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herança das doenças multifatoriais comuns Lavínia Vasconcellos Patrus Pena 2021 2021 · Categorias das doenças genéticas · Monogênica: alteração em gene que causa a doença · Multifatorial: conjunto de coisas (gene-gene e gene-ambiente) -> não só em gene, um alelo que determina a doença · Cromossômicas: alteração no cromossomo · Maioria das doenças · Alguns critérios multifatoriais influenciam algumas doença monogênicas, mas não deixam de ser monogênicas · Raramente resultam da herança de um ou dois alelos de efeito maior em um único lócus · Interações complexas (interações gene-gene e gene-ambiente) · Origem multifatorial · Exemplos: Infarto do miocárdio, Transtornos neuropsiquiátricos, Diabetes, Doença de Alzheimer · Não é um gene que determina a doença como na doença monogênica -> interações complexas: gene-gene ou gene-ambiente · Critérios · Qualitativo: indivíduo tem ou não tem a doença -> câncer · Quantitativo: mesurável: peso, altura, PS, colesterol, IMC -> um valor de referência ou intervalo médio considerado normal · Gráfico gaussiano -> determinar o intervalo médio Agregação familiar Compartilhamento de alelos entre familiares · Quanto + próximo o parentesco + alelos em comum (como irmãos) · Quanto + distantes forem dois membros de uma família, menor a probabilidade de terem os mesmos alelos · Se os dois tem A1A3: compartilhamento de dois alelos Razão de risco relativo da doença na família Agregação familiar · Se determinados alelos aumentam a probabilidade da doença, é suposto que probando tenha número maior do que esperado de parentes afetados · Se o probando for afetado pela doença, há uma probabilidade de ter parentes próximos afetados, em caso de agregação familiar Taxa de risco relativa · λr = · 𝞴r > 1: indica que o parente tem risco maior de desenvolver a doença · Numerador maior que o denominador · Parente + próximo ao probando -> + chance de ter a doença Estudo de caso com história familiar-controle · Indivíduos afetados com saudáveis · Compara indivíduos afetados com indivíduos saudáveis com mesma etnia, idade · Compara com uma outra família com características diferentes · Doença com fator hormonal -> mulher com mulher a serem comparadas · Avaliar possível contribuição genética correlação familiar – aplicada a um par de medições · Contribuição genética de caráteres quantitativos · Duas variáveis · Cálculo matemático de correlação -> o quanto que uma medida tem relação com outra, o tanto que a medida vai correlacionar · Linha do meio do gráfico -> avaliar a correlação · Correlação alta = linha muito inclinada · Pensar em quanto a correlação é significativa e valiosa para o objetivo de quem a está fazendo -> porque se pode fazer correlação entre todas as coisas · Ter um senso crítico · Sem sentido nenhum -> não adianta a correlação ser alta Herdabilidade · Se genótipo contribui para variação fenotípica (doença) na população Determinação da contribuição relativas dos genes e do ambiente · Avaliar a característica em gêmeos monozigóticos e comparar com gêmeos bivitelinos -> ambiente o mesmo = saber qual que é o impacto do DNA e qual é do ambiente · DNA fingerprint: variação do número de copias- > teste de paternidade · Concordância de doença em gêmeos · Concordantes quando monozigóticos (MZ) tem a mesma doença · Geralmente genótipo sozinho é determinante (mendeliana) · Ex: anemia falciforme · Discordantes quando apenas um gêmeo monozigótico tem a doença · Geralmente multifatorial -> DNA não é o determinante da doença porque os dois gêmeos têm o mesmo DNA e um não tem a doença · Ex: Diabetes mellitus tipo 1 · Diferença pode estar relacionada a dieta, infecção, epigenética... -> podem 'mandar' + que o DNA · Concordância maior em monozigóticos que dizigóticos revela importância da característica genética · Monozigóticos -> concordância de 40% · Em relação a uma doença · Dizigóticos -> 5% Limitações · Correlações -> pensar em variáveis úteis · Potencial viés: gêmeos concordantes tendem a participar + dos estudos do que os discordantes · Probando lembra + dos indivíduos afetados da família do que os não afetados · Diferenças epigenéticas: silenciamento de um determinado gene · Padrões de inativação do X · Ambiente intrauterino pode variar – pode ter disparidade quanto ao suprimento de sangue · Cautela na generalização dos dados Exemplos de doenças multifatoriais Malformações congênitas multifatoriais Cardiopatias congênitas (CCs) · Mecanismos monogênicos, cromossômicos, exposições a teratógenos (infecção por rubéola ou diabetes materno) · Maioria dos casos é multifatorial quanto a origem · Recorrência de lesões que são semelhantes no desenvolvimento · Grupos principais de CCs · Lesões de fluxo: característica multifatorial muito grande · Defeitos na migração celular · Defeitos na morte celular · Anormalidades na matriz extracelular · Defeitos no crescimento direcionado · Irmãos em geral Distúrbios neuropsiquiátricos: esquizofrenia · Afeta 1% da população · Início comumente final da adolescência/início da vida adulta · Anormalidades na cognição, emoção e relações sociais · Pensamento delirante e distúrbios de humor · Concordância em MZ é 40-60% e em DZ 10-16% · Característica genética que influencia a doença, mas não é determinante · Apenas subconjunto de alelos foi identificado, microarranjo é utilizado (comparação) · Doença arterial coronariana: etapas envolvidas com relações genéticas, alimentar, ambientares Fibrose cística (FC) · Doença monogênica, mas com gravidade multifatorial · Causada por mutações no gene CFTR · Genes modificadores nos distúrbios mendelianos -> mutação no gene faz com que o indivíduo tenha a doença · Outros fatores relacionados ao fenótipo · Outros genes influem no fenótipo da doença · Outros lócus que estão envolvidos na gravidade da doença · Gene MBL2 (codifica lecitina ligadora de manose) -> prognóstico pior -> infecções recorrentes · Níveis baixos levam a piores prognósticos para a doença pulmonar na FC · Não causam a FC, mas modificam o fenótipo clínico Herança digênica · Efeito aditivo de dois ou + loci relacionados com a doença · Exemplo: retinite pigmentosa · Lócus codifica periferina (membrana de fotorreceptor) · Lócus codifica ROM1 (membrana de fotorreceptor) · Dois expressam a mesma coisa · Mutação em somente um lócus -> indivíduo não tem a doença -> outro lócus consegue compensar o mutado · Mutação nos dois lócus -> indivíduo tem a doença = afetado Interações gene-ambiente na trombose venosa cerebral · Afeta adultos jovens · Rara, mas com taxa elevada de mortalidade · Fatores de risco: · Missense (mutação que altera o sentido) no gene para o Fator V (FVL) -> risco 7x maior · Variante do gene protrombina -> risco 3-6x maior · Uso contraceptivos orais (sem fator genético relacionado) -> risco 14-22x maior · Combinado com gene protrombina, 30-150X maior (gene + ambiente) -> + aumentada que a combinação com o gene do fator V Diabetes Mellitus tipo 1 · Infância ou adolescência · Fatores genéticos na DT1 · Concordância em MZ é 40% (fator genético envolvido) e em DZ 5% · Um dos fator envolvidos: MHC (complexo principal de histocompatibilidade, lócus no cromossomo 6): várias doenças relacionados a ele · HLA-DRB1 (haplótipo específico) e HLA-DQA1 e HLA- DQB1 são relacionados -> maior propensão a ter a DM · Não significa que ele vai ter · Existem cerca de outros 50 loci diferentes relacionados · Riscos empíricos para aconselhamento no DT1 Doença de Alzheimer · Doença neurodegenerativa fatal · Causa + comum de demência em adultos + velhos · Só pode ser diagnosticada conclusivamente na autópsia (agregados de proteínas) -> clínica evidente da doença · Gene Apoliproteína E (APOE) envolvido, alelo 𝞮4 · APOE envolvida na remoção do colesterol e é constituinte das placas de amiloide na DA · APOE2: risco muito baixo · Paciente com dois alelos 𝞮4 (risco maior de todos) início precoce da doença · Mulher: até 65 anos, o risco de ter DA em comparação aos homens é maior -> depois quase se iguala · Indivíduotem pré-disposição a ter a doença · DA: inflamação crônica pode ser uma das causas -> risco maior de ter a doença · Diminuir o risco = hábito de vida + alimentação + exercício físico · Se o indivíduo tem dois alelos da APOE4, mas tem um bom hábito de vida, ele pode ter a doença + tardiamente ou ela nem chega a se manifestar Desafio da doença multifatorial de herança complexa · Desvendar as interações complexas (gene-gene ou gene-ambiente) entre as variantes com múltiplos loci e fatores ambientais · Epidemiologia genética para entender a relação dos genes com as doenças, com a qualidade de vida · Permitirá medidas preventivas e terapêuticas 3 lAVÍNIA VASCONCELLOS PATRUS pena
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