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FACULADADE DE ODONTOLOGIA 
ESPECIALIZAÇÃO EM ORTODONTIA 
 
 
 
RAFAEL TAFFAREL OLIVEIRA 
 
 
 
MÉTODOS PARA A ACELERAÇÃO DO TRATAMENTO 
ORTODÔNTICO CORRETIVO 
 
 
 
 
 
Caxias Do Sul/2019
1 
 
 
FACULADADE DE ODONTOLOGIA 
ESPECIALIZAÇÃO EM ORTODONTIA 
 
 
RAFAEL TAFFAREL OLIVEIRA 
 
 
MÉTODOS PARA A ACELERAÇÃO DO TRATAMENTO 
ORTODÔNTICO CORRETIVO 
 
 
 
Trabalho de conclusão do curso de especialização em 
ortodontia em forma de artigo, apresentado ao Centro 
Universitário Avantis como requisito para obtenção do 
título de Especialista em ortodontia. 
Orientador: Prof. Drª. Monique Fonini Trevisan 
 
 
Caxias do Sul /2019 
2 
 
RESUMO 
 
 
A procura por abordagens que permitam a conclusão dos tratamentos ortodônticos em menor 
tempo possível é uma constante busca em diversas áreas da Ortodontia atual. A realização de 
procedimentos pouco antes da aplicação de forças ortodônticas vem sendo sugerida como 
uma forma de potencializar a movimentação dentária e, consequentemente, o tratamento 
ortodôntico como um todo. As corticostomias, as microosteoperfurações, a laserterapia e os 
movimentos vibratórios são abordagens terapêuticas mais utilizadas atualmente para acelerar 
a movimentação dentária. Grande parte dos estudos revela um resultado positivo em relação à 
aceleração do movimento ortodôntico perante as técnicas utilizadas. Porém, ainda é duvidoso 
se uma intervenção mais invasiva seria justificada, pois o tempo de tratamento não se mostrou 
muito menor em comparação às técnicas convencionais. 
Palavras-chave: Movimentação ortodôntica. Técnicas de movimentação dentária. 
Ortodontia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
RESUME 
 
The search for approaches that allow the completion of orthodontic treatments in the shortest 
possible time is a constant search in several areas of current orthodontics. The performance of 
procedures shortly before the application of orthodontic forces has been suggested as a way to 
enhance tooth movement and, consequently, orthodontic treatment as a whole. 
Corticosteroids, micro-perforations, laser therapy and vibratory movements are the most 
commonly used therapeutic approaches to accelerate tooth movement. Most studies show a 
positive result regarding the acceleration of orthodontic movement in relation to the 
techniques used. However, it is still doubtful whether a more invasive intervention would be 
warranted, as the treatment time was not much shorter compared to conventional techniques. 
Keywords: Orthodontic movement. Tooth movement techniques. Orthodontics. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
LISTA DE ABREVIATURAS 
 
MOPs ou MOP: Microosteoperfirações 
MOD: Movimento Dentário Ortodôntico 
PGs: prostaglandinas 
PTH: Paratormônio 
LP: Ligamento Periodontal 
PGEt : Prostaglandina T 
RAP: Fenômeno Aceleratório Regional 
TLBP: Terapia de Laser de Baixa Potencia 
Gc 40 
RANKL: Ligante do Recetor Ativador do Fator Nuclear kappa B 
PROSTAGLANDINA E2: Dinoprostona 
Hz: Hertz 
G: Gramas 
Ml : mililitro 
mm: milímetros 
mW : Megawatt 
J: Joule 
cm 2: Centímetro Quadrado 
nm: Namômetro 
p/v: por volume 
 
5 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
Figura 1 – Corticotomia realizada em região de molares superiores........................................18 
Figura 2 – Corticotomia realizada para auxiliar na intrusão do elemento 16.........................18 
Figura 3 – Técnica de microosteoperfurações..........................................................................20 
Figura 4 – Contra ângulo específico realizando as microosteoperfurações..............................21 
Figura 5 – aplicação de laser de baixa frequência...................................................................22 
Figura 6 – dispositivo de movimento vibratório.......................................................................23 
Figura 7 – Dispositivo de baixa frequência (30 Hz; .25N).......................................................24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 9 
2 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................... 11 
2.1 Biomecâmica do movimento dental................................................................................11 
2.2 Biomecanica do movimento ortodôntico.........................................................................11 
2.3 Métodos Aceleradores.....................................................................................................12 
2.3.1 Métodos Farmacológicos..............................................................................................13 
2.3.1.1 Prostaglandinas..........................................................................................................14 
2.3.1.2 Osteocalcina.............................................................................................................14 
2.3.1.3 Vitamina D................................................................................................................15 
2.3.1.4 Paratormônios............................................................................................................15 
2.3.2 Métodos Cirúrgicos.....................................................................................................16 
2.3.2.1Corticostomia ............................................................................................................... 17 
2.3.2.2 Piezocisão ................................................................................................................19 
2.3.2.3 Micro-osteoperfurações.............................................................................................19 
2.3.3 Métodos Físicos............................................................................................................21 
2.3.3.1 Estímulo vibratório.......................................................................................................21 
2.3.3.2 Terapia a laser de baixo nível....................................................................................22 
4 DISCUSSÃO ........................................................................................................................ 25 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................. 28 
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 29 
 
 
 
 
9 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A preocupação com a aparência está se tornando um fator relevante na vida das 
pessoas e um sorriso bonito é um aspecto importante nas relações empregatícias, sociais, 
culturais, além de ajudar na estima de cada um. Com isto, o interesse pelo tratamento 
ortodôntico tem aumentado de forma exponencial nas últimas décadas. (MAGALHÃES S., 
2019) 
A Odontologia, ao mesmo tempo em que aprofunda a sua produção no campo 
científico e tecnológico, necessita aprimorar a relação profissional/paciente, observando seus 
reflexos éticos e legais (CALVIELLI, 1997). Neste sentido, destaca-se a Ortodontia como 
especialidade em que os tratamentos são de longa duração, na qual se estabelece uma estreita 
relação profissional/paciente, envolvendo uma grande expectativa em relação aos resultados. 
(CAMARGO, L. et al, 2008) 
A duração média do tratamento ortodôntico é de aproximadamente 24 a 36 meses, 
variando conforme a gravidade do caso e características individuais de cada paciente 
(LIMPANICHKUL et al., 2006). 
A eficácia da terapia ortodôntica se baseia no correto diagnóstico e uma boa resposta 
biológica do paciente à biomecânica proposta pelo ortodontista,onde a escolha dos 
materiais tem papel fundamental. (CAMARGO, L. et al, 20087) 
Segundo Segal et al. (2004), fatores associados ao aumento do tempo de duração do 
tratamento ativo podem resultar em níveis aumentados de reabsorção radicular apical no 
paciente ortodôntico. 
Os relatos de tratamentos mais rápidos têm forte apelo comercial, portanto os 
ortodontistas necessitam avaliar criticamente as possibilidades para se aumentar a eficiência 
da movimentação ortodôntica, separando o que é realmente um avanço nas alternativas de 
tratamento, das abordagens que priorizam o interesse financeiro em vez da melhora dos 
serviços prestados aos pacientes (OLIVEIRA et al., 2010). 
 Desta forma, a busca por métodos que acelerem a duração do tratamento 
ortodôntico, sem comprometer o resultado, torna-se um grande desafio (HENNEMAN et al., 
2008). 
Em consequência disto, muitos estudos têm sido direcionados sobre os diferentes 
métodos de aceleração do movimento dentário, dentre os mais citados estão as corticotomias, 
10 
 
as microosteoperfurações (MOPs), a laserterapia e os movimentos vibratórios (HU LONG et 
al., 2013). 
A modulação do Movimento Dentário Ortodôntico destina-se a aumentar ou inibir o 
recrutamento, diferenciação e / ou ativação de células ósseas, acelerar ou reduzir o movimento 
dentário, aumentar a estabilidade dos resultados ortodônticos, bem como auxiliar na 
prevenção da reabsorção radicular (Lee WC, 1990) 
Segundo o autor, Lee WC (1990), o movimento dentário pode ser acelerado pela 
injeção local de biomoduladores, aplicação de laserterapia, vibração mecânica e terapia 
gênica, bem como por corticotomias. Algumas dessas abordagens ainda não podem ser 
aplicadas clinicamente; mas outros, como a corticotomia, a terapia a laser e a vibração, já 
fazem parte do arsenal terapêutico. (Lee WC, 1990) 
Numerosos estudos descreveram a aceleração farmacológica do Movimento Dentário 
Ortodontico (MDO) por meio da ativação de osteoclastos (BARAN, S et al, 1996). A 
administração local de prostaglandinas (PGs) (KOUSKOURA T. et al, 2017), osteocalcina 
(Li F. et al, 2013), ou PTH (SOMA, S. et al, 1999) também induziu Movimento Dentário 
Ortodôntico. 
Com o conhecimento atual, o uso de novas modalidades terapêuticas que visam a 
modulação da MDO, como a corticotomia, terapia a laser de baixa intensidade e vibração 
(ultrassom pulsátil de baixa intensidade) já é uma realidade clínica. (ANDRADE Jr et al, 
2014) 
O objetivo desse trabalho é citar e expor alguns desses métodos, bem como seu 
funcionamento, técnica e efetividade para utilização na clínica ortodôntica. 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
2 REVISÃO DE LITERATURA 
 
2.1 Biomecânica do movimento dental 
 
Os dentes humanos estão ligados aos maxilares pela articulação alvéolo-dental 
através do periodonto de inserção, representado por cemento, ligamento periodontal e osso 
alveolar. O cemento não é vascularizado, portanto é pouco modificado pelos estímulos da 
mastigação. O ligamento periodontal é responsável pela articulação dental e constituído por 
fibras colágenas intercaladas por vasos sanguíneos, células, terminações nervosas e fluido 
intersticial. Os vasos sanguíneos nutrem o ligamento e servem de acesso para as células 
responsáveis pela remodelação do osso cortical e ligamentos. As terminações nervosas 
transmitirão as sensações de pressão e a noção propioceptiva. As fibras e o fluido formam um 
sistema amortizador e dissipador de forças fisiológicas (VELLINI, 2006). 
Quando uma força é aplicada sobre o dente, ele se desloca no interior do espaço 
alveolar, provocando o estiramento de algumas fibras periodontais e compressão de outras. 
Ao mesmo tempo, o fluido intersticial é comprimido entre as paredes ósseas. Como a 
drenagem desse fluido para fora do alvéolo é lenta, ele exerce uma pressão hidráulica ao 
movimento dental. As fibras e o fluido intersticial atuarão em conjunto, se contrapondo às 
cargas aplicadas sobre o dente, devolvendo-o a posição original. Esse processo ocorrerá 
sempre que o período de aplicação de força for de curta duração, não resultando em 
movimento dental (VELLINI, 2006). 
 
2.2 Biomecânica do movimento ortodôntico 
 
A movimentação ortodôntica é possível devido à propriedade plástica do osso, a qual 
o tecido ósseo é depositado nas áreas submetidas a tração, e reabsorvido nas áreas onde ocorre 
pressão. Nas primeiras frações de segundos (3-5 segundos), quando uma força leve, mas 
prolongada, é aplicada a um dente, o fluxo sanguíneo através do ligamento periodontal é 
parcialmente comprimido e diminui tão logo o fluido é enviado para fora do espaço 
periodontal, a força tenta deslocar a raiz dentária contra o alvéolo, mas é impedida pelas fibras 
periodontais e pelo efeito hidráulico do fluido intersticial. Neste momento a carga é 
transferida para o osso alveolar, gerando nesse osso o chamado efeito piezoelétrico. O fluxo 
de elétrons se desloca na grade espacial cristalina sofrendo uma deformação. Esse fluxo cessa 
12 
 
imediatamente, mesmo que a força seja mantida, e novo efeito elétrico surgirá assim que a 
carga for retirada. Esse novo fluxo de elétrons ocorrerá em sentido oposto ao primeiro 
(PROFFIT, 2008). 
Estima-se que os dentes se movimentem 0,8 a 1,2 mm por mês quando forças 
ortodônticas contínuas são aplicadas. (SAMUELS et al., 1993). 
As células ósseas, quando estimulada, como em situações de hipóxia, compressão mecânica, 
numa hiperfunção, ou num estímulo das forças ortodônticas, há uma liberação local excessiva 
desses mediadores. Dentre eles estão as citocinas, os fatores de crescimento, o óxido nítrico, 
estrógenos, prostaglandinas e leucotrienos. Dessa forma o estímulo físico se transforma em 
resposta celular e leva a reabsorção e aposição óssea. (RAMOS et al, 2005) 
As células que executam essa resposta notável estão distribuídas por todo o osso e 
cada um é especializado para executar funções específicas necessárias para detectar a força 
magnitude e direção, recrutar células que reabsorvem o osso em locais específicos e células 
para depositar nova matriz óssea e promover a mineralização que irá suportar força mecânica 
(ALANSARI, Sarah et al, 2015) 
A resposta biológica desempenha um papel central no controle do movimento 
dentário ortodôntico - a taxa de reabsorção óssea na direção do movimento determina a taxa 
de movimentação dentária. A reabsorção óssea, por sua vez, é controlada pela taxa de 
formação de osteoclastos. Os eventos que levam à formação de osteoclastos nos estágios 
iniciais do movimento dentário enfatizam a importância das citocinas e quimiocinas 
inflamatórias (KRISHNAN V. et al, 2006 e IWASAKI LR et al, 2009) nesse processo. 
 
2.3 Métodos aceleradores 
 
Para utilizarmos das técnicas de aceleração do tratamento ortodôntico, devemos 
entender a biologia do movimento dentário. Sabe-se que a movimentação dentária é 
controlada pela taxa de reabsorção óssea, que turno é controlado pela atividade dos 
osteoclastos. Portanto, para aumentar a taxa de dente movimento, os osteoclastos devem ser o 
alvo do tratamento. (ALANSARI, Sarah et al, 2015) 
Conforme o autor, os processos de remodelação óssea começam quando uma força 
ortodôntica é aplicada sobre o periodonto, o que, por sua vez, gera resposta inflamatória 
asséptica no local. Essa inflamação altera a homeostase e a microcirculação do LP, criando 
áreas de isquemia e vasodilatação, o que resulta na liberação de vários mediadores biológicos, 
13 
 
como citocinas, quimiocinas, fatores de crescimento, neurotransmissores, metabólitos do 
ácido araquidônico e hormônios.
 
(KRISHNAN V. et al, 2009) 
Segundo as teorias sobre a biologia do movimento dentário, o estresse de compressão 
gerado na direção de o movimento dentário estimula diretamente os osteoclastos e o estresse 
de tensão no lado oposto a direção do movimento dentário estimula diretamente os 
osteoblastos. Sob esta suposiçãoos osteócitos podem desempenhar um papel significativo 
pela coordenação da atividade osteoclástica e osteoblástica (ALANSARI, Sarah et al, 2015) 
 Portanto, quando o osso alveolar recebe estímulos a ser reabsorvido por meio de uma 
força ortodôntica, uma sequência de eventos é iniciada e, em última análise, resulta em 
recrutamento, diferenciação, ativação e manutenção de osteoclastos em locais de remodelação 
óssea. O processo de osteoclastogênese começa com a divisão de células-tronco e a 
proliferação de células precursoras de osteoclastos em tecidos hematopoiéticos (medula óssea, 
baço, fígado e sangue periférico). O segundo passo é a migração das células para os locais de 
reabsorção óssea, onde elas serão diferenciadas e ativadas. A eficiência do movimento 
dentário está diretamente ligada, quantitativa e qualitativamente, ao recrutamento, 
diferenciação, ativação e manutenção dessas células nesses locais. (YAMAGUCHI M, 2009) 
Os tratamentos ortodônticos dependem da renovação do tecido ósseo, que pode ser 
afetada pelo consumo de várias substâncias e drogas. Pode-se estimular a biologia do tecido 
celular com os métodos de movimento dentário acelerado nas seguintes categorias: 
A. Métodos farmacológicos 
B. Métodos cirúrgicos 
C. Métodos Físicos (ANAND K. P. & AMRIT S. M., 2018) 
 
2.3.1 Métodos Farmacológicos 
 
Forças ortodônticas causam um movimento fluido no espaço do ligamento 
periodontal e distorção da matriz e células. Há liberação de moléculas que iniciam a 
remodelação óssea para o movimento dentário (KRISHNAN V. et al, 2006) 
 Os métodos farmacológicos sao denominados de biomoduladores, e compreendem 
tais substâncias: 
 Prostaglandina E2 e Prostaglandina E1; 
 Osteocalcina; 
 1,25-Di-hidroxicolecalciferol (Vitamina D) 
14 
 
 Paratormônios 
 
2.3.1.1 Prostaglandinas 
 
Segundo (COCHRAN, 2008), prostaglandinas são substâncias que amplificam a 
resposta inflamatória, estimulam a produção de quimiocinas e enzimas líticas e, aumentam o 
número de osteoclastos. 
 Estudos indicam que as prostaglandinas aumentam o número de osteoclastos, bem 
como estimulam a diferenciação de células osteoblásticas e a formação de novos ossos. (Patil 
AK et al, 2013) 
Uma das propriedades mais importantes das prostaglandinas e de estimular tanto a atividade 
osteoclástica quanto a osteoblástica, fazendo isto apropriadamente como mediador do 
movimento dentário. (BERTHOLD T B. et al, 2010) 
 Spielman et al (1989), realizaram um estudo preliminar em 5 pacientes , com o 
objetivo comum de avaliar o efeito da Prostaglandina na movimentação dentária. O método 
consistiu na administração local de anestesia 0,1 mL de solução de PGEt a 0,01% (p / v) em 
soro fisiológico injetado sob o mucoperiósteo palatino do dente e 0,1 mL de solução salina 
palatal no dente colateral. Foram aplicadas forças com a mesma magnitude e intensidade em 
ambos os lados da arcada superior. As injeções foram repetidas em intervalos semanais. Em 
média, os dentes experimentais moveram-se três vezes mais rápido do que os dentes controle 
sem quaisquer alterações patológicas. (Spielmann T. et al, 1989) 
 As pesquisas mostraram não haver quaisquer efeitos macroscópicos adversos na 
gengiva tecido ou osso alveolar. Os pacientes avaliados relataram apenas dor leve relacionada 
ao movimento dentário. (YAMASAKI K. et al, 1984) 
 
2.3.1.2 Osteocalcina 
 
A proteína osteocalcina é um marcador de formação óssea secretada pelas células 
osteoblásticas e tem seu papel na mineralização e homeostase de íons cálcio. (ANBINDER, 
A. L. et al, 2006) 
Essa substância tem uma grande capacidade de associação ao cálcio, devido a isso, é 
considerada um regulador negativo para a formação óssea (HAUSCHKA et al, 1975 e 
PRICE, P. A. et al, 1985) 
15 
 
 Devido à capacidade da osteocalcina de induzir a maturação de osteoclastos, então o 
uso deste peptídeo deveria ser praticável na terapia ortodôntica. (KOBAYASHI, Y. et al, 
1998) 
Hashimoto et al. (2001) concordam com esta teoria, ressaltando que com uma única 
administração dessa substância, no estágio inicial do tratamento ortodôntico, seja suficiente, 
podendo se considerar seu uso terapêutico, com benefícios tanto para o paciente, como para o 
ortodontista. 
 O uso terapêutico da osteocalcina como influenciador do movimento dentário, deve 
ser considerado na clínica ortodôntica, uma vez que os efeitos desta proteína limitam-se 
somente a remodelação do tecido ósseo adjacente a sua aplicação. (RAMOS, L. V. T. et al, 
2005) 
 
2.3.1.3 Vitamina D 
 
 Em relação à utilização destes medicamentos no controle da movimentação dentária 
induzida, (COLLINS, M. K.; SINCLAIR, P. M 1988) demonstraram que a administração 
tópica de 1,25-diidroxicolecalciferol aumenta o grau do movimento, sem efeito colateral 
bioquímico, microscópico ou clínico aparentes. Os resultados microscópicos revelaram 
reabsorção frontal dos ossos alveolares, com a presença de numerosos clastos mononucleados 
e células precursoras clásticas. 
 Estudos concluíram que a vitamina D esta intimamente ligada ao metabolismo do 
tecido ósseo, pois seus metabólitos ativos são os únicos hormônios conhecidos capazes de 
controlar a absorção de cálcio pelo organismo. A vitamina D é hidroxilada no fígado e 
posteriormente transformada no rim, somente assim ela ajudará no transporte intestinal de 
cálcio (RAMOS, L. V. T. et al, 2005) 
 Outros resultados mais esclarecedores foram observados por Baran et al (1996), 
sugerindo que a vitamina D, além de aumentar a reabsorção óssea, estimula a aposição óssea 
no lado de tensão. 
 
2.3.1.4 Paratormônios 
 
 A forma de ação do hormônio paratireóideo (PTH) e de atuar diretamente nos 
osteoblastos e nos osteoclastos. Isso faz com que a expressão de insulina como fator de 
crescimento. Há uma promoção da sobrevida de osteoblastos, osteoblastogênese e receptor 
16 
 
ativador para o fator nuclear κ ligando B (RANKL), que induz a ativação das células 
osteoclasticas (KOUSKOURA T. et al, 2017). O Paratormonio facilita a remodelação 
estrutural óssea em tratamento intermitente, aumentando as atividades dos osteoblastos e 
osteoclastos . (Li F et al, 2013) 
 Estudos demonstrativos sobre à influência do hormônio da paratireoide, o 
paratormônio (PTH), na movimentação dentária induzida, Soma et al. (2000) realizaram dois 
experimentos, verificando que o PTH aplicado localmente na área de atuação de força do 
aparelho ortodôntico causava um aumento na velocidade da movimentação dentária. Já nas 
infusões intermitentes, não houve diferenças entre os grupos tratados com PTH e o grupo 
controle. Os autores concluem que o paratormônio liberado localmente e continuadamente in 
situ durante o movimento ortodôntico apresenta perspectiva terapêutica e mais uma 
alternativa na agilidade do tratamento ortodôntico. 
Quando utilizado de forma sistêmica, as infusões de Paratormônio não causam 
diminuição na massa mineral óssea corpórea comparado ao grupo controle. E o grupo de 
injeção local de PTH causou um aumento acentuado na medição mineral óssea e níveis de 
fosfatase alcalina comparado aos GC 40 e de infusões, indicando que as injeções de PTH 
causam efeitos anabólicos sobre o metabolismo ósseo estimulando a formação de osso sem 
causar qualquer aumento da reabsorção óssea osteoclástica. Em cima deste dado, Soma et al. 
(2000) afirmam que a administração de PTH também pode ser aplicável para melhor retenção 
e estabilização após a MDO. 
Avaliando-se a reabsorção radicular da região envolvida, foi observado que a infusão 
de PTH parece estimular a remoção de tecido necrótico do periodonto comprimido. É sob este 
tecido necrótico que inicia a reabsorção radicular. Assim a administração contínua de PTH 
provavelmente irá reduzir a incidência de reabsorção radicular durante o Tratamento 
Ortodôntico (SOMA et al., 1999). 
 
2.3.2 Métodos Cirúrgicos 
 
 São métodos alcançadosa partir do acesso cirúrgico do osso cortical, o dano causado 
potencializa a reorganização e a cicatrização do tecido por um surto transitório de 
remodelamento localizado dos tecidos duros e moles (Frost HM, 1989) 
• Corticostomia 
• piezocisão 
• Micro-osteoperfurações 
17 
 
2.3.2.1 Corticotomia 
 
 O fenômeno aceleratório regional (RAP) é uma reação localizada natural dos tecidos 
moles e duros em resposta a uma lesão e está associada ao aumento da perfusão, renovação 
óssea e diminuição da densidade óssea. (GANTES B et al, 1990) 
 O movimento dentário induzido, acaba sendo mais rápido em osso alveolar menos 
denso, que é rapidamente remodelado pelas mesmas razões que o movimentação dentária é 
mais rápida em crianças em crescimento do que em adultos. (BUSCHANG PH et al, 2012) 
 Em seus trabalhos Wilcko et al. (2001; 2009) observaram que a aceleração da 
movimentação dentária seria pelo aumento do metabolismo ósseo com diminuição da 
densidade óssea provocada pelo trauma cirúrgico e não pela facilidade de movimentação dos 
blocos ósseos. (WILCKO et al, 2001; 2009) 
 A corticostomia consiste em uma incisão cirúrgica que perfura apenas a porção 
cortical do osso alveolar, obtendo mínimo desgaste do osso medular que pode ser observado 
na figura 4 (OLIVEIRA, 2006). 
 Fischer (DOMÍNGUEZ A. et al, 2010) analisou a eficácia da corticotomia 
comparando seis pacientes consecutivos com caninos impactados bilateralmente. Um canino 
foi cirurgicamente exposto usando uma técnica cirúrgica convencional, enquanto o canino 
oposto foi exposto usando a técnica assistida por corticotomia. Os resultados mostraram uma 
redução no tempo de tratamento de 28% a 33% para os caninos assistidos pela técnica da 
corticotomia. 
 Segundo o autor, esta janela de oportunidade de acelerar o movimento do órgão 
dental, é limitada a 2-3 meses, nos quais 4-6 mm de movimento dentário podem ser esperados 
(o dobro da taxa normal). (BUSCHANG PH. et al, 2012) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
Figura 1 – Corticotomia realizada em região de molares superiores 
 
Fonte: Oliveira et al., 2010 
 
Figura 2 – Corticotomia realizada para auxiliar na intrusão do elemento 16 
 
Fonte: Oliveira et al., 2010 
 
 
 
19 
 
2.3.2.2 Piezoencisão 
 
Com a característica de promover invasividade mínima, a piezocisão é mais viavel 
para aplicação clínica do que a corticotomia convencional e tem sido extensivamente 
investigada. Um estudo recente em animais revelou que a piezocisão poderia provocar a 
desmineralização do osso alveolar e o recrutamento de osteoclastos, facilitando assim a 
movimentação dentária. (DIBART S. et al, 2014) 
 Um estudo propôs o uso de uma ponta piezelétrica em vez de uma broca cirúrgica de 
alta velocidade para diminuir o trauma cirúrgico e ainda conseguir um movimento dentário 
rápido. Devido ao seu corte micrométrico e seletivo, os dispositivos piezoelétricos têm 
afirmado produzir incisões no tecido ósseo mais seguras e precisas sem danos 
osteonecróticos. (KOTRIKOVA B. et al, 2006) 
 Dibart e colaboradores em 2013 mostraram que houve um aumento na taxa de 
movimento dentário em seu estudo com animais e estudos preliminares em humanos estão 
sendo realizados para correlacionar com os estudos em animais (HERNANDEZ-ALFARO F. 
et al, 2012) 
 A "Ortodontia cirúrgica" como é denominada também a técnica Piezoelétrica, será 
imensamente beneficiada por esse novo dispositivo de corte. A técnica de deslocamento 
dentário monocortical consiste na movimentação ortodôntica convencional associada a cortes 
ósseos microcirúrgicos ao redor dos dentes a serem movimentados, eliminando a resistência 
da cortical óssea, diminuindo o tempo de tratamento ortodôntico em até 60% a 70%. Com a 
microserra piezelétrica estas corticotomias podem ser realizadas com precisão micrométrica
 
(VERCELLOTTI, T. et al, 2007) 
 
2.3.2.3 Microosteoperfurações 
 
Foi desenvolvida uma nova técnica para atenuar ainda mais a quantidade de natureza 
invasiva da intervenção cirúrgica, o método foi denominado micro-osteoperfuração (MOP). 
Consiste em um procedimento no qual pequenas perfurações do tamanho de orifícios são 
criado dentro do osso alveolar ao redor da dentição. Isso inicia a liberação de citocinas para 
atrair os osteoclastos para aumentar a reabsorção óssea. Assim, a aceleração do movimento 
dentário ocorre durante o tratamento ortodôntico. (SANGSUWON C. et al, 2018) 
20 
 
O dano ósseo causado pelos cortes do sistema piezelétrico, gera uma 
desmineralização óssea transitória e aumento do metabolismo ósseo, podendo diminuir para 
níveis normais após um determinado período (BUSCHANG P. et al, 2012) 
 Os MOPs podem ser incorporados na rotina mecânica ortodôntica e em diferentes 
estágios de tratamento, facilitando o alinhamento e movimento, redução e possibilidade de 
raiz reabsorção, estimulando a remodelação óssea de alvéolo deficiente e reduzindo o pressão 
sobre as âncoras. Por isso, o MOP é um procedimento prático, minimamente invasivo e 
seguro que pode ser repetido conforme necessário para maximizar a resposta biológica às 
forças ortodonticas. (MANI A. et al, 2015) 
Conforme o estudo de Teixeira et al em 2010, e os resultados de estudos clínicos e 
animais demonstraram que o sistema PROPEL usando a técnica de microperfuração óssea 
reduz o tempo de tratamento ortodôntico em 50% -60% ou mais em combinação com 
qualquer tipo de força ortodôntica induzida. (Teixeira CC et al, 2010) 
 
Figura 3 – Técnica de microosteoperfurações 
 
Fonte: Sangsuwon et al., 2018. 
 
 
 
21 
 
Figura 4 – Contra ângulo específico realizando as microosteoperfurações 
 
Fonte: Sangsuwon et al., 2018 
 
2.3.3 Métodos Físicos 
 
Apesar de todas as tentativas de tornar os métodos cirúrgicos minimamente 
invasivos, eles ainda permanecer como um procedimento traumático. Isso levou a descobertas 
em outras ferramentas que podem acelerar movimento dentário durante o tratamento 
ortodôntico. (DOMÍNGUEZ A. et al, 2014) 
Os dois métodos físicos mais comuns usado nos dias de hoje são: 
 • terapia a laser de baixo nível 
 • estímulo vibratório 
 
2.3.3.1 Terapia a Laser 
 
Em sua obra publicada em 2012, Garcez, Ribeiro e Núñes trazem diversos meios de 
utilizar a Terapia de Laser de Baixa Potencia (TLBP) em benefício do paciente em tratamento 
odontológico. Este livro referencia vários estudos realizados com TLBP, tanto in vitro, quanto 
em animais e humanos, a fim de acelerar o Tratamento Ortodôntico. Os trabalhos relatados 
diferem com relação ao comprimento de onda, à energia da luz aplicada, forma de aplicação e 
número de aplicações. (GARCEZ, A. et al, 2012) 
22 
 
 Estes efeitos de estimuladores obtidos com a terapia a laser devem-se a sua 
capacidade de acelerar as alterações metabólicas, (Kasai, S. et al, 1996 e KARU, T., 1988) no 
tecido ósseo, para promover reabsorção óssea e neoformação mais rápidas, ambos necessários 
para induzidor o mevimento dentário por meio da ortodontia. 
 Segundo Dominguez et al em 2010 em um prospectivo estudo de corte, em uma 
amostra de 45 pacientes, com idade de 20 a 30 anos e com apinhamento de 5mm. O grupo 
experimental foi irradiado em cada consulta a 1 mm da mucosa nos lados vestibular e 
palatino, seguindo o longo eixo do dente por 22 segundos em cada superfície. O grupo 
controle não recebeu irradiação com laser. A unidade de medida utilizada foi dias de 
tratamento, a dosagem e parâmetros de irradiação foram: 830 nm, 100 mW, densidade de 
energia 80 J / cm2, um ponto de laser ativo de 0,028 cm2 e a energia foi de 2,2 J. Estes 
parâmetros permitiu uma redução de 30% no grupo tratado com a Terapia a Laser de Baixa 
Potência (TLBP) durante o tempo total de tratamento. 
 
Figura 5 – aplicação de laser de baixa frequência 
 
Fonte: Pinheiro et al., 2015 
 
2.3.3.2 Estimulo Vibratório 
 
Dr. Jeremy Mao, em 2000, conduziu os primeiros estudos com animaisbaseado na 
aplicação de forças cíclicas (vibração) para mover os dentes mais rapidamente, os quais 
serviram como base para a investigação científica nesta área (LOWE et al., 2014). 
23 
 
Trata-se de uma outra metodologia sugerida para aumentar a taxa de movimentação 
dentária, que é a aplicação de forças de baixa magnitude de alta frequência. (ANGELI A. et 
al, 2002) 
Este dispositivo produz forças cíclicas para mover os dentes dentro do alvéolo 
através da remodelação óssea acelerada (KAU CH et al, 2010) 
 Em seu estudo sobre a eficácia do sistema, o autor selecionou 14 pacientes. Foram 
analisados 11 pacientes durante a fase de nivelamento e alinhamento e 3 pacientes na fase de 
fechamento de espaço. Os resultados de ambos os estudos estavam dentro da faixa de 0,526 
mm de movimento por semana usando Acceledent tipo I por 20 min por dia durante 6 meses 
consecutivos. Boa conformidade e satisfação do paciente foram observados. (KAU CH et al, 
2010) 
 
Figura 6 – dispositivo de movimento vibratório 
 
 
Fonte: Shipley, 2016 
 
 
 
 
 
 
24 
 
Figura 7 – Dispositivo de baixa frequência (30 Hz; .25N) 
 
Fonte: Brigham,2016 
 
Figura ? – dispositivo de alta frequência (120 Hz; 0,3 g) 
 
 
Fonte: Brigham,2016 
 
 
 
 
25 
 
4. DISCUSSÃO 
 
Uma das principais controvérsias na biologia do movimento dentário é a relação 
entre a magnitude da força e a taxa de movimentação dentária. Muitos demonstraram que a 
aplicação de forças superiores não aumenta a taxa de movimento dentário (QUINN RS et al, 
1985 e REN Y et al, 2004) e outros argumentam o contrário. 
Este trabalho teve como objetivo principal, demonstrar os recursos que o profissional 
da ortodontia tem de diminuir o tempo de tratamento dos seus pacientes. Foi feita a 
apresentação destes meios disponíveis, bem como sua técnica de uso e aplicação. Cabe ao 
Ortodontista conhecer a fundo esses recursos e avaliar se é viável seu uso no cotidiano do seu 
consultório, bem como se o paciente em tratamento é candidato ao uso de tais procedimentos. 
(Rafael et al) 
Experimentos que foram utilizadas aplicações de prostaglandina, têm mostrado 
significante diminuição no número de osteoclastos, mas em nem todos estes experimentos 
ocorre uma diminuição na movimentação dentária, confirmando que as prostaglandinas não 
são os únicos mediadores da inflamação associada à movimentação dentária induzida
 
(SANDY, J. R. et al, 1993 e , WONG, A. et al, 1999). 
Leiker
 
(1985) concorda com os autores citados, quando afirmam que a aplicação 
local de PGS aumenta a tendência à reabsorção radicular, acrescentando, ainda, que quanto 
maior a dose e o número de aplicações, maior a tendência à reabsorção, mas discorda deles 
em relação ao número de aplicações e eficácia, afirmando que a aplicação de prostaglandina 
mesmo numa baixa concentração e numa única dose já é efetiva na aceleração do movimento 
dentário. 
Os relatórios humanos de Yamasaki et al (1984) e Anand et al (2005) demonstraram 
aumento da taxa de movimento ortodôntico com injecções exógenas de PGE2. Estudos 
indicam que as prostaglandinas aumentam o número de osteoclastos, bem como estimulam a 
diferenciação de células osteoblásticas e a formação de novos ossos. 
Gantes et al (1990) mostraram em 5 pacientes que o procedimento de corticotomia 
causou mudanças mínimas no aparato de inserção periodontal. O procedimento cirúrgico 
incluiu incisões intracreviculares e elevação dos retalhos mucoperiosteais vestibulares e 
linguais. 
Esta técnica cirúrgica inclui a reflexão gengival seguida de uma decorticação parcial 
das placas corticais que terminam com o fechamento primário do retalho. Foram relatados 
26 
 
tempos de tratamento significativamente reduzidos usando este procedimento com reduções 
de 75% a 80% dos tempos de tratamento de rotina. (WILCKO WM et al, 2001) 
Na avaliação das taxas de movimentação canina, a extrapolação das velocidades 
revela que os caninos assistidos por corticotomia se movem a uma taxa de 1,06 mm / mês 
contra 0,75 mm / mês para os caninos convencionais. Essas velocidades são clinicamente 
significativas e estatisticamente significativas. Dado que o procedimento de corticotomia 
reduz a massa óssea ao redor do dente canino e reduz o osso em seu caminho, menos 
reabsorção celular seria necessária, talvez permitindo um movimento dentário mais rápido. 
(FISCHER T J, 2006) 
Em estudo anterior realizado por Teixeira et al (2010) a movimentação dentária 
ortodôntica no 28º dia após três microosteoperfurações com cirurgia de retalho em ratos 
experimentais foi 2,13 vezes mais rápida que no grupo controle. Baloul et al (2011) relataram 
que o movimento dentário foi 1,3 vezes mais rápido no dia 42 após 10 microosteoperfurações 
com elevação do retalho em ratos. 
A retração dos caninos foi investigada ao longo de um período de 16 semanas de 
observação, o que constituiu apenas uma pequena parcela do tratamento global para esses 
casos de extração. Com base nos resultados atuais, não é possível comentar sobre o potencial 
efeito da MOP durante o alinhamento ortodôntico ou outras etapas do tratamento. Se for 
assumido que a resposta biológica aos diferentes tipos de movimento dentário é semelhante e 
que a resposta global não é influenciada pelos intervalos de MOP, extrapolar esses achados 
para uma duração média de tratamento de 18 meses sugere uma possível redução no tempo de 
tratamento de até 30%. No entanto, isso é altamente especulativo e precisaria ser comprovado 
com mais evidências de estudos prospectivos que investigam o efeito da MOP durante todo o 
período do tratamento (DIBIASE AT et al, 2011 e 2018) 
Em sua pesquisa utilizando ultrassom, Gandini et al (1994) obtiveram melhores 
resultados no grupo experimental. A principal característica observada foi que o experimental 
denotou um tecido ósseo metabolicamente ativo e íntegro. Em comparação ao grupo controle, 
a quantidade de células no interior da matriz óssea e a proliferação capilar foram mais 
evidentes. Outro aspecto diferencial foi a maior quantidade de osteócitos nas áreas de tensão 
periodontal, também no grupo experimental. A presença de muitos poros vazios no osso, 
próximos à crista interdentária do grupo controle, confirmam o efeito do ultrassom como um 
estimulador da vascularização. 
Combinada com o planejamento adequado do tratamento e uma boa compreensão 
dos eventos biológicos envolvidos, esta nova técnica pode manipular localmente o 
27 
 
metabolismo ósseo alveolar, a fim de obter resultados ortodônticos rápidos e estáveis. A 
piezocisão permite a rápida correção de más oclusões severas sem os inconvenientes dos 
procedimentos convencionais de corticostomia traumática. Os relatórios anteriores e os 
publicados em 2011 são séries de casos ou relatos de casos únicos ( 
4º
 nível de evidência) que 
concluem que a piezocisão é uma terapia eficaz para reduzir o tempo de tratamento quando 
comparado com tratamentos como Invisalign (SEBAOUN JD et al 2011 e KESER EI et al, 
2011) 
Charavet et al (2016) investigou o efeito da piezocisão em todo o tratamento de 
pacientes com leve apinhamento e revelou que a duração foi reduzida em 43% no grupo 
piezocisão ( P < 0,0001). 
Este estudo teve como objetivo avaliar a eficácia da TLBP na aceleração do 
movimento dentário ortodôntico para nivelamento e alinhamento dos casos de apinhamento 
dentário. Descobrimos que a TLBP acelerou o nivelamento e o alinhamento e reduziu o tempo 
total necessário para alcançá-lo em 26%. (CHARAVET et al 2016) 
Recentemente, mais atenção foi dada ao possível efeito da terapia com laser de baixa 
intensidade (TLBP) na taxa de movimento dentário. TLBP é um tratamento que usa lasers de 
baixo nível ou diodos emissores de luz para alterar a função celular. TLBP é controverso na 
medicina, com pesquisas em andamento para determinar se há um efeito demonstrável. 
Também são disputadas a dose, o comprimentode onda, o tempo, a pulsação e a duração 
(BLECHMAN, AM, 1998). Os efeitos de A TLBP parece estar limitada a um conjunto 
especificado de comprimentos de onda (TENGKU BS et al, 2000) e a administrar TLBP 
abaixo de um intervalo de dose não parece ser eficaz (STARK TM et al, 1987). 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Os métodos para aceleração de movimentação ortodôntica apresentados parecem ser 
eficazes na aceleração do movimento dentário, porém ainda é necessário maior embasamento 
científico para investigar o quanto esta aceleração representaria no tempo total de tratamento. 
 Bem como sua aplicabilidade clínica, pois são métodos invasivos e traumáticos que 
na maioria das vezes não são aceitos pelo paciente em tratamento. São métodos terapêuticos 
que vem para somar ao tratamento ortodôntico tradicional, e, cabe ao profissional capacitado, 
juntamente com o paciente, decidir qual é a melhor conduta a ser tomada no inicio do 
tratamento. Nenhum método apresentado, apresenta eficácia se não houver um bom 
planejamento inicial do caso a ser tratado pelo Ortodontista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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