TICS semana 4

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FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí. 
IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba LTDA. 
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TICS semana 4 – SOI III 
Aluno(a): Maria Seiane Farias Barros 
Terceiro período de medicina 
 
1. Exames indutores de isquemia: qual o motivo da utilização destes 
procedimentos na prática clínica? 
A isquemia é definida como a diminuição (isquemia parcial) ou interrupção 
(isquemia total) do fluxo sanguíneo para os tecidos do corpo, ou seja, aquela área 
ficará com menor aporte de oxigênio para sustentar suas necessidades 
metabólicas, resultando em hipóxia ou anóxia. Além disso, ela é causada, na 
maioria das vezes, por uma obstrução do vaso decorrente de uma placa 
aterosclerótica, porém também pode estar relacionada ao vasoespasmo ou à 
disfunção microvascular. 
Visto isso, a Doença Arterial Coronariana (DAC) é uma alteração anatômica 
e/ou funcional que resulta em uma isquemia miocárdica. Seu diagnóstico deve 
incluir uma anamnese detalhada, com destaque para avaliação da dor torácica – 
localizada no precórdio, em aperto e com piora durante o exercício -, da exposição 
aos fatores de risco, de antecedentes pessoais e de familiares; exame físico e 
exames subsidiários. 
Em relação aos exames que avaliam isquemia, os testes de estresse, 
induzidos por exercício físico ou fármacos, são uma importante técnica para o 
diagnóstico, prognóstico e tratamento dos pacientes com DAC, pois examinam se 
o músculo cardíaco está recebendo o oxigênio necessário para o seu 
funcionamento. Dentre as opções, tem-se o teste ergométrico ou de esforço, que 
por meio do ECG avalia a resposta do miocárdio durante e após a realização de 
um exercício físico. Nesse caso, o principal indício de isquemia, consiste no 
infradesnivelamento do segmento ST de pelo menos 0,1mV. Além disso, merece 
destaque o fato de que em 15% dos pacientes só apareceram sintomas na fase 
de recuperação. Outro exame é o ecocardiograma com estresse, ele é realizado 
ou com esforço físico (esteira ou bicicleta) ou com fármaco (dobutamina) e permite 
a avaliação do espessamento da parede ventricular isquêmica e da perfusão do 
miocárdio. 
No que diz respeito à cintilografia de perfusão miocárdica, também pode ser 
realizada tanto com exercício quanto pela aplicação de fármaco (adenosina). 
 
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Haverá a administração de um radiotraçador, em que sua diferença de distribuição 
no miocárdio, durante o repouso e após o estresse, informará a presença de 
isquemia miocárdica e por conseguinte de DAC. Por fim, também há a ressonância 
magnética com estresse, que avalia a isquemia semelhante à cintilografia e pode 
ser realizada tanto com dobutamina quanto vasodilatadores. 
Assim, os exames indutores de isquemia permitem a avaliação 
cardiovascular durante situações de esforço, auxiliando no diagnóstico da DAC e 
na construção do melhor processo terapêutico para prevenir um possível evento 
necrótico, como a ocorrência de infarto agudo do miocárdio. 
 
REFERÊNCIAS: 
 
BRASILEIRO FILHO, Geraldo. Bogliolo, patologia. 9. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2016. 
 
CONSOLIM-COLOMBO, Fernanda M., IZAR, Maria, SARAIVA, José. Tratado de 
cardiologia SOCESP. 4ª ed. Barueri (SP): Manole, 2019. 
 
DEEDWANIA, Prakash C., MD. Silent myocardial ischemia: Epidemiology, diagnosis, 
treatment, and prognosis. UpToDate, 2019. 
 
LEVY, B. I., HEUSCH, G., CAMICI, P. G. The many faces of myocardial ischaemia 
and angina. Cardiovascular research, v. 115, n.10, p. 1460–1470, 2019. 
https://doi.org/10.1093/cvr/cvz160. 
https://doi.org/10.1093/cvr/cvz160