PROBLEMA 03 - Queixa-crime subsidiaria

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PROBLEMA 03
 Leidi Dai, brasileira, solteira, vendedora, residente e domiciliada na cidade de Londrina/PR, na Rua do Torto nº 105, vila Nova, no dia 08 de dezembro de 2020, após sair da faculdade onde cursa Designer de Ambientes, por volta das 22h30, foi atacada fisicamente por Epílogo Final, brasileiro, solteiro, pedreiro, residente e domiciliado na Rua do Laço, nº 98, bairro Macaxeira em Londrina/PR, deixando-a incapacitada para as atividades habituais por 45 dias.
 No inquérito policial, foi apurado por exames periciais que Epílogo Final desferiu contra Leidi Dai, vários socos e pontapés, deixando-a com vários ferimentos no rosto e nas pernas. Finalizado o Inquérito, os autos foram encaminhados ao Ministério Público que permaneceu inerte por mais de 30 dias.
QUESTÃO: Na qualidade de advogado de Leidi Dai, elabore a peça processual cabível.
OBS: Obrigatoriamente a peça processual deverá conter: fundamento jurídico, transcrição de pelo menos 01 (uma) jurisprudência e 01 (uma) doutrina.
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ____ Vara Criminal da Comarca de Londrina – Estado do Paraná 
 
 
Proc. N º 
 
 
 
Leidi Dai, Nacionalidade, Solteira, Vendedora, portador da cédula de RG nº _________SSP/___, inscrito no CPF nº_________, residente e domiciliado na Rua do Torto, nº 105, Bairro: Vila Nova, CEP nº _________, na cidade de Londrina – PR, vem respeitosamente através de seu advogado infra-assinado, perante Vossa Excelência, propor
 
 
QUEIXA – CRIME		
 
 
contra Epílogo Final, Brasileiro, Solteiro, Pedreiro, portador da cédula de RG nº _________SSP/___, inscrito no CPF nº_________, residente e domiciliado na Rua do Laço, nº 98, Bairro: Macaxeira, CEP nº _________, na cidade de Londrina – PR, com fundamento nos arts. 29, 30 e 41 do Código de Processo Penal, art. 100, §3º do Código Penal e no art. 5º, LIX, da Constituição Federal, vem baseado nas provas colhidas no inquérito policial, vem pelas seguintes razões fáticas e jurídicas: 
 
Dos Fatos:  
No dia 08 de dezembro de 2020, por volta das 22h30, Leidi Dai ao sair da faculdade, onde cursa Designer de Ambientes, foi agredida fisicamente por Epílogo Final. Tais agressões deixaram Leide Dai incapacitada para as atividades habituais por 45 dias.
No Inquérito Policial, ficou comprovado através dos exames periciais que Epílogo desferiu vários socos e pontapés em Leidi, deixando-a com uma série de ferimentos nas pernas e no rosto.
Após finalizado o Inquérito Policial, os autos foram remetidos ao Ministério Público para o devido prosseguimento, mas o mesmo se manteve inerte por mais de 30 dias.
 
Do Direito:  
É notório a ocorrência de lesão corporal gravíssima, prevista no art. 129, do CP, contra a vítima, pois houve ofensa a sua integridade física e de seu correto funcionamento, no qual incapacitou a vítima de suas ocupações habituais por mais de 30 dias como.
 Em que pese o querelante assumiu todos os riscos de causar a agressão
Devido a inercia do Ministério público, a jurisprudência discorre que: 
 
Já a doutrina, segundo Guilherme de Souza Nucci (2020, p.427):
[...]o Ministério Público é o titular do direito de agir. Em seu lugar, somente podem atuar o síndico e o credor, quando houver inércia, invocando-se o art. 29 do Código de Processo Penal (ação penal privada subsidiária da pública).
Em suma, fica claro a necessidade e dever do ministério de se manifestar, tendo em vista ainda que o crime teve todos os seus requisitos expostos e preenchidos sem qualquer explicação para a não manifestação ou arquivamento por parte do referido órgão.
Do Pedido:  
Ante o exposto, requer à Vossa Excelência que após a manifestação do Ministério Público, nos termos dos arts. 29 e 41 do CPP, art.100, §3º, do CP e art.5, LIX, da CF seja recebida a presente queixa-crime, contra Epílogo para que seja processado e ao final condenado pelo crime previsto no art 129, do CP.
 
Nestes termos,  
Pede e espera deferimento 
  
 
(Local e data) 
 
 
 
Assinatura 
Nome do Advogado 
(OAB _____/____) 
 
 Queixa-crime em ação penal privada subsidiária da pública