Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
São alterações celulares, geralmente reversíveis quando o estímulo cessa, e que podem ou não evoluir para a morte celular. O citoplasma apresenta-se lesionado, com acúmulo de substâncias exógenas ou pré existentes, o que reduz ou cessa a função celular. É o acúmulo de água nas células, devido a alterações na bomba de sódio e potássio, retendo sódio na célula, e consequentemente, retendo água. Suas principais causas são hipóxia, hipertermia, intoxicação, infecção de caráter agudo, toxinas, hipopotassemia e distúrbios circulatórios. No início o líquido se acumula no citoplasma, causando aumento de volume e aspecto de citoplasma diluído. Conforme o processo degenerativo progride, há formação de vacúolos com contornos imprecisos, deixando o citoplasma com aspecto rendilhado. O órgão se apresenta pálido e com aumento de volume. É reversível desde que seja retirada sua causa. O transporte de Na+ para o meio extracelular é feito por bombas eletrolíticas que dependem de energia, via ATP. Retenção desse íon no citosol resulta em acúmulo de água nas células e é a principal causa dessa degeneração. Tal situação ocorre por: (1) hipóxia, desacopladores da fosforilação mitocondrial (p. ex., tiroxina), inibidores da cadeia respiratória e agentes tóxicos que lesam a membrana mitocondrial, pois reduzem a produção de ATP; (2) hipertermia exógena ou endógena (febre), por aumento no consumo de ATP; (3) Inibidores da ATPase Na+/K+ dependente (ouabaína, para tratamento da insuficiência cardíaca). Em todas essas situações, diferentes causas conduzem a um fenômeno comum: retenção de Na+, acúmulo de água no citoplasma e expansão da célula. → Aspectos morfológicos: • Macroscópica: Os órgãos acometidos pela degeneração hidrópica têm volume aumentado e apresentam palidez devido à compressão da microcirculação, entretanto a função do órgão continua preservada e pode ser reversível se retirada a causa. - Rim: A cor mais pálida é devido à degeneração hidrópica de algumas células tubulares, em decorrência da incapacidade destas células em regular a sua quantidade e compartimentalização de íons e água, levando ao acúmulo destes no seu interior. Verifica-se que a cápsula fibrosa (mais evidente no canto superior esquerdo da foto), está pouco opacificada e bastante distendida em decorrência dos mesmos motivos acima expostos. • Microscopia: Distensão das células que apresentam citoplasma vacuolizado, alargado e claro. . Consiste no acúmulo de material proteico e acidófilo nas células, o qual resulta da condensação de filamentos intermediários ou do acúmulo de material viral ou bacteriano; em hepatócitos de alcoólatras crônicos, é formado por aglomerados de proteínas do citoesqueleto que sofreram agressão por radicais livres. A degeneração hialina de células musculares esqueléticas e cardíacas resulta de endotoxinas bacterianas e de agressão por linfócitos T e macrófagos. É o acúmulo excessivo de triglicerídeos no citoplasma de células parenquimatosas, formando vacúolos que podem ser pequenos e múltiplos ou coalescentes e volumosos, deslocam o núcleo para a periferia, e de limites nítidos, dando à célula um aspecto pálido e esponjoso, dependendo do órgão em que está localizada. Macroscopicamente, o órgão se apresenta amarelado e gorduroso. Os vacúolos pequenos são por doenças metabólicas agudas, vacúolos grandes são por lesões tóxicas ou virais de desenvolvimento lento. Os órgãos acometidos são as musculaturas cardíaca e esquelética, rins e principalmente o fígado, pois é o órgão que metaboliza a gordura. Acúmulo anormal de glicogênio nas células, decorrente de distúrbios metabólicos. Nos hepatócitos, ocorre por hiperglicemia, doença metabólica induzida por fármacos (ex: corticosteróides); deficiência enzimática relacionada a doenças de armazenamento de glicogênio, ou por tumores hepatocelulares.
Compartilhar