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Aula 1 - Conceitos Gerais de Anestesiologia

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Conceit�� Gerai� d� Anestesiologi�
O que é Anestesia?
Conceitos Gerais
● Objetivo:
➔ Hipnose + Amnésia
➔ Analgesia + Bloqueio do Reflexo
Autonômico
➔ Imobilidade: em alguns tipos de
cirurgia é extremamente importante.
- Nem sempre o paciente precisará dormir, por
exemplo, como ocorre na cesariana.
- Bloqueia o simpático para não sentir dor → SEMPRE!
- Paciente começou a ficar taquicárdico, hipertenso →
provavelmente o paciente está com consciência ou dor
(mais provável) → então, tem que aumentar
anestésicos, principalmente opióides.
- Hipotensão: para de dar estímulo em seu corpo.
- Parar o estímulo doloroso, pouco estímulo e manter
os níveis anestésicos altos, com isso, o paciente fará
hipotensão.
ÁREAS DE ATUAÇÃO
- A anestesia é a medicina perioperatória - acompanha
o pacientes antes, durante e depois. Nas primeiras 24 a
48 horas pós- operatório está correlacionado com a
qualidade da anestesia, com a qualidade da estratégia
anestésica e mortalidade do paciente (sobretudo nas
primeiras 24 horas).
● Anestesiologia:
➔ Ambulatorial (CC e exames)
➔ Hospitalar
➔ Pediatria (R4)
➔ Obstetrícia
➔ Cardio/Tórax (R4)
➔ Neuro (Fellow)
➔ Transplantes (Fellow)
➔ Anestesia Regional (Fellow)
● Avaliação Pré Anestésica:
➔ Consultório/ Ambulatório
➔ Internação
● Cuidados Paliativos
➔ Hospitalar: PS, interconsultas,
internações, queimados.
➔ Consultório/Ambulatório
➔ Domiciliar
● Terapia Intensiva:
➔ *Pré Requisito para residência
➔ Plantões/Diarista
➔ UTI geral/Pós OP
● Pré Hospitalar:
➔ Habilidades Frequentes
● Terapia Antálgica:
➔ Dor Aguda:
❏ VO/EV
❏ Bloqueios
❏ PCA: venosa/peridural -
bomba de infusão contínua;
tem a opção de o próprio
paciente injetar a droga nele,
mas tem um controle.
➔ Dor Crônica:
❏ Bloqueios
❏ VO
➔ Terapia Antálgica - VO:
❏ Metadona: similar morfina (até
10 mg 4- 4h)
- Duração maior do que a morfina e não depende muito
de função renal.
- Metadona: 5% metabolizada pelos rins.
- A morfina é excluída/metabolizada pelos rins.
Paciente com insuficiência renal não pode dar morfina
em alta dose.
❏ Morfina: 3mg VO= 1mg EV
❏ Gabapentina
❏ Anti Depressivos
❏ Laxantes: opióide constipa
muito.
- 3 últimos associados para pegar em outros
receptores e otimizar o que está usando.
- Pode servir como controle → para ter noção da
demanda do paciente.
- Morfina como padrão. E, após escalona para um ou
para outro.
- Sufentanil: mais potente que morfina.
- Tramadol: opióide fraco.
-Dentro da terapia antálgica ainda pode ser feito os
bloqueios.
TIPOS DE ANESTESIA
- Pode, às vezes, associar as anestesias.
● Local:
➔ Bupivacaína
➔ Levobupivacaína
➔ Ropivacaína
➔ Lidocaína S/V
➔ Lidocaína C/V
- Se colocar diretamente no plexo braquial consegue
um bloqueio de membro superior.
- Dependendo de onde colocar o anestésico local vai
servir para fazer um bloqueio de MMSS, MMII, tórax,
pelve, raqui ou peridural.
● Sedação:
➔ VO
➔ EV (mais comum)
● Anestesia Regional (Bloqueios):
➔ MMSS/MMII
➔ Cabeça/Pescoço/Tórax/Pelve
● Anestesia Regional (Neuroeixo):
➔ Raquianestesia
➔ Peridural
➔ Raqui + Peridural
● Anestesia Geral:
➔ Inalatória
➔ Balanceada
➔ Venosa Total
- Nada impede que faça um bloqueio e faça uma
anestesia geral → anestesia mista (anestesia
associada).
- Cada caso tem suas indicações e contraindicações,
mas tem casos que podem ser a gosto do médico.
SEDAÇÃO
● **Indicações:
➔ Associado a outras técnicas
➔ Preferencialmente procedimentos
rápidos.
➔ Procedimentos com pequeno estímulo
doloroso
➔ Preferencialmente DDH (barriga para
cima)/Evitar Sedação Ventral
- Quando se faz uma sedação, pode ocorrer de
ultrapassar o limite do paciente, que é individual, que
depende de vários fatores (estímulo doloroso,
sensibilidade, peso, sexo, paciente etilista ou não,
volume sanguíneo, entre outros). Podendo ter a
necessidade de ventilar o paciente e, como ventilar o
paciente se ele estiver de barriga para baixo? Terá que
desvirar o paciente para ventilar.
● **Contra indicações Absolutas:
➔ Ausência de Jejum Adequado
- Jejum 8 horas de alimentos - tempo necessário para o
alimento deslocar, sair do estômago e não ter risco de
broncoaspiração.
- Quando ventila, o ar também vai para o esôfago e
consegue-se abrir o EEI, o que causa um
turbilhonamento do conteúdo do estômago, e assim
volta para a cavidade oral e o paciente broncoaspira
(pode dar uma pneumonia aspirativa- iatrogenia) - por
isso, é importante que o paciente esteja em jejum.
➔ Recusa do Paciente: paciente fala que
não quer dormir. Por exemplo, a
operação do tornozelo, que será raqui,
ele pede para não dormir.
● Propofol (mais comum- por ser procedimentos
mais curtos):
➔ Vantagens: meia vida curta,
disponibilidade, conforto
- Precisa de uma bomba de infusão com software
(consegue estimar o tempo de despertar do paciente)
para poder ser infundido e quando desligar, em torno
de 5- 10 min, o paciente estará despertando.
- Bom para procedimentos ambulatoriais, coisas mais
rápidas.
➔ Desvantagens: depressão respiratória,
hipotensão e dor a infusão.
- Na sedação, precisa que o paciente respire por si só.
- Cardiodepressor.
- Propofol até o paciente dormir, irá sentir muita dor -
propofol é muito gorduroso e essa gordura intravenosa
arde, então é muito desconfortável.
- Pode passar a lidocaína antes, mas não segura
bastante, pois segue para a corrente sanguínea.
Estratégia de garrote para segurar a lidocaína. Fazer 2 a
3 min antes para ter um efeito central, não só local.
➔ Dose:
❏ 0,5 - 1mg/kg - única injeção
❏ 100 - 200 mcg/kg/min -
bomba de infusão, contínuo
- NÃO DÁ ANALGESIA.
● Midazolam: NÃO DÁ ANALGESIA (receptores
GABA- hipnóticos).
➔ Vantagens: disponibilidade, amnésia
(utiliza para que o paciente apague
aquele momento, flashes daquele
momento perioperatório).
➔ Desvantagens: depressão respiratória
(mais importante que o propofol),
hipotensão (menos que o propofol),
duração (2 horas- momentos que o
paciente desperta), demência*
(benzodiazepínicos estão associados
à demência irreversível em idosos).
- **Tomar cuidado com pacientes idosos (acima de 65
anos). .
➔ Dose:
❏ 0,025 - 0,1 mg/kg EV (ajustar
dose crescente até efeito
desejado).
- Ajustar a dose até o efeito que se quer.
- Tomar cuidado em relação as ampolas de
apresentação diferente de midazolam: 3mL (15 mg, na
concentração de 5mg/ml→ mais clássica, geralmente,
utiliza em centro cirúrgico), 10 mL (concentração de
5mg/mL→ utiliza geralmente em UTI) e 5mL (5mg, na
concentração de 1mg/mL → menos comum).
● Fentanil: opióide mais potente que a morfina -
paciente relaxado, sensação de conforto, bem -
estar para o paciente.
➔ Vantagens: disponibilidade, analgesia
➔ Desvantagens: depressão respiratória,
hipotensão
- Pode levar à morte por insuficiência/depressão
respiratória.
- Vícios
➔ Dose: 25 - 100mcg
➔ Naloxone (Narcan): antagonista de
opióide.
● Ketamina: pega receptores GABA (seda) e
NMDA (analgesia).
- Sedação dissociativa: bloqueio no córtex do paciente
que fica totalmente travado; pode dá um pouco de
nistagmo, olhar fixo.
➔ Vantagens: analgesia (NMDA),
dissociação, pouca depressão
respiratória, broncodilatador
- Dificil deprimir o respiratório → só com altas doses.
- Quando seda não quer que o paciente pare de respirar,
não quer ambuzar o paciente.
➔ Desvantagens: sialorréia (aumento de
secreções), alucinações (relacionada a
animais; reduz as alucinações fazendo
benzodiazepínico)
➔ Dose: 0,2 - 0,5 mg/kg
● Dexmedetomidina (Precedex- NC):
- Alfa- agonista de ação central, seletivo, pegando
alfa1, pré- sináptico.
➔ Vantagens: sedação fisiológica, pouca
depressão respiratória, poupador de
anestésicos (usar uma dose mais
baixas dos outros anestésicos- pega o
melhor de cada um).
- Pode ser usado sozinho ou associado a outros.
➔ Desvantagens: custo, bradicardia
➔ Dose:
❏ Ataque: 1 mcg/kg em 10 - 20
min EV
❏ Manutenção: 0,2 - 0,7
mcg/kg/hr - bomba de infusão
para correr isso de uma forma
mais correta, mais precisa.
- Tem a opção de juntar a ketamina com precedex,
chamada de ketodex - mistura-se na hora, não vem
pronta.
- Ringer lactato e soro: os doisestáveis para diluir essa
droga.
Observação: o soro fisiológico acima de 1,5 L/dia é
veneno. Usa-se mais ringer lactato ou plasma light
(quase não disponível). Soro fisiológico - aumenta o
tempo de internação, aumenta a mortalidade em
paciente crítico, aumenta dificuldade de desmame do
ventilador mecânico, aumenta íleo paralítico, aumenta
acidose hiperclorêmica, o sódio aumenta muito com o
soro fisiológico. *Prestar atenção em paciente crítico!
● Diazepam:
➔ Vantagens: disponibilidade
➔ Desvantagens: duração prolongada,
depressão respiratória
➔ Dose: 0,1 - 0,2 mg/kg
Observação: droga de escolha para paciente
convulsionando é benzodiazepínico, diazepam (veia) ou
midazolam (melhor escolha para fazer IM).
● Droperidol:
- Antipsicótico de primeira geração.
- Parente do aldol.
- Seda bem o paciente.
➔ Vantagens: potente antiemético
➔ Desvantagens: aumento do intervalo
QT
➔ Dose: 0,01 - 0,05 mg/kg (máx. 0,1
mg/kg).
ANESTÉSICO LOCAL (AL)
● Ação: bloqueio da condução elétrica de
impulsos nervosos (bloqueador do canal de
Na++)
● **Grau de Bloqueio depende:
➔ Concentração da droga - potência da
droga
➔ Volume da droga
● **Evolução: T° (fibras térmicas → primeiras
fibras a ser anestesiadas) → propriocepção →
motor → dor aguda → toque leve
- Ex. anestesista testar uma raquianestesia, sobretudo
em cesariana - pergunta-se onde está mais gelado,
ombro- barriga. Joga éter que evapora muito rápido e
com isso rouba calor. Sabe que começa a funcionar a
raqui/bloqueio que ele fez quando começa a ter uma
alteração térmica.
- Cada anestésico local tem seu período de latência e,
seu período de latência em determinada região (se é
vascularizada ou não, ex. bloqueio de MMII tem um
período de latência menor, pois tem muito m. e muito
sangue; diferente de um bloqueio de MMSS que tem
menos).
● Aditivo (bombada de AL): adrenalina,
bicarbonato sódio, opióides, agonistas α2
adrenérgicos, corticoides (menos utilizado).
- Aumenta o tempo de duração do AL com a adrenalina,
pois faz uma vasoconstrição local, com isso faz com
que seja menos absorvido no corpo, ou seja, fica mais
onde deve ficar. Ex. bloqueio de plexo braquial -
lidocaína com adrenalina (epinefrina) irá conseguir uma
maior duração do bloqueio, pois irá demorar mais para
o anestésico ser absorvido, por causa da
vasoconstrição da adrenalina.
- Bicarbonato de sódio: serve para alcalinizar o meio e
AL SÓ PEGA EM MEIO ALCALINO. Torna propício o
meio para o anestésico funcionar.
- O alfa 2 agonista aumenta muito o tempo - por
exemplo, clonidina, que aumenta muito o tempo.
- Quando está inflamado o local, não se pega o AL. E, o
bicarbonato não ajudaria nesse caso, teria que fazer
um volume muito alto, distende a ferida, por isso, é
melhor procurar uma outra técnica anestésica.
- P. ex. paciente tem um abscesso e fará um
debridamento - o bloqueio local não irá funcionar;
pode-se tentar fazer um bloqueio de punho, pega a
inervação antes de chegar no local doloroso; pode
fazer um bloqueio de plexo braquial e anestesia todo o
braço e drena o abscesso.
● Uso Clínico do AL:
➔ Anestesia e analgesia regional (raqui
simples, raqui contínua e peridural)
➔ Anestesia Regional Intravenosa
(bloqueio de Bier- único bloqueio que
fazemos injetando na veia)
- O único anestésico local que pode direto na veia é a
lidocaína s/v (sem vaso/sem adrenalina [epinefrina]).
- Bloqueio de Bier: faz o garrote, injeta lidocaína, segura
o garrote; conseguindo pegar perinervo, por extravasar
do vaso, mas é uma anestesia muito fraca, sem
potência muito grande. Extravasa do vaso por estar
garroteado e acaba pegando os nervos periféricos.
➔ Bloqueio de Nervos Periféricos
(Simples ou Contínuos)
➔ Tópico (via aérea, olhos e pele)
➔ Bloqueio a Resposta a IOT
- EV para diminuir o reflexo da tosse da laringoscopia.
- Lidocaína é a mais comum. E, tem a lidocaína de
vários tamanhos, com vasoconstritor, sem
vasoconstritor (adrenalina), diferentes concentrações.
- Tem a ropivacaína, e bupivacaína.
- Tem que saber a dose tóxica.
- Ex. às vezes, quer que o paciente tenha um retorno da
motricidade rápido, então, se faz uma ropivacaína, pois
dá pouco bloqueio motor.
- A vantagem da lidocaína com vaso é que consegue
aumentar a dose tóxica dela, pois tem uma menor
reabsorção sistêmica, tem a vasoconstrição da
adrenalina; segura o anestésico local ali e ser menos
absorvido pelo sistema/vasos. Consegue aumentar a
duração dela. Mas, tem a desvantagem de usar a
adrenalina, pois se pegar um vaso irá causar
taquicardia, aumenta a pressão, FC, terá esse risco.
- Adrenalina em periferia e os outros anestésicos em
periferia (dedos, nariz, orelha, pênis) pode levar a
necrose. Como alternativa para fazer o bloqueio nesses
lugares tem que fazer a lidocaína s/v.
Intoxicação AL
● Raro, grave e potencialmente fatal
● 1°SNC:
➔ Premonitórios: disartria, zumbidos,
gosto metálico, dormência perioral
➔ Sintomas: convulsão > agitação >
sonolência.
● 2°Cardiovascular: bradicardia + hipotensão >
Arritmias > PCR (ritmos desfibrilháveis >
assistolia/ aesp)
*Taxa de Reabsorção Sistêmica: EV > Traqueal >
Caudal > Epidural > Plexo Braquial > Plexo Ciático >
Intratecal > SC.
- Depende muito onde injeta o AL.
- EV será muito maior a taxa de absorção do que
subcutâneo.
● Fatores de Risco:
➔ Extremos de Idade
➔ Gestantes
➔ Insf. Renal e Hepática
➔ Uso de β- bloqueadores e
antiarrítmicos
- Depressores do miocárdio, em termos de segurar a
frequência e de favorecer a intoxicação por AL. São
bloqueadores de canais de Na, mas a lidocaína é um
antiarrítmico (classe IB), se tiver uma intoxicação de
lidocaína, se utilizar outros antiarrítmicos pode piorar a
intoxicação por AL.
➔ Arritmias Prévias: já tem uma
suscetibilidade para intoxicação de
anestésico local.
➔ Aumento ou diminuição do DC
➔ Acidose
➔ Hipoxemia
- Favorecem a intoxicação do AL.
● Início:
➔ Intravascular Contínuo: < 60 segundos
➔ Intravascular Intermitente/ músculos:
1- 5 min
➔ Geralmente até 15 min - mas, depende
do quão invasivo foi.
- Se injetar diretamente no vaso - menos de 1 min o
paciente terá sinais e sintomas por intoxicação de AL.
➔ Máximo: 60 min
● **Prevenção:
➔ Não existe única medida isolada que
evite!
➔ Bloqueios guiados por USG (classe 1,
NE B)
- Com o US consegue-se ver o anestésico se
dissipando. Se banhou todo o nervo, não precisa de
uma maior quantidade de anestésico local.
➔ Usar a menor dose efetiva de AL
(classe 1, NE C)
➔ Injetar de 5-5 mL com pausa de 15-30s
(classe 1, NE C) - injeta aos poucos.
➔ Aspirar agulha e cateter antes de cada
injeção (classe 1, NE C)
- Injeta um pouco - aspira, injeta um pouco - aspira -
para verificar se não injetou dentro do vaso.
(Falso Negativo 2%)
➔ Se utilizar dose próxima a tóxica:
adrenalina.
➔ Utilizar peso ideal (classe I, NE C) e
não o peso real.
➔ Evitar sedação profunda (esperar
feedback do paciente).
● Tratamento:
➔ Parar a injeção imediatamente
(vascular ou sintomas)
➔ Ajuda + KIT intoxicação por AL (tem
que ter obrigatoriamente em cada
centro cirúrgico)
➔ Imediato manuseio de VA com FiO2
100% (evitar hipoxemia, hipercapnia e
acidose) - Classe I, NE B
➔ Acesso Venoso
➔ Convulsão: BZD > propofol (classe 1,
NE B)
- Propofol também tira de crise convulsiva, mas é muito
cardiodepressor. Então, se você utilizar em uma
intoxicação por anestésico local algo que é mais
cardiodepressor ainda → piora muito o estado do
paciente.
➔ PCR: não lidocaína como antiarrítmico,
não vasopressina, não
betabloqueadores e nem bloqueadores
de canais de cálcio (por depressão
miocárdica).
➔ Emulsão Lipídica a 20% (chamado de
lipofundin):
- É uma gordura que vai pegar o anestésico local, vai
envolver ele, vai tirar ele do sítio de ação central e
cardiológico e vai fazer uma proteção, tirar ele do sítio
de ação. Ele vai continuar circulando, porém sem estar
na sua forma ativa.
- Literalmente, é uma dieta parenteral total.
1. Bolus 1,5 ml/kg ev (repetir
mais 2x s/n)
2. Manutenção 0,25 ml/kg/min
3. Máximo 12 ml/kg/hr
4. Manter infusão por ao menos
10 min após a estabilidade
cardiovascular ser atingida❏ Falha da Emulsão
Lipídica: CEC
(circulação
extracorpórea)
- Acionar a cirurgia cardíaca, reanimação de 2 a 3 horas
até o anestésico ir embora.
❏ Propofol (é muito
gorduroso também):
não é substituto
(classe III, NE C),
nunca deve ser
utilizado devido a
necessidade de
grandes volumes e
depressão
cardiovascular.
- Precisaria de uma dose muito grande de propofol para
fazer o efeito do lipofundin e não iria conseguir fazer
isso sem chocar o paciente.
- Questão tem um erro, pois levou em consideração o
peso ideal e sim o real.
ANESTESIA REGIONAL (BLOQUEIOS)
Bloqueios Periféricos - Bloqueio de Punho
● Indicações: fraturas, luxações, cirurgias,
desbridamentos.
● Vantagens: fácil, rápido
● Desvantagens: falhas parciais
● Anestésico:
➔ Ropivacaína 0,5% + Lidocaína 1%
➔ 3 a 5 ml em cada local
- A vantagem de misturar os anestésicos locais é que
se pega um bem potente como a ropivacaína (dura
mais tempo e uma maior potência) e um período de
latência muito curto, já começa a funcionar
rapidamente.
Bloqueios Periféricos - Bloqueio Troncular
● Lidocaína 1- 2% S/V:
➔ 3 a 5 ml em cada local
- A extremidade não pode-se fazer com vasoconstritor
e não pode fazer qualquer outra coisa que não seja
lidocaína, pois se tem menor efeito vasoconstritor.
● Vantagens:
➔ Início rápido
➔ Vasodilatação
➔ Fácil realização
➔ NUNCA Ropivacaína
➔ NUNCA Bupivacaína
➔ NUNCA Lidocaína C/V
- Na região do dorso da mão, não se tem nenhum nervo
importante passando para o bloqueio troncular.
- Tem que se bloquear as laterais do dedo e polia.
- Em cada lateral do dedo = bloqueia. Esqueceu onde
bloqueia, bloqueia-se o dedo todo.
- O “dedão” pega-se o radial, então é um pouco
diferente. E, o radial, tem pessoas com variação
anatômica, então, tem que se bloquear ele mais
embaixo. Algumas pessoas tem o radial soltando
próximo ao processo estilóide ainda.
Bloqueio de Plexo Braquial
- Não consegue garantir uma anestesia completa de
ombro, mas garante uma analgesia (diminui a dor).
Bloqueios Periféricos - Bier
● Indicações:
➔ Cirurgias e Procedimentos rápidos
➔ Estímulos dolorosos leves/moderados
● Desvantagens:
➔ Mínimo 30 min
➔ Risco de intoxicação AL
● Anestésico:
➔ SOMENTE lidocaína s/v: 0,5 a 0,8%, 20
a 40 ml
Bloqueio Vascular - Bier
Bloqueios Periféricos - Bloqueio de Pé (Pentabloqueio)
- Pega o nervo fibular profundo, fibular superficial, sural,
tibial e o safeno.
● Indicações: cirurgias ossos e partes moles,
desbridamentos, amputações.
● Vantagens: fácil, rápido
● Desvantagens: falhas parciais
● Anestésico s/v: 3 - 5 ml em cada local
- Pode-se fazer para fazer desbridamento do pé
diabético (a neuropatia já acaba ajudando nesse
bloqueio).
Retalho por conta de uma lesão maligna na sola do pé.
ANESTESIA REGIONAL (NEUROEIXO)
Neuroeixo
● Anatomia:
➔ Pele
➔ SC
➔ Ligamento Supra Espinhoso
➔ Ligamento Intra Espinhoso
➔ Ligamento Amarelo
➔ Espaço Peridural
➔ Duramáter/ Aracnóide
➔ LCR (intratecal)
- O ligamento amarelo é o ligamento mais duro que vai
sentir quando vier com a agulha.
- Entre o ligamento amarelo e a dura- máter se tem um
espaço virtual, que é o espaço peridural. Furou a dura-
máter já estará intratecal (dura é grudada com a
aracnóide; furou a dura, já furou a aracnóide, com isso
já terá saída de líquor).
- A peri e a raqui → ambas irá romper o ligamento
amarelo, porém na peridural para ali, assim que romper
o ligamento amarelo, não se rompe a dura; o espaço
entre o ligamento amarelo e a dura, que é muito
pequeno é o espaço peridural; se progredir mais um
pouco perfura a dura, consequentemente, a aracnóide e
estará no espaço tecal.
● Referências Espaços Vertebrais:
➔ C7: mais proeminente
➔ T1: imediatamente abaixo de C7
➔ T3/T4: espinha escapular/mamilar
➔ T7: ângulo da escápula
➔ T12: nível da 12° costela
➔ L3- L4 - L5: cristas ilíacas (Tuffier)
- A raqui se fizer em uma altura muito alta (acima de
L3) corre-se o risco de pegar a medula e deixar o
paciente paraplégico. Pegar a cauda equina ok, dá
somente uma parestesia.
- Receio de peridural alta, que não seja na região
lombar, por ser muito mais difícil tecnicamente e uma
agulha mais espessa, mais grossa; quase
acidentalmente fure a dura- máter e tiver em uma altura
muito alta pode-se pegar a medula (pode ter um
trauma raquimedular por iatrogenia).
- Peridural alta → só tem uma indicação → cirurgia
torácica.
- Pega-se a crista ilíaca posterior e cruza uma linha
imaginária (linha de Tuffier) entre as duas cristas ilíacas
posteriores; na maior parte das vezes estará em
apófise L4.
● Antissepsia:
➔ TODAS soluções são neurotóxicas
- Se puncionar com a raqui e levar aquela clorexidina
que estava na pele para dentro do neuroeixo pode levar
a meningite, aracnoidite adesiva, pode levar a uma série
de complicações.
- Antes de puncionar tem que enxugar.
➔ Clorexidina escolha
➔ Polvidine < eficiência
● Complicações:
➔ Dor a injeção (lesão de raízes
nervosas)
- **Se fizer um grande volume de anestésico intratecal,
ou seja, uma peri que errou e virou uma raqui, e
injeta-se grande quantidade de anestésico ou numa
velocidade muito grande esse anestésico ou dose
muito alta pode fazer com que esse anestésico sobe
muito e pegue musculatura da respiração (não
somente ele), mas com isso, o paciente não consegue
respirar → RAQUI TOTAL: entubar ou ventilar esse
paciente.
➔ Hipotensão Arterial
➔ Raqui Total
➔ Cefaléias
➔ Meningite Asséptica ou Infecciosa
➔ Hematoma Espinhal (1: 150. 000):
comprimir desde raiz nervosa e pode
pegar a medula e o paciente ficar
paraplégico. → cirurgia.
● **Contra Indicações:
➔ Coagulopatia ou Anticoagulante
recente → favorece o hematoma
espinhal.
➔ INR > 1,5/ Plaquetas: < 70.000 (50.000)
(nem raqui e nem peridural)
- INR alargado pode levar a um hematoma espinhal
também.
➔ Recusa paciente
➔ Infecção sítio de punção
➔ Instabilidade Hemodinâmica
- O anestésico local vasodilata.
- Quando o oxímetro não estiver pegando, pois está mal
perfundido, faz um bloqueio troncular (com lidocaína
s/v), com isso, vai vasodilatar e o oxímetro tem uma
leitura melhor.
- A raqui e a peri vasodilata muito, com isso, percebe-se
que a pressão cai. Se o paciente tiver
instável/hipotenso já é uma contraindicação para
neuroeixo.
➔ Tatuagem
- Contra- indicado puncionar por cima da tatuagem
→pode levar pigmentos de chumbo (da tinta) para
dentro do neuroeixo, podendo dar aracnoidite adesiva,
meningite.
➔ Raqui: cardiomiopatia hipertrófica
obstrutiva, estenose Ao e HIC
- Uma coluna torta dessa forma é muito difícil de se
localizar.
Raquianestesia - Bupivacaína
- Mais potente que temos, com isso, a dose tóxica é
mais baixa.
● Doses:
➔ Raquianestesia:
❏ Adultos: 5- 20mg
❏ Crianças: 0,3 - 0,5 mg/kg
❏ Início: < 1 min
● Dose Tóxica: 3 mg/kg
● Vantagens: potência
● Desvantagens: toxicidade
- A pesada é adicionada à glicose.
- **A vantagem de adicionar glicose consegue com que
se colocar o paciente na posição de trendelenburg, que
devido a gravidade e o peso da glicose puxa junto com
anestésico para mais para baixo do paciente. Ou seja,
alguma cirurgia em que se consegue bloquear, por
exemplo, nível de T4 (por exemplo, cesariana). A
bupivacaína isobárica por não ter glicose não consegue
dar um nível muito bom .
- Com a glicose consegue com que a anestesia fique
mais para baixo ou mais para cima.
- Isso de forma empírica testando toda hora a altura
que consegue ficar o bloqueio.
Neuroeixo - Raquianestesia
● Definições (altura):
➔ Sela: sacral
➔ Baixa: T10
➔ Média: T6
➔ Alta: T4
● **Influência na Altura (nível) do Bloqueio:
➔ Altura do paciente
➔ Local da punção
➔ Posição do paciente
➔ Idade
➔ Escoliose
➔ Velocidade de injeção: se injetar muito
rápido tende a subir mais.
➔ Pressão Intra Abdominal
➔ Pressão Intra Torácica
- Na cesária injeta-se bem devagar o anestésico.
➔ Baricidade (densidade):
❏ Hiperbárica: sentido gravidade
❏ Hipobárica: oposta gravidade
❏ Isobárica: pouco influenciado
pela gravidade
- Quincke é mais fácil de se fazer, não precisa de guia,
pois fura bem a pele; a desvantagem é que o buraco
dela é muito maior e se fazum buraco muito maior na
dura- máter a chance de ter uma cefaleia pós- raqui é
maior.
- A “ponta de lápis” (Whitacre) precisa de uma técnica
maior, mas não fura a pele, precisa de um guia e o
buraco que faz na dura é menor, tendo menor chance
de ter uma cefaleia pós- raqui.
● Efeitos Cardiovasculares Simpático (T1 a L2):
- Bloqueia simpático
➔ Vasodilatação: hipotensão, diminuição
do DC 20%
➔ Fibras Cardioaceleradoras (T1 a T4):
bradicardia - como ocorre na cesariana
➔ Reflexo Bezold- Jarish: bradicardia +
hipotensão quando diminui pré- carga.
- Quando pega mais alto.
● Bloqueio:
➔ Simpático: 2 níveis acima do sensitivo
➔ Sensitivo: 2 níveis acima do motor
➔ Cronologia: fibras B (simpáticas), fibra
C (térmicas), fibras ABeta (epicrítica),
fibras A alfa (morotas).
● Efeitos Respiratórios:
➔ Diminuição da capacidade inspiratória
em 20%
- Bloqueia o intercostal.
➔ Diminuição da expiração ativa (acima
de T7)
➔ Apnéia: isquemia bulbar secundária a
hipotensão, bloqueio do tronco
cerebral, bloqueio frênicos
● Efeitos TGI:
- Como vasodilata, diminui a perfusão de alguns
órgãos.
➔ N/V: hipofluxo gástrico, aumento do
peristaltismo (decorrente do bloqueio
simpático).
- O estômago hipoperfundido pode levar a náuseas e
vômitos.
- Mais um motivo para estar em jejum para não
broncoaspiração.
- Há agulhas de vários tamanhos.
Raquianestesia - Adjuvantes
- Adjuvantes para bombar a raqui e assim durar mais.
● Opióides:
➔ Prolonga bloqueio sensitivo (30-50%)
➔ Não prolonga bloqueio motor
➔ Fentanil/ Sufentanil: 2 a 8 h
➔ Morfina: 6 a 24h
● Agonista Alfa Adrenérgica:
➔ Prolonga durabilidade (30-50%)
➔ Prolonga qualidade
● Bicarbonato Sódio:
➔ Alcaliniza solução
- Morfina de 0,2 mg = utilizado muito mais na raqui.
- Morfina de 1 mg = utilizado mais na peridural.
- Morfina de 10 mg = utiliza na veia. → se pegar essa
dose e fazer na raque, a dose que entra no neuroeixo é
muito grande e o paciente pode entrar em insuficiência
respiratória.
- Pode fazer a peridural com uma técnica mais simples
(achar o espaço, injetar e tirar) ou uma técnica
contínua.
- Agulha de peridural é calibrosa, com isso consegue-se
passar um cateter por dentro dela; pode-se fazer
diretamente na agulha ou passar o cateter. A
vantagem do catéter é replicar as doses. A grande
desvantagem que ele pode desviar e entrar em um
vaso, por isso tem que tomar alguns cuidados, como
aspirar.
- Outra desvantagem é que ela é difícil tecnicamente.
- Para achar o espaço peridural há duas técnicas, a
técnica da gota pendente (coloca uma gota de água
destilada ou soro fisiológico e vai empurrando; pressão
negativa desse espaço virtual, logo após ao ligamento
amarelo, antes da dura- máter, a gota acaba entrando
dentro do canhão da seringa e acaba deduzindo que ali
estava o espaço peridural) ou ir tateando e ir injetando
ar e introduzindo em conjunto a agulha e seringa,
quando perder a resistência imagina que está no
espaço peridural.
- A agulha de Tuohy tem um rombo grande para passar
o cateter.
- Como não fura a dura- máter não se tem chance de
fazer uma cefaléia pós- peri, exceto se
iatrogenicamente fura a dura aí tem uma chance de ter
uma cefaléia pós- peri grande.
Peridural
● Principais Indicações:
➔ Obstetrícia (analgesia de parto)
- Passa o catéter e replica a anestesia. Garante-se um
conforto para a paciente, sem bloquear o motor dela
durante muito tempo.
- Geralmente, faz a ropivacaína.
-Bupivacaína é muito potente e acaba bloqueando o
motor.
➔ Analgesia Pós Operatório
- Bomba de infusão - PSA: quando o paciente tem dor
aciona.
➔ *Lipoaspiração
➔ *Mamas
● Localização do Espaço:
➔ Perda da Resistência
➔ Gota pendente
● Altura: que quer passar o cateter
➔ C7: proeminência
➔ T3/T4: espinha da escápula
➔ T7: ângulo da escápula
➔ L3- L4: crista ilíaca
➔ L2: maior espaço peridural
● Desvantagens/Complicações:
➔ Início mais lento
➔ Bloqueio motor nem sempre obtido
- Às vezes, precisa de uma dose mais rápida de
anestésico com um risco mais alto de toxicidade.
➔ Maior risco de toxicidade
➔ Maior risco de hematoma
➔ Injeção subdural
➔ Injeção intravascular
➔ Necessidade de maior volume
anestésico
- Pode ocorrer de o catéter deslocar e ir para algum
plexo venoso e acabar injetando um AL dentro do vaso.
Hematoma Peridural/ Subdural
- Hematoma tem mais chance se fizer com uma agulha
mais grossa. Mas, também uma série de situações,
como medicamentos, pode interferir na formação de
hematomas.
- O hematoma se acontecer o paciente pode ficar
paraplégico e ter que mandar para neurocirurgia para
retirar o hematoma que pode estar comprimindo as
estruturas e pode ter uma lesão neurológica. .
- Tem que verificar se o paciente não toma nenhum
remédio que contraindique essa punção, pois essa
punção pode formar um hematoma ali.
● AAS
- Não precisa suspender o AAS (100mg) para fazer o
bloqueio.
- AAS (300 mg) precisa que pare o AAS 3 a 5 dias.
● Cilostazol: 2 dias
● Marevan (varfarina): suspender 5 dias +
documentado INR normal (menor/igual a 1,5)
● Clopidogrel: suspender 5 a 7 dias
● Enoxaparina: profilática - suspensão 12 h
- Tanto na raqui/ peri ou coleta do líquor.
● Enoxaparina: terapêutica - suspender por 24 h
● HNF (heparina não fracionada) profilática SC:
12 h + INR NL
● HNF terapêutico SC: 24 h + INR NL
● HNF EV: 4-6 h + INR NL
Cefaléia Pós Raqui (punção)
● Fisiopatologia: lesão dura máter
- Onde furou a dura máter fez um buraco, que não
fecha adequadamente, e acaba vazando líquor por
aquele buraco que fez a raqui ou acidentalmente uma
peridural que acabou furando a dura máter. O
vazamento do líquor leva a uma hipotensão liquórica,
uma diminuição do líquor no encéfalo e essa
diminuição traciona a meninge, causando assim a
cefaléia.
- O cérebro em si não tem receptor para dor, o que dói é
a meninge.
- Acontece 1 a 2 dias da punção. Raramente ocorre nas
primeiras 24 horas ou 3 dias.
● Clínica:
➔ Após 24-48 h da punção
➔ Bilaterais/Irradiação: nuca
➔ Agravada/ Iniciada: ortostase
➔ Melhora/Ausência: DDH (deitada)
- Isso ocorre por conta da gravidade - na porção
ortostática tem uma tração maior das meninges, com
isso, pode ter mais dor.
➔ N/V (náuseas/vômitos), fotofobia,
rigidez de nuca (pelo tracionamento da
meninge)
➔ Melhora em 5-7 dias
● Diagnóstico Diferencial:
➔ Cefaléia Tensional
➔ Migrânea
➔ Tromboflebite Cerebral
➔ Hematoma Subdural
- Tem que descartar diplopia, febre.
● Fatores de Risco:
➔ Mulheres
➔ < 35 anos
➔ Obesidade
➔ Gravidez
➔ Antecedente de Cefaléia Pós Raqui
➔ Agulha > Calibre
- Quanto maior o calibre da agulha, maior a chance de
se fazer essa cefaleia pós- raqui.
- Hidrata o paciente, pois a hidratação estimula a
produção de líquor. Isso até intra- operatório pensando
no risco desses pacientes fazerem uma cefaléia pós-
raqui.
- Dipirona 2g: dor
- Hidrocortisona (corticoide), por conta da inflamação
que pode ocorrer por ali.
- AINH, tramadol
- Bromoprida: evitar náuseas e vômitos relacionados ao
tramadol, que é um opióide fraco, mas que tem muito
efeito colateral.
- Clonidina: é um alfa- agonista de ação central;
estimula um pouco a formação de líquor, mas não é
relevante. Ele faz uma espécie de sedação, o que dá
uma acalmada no paciente, sem levar a uma
depressão respiratória. É um anti- hipertensivo de ação
central também.
- Cefaliv: contém cafeína.
- Dentro da fisiopatologia da cefaléia, a cafeína tem seu
espaço.
- Paciente melhorou → vai para casa com essa listinha
por 5 dias.
- Dipirona 500 mg: febre
- Se não houve melhora→ tem duas opções: encerrar o
tratamento, fez o que deu, prescreve para casa; ou
pode fazer o blood patch.
● Blood Patch:
- Pegar o sangue da própria paciente, fazer uma
peridural, de preferência no mesmo espaço que foi feito
anteriormente a raqui e jogar o sangue lá dentro. O
sangue no espaço peridural faça um tampão, um
cimento e, a melhora é quase que instantânea.
➔ Peridural
➔ Injeção 10- 20 ml sangue
➔ Pode ser repetido após 24h
➔ Sucesso: 70-90% após 1 segundo
➔ Pode levar a lombalgias e febre
passageira
➔ Pode piorar a dor (perfuração
dura-máter)
- Se errar novamentea peridural e furar novamente a
dura máter piora a cefaléia da paciente.
➔ Infecções SNC
- Pode levar a um quadro de meningite.
- Fecha o buraco da dura - máter com o próprio sangue
da paciente.
Neuroeixo- Raquianestesia
- Quando faz uma raqui/bloqueio subaracnóideo está
bloqueando o simpático e não o parassimpático.
- D: vasodilatação
- AL: faz uma vasodilatação.
- Se pegar a pele contaminada e levar para dentro a
bactéria, poderá fazer uma meningite.
- CIVD: pode estar associada a sepse ou alterações da
coagulação.
- Contraindicação de colher o líquor: hipertensão
intracraniana pelo motivo de como está com uma
pressão muito grande e você furou para colher o líquor
ou fazer raqui, aspirou conteúdo, o cérebro vai
murchar/tracionar e tem um perigo de herniação.
- Síndrome HELP é um quadro que cursa com
hemólise, plaquetopenia, aumento de bilirrubina.
- Abaixo de 50.000 plaquetas é contraindicado fazer
uma raqui, peri ou colher líquor, pelo risco do
hematoma.
- Fratura de fêmur tem que ser operada o mais rápido
possível. As complicações relacionadas a fratura de
fêmur são muito grandes e, relacionadas ao tempo pré-
fixação, pré- cirurgia. Já é um perfil de paciente ruim,
pois é principalmente idoso, cheio de comorbidades e
com uma fratura que pode fazer embolia gordurosa e
hematológica. Quanto mais tempo esperar para se
operar, maior o risco pré- operatório dele.
- Se vai operar o pulmão tem que fazer uma anestesia
geral, pois precisa seletiva do pulmão.
- Tem que utilizar uma cânula específica, que consegue
escolher qual pulmão vai ventilar.
- Raquianestesia não fica muito tempo.
ANESTESIA GERAL
Anestesia Inalatória
● Propriedades:
➔ Hipnótica: faz dormir
➔ Discreto relaxamento muscular
➔ Todos são incolores, voláteis e
derivados do éter (*halotano)
➔ Concentração Alveolar (mínima-
equilíbrio entre a quantidade de
anestésico inalatório no pulmão com o
cérebro) → Concentração Cerebral
- Só consegue anestesiar o cérebro depois que tiver
uma concentração alveolar importante pulmonar. Só
consegue desligar o cérebro quando já tiver uma baixa
concentração alveolar por anestésico.
- Demora um pouco mais para o paciente dormir.
➔ Eliminação: pulmonar (principal),
cutânea (insignificante) e
biotransformação
● Concentração Alveolar Mínima (CAM): para
conseguir dosar o anestésico.
- É a concentração dentro do alvéolo, no qual consegue
anestesiar pelo menos 50% da população. Tem perfis
que precisam de uma CAM maior e perfis que precisam
de uma CAM menor.
- Cada gás tem sua CAM.
- Quanto maior a CAM, menor a potência do gás.
➔ Isoflurano: 1,17% - vaporizador roxo.
➔ Sevoflurano: 1,8% - Vaporizador
amarelo.
➔ Óxido Nitroso: 104%
➔ Desflurano: 6,6% - vaporizador azul
➔ Halotano: 0,75% - vaporizador
vermelho
- Cada anestésico tem uma cor de vaporizador.
- Se for uma cirurgia muito longa não consegue segurar
com uma raquianestesia.
- Tem que se pensar no pós- operatório → pode-se
fazer uma raqui com morfina para ter menos dor. Mas,
no intra- operatório não teria efeito.
➔ Diminuição do CAM:
❏ Envelhecimento
❏ Acidose Metabólica
❏ Hipóxia
❏ Hipotensão
❏ Alfa Agonistas
❏ Opióides
❏ Ketamina
❏ BZD
❏ Anemia
❏ Gravidez
- Quando fez outros anestésicos irá diminuir o
consumo de anestésico inalatório.
➔ Aumento do CAM:
❏ Aumento de
neurotransmissores centrais
(cocaína, levodopa)
❏ Hipertermia
❏ Hipernatremia
❏ Etilismo Crônico
❏ Pouca idade
❏ Estimulação adrenérgica
- Todos os anestésicos inalatórios são
broncodilatadores.
- Se tiver um paciente asmático irá preferir usar uma
anestesia inalatória.
- A grande maioria deles irrita a via aérea, então, até o
paciente dormir ele irá se incomodar muito com a via
aérea. Exceção: sevoflurano.
● Efeitos Cardiovasculares:
➔ Halotano: arritmias/diminuição DC/
diminuição FC.
➔ Isoflurano: sequestro coronariano -
roubo de oxigênio pelas coronárias.
➔ Sevoflurano: taquicardias
➔ Desflurano: aumento da resistência
vascular pulmonar. - Paciente com
hipertensão pulmonar não é a melhor
escolha.
● Efeitos Respiratórios:
➔ Todos são broncodilatadores
➔ Irritação VAS (exceto Sevo)
➔ Halotano: diminuição mucociliar
● Outros efeitos:
➔ Aumento PIC → TODOS
- Até o 1CAM (dose mínima), passou disso aumenta a
PIC.
- Paciente neurológico evita-se usar anestesia
inalatória.
➔ Nefrotoxicidade (exceto iso e des)
- Sevoflurano: pode levar a um composto A que se
deposita nos rins, que pode levar a uma lesão renal
aguda. → só se vê em vitro.
➔ Hepatite (halotano: 1/35.000)
- Todos podem levar hepatite, mas o halotano é mais
prevalente.
● **Contraindicações:
➔ HIC
➔ HM (hipertermia maligna)
➔ Inf. renal (exceto isoflurano e
desflurano)
➔ Hipertensão Pulmonar (desflurano)
● **Desvantagens:
➔ Ausência de efeitos analgésicos
➔ N/V pós Op
➔ Potencial hepatite
➔ Gases efeito estufa
- Desflurano: foi banido em alguns países.
➔ Neuroapoptose (possível déficit
memória em modelos animais).
➔ Despertar agitado
➔ Despertar prolongado
- O óxido nitroso pode aumentar a pressão abdominal.
- Halotano: arritmias + hepatites.
● Óxido Nitroso (N2O):
- Utilizado muito pela odontologia, gás do riso
(hilariante).
➔ Características Gerais:
❏ Propriedades Analgésicas
❏ Propriedades Sedativas
❏ NÃO produz perda da
consciência
- Leva a um relaxamento da paciente.
-**Efeito segundo gás, utiliza ele para potencializar os
outros anestésicos inalatórios.
- Não consegue anestesiar de forma efetiva ninguém.
❏ Utilizado para diminuição CAM
-**Utilizado para diminuir o consumo dos outros
anestésicos.
❏ Aumento PAM, aumento FC e
aumento das arritmias
❏ Aumento FR, aumento PIC e
aumento do consumo de O2
- Num paciente cardiopata, não seria uma boa escolha.
➔ **Contraindicações:
❏ Embolias Gasosas
❏ Pneumotórax
❏ Cirurgia Timpânica
❏ Oclusão Intestinal (aumento
da PIA)
❏ HIC
- É um gás que se expande muito; se tiver com alguma
outra região contida e tiver com N2O alí dentro irá
expandir muito.Ex. tiver um pneumotórax irá aumentar
esse pneumotórax.
- Está associado a náusea/vômito no pós- operatório.
● Hipertermia Maligna:
➔ Doença Farmacogenética
➔ Hereditária (autossômica dominante) e
latente
➔ Risco de 50% para familiares
➔ Desencadeantes: agentes inalatórios
halogenados e succinilcolina
➔ 1: 10.000 crianças
➔ 1:250.000 adultos (raro)
➔ 2007 nos EUA: 707 casos
➔ > FR homens (provável massa
muscular maior)
➔ Mortalidade caiu de 10-20%
➔ Crises em pacientes sem termômetro
tem mortalidade 14x maior
- Monitorizar a temperatura.
➔ Mutações nos genes da rianodina
(RYR1) e dihidropiridina, com
respectivos 70% e 1% das famílias
com HM.
➔ RYR1: codifica o receptor de rianodina
(canal de liberação intercelular de
cálcio da fibra muscular) responsável
por liberar cálcio no citoplasma do m.
esquelético no momento da contração.
➔ Anestesia prévia não exclui (média de
2 anestesias prévias quando o
paciente apresenta a primeira crise)!
➔ Início mais precoce: succinilcolina >
halotano > sevo > isso > desflurano
➔ Crianças: recrudescência de 14% após
tto inicial
- Fez o diagnóstico → tratou → mantém o paciente na
UTI de 24 a 48 horas.
➔ **Clínica:
❏ Rigidez muscular
❏ Rabdomiólise
❏ Hipertermia
❏ Arritmias
➔ **Laboratório:
❏ Acidose (respiratória e/ou
metabólica)
❏ Aumento de CPK (> 20.000)
➔ Tratamento:
❏ Interrupção dos agentes!
❏ FiO2 100%
❏ Bicarbonato
❏ Resfriar paciente se T> 39°C
❏ Arritmias: NÃO bloq. canais de
cálcio
❏ DANTROLENE (atraso de 30
min aumenta mortalidade
1,6x) 2,5 mg/kg ev bolus
- Para cada dantrolene tem um diluente.
Sobrenomes
➔ Diagnóstico Definitivo:
➔ Diagnóstico:
❏ Teste da Contratura Muscular
in Vitro (estímulo halotano -
cafeína + biópsia muscular
com análise [5h])
- Arrancar um pedaço do m. do paciente levar para uma
biópsia, em um tempo máximo de 5h e estimular o
músculo com halotano, cafeína para ver se tem
hipertermia maligna.
❏ Teste Genético Negativo não
exclui Teste da Contratura (36
mutações casuais para gene
rianodina ou dihidropiridina)
- O principal músculo e o mais evidente a ter fortes
contraturas musculares é o m. masseter.
VenosaTotal
● Anestésico Venoso Ideal (não existe):
➔ Solução Estável
➔ Ausência de Venoirritação
- Propofol arde para ser infundido.
➔ Baixa liberação de histamina
➔ Mecanismo eficiente de eliminação
- Eliminado rápido que otimize o despertar do paciente.
➔ Efeito cardiovasculares e ventilatórios
satisfatórios
➔ Diminuição do metabolismo e FSC
➔ Retorno imediato e completo do
estado de consciência
➔ Ausência de efeitos pós Op adversos
(N/V, delirium, cefaléia)
- O propofol é antiemético.
● Anestésico Venosa Total:
➔ Propofol: GABA - hipnótico.
➔ Remifentanil: opióide 100x morfina
- Degradado por esterase plasmática; não depende de
função renal, hepática. Tem uma meia vida muito curta.
- Tem um bom proveito dele por ser muito potente e
um despertar muito rápido do paciente.
➔ Sufentanil: opióide 1.000x morfina
- Demora mais para despertar e algumas alterações
hemodinâmicas.
➔ Alfentanil: opióide 100x morfina
➔ Fatores de Variante Farmacocinética
entre os pacientes:
❏ Grau de ligação proteica
❏ Depuração renal e hepática
❏ Envelhecimento (diminuição
da massa corporal magra)
❏ Doenças pré existentes
❏ Interações medicamentosas
❏ T° Corporal
❏ Obesidade
- Propofol se acumula na gordura. Paciente obeso tem
um despertar mais demorado, pois ficou muito
propofol acumulando na gordura.
➔ Risco de Depressão Respiratória com
Opióides:
❏ Obesos
❏ SAOS
❏ Distúrbios Neuro Musculares
❏ Neonatos
❏ Usuários Crônicos de Opióides
❏ Idosos
➔ Efeitos Colaterais dos Opióides:
❏ N/V: mulher, jovens, não
tabagistas
❏ TGI: diminuição do
esvaziamento gástrico,
espasmos no esfíncter de
Oddi, retenção urinária,
constipação.
❏ Músculos Esqueléticos: rigidez
torácica.
❏ Liberação histamina: codeína,
meperidina e morfina. NÃO
FENTANIL
- Contraindicação: fazer morfina para paciente
asmático, que é um paciente que já tem uma
predisposição a liberação de histamina.
❏ Prurido: nariz, mento,
intermamário.
- É típica a coceira do opióide: nariz, boca, região
intermamilar, torácica.
❏ SNC: tontura, disforia, euforia,
disfunção cognitiva
❏ Cardiovascular: depressão
miocárdica direta, dilatação
venosa
- Pega um anestésico inalatório e associa com
anestesia venosa.
- Na anestesia venosa, geralmente, usa-se o
remifentanil.
FICHA DE ANESTESIA
● Dados do Paciente: idade, sexo, peso, estatura,
alergias a medicamentos e alimentos,
medicamentos em uso.
● Dados da Cirurgia: lateralidade, tipo de cirurgia,
cirurgiões
● Monitoração Contínua (mínimo: cardioscópio,
PANI, oximetria)
● Legível/Computadorizada
● Descrição de Procedimentos: IOT, PAM,
venóclise, central…
● Medicamentos realizados
● Horários/Entrada e Saída de Sala
● Existem inúmeras formas de fazer a mesma
anestesia!
● Cada anestésico é um tempero!
● Não existem grandes regras!
● Segurança sempre e em primeiro lugar!
● Anestesia é a especialidade do peri operatório!

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