antígenos; 
 São respostas mais fortes e mais especializadas; 
 
 Localizados na membrana plasmática das células do 
corpo estão os “autoantígenos”, os antígenos do 
complexo principal de histocompatibilidade (MHC). 
Estas glicoproteínas transmembrana são também 
chamadas de antígenos leucocitários humanos (HLA); 
o Ajudam os linfócitos T a reconhecer que um 
antígeno é estranho, não próprio; 
o Os dois tipos de antígenos do complexo são os de 
classe I – em todas as células menos eritrócitos – 
e classe II – células apresentadoras de antígenos. 
 Citocinas: 
o São pequenos hormônios proteicos que estimulam 
ou inibem muitas funções celulares normais, como 
o crescimento e a diferenciação celular. 
o São secretadas por linfócitos, células 
apresentadoras de antígeno, fibroblastos, células 
endoteliais, monócitos,hepatócitos e células 
renais. 
 
IMUNIDADE CELULAR 
 
 
IMUNIDADE HUMORAL 
 Ação dos anticorpos: 
o Neutralizam antígenos: bloqueiam ou 
neutralizam algumas toxinas bacterianas e 
impede a ligação de alguns vírus às células do 
corpo; 
o Imobilização de bactérias: formação de 
anticorpos contra antígenos nos cílios ou flagelos 
de bactérias móveis, a reação antígeno-anticorpo 
pode fazer com que as bactérias percam a sua 
mobilidade; 
o Aglutinação e precipitação de antígenos: 
o Ativação do sistema complemento: 
o Reforço da fagocitose: 
 Classes de IMUNOGLOBULINAS: 
 
REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE 
 É uma resposta imune adaptativa que ocorre de forma 
exagerada ou inapropriada; 
 Sempre que uma reação alérgica ocorre, há alguma 
lesão tecidual. 
 Os antígenos que induzem a uma reação alérgica são 
chamados alergênios. 
 Os alergênios comuns incluem determinados 
alimentos (leite, amendoim, mariscos, ovos), 
antibióticos (penicilina, tetraciclina), vacinas 
(coqueluche, febre tifoide), toxinas (abelha, vespa, 
cobra), cosméticos, produtos químicos em plantas 
como hera venenosa, pólens, poeira, mofo, corantes 
contendo iodo utilizados em determinados processos 
radiográficos e até mesmo microrganismos. 
 Hipersensibilidade imediata/anafilática (tipo I). 
o É causada por anticorpos IgE específicos para 
antígenos ambientais 
o Tipo mais prevalente de doença de 
hipersensibilidade; 
o Em resposta à primeira exposição a determinados 
alergênios, algumas pessoas produzem anticorpos 
IgE que se ligam à superfície de mastócitos e 
basófilos. A próxima vez que o mesmo alergênio 
entra no corpo, conecta-se aos anticorpos IgE já 
presentes. 
o As doenças de hipersensibilidade imediata, 
agrupadas como alergia ou atopia, são 
normalmente causadas pela ativação de células 
Th2 produtoras de interleucina-4 (IL-4), IL-5 e IL-13, 
e pela produção de anticorpos IgE que ativam 
mastócitos e eosinófilos e induzem inflamação. 
o Os mastócitos e basófilos liberam histamina, 
prostaglandinas, leucotrienos e cininas. 
o Causam aumento da permeabilidade vascular, da 
vasodilatação, produção de muco e contração do 
músculo liso bronquial e visceral; 
o Como resultado, há respostas inflamatórias, 
dificuldade para respirar pelas vias respiratórias 
contraídas e coriza pelo excesso de secreção de 
muco. 
o O choque anafilático é tratado por injeção de 
epinefrina que dilata as vias respiratórias e 
fortalece a contração cardíaca; 
 
 Hipersensibilidade mediada por anticorpos/citotóxicas 
(tipo II): 
o Anticorpos IgG e IgM específicos para antígenos 
da superfície celular ou da matriz extracelular 
o Podem causar lesão tecidual ativando o sistema 
complemento, recrutando células inflamatórias e 
interferindo nas funções celulares normais. 
o Associado a anemia hemolítica – eritroblastose 
fetal, transfusão sanguínea incompatível; 
 Hipersensibilidade mediada por imunocomplexos (tipo 
III). 
o Anticorpos IgM e IgG específicos para antígenos 
solúveis no sangue formam complexos com 
antígenos; 
o Esses imunocomplexos podem se depositar nas 
paredes dos vasos sanguíneos em vários tecidos, 
ativando sistema complemento e causando 
inflamação, trombose e lesão tecidual. 
o A glomerulonefrite e a artrite reumatoide (AR) 
surgem deste modo. 
 Hipersensibilidade mediada por células T (tipo IV). 
o São de resposta tardia geralmente aparecem 12 
a 72 h após a exposição a um alergênio; 
o Nesses distúrbios, a lesão tecidual pode ser 
causada por linfócitos T que induzem inflamação 
ou matam diretamente as células-alvo. 
o Em muitas dessas doenças, o principal 
mecanismo envolve a ativação de células T 
auxiliares CD4 +, as quais secretam citocinas que 
promovem inflamação – fator de necrose 
tumoral – e ativam leucócitos – interferon gama 
–, principalmente neutrófilos e macrófagos. 
o Os linfócitos T citotóxicos contribuem para a 
lesão tecidual em algumas doenças – reação 
tuberculínica, DM-1 e psoríase.

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