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1 | P á g i n a Larissa Gusmão Guimarães (@Medicinando.Med) Isquemia aguda com alteração de marcadores Alteração de troponina é injúria miocárdica. Não IAM! Todo IAM nem aumento de troponina, mas nem todo aumento de troponina é IAM! O IAM tipo 1 é o mais comum ! – Dor ou desconforto torácico em aperto, peso ou pressão – Irradiação para pescoço, mandíbula, ombro, dorso ou braços – Diaforese, indigestão, azia, náusea e vômito – Dispneia recente persistente (mesmo sem dor) – Início agudo de tontura ou síncope – Dor piora com esforço físico – SCA com supra: dor > 30 minutos, não melhora com nitrato, nem repouso Pacientes de risco: Idade avançada 2 | P á g i n a Larissa Gusmão Guimarães (@Medicinando.Med) Homens IAM prévio HF + doença coronariana precoce Aterosclerose em outros sítios DM Doença renal crônica Diminuem a chance de SCA, mas NÃO DESCARTAM: – Dor pleurítica – Dor em meso ou hipogástrio que irradia para MMII – Dor que piora com o movimento ou a palpação – Dor em agulhada que dura segundos – Dor não associada com esforço – Localização infra-mamária Dor que alivia com nitrato sublingual não confirma SCA e melhora com medicamentos para dispepsia não afasta IAM de Ventrículo Direito (VD): diferente do infarto de VE. Pensar em situações de IAM de parede inferior. Hiperativação parassimpática: bradicardia, hipotensão Estase jugular Regurgitação tricúspide IAM parede inferior: Fazer derivações do VD (V3R e V4R) OUTROS PONTOS IMPORTANTES DA HISTÓRIA: – TODAS as medicações em uso Inib. fosfodiesterase (disfunção erétil) Suplementos com biotina para queda de cabelo (falso negativo da troponina) – Alergias – História de asma/broncoespasmo – Cirurgia recente, história de sangramento, coagulopatia, plaquetopenia, doença estrutural SNC ou câncer A palpação de pulsos é importante para diferenciar o IAM do seu principal diagnóstico diferencial: Dissecção de aorta. A assimetria dos pulsos fala a favor do diagnóstico de dissecção. O exame físico também serve para identificar se existe IC aguda associada devido a extensão do IAM. IC com IAM de VE o sangue fica represado na circulação pulmonar e isso desencadeia o edema pulmonar. Se o sangue não está sendo ejetado para frente, o paciente pode fazer baixo débito, caracterizado por cianose, sonolência, má perfusão, hipotensão. Diagnósticos diferenciais: Dissecção aórtica Pericardite Tamponamento cardíaco Pneumotórax Derrame pleural Herpes-zóster torácico Patologias esofágicas Quadro sugestivo de SCA: sala de emergência + ECG em até 10 minutos Eletrocardiograma 3 | P á g i n a Larissa Gusmão Guimarães (@Medicinando.Med) Locais dos eletrodos do tórax V1: 4º espaço intercostal (EIC) direito na linha paraesternal; V2: 4º EIC esquerdo na linha paraesternal; V3: entre V2 e V4; V4: 5º EIC esquerdo na linha hemiclavicular; V5: 5º EIC esquerdo na linha axilar anterior; V6: 5º EIC esquerdo na linha axilar média. ECG e paredes cardíacas: V1-V2 – Anteroseptal V3-V4 – Anteroapical V5-V6 – Anterolateral DI, aVL – Lateral DII, DIII, aVF – Inferior V7 e V8: Dorsal V3R, V4R: VD Marcadores de necrose miocárdica Troponina ultrassensível (TnT ou TnI) – 0 e 6 horas CKMB massa CK total Mioglobina (mais precoce, pouco específica) Raio-X de tórax: diagnósticos diferenciais Dissecção de aorta: alargamento de mediastino Ecocardiograma Não é urgente Avaliação da função ventricular Perfil lipídico Em jejum na manhã seguinte Exames gerais Hemograma, função renal, eletrólitos, Coagulograma (trombolíticos) Medidas gerais: 4 | P á g i n a Larissa Gusmão Guimarães (@Medicinando.Med) Tratamento adjuvante 5 | P á g i n a Larissa Gusmão Guimarães (@Medicinando.Med) Idosos (<75 anos): Não faz dose de ataque do clopidogrel! Angioplastia: preferível ticagrelor Trombólise: preferível: clopidogrel Prasugrel: somente para angioplastia Betabloqueador: não pode ser dado se o paciente estiver em choque. IECA/BRA e Betabloqueador: não são medicações de emergência. Mas devem ser realizadas. No caso de edema aguda, deve-se fazer as medidas para o IAM, mas também tratar o edema agudo: Resumo do tratamento 6 | P á g i n a Larissa Gusmão Guimarães (@Medicinando.Med) 3.1. Caracterizar a queixa, ex.: desconforto torácico (decálogo da dor, quando começou, sintomas associados, fatores de melhora e piora). Quadro clínico consiste em dor em sensação em aperto no tórax, restroesternal, de início súbito, aos mínimos esforços ou em repouso, sem relação com esforço prévio, piorando em situações de exercício e estresse e melhorando um pouco ao repouso e com a administração de nitrato. Pode ser irradiada para epigástrio, cérvice, mandíbula, dorso e membro superior esquerdo, além de parestesia. 3.2. História prévia do paciente, comorbidades, uso de medicações, alergias 3.3. Questionar tabagismo e etilismo 3.4. Realizar sempre o SAMPLE na emergência: sinais e sintomas, alergia, medicamentos em uso, passado médico, líquidos ingeridos nas últimas horas, ambientes e eventos relacionados ao trauma 3.5. Solicitar ECG e MOV, além de troponina 3.6. FR, FC, PA, SatO2, presença de estase de jugular, ausculta pulmonar e cardíaca e enchimento capilar 3.7. Supra no ECG? Infra em derivações contíguas? 3.8. Conduta: aspirina de 300mg, indicar CAT ou trombólise, dependendo da situação. Primeiro escolha sempre CAT. AAS e ticagrelor (preferível na CAT) 180 mg em dose de ataque e 90 mg para manutenção. Se não tiver, faz 600mg de clopidogrel (preferível na trombólise) antes do CAT e 75mg de clopidogrel para manutenção. Heparina não fracionada será dada na hora do procedimento. Sem hemodinâmica para transferência <2 horas, faz trombólise olhar contraindicações! Analgésico para dor. Em caso de congestão pulmonar: furosemida (20-40mg IV) e 4 ampolas de nitroglicerina IV em bomba de infusão contínua para PA elevada (trata a angina também); pode fazer uso de dobutamina (killip III/IV).
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